terça-feira, 21 de setembro de 2010

O NOVO LUIZ XV

Costumo bater nos petês. Eles se defendem dando sarrafo no FHC, como seu tivesse alguma coisa com isso. Em primeiro lugar, F. Henrique vem da mesma esquerda que enfrentou os militares, logo da mesma turma da Dilma, do Zé Dirceu e do Serra. Em suma, a turma é uma só. O único que não é da turma é o Lula. Pelo contrário, a turma é que aderiu ao Lula.
Lula é uma figura diferente: não tem ideologia. Aliás, acho que nem sabe o que é, nem quer saber.
Agora, estou me divertindo pois a dona Dilma está na frente das pesquisas, e não é que estourou um puta escândalo exatamente na pasta que ela dirigia, ou seja, a Casa Civil. Para quem não sabe, em linguagem popular Casa Civil é a secretaria da Presidência da República, simplificando a secretária do presidente. Quem é que está envolvida? Exatamente, a substituta direta de Dilma na Casa Civil.
Os petês correram a se defender da forma tradicional de quem não tem razão: atacando a vítima. Tentam desmoralizar a denúncia, atacando os autores da denúncia, mais precisamente a grande imprensa, incluindo Veja, Época, Estadão e Folha de São Paulo.
Só que a coisa está tomando rumos bem sérios, pois não é que o Lula resolveu sair a campo e sentar o sarrafo na imprensa de forma inédita. Vejam só que maravilha de frases:"Tem dias em que alguns setores da imprensa são uma vergonha. Os donos de jornais deviam ter vergonha. Nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como partidos políticos. Nós não precisamos de formadores de opinião. Nós somos a opinião pública."
Que maravilha! Lembrei de Luiz XV, com a sua famosa frase : "L´État c'est moi", me permitam a tradução livre O ESTADO SOU EU.
Estou aqui pensando com os meus botões: vamos nos divertir muito nestes últimos dias de Lula Lá.

DE MODELO A TODA A TERRA

Alguém me cobrou: você não escreveu nada sobre a data Farroupilha.
Já escrevi sim, e para falar mal.Em primeiro lugar, não acho legal comemorar guerra que se perde; em segundo lugar, acho que as roupas que os tradicionalistas vestem não têm qualquer identidade com os trajes de campanha no Rio Grande do Sul.
A mulher gaúcha nunca usou vestidos rodados, cheios de saias e babados. O traje dos homens nem fazendeiros ricos usaram.
Nunca alguém me convidou para tomar chimarrão no interior de São Gabriel, e sim para tomar um mate.
Por outro lado, o Rio Grande cantado em prosa e versos não existe mais. Os aramados, as porteiras, as grandes plantações mataram a visão da pampa.
Lembro como fiquei deslumbrado quando no interior de São Gabriel, minha terra natal, nos campos da Estação Experimental de Forrageiras da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul vi aquele campo que desaparecia no horizonte longínquo, se encontrando com o céu, sem qualquer elevação. Visão do paraíso.
Hoje, não se enxerga mais nada parecido.
Gaúcho urbano é mais artificial que leite de soja. O sujeito descer de bota e espora de um carro último tipo? Tenha a santa paciência, não dá.
É claro que não chego ao exagero do ótimo Juremir Machado da Silva que disse: - eles vão para o parque da Harmonia para brincar de casinha. Mas grosso modo ele tem razão.
Meu pai foi gaiteiro (ou é?) por isso gosto do som de uma gaita. Uma boa música regional ainda me sensibiliza. Uma boa comida campeira me agrada. Um assado na brasa tem o seu valor. Um carreteiro de charque me apetece. Uma caçarola de ferro cheia de espinhaço de ovelha com aipim: coisa de louca de boa.
Em suma, tem coisa boa, só não gosto do artificialismo.
A última deles: carro alegórico. Mas báh tchê não dá pra agüentar! Se, pelo menos, fosse carreta.

domingo, 19 de setembro de 2010

GENTE QUE A GENTE GOSTA: GENTE QUE GOSTA DA GENTE

Gente que a gente gosta: gente que gosta da gente.
O cenário era perfeito. A companhia também: Lourdes, D.Ernestina, Gabriela, Bruno, familiares, amigos, gente conhecida. O local não podia ser mais bonito e simbólico: a Capela de Santo Antônio do Pão dos Pobres, na Rua da República.
Todos nós ali sentados aguardando a noiva. Estávamos ficando nervosos, pois ela atrasou uma hora. Quando ela entrou meus velhos e cansados olhos demonstraram a minha emoção. Neste momento, cenas de minha vida passaram como num filme.
Gente que a gente gosta: gente que gosta da gente.
Andreia e seu pai, Nelson, caminharam vagorosamente, como convém, até o altar ao som da Marcha Nupcial de Wagner. Lá estava Franco - pessoa que faz jus ao nome - a passagem foi rápida, e sobretudo alegre como convêm aos atores.
O celebrante Pe. Piccoli meu velho conhecido celebrou o casamento de Andréia e Franco numa cerimônia simples, mas irretocável.
Gente que a gente gosta: gente que gosta da gente.
Andréia é minha afilhada, sendo eu considerado suspeito, portanto, para falar de suas virtudes, mas faço questão de sê-lo, pois o carinho que lhe dedico é muito grande
Dada a minha profissão, sou o campeão do tapinha nas costas. Ganho mais tapinha do que político. Costumo dizer, como galhofa, que se tapinha nas costas fosse recebido como pagamento eu estaria rico.
Pois a minha afilhada Andréia, assim como seus irmãos Karen e Felipe tem uma maneira maravilhosa de contato, em demonstração de grande afeto o que muito me sensibiliza. Sinto nos seus abraços um enorme carinho, que somente quem gosta muito da gente pode dar.
Gente que a gente gosta: gente que gosta da gente.
Daí que o casamento dela com a pessoa que é Franco me deixou muito feliz, pois ele também sabe demonstrar o carinho ao seu afeto.
Já disse e repito: um casamento cuja aposta na felicidade é uma barbada.
Foi assim que ao final da cerimônia, fomos celebrar num lindo restaurante, onde desfrutamos horas maravilhosas com boa comida e bebida.
Também gostei que não havia música alta a perturbar as conversas. Assim, a gente pode conversar com pessoas que não víamos há muito tempo. Ao final, fomos para casa com a sensação que presenciamos o início de uma linda história, cujos capítulos, espero que nosso Bom Deus nos deixe assistir pelo menos algumas dezenas deles.
Gente que a gente gosta: gente que gosta da gente.
A Andréia e Franco muitas felicidades!
Aos pais meus parabéns.
Gente que a gente gosta: gente que gosta da gente.

sábado, 18 de setembro de 2010

NOS LIMITES DA PERCEPÇÃO

Gosto muito da palavra percepção.É o ato de perceber não pelo sentidos explícitos como os são a visão, audição, olfato e tato, mas pela intuição. Há na pessoa alguma coisa que diz: você não pode acreditar nesta pessoa.
Eu lido como o público há quatro décadas. Com o passar de todos estes anos foi criando exatamente uma capacidade de farejar os pilantras. Não como tentou - e daí o seu descrédito, Cesar Lombroso, o qual partiu de uma premissa, que a primeira vista poderia ser correta, de que os delinquentes já nascem pré-dispostos ao crime, para depois descambar para a aparência física como fator indutor da linha criminosa. Daí a expressão é um sujeito lombrosiano.
Este sexto sentido para perceber o que não é bom, não é exclusivo meu. Muita gente tem este faro fino para perceber o quanto de desonesto tem naquele cidadão.
Não raro, penso até que eu possa ter me enganado. Que nada: num segundo momento o distinto apresenta suas armas.
Existem, no entanto, pessoas que não têm esta capacidade de perceber, mesmo quando fica claro, explícito, evidente, na cara ou cristalino, como estamos diante de alguém, que no mínimo, não é sincero.
Há um terceiro grupo, que reputo ser o pior, que os de que também têm a percepção, mas mesmo assim se aliam em propostas, mesmo que não tem nada com as falcatruas engendradas por esta criatura objeto de suas admirações explícitas.
Com esta omissão deste terceiro grupo estes pessoas - que a rigor mereceriam total descrédito do cidadão de bem, pelo contrário ficam aí botando banca de honestos.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

AS RECOMPENSAS

As pessoas em seu trabalho diário são remunerados por salários ou por honorários que recebem pelo seu labor. A contraprestação do labor nem sempre é adequada. O meu salário mensal, se não é o ideal, pelo menos é suficiente para viver uma vida até confortável.
Sou um profissional que se dedica ao trabalho com afinco, Acho que não basta ser profissional tem que ser o melhor de sua categoria. Se não conseguir é outra história, mas tem que tentar sê-lo.
Neste objetivo, as pessoas se impressionam positivamente com o meu trabalho, o que muito me envaidece. O resultado disso é que sou alvo de promessas de recompensa. Na grande maioria das vezes, as promessas não se realizam. Costumo dizer que se eu recebesse todos os vinhos prometidos eu teria uma das maiores adegas de Porto Alegre. Na mesma linha, os uísques compromissados nunca chegam.
Tenho um depoimento muito interessante: as pessoas pobres são muito mais agradecidas que as abonadas. É muito comum que pessoas pobres venham me trazer bolos, bolachas e garrafas de bebidas baratas, as quais recebo com muito carinho. Agora, quando alguém de posses vem me trazer um vinho que eu sei custar menos de dez reais no supermercado fico muito zangado, o popular puto da cara.
Existe, no entanto, uma promessa de recompensa que eu subo nas tamancas: “estou te devendo um churrasco...” Quem disse prá ele que eu estou precisando de comida. Aliás, o que eu menos necessito é de comida, pois tenho quase 110 kg.
De outra banda, tenho amigos que quando vão viajar me trazem mimos, o que me deixa tremendamente envaidecido. Fico pensando: puxa o meu amigo, ou amiga, esteve fora, e lá lembrou de mim. É claro que ninguém me trouxe presentes caros, mas a lembrança é o que importa.
Pelo meu lado, também gosto muito de brindar os profissionais. Faço questão de deixar gorjetas, mesmo quando ela é institucional, acrescento mais alguma coisa. Jamais prometo recompensas, prefiro dá-las de surpresa.

FALTAM SOMENTE 105 DIAS

Faltam apenas 105 dias para nos livrar da mala.
Ela é muito pesada.
Vamos lá, pessoa, falta pouco.
Só espero que a próxima mala seja mais leve.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

NÃO VOTAREI!

Só existe uma coisa certa neste 03 de outubro, nas eleições para presidente, senador, deputados e governador: não votarei.
Não gastarei o meu voto.
Não votarei em branco, nem anularei o meu sufrágio: simplesmente não vou aparecer na sessão.
Para que servirá o meu voto, se as eleições já foram decididas pelas empresas de pesquisa?
Para que serve eu ficar me informando de tudo o que acontece no país, estudando, lendo, comparando, selecionando os melhores, se a grande massa não sabe nem o que está acontecendo, e ela é quem vai decidir?
De que adianta meu magro voto, se os chapas-brancas já induziram a maioria a votar nos candidatos de suas preferências?
Com que finalidade vou depositar o meu voto se o "status quo" tende a ser mantido?
Não vou dar as caras na eleição.

PRÉVIA EM CURSO TÉCNICO

Realizei hoje dia 16.09.2010, uma prévia para as eleições no próximo dia 03.10.2010, com os alunos do Curso de Técnico de Transações Imobiliárias da Associação Cristãs de Moços em Porto Alegre.
Apresentei os candidatos:
Para Presidente:
Dilma, Marina e Serra;
Para Senadores:
Ana Amélia, Paim e Rigotto
Para Governador:
Fogaça, Tarso e Yeda
Foram vencedores:
Marina, Paim e Fogaça.
A prévia no curso contrariou totalmente os resultados das pesquisas.
Não deixa de ser uma curiosidade.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

ELEITORES ALIENADOS

Hoje, alguém me perguntou se os escândalos no governo federal, especialmente as quebras de sigilos bancários e o tráfico de influência teriam alguma repercussão nas pesquisas eleitorais. Respondi de pronto: nenhuma, o nosso eleitorado é composto de uma massa que não tem o mínimo conhecimento do que está acontecendo. Ela não sabe o que é sigilo, muito menos sigilo bancário. Não sabe da importância dele. Não tem conhecimento do que se constitui o dito ilícito. Aliás, nem sabe o que é ilícito. Nosso povo não sabe o que é tráfico de influência. Conhece somente o tráfico de drogas, não tendo a mínima idéia do que é o tal tráfico de influência.
Grande parte do eleitorado está anestesiado com o bolsa família, e outra parte entende que o Lula é um de seus pares e que portanto suas idéias devem continuar, e que se ele mandou votar na Dilma, não interessa quem seja ela, eles vão votar nela e pronto.
Outra parte do eleitorado - que por sinal não é muito grande - é feita de pessoas com alguém conhecimento político teórico, mas com tendências esquerdistas que abraçaram Lula por falta de outra opção melhor em seu quadros.
A direita por sua vez está envergonhada, diante de tremenda pressão ideológica da esquerda, tem medo de botar a cabeça para fora. Seus líderes tem medo de criticar abertamente o adversário. Têm atitude tímida até diante de um descalabro que é este último escândalo envolvendo Ministra, somente revelados por pequena parcela corajosa de nossa imprensa. A Revista Veja e a Revista Época, junto com o Estadão e a Folha de São Paulo são órgãos corajosos que mantêm ainda alguma crítica aos governantes petistas, pois o resto da mídia já aderiu vergonhosamente, sendo que a maioria se apresenta de placa branca, como verdadeiros "diários oficiais" sempre como uma manchete de capa para proteger os interesses petistas.
Diante deste quadro, nada resta a fazer. Como diria Marta, a Suplicy, só resta relaxar e gozar.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

VIVA MARIA!

As pessoas pensam que ser fiel é simplesmente não fazer sexo com outra pessoa, que não o seu parceiro. Ser fiel é muito mais do que isto, embora também isto seja. 

A fidelidade também se confunde com a idéia da parceria. Ser parceiro do seu companheiro significa em ter prazer de acompanhá-lo até naquilo que isoladamente não lhe daria prazer. Você tem prazer não diretamente, mas indiretamente mediante a satisfação de ver seu consorte satisfeito. 
Ser generoso também é outro atributo de quem é fiel. Saber abrir mão de alguns preconceitos a favor de sua relação. Pular obstáculos a favor de quem se gosta não é contradição, mas coerência.
 
A fidelidade também não convive com o egoísmo. Quem é egoísta não é fiel, simplesmente é narcisista, ou seja, como diria Caetano: acha feio o que não é espelho.
Também já disse o cancioneiro que ninguém é feliz sozinho. Quem se acha um feliz solitário, na verdade, não o é, pois é somente um bobo (alegre). Ninguém ri para dentro. O riso é manifestação exterior, pressupondo alguém que compartilhe de sua alegria.
 
O homem é movido por seus sonhos. Não é fiel quem frustra os sonhos de seu companheiro. Quem o faz lhe suga a vida. Não há como reparar.
 
Esta crônica é uma homenagem a Maria de Lourdes, minha companheira, já de tantos anos, pessoa a quem dedico além do meu amor, um carinho enorme pelo fato de ser a pessoa parceira, no sentido de ser verdadeira cúmplice de minha vida, que me tem dado lições a cada dia, especialmente de como se pode conviver com harmonia, apesar de minha indisciplina. Nunca estive nestes já longos anos fora de qualquer plano seu, assim como ela nunca esteve fora dos meus. Não há plano de vida, onde não estejam os dois. Este aprendizado a vida nos deu, não sem sacrifício que é de todos conhecido, mas que soubemos assimilar.
 
Faço esta homenagem, neste dia, que é véspera de seu aniversário desejando a ela muitos anos de vida, e que pelo menos em grande parte deles eu possa estar lhe fazendo companhia, vivendo uma felicidade só.

domingo, 12 de setembro de 2010

FALA POR MIM QUINTANA

A grande vantagem que os poetas tem sobre nós é que quando querem falar do coração dizem poesias, e nós, quando queremos dizer, declaramos as obras deles.
Hoje, 12.09 recorro a Mário Quintana, nosso poeta maior.

PRESENÇA

É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.

Mario Quintana

sábado, 11 de setembro de 2010

YOUSSEF HOSNYRES UMA VELHINHA DE TAUBATÉ AS AVESSAS

No Planeta Cubanium, existe um país muito interessante chamado Bacu. Pois esta nação é um paraíso, cujo modelo somente pode ser o Éden, onde nasceram Adão e Eva. Pois não é que os habitantes de Bacu vivem querendo sair de lá. E, o fazem de qualquer maneira, em jangadas improvisadas, e até dentro de barris de vinho. Arriscam suas vidas para atravessar o mar entre Bacu – que é uma ilha – e o continente mais próximo chamado Merreca. No restante do Planeta Cubanium, ninguém entende por que os bacunences querem de lá sair.
O que é pior os habitantes de Bacu querem é se mudar para um país que fica pertinho – no continente – onde a vida é horrível, não tendo sequer dez por cento da qualidade de vida de Bacu. Este país danado de ruim é chamado de Estados Sumidos.
Pois, embora a vida nos Estados Sumidos seja esta ruindade toda, as pessoas de Cubanium, principalmente os bacunenses, querem entrar. A tal ponto chegou esta verdadeira invasão que os estadusumidenses fizeram grandes muros ao redor dos ESM.
Nesta semana, o líder máximo de Bacu resolveu dizer que o modelo de seu pais não agrada nem mais os bacunenses. Existe, no entanto, um outro país onde os seus líderes ainda continuam acreditando no modelo bacunense: é um país modelar, governado por um partido político chamado BD. Os partidários do BD ainda continuam a acreditar no modelo implantado em Bacu há mais de 50 anos. O sonho dos bedes é que o seu país, o RILABS, possa alcançar o grau de desenvolvimento de Bacu.
No RILABS, entretanto, vivem ainda alguns resistentes que não acreditam nos bedes, mas eles são uma minoria que – graças ao bom Deus – está se extinguindo. Youssef Hosnyres é um deles: não é que ainda não acredita nos bedes? Mas só pode ser um idiota mesmo.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

OUTORGA UXÓRIA

As pessoas casadas, independentemente do regime de bens, devem contar com a assinatura de seus cônjuges para a alienação ou oneração de bens imóveis. Este era o texto do velho Código Civil de 1916.
O novo Código de 2002 trouxe uma novidade, pois agora a pessoa casada pelo regime da separação absoluta de bens, ou seja, aqueles que fizeram pacto antenupcial para convolar núpcias, poderão livremente alienar ou gravar de ônus reais os bens particulares, ou seja, aqueles em que o seu cônjuge não participa.
É de gizar, no entanto, que esta situação especial abrange tão somente os que casaram já sob a vigência do novo código pelo regime da separação pactual de bens. Os que casaram na vigência do código antigo ainda precisam contar com a participação de seus cônjuges.
Lembramos, ainda, que nesta novidade também não estão incluídos os que casaram em qualquer época pelo regime da separação obrigatória de bens.
Cabe também aqui lembrar que, por construção pretoriana (Súmula do Supremo Tribunal Federal número 377), se comunicam os bens adquiridos durante a constância do casamento pelos que casaram pelo regime da separação obrigatória de bens.
Finalmente, observe-se que o cônjuge deverá comparecer na qualidade de vendedor em qualquer regime; e , de qualquer tempo, se o casal adquiriu em conjunto, ou seja, os dois compareceram como compradores, haja vista que possuem o imóvel em condomínio civil, como se até estranhos fossem.

(Bel. José Osnir Vieira Vaz - Tabelião Substituto do 3ºTab. de Notas de P. Alegre)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

EUFEMISMO

Eufemismo é uma figura de linguagem onde se busca suavizar uma expressão.
No famoso escândalo do mensalão, cujo processo tramita no Supremo Tribunal Federal, sob o relatório do eminente Ministro Barboza, e cuja perspectiva de julgamento é que somente acontecerá depois da prescrição dos crimes, muito dinheiro do caixa 2 foi descoberto.
A turma que defende o "status quo" começou a chamar o caixa clandestino de dinheiro não contabilizado.
Vou traduzir a expressão: o dinheiro encontrado somente não constava da contabilidade oficial, mas não estava escondido. Algo como deixar o dinheiro da firma em cima da mesa, onde todo mundo possa ver, e não lançá-lo no livro caixa. Em suma, não quero esconder o dinheiro, só não quero que passe na contabilidade.
Agora, um novo escândalo onde os sigilos fiscais de pessoas chegadas ao candidato Serra foram quebrados, através de ações, aparentemente,por quem têm a guarda de todos os dados dos contribuintes nacionais, com o compromisso de mantê-lo internamente.
Hoje, li no Estadão que os petistas dizem que não houve quebra de sigilo fiscal, mas tão somente acesso a cadastros. Também vou traduzir: alguém sem motivo algum, ou seja, sem suspeita de evasão, sonegação ou crime de contribuinte, acessa os dados dele por seu bem prazer, alegando que está verificando somente os dados pessoais constantes dos arquivos da Receita Federal. Também não justifica por que o fez.
Está ficando muito divertida esta eleição. A ginástica que os PTs têm que fazer para dar justificação sobre coisas sem explicação é muito grande.
No entanto, acho que eles não devem se preocupar, por mais que façam, o nosso culto e inteligente povão não vai ligar à mínima, até por que não sabe o que é sigilo; não sabe o que é fiscal; não sabe o que é ética, e adora alguém que é usa ardis para obter seus desideratos.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

IMPRESSIONANTE!

Vou morrer e não vou ver tudo.
Lula acusa oposição de baixaria, segundo a Folha de São Paulo de hoje.
Depois desta, acho que hoje não tenho mais assunto.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

VERGONHA NA CARA: ARTIGO EM FALTA

Em 1973, no caso que ficou conhecido como Watergate, cinco homens são presos por invadir a sede do Partido Democrata em Washington-DC. Embora, o governo de Nixon tenha negado o envolvimento, ele resultou provado.
As investigações levadas a efeito por jornalistas do Washington Post comprovaram o envolvimento do presidente americano. Tais notícias levaram à renúncia de Nixon em 1974.
Por aqui não há este tipo de problema, pois tudo é resolvido simplesmente com as declarações de que não tenho nada com isso, não vi nada, não sei de nada.
Quanto mais se atolam mais votos recebem: o nosso povo adora político metido a esperto.

"GOD DID NOT CREATE THE UNIVERSE"

Stephen Hawking já foi objeto de texto meu neste blog. Para quem ainda não sabe ele é doutor em cosmologia, e ocupava até há pouco tempo a cadeira que foi de Isaac Newton como Professor (Lucasiano) de Matemática na Universidade de Cambridge. A sua figura é conhecida por ser tetraplégica, viver numa cadeira de rodas, e se comunicar através de um computador. É um dos poucos gênios que o mundo tem.
Ele se tornou popular com o livro que escreveu para leigos com o nome de Uma Breve História do Tempo, onde tentava explicar, para nós não iniciados na Física e Cosmologia, os problema de espaço-tempo, e outras teorias também estudadas por Einstein.
Depois, reescrevou sua obra com o nome de UMA NOVA HISTÓRIA DO TEMPO.
Agora, está lançando um novo livro.
Nos livros anteriores, não afastava a idéia de Deus na criação do universo. Neste novel livro, no entanto, ele muda de idéia: "God did not create the universe and the "Big Bang" was an inevitable consequence of the laws of physics." Diz também que o surgimento do universo a partir do nada, é a comprovação de que não pode existir a figura de Deus.
Nada mais parecido com um crente incondicionado do que um ateu. As idéias deles se aproximam muito. Enquanto o crente funda-se somente na idéia da fé, onde não há necessidade de qualquer comprovação, o ateu sem qualquer prova, afirma que Deus não existe. Neste jogo, acho que quem sai ganhando é o agnóstico, pois na ausência de prova, não crê.
Eu estou filiado aos que embora não encontrem razões de ordem material para a criação do universo a partir de um ente superior, por outro lado, também não encontram razões para a criação se dar somente por acaso a partir de elementos amorfos.
Prefiro o pensamento de Mostesquieu (O Espírito das Leis): "Aqueles que afirmaram que uma fatalidade cega produziu todos os efeitos que observamos no mundo proferiram um grande absurdo: pois o que poderia ser mais absurdo do que uma fatalidade cega que teria produzido seres inteligentes?"
Não li ainda o novo livro de Hawking, mas estou curiso para fazê-lo.

domingo, 5 de setembro de 2010

CABO VAZ E SEUS COMPANHEIROS DE FARDA








                                      
Esta foto é de 1971, de parte do Pelotão de Reconhecimento do Primeiro Batalhão do 18ºRegimento de Infantaria, sediado em Porto Alegre.
Na foto, em pé, da esquerda para a direita soldados Ranzan, Júlio e Cláudio e Cabo Vaz (eu); abaixados soldados Santana, Jagmin, Cabo Mello e soldado Pacheco, este já falecido.
O soldado Jagmin não fazia parte do pelotão, daí o uniforme diferente. Os fuzis já eram os FAL 7.62 usados até hoje pelo Exército brasileiro.
Os fuzis em 71 eram moderníssimos. Hoje, depois de 39 anos depois ainda continuam usados por nossos soldados.

QUE AZAR DOS CREDORES!

Não gosto de jogo.
Somente entrei num cassino uma vez. Foi em Montevideo, onde eu e meu cunhado  separamos a elevada quantia de dez reais. Jogamos em caça-níqueis durante uma hora. Inicialmente ganhamos um monte de fichas, e depois fomos perdendo tudo. Quando eu empatei com os meus dez pilas, disse para o cunhado que estava ao lado, vamos embora que empatei com a minha grana. Ele disse: tá bem vamos embora. Levamos as fichas ao caixa e recuperei meus dez reais, e ele não só recuperou os dez reais como ganhou a quantia de vinte centavos. Tive a noção exata de como funciona. Você começa ganhando e se emociona, depois perde tudo. Era examente o que eu imaginava.
Jamais ganhei prêmios bons em loteriais, mas de vez em quando faço uma aposta, somente para manter a porta da sorte aberta.
Eu e o Brasil todo apostamos no concurso 1211 da Megasena. Hoje conferei e dei a notícia para Lourdes: tenho uma boa e uma má notícia. Ela optou sabiamente em ouvir primeiro a boa:  -  acertei números da megasena. Ela, imeditamente, perguntou: - qual a notícia ruim.  Acertei dois e errei quatro, em suma não ganhei lhufas.
Ainda bem que não ganhei. O prêmio era grande demais. Até dividido por sete ficou enorme.
Azar de meus credores, pois se tivesse ganho sozinho alguns deles poderiam receber pelo menos parte de seus créditos.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

AINDA EXISTE SEPARAÇÁO JUDICIAL?

A Constituição Federal, em sua redação original, determinava como requisito ao divórcio a prévia separação judicial por mais de um ano ou separação de fato por mais de dois.
Em função dessa exigência, o Código Civil definia a forma de tal separação judicial.
A Emenda Constitucional 66, deste ano, excluiu a prévia separação, determinando simplesmente que o casamento civil pode ser dissolvido diretamente pelo divórcio ( art. 226, parágrafo sexto).
No primeiro momento, houve desconfiança de alguns sobre a aplicabilidade imediata de tal dispositivo. Eu, desde o primeiro instante, me filiei a corrente  que defendia a aplicação imediata.
Fundava minha opinião ainda nas aulas do Prof. Dagoberto Cantizano que afirmava  que os dispositivos constitucionais tinham aplicação imediata, salvo se a própria constituição determinasse a regulamentação, via Lei Complementar ou Ordinária.
Agora, parece que há uma maioria que pensa ser de aplicação imediata o dispositivo, o que já está sendo praticado em todo o país.
Resta, no entanto, ainda uma dúvida: como não houve a revogação expressa dos dispositivos infraconstitucionais, especialmente os artigos 1.572,  alguns pensam que ainda pode ser feita a separação judicial para aqueles que voluntariamente acorrerem e se interessarem por tal instituto.
Alguns argumentos têm base religiosa, onde os fieis não querem o divórcio que poria fim ao casamento definitivamente. Como não sou de omitir minha opinião, vou logo afirmando que o meu entendimento é de que não há mais possibilidade de separação judicial. A lei ordinária tinha amparo para a sua existência o mandamento constitucional, verdadeira “conditio sine qua non” para alcançar o divórcio. Querer manter algo que era  mera condição para alcançar algo maior posteriormente, e que foi criado tão somente para atender os interesses dos que se postavam contra o rompimento definitivo do casamento, é um exagero.
Sem falar no velho e bom “L’esprit des lois” de Montesquieu, onde vale muito a intenção do legislador. Não consigo imaginar que os congressistas tenham ido até o coração da Constituição para estabelecer a possibilidade de um rompimento imediato do vínculo matrimonial, e tenham deixado a possibilidade  de manter uma situação intermediária, verdadeiro limbo.
Nesse sentido, opino que não existe mais a separação judicial, sendo o divórcio o único caminho direto para a extinção do casamento por vontade das partes. As pessoas que desejarem uma solução paliativa ou provisória devem se socorrer no instituto da separação de corpos.

(Bel. José Osnir Vieira Vaz - Tabelião Substituto do 3º Tabelionato de Notas de Porto Alegre)

ALGUMAS FRASES IMPAGÁVEIS

  1. Quem inventou o trabalho não tinha o que fazer. (Barão de Itararé) 
  2. A faculdade é um lugar descontraído, onde se faz de tudo, às vezes até estudar.(Júlio Camargo)
  3. Cheguei à conclusão de que política é coisa séria demais para ser deixada para os políticos. (Charles De Gaulle)
  4. A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer.(Mário Quintana)
  5. Há momentos em que silenciar é mentir. (Miguel de U. y Jugo)
  6. Os livros podem ser divididos em dois grupos: aqueles da hora e aqueles de sempre. (John Ruskin)
  7. Escrever um livro é um ato de amor. O problema é que, normalmente, o amor degenera em prostituição.(Simone Beaumont).
  8. Não é só mulher que gosta de cafajeste. Jornalista também. (Sylvia Duailibi).
  9. Embaixador é um homem honesto enviado ao estrangeiro para mentir por seu país. (Henry Wotton)
  10. O que vale no ser humano é sua capacidade de Insatisfação. (José Ortega y Gasset).

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

CHEGOU A PRIMAVERA

Assim como não sigo nenhum estilo ao vestir, também começo e termino as estações do ano quando bem entendo. A primavera para mim começo no dia primeiro de setembro,  e termina no dia primeiro de novembro, quando começa o verão. Este vai até março, quando inicia o outono, que termina quando o primeiro frio me enche o saco. Odeio o inverno.
Nessa linha, na entrada da primavera, fico mais assanhado que pinto no lixo, tenho a idéia que passei um túnel escuro, e saí do outro lado. Acho que tenho vocação para morar no nordeste. Lá, frio só na geladeira. Quem maravilha.
Tem gente que gosta de inverno por aqui: dono de farmácia, dono de hospital, dono de clínica médica, médico, funerária, fabricante de urna funerária, dono de crematório, fabricante de nebulizador e dono de laboratório. Virus de gripe também adora inverno.
Duas  conhecidas minhas, mãe e filha, costumavam ir para Guarapari em maio, e só voltavam no começo de setembro. Só que eu não posso fazer isto, pois tenho que comprar leite para os gatinhos aqui de casa.

Arquivo do blog

QUEM É ESTE ESCORPIÃO?

Minha foto
PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL, Brazil
EU E MINHAS CIRCUNSTÂNCIAS