segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O COQUEIRO E A FELICIDADE

Hoje, estava olhando uma grande árvore que existe na frente da casa onde moro. É uma tamareira enorme. Ela é comprida como um coqueiro, se abrindo em folhas ao topo.
Lembrei, então, dos versos de Menotti del Picchia: 
"Coqueiro! Eu te comprehendo o sonho inattingível; 
queres subir ao céu, mas prende-te a raiz...
O destino que tens, de querer o impossível,
é igual a este meu, de querer ser feliz."
Eu, de novo, ele finaliza dizendo:
"E, quando vae buscar sua felicidade,
elle, que poderia encontra-la em si mesmo,
escondeu-a tão bem que nem sabe onde está".
Eu: muita gente esconde tão bem a felicidade, que não a consegue mais trazer à tona. 

SANTINHO

Fim dos anos 50, inicio dos anos 60, lá no alto do Bairro Glória, Rua Caldre Fião, ele vinha pela calçada. Era um sujeito alto e magro. O que o distinguia das demais pessoas, além do terno branco, sem gravata, e longa cabeleira, era uma maleta do tamanho das chamadas pastas 007, com uma lateral de vidro, onde apareciam notas de 1.000 cruzeiros, exatamente as famosas abobrinhas, dada a cor de abóbora.
O apelido dele era Santinho. 
Ele morava nas redondezas, mas não sei precisar o seu endereço.
Nunca soube o que fazia; nem sei de seu destino.
Imagino o Santinho nos dias de hoje, desfilando em seu terno branco com notas de 100 reais na lateral da mala. Acho que não andaria 100 metros, e seria assaltado, levando os bandidos a sua mala, e, provavelmente,  o seu  ternos, ou até a sua vida. 


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