sexta-feira, 31 de outubro de 2008

ANTENA DEZOITO

- Fui fazer uma compra no Big e o valor total excedeu o meu limite do cartão Mastercard. A compra foi cancelada, me desentendi com o pessoal da Loja e cancelei a compra. Pois o pessoal do cartão suspeitou e suspendeu o meu cartão.
- Tentei várias vezes o 0800, depois de passar por vários telefonistas, nada consegui.
- Aí fiquei esperando pois tenhos outros cartões.
- Um belo dia, desta semana, recebi um telegrama do pessoal do cartão:
- Pedia para eu telefonar para um número que vinha impresso no tal telegrama.
- Imediatamente liguei.
- O atendente perguntou que assunto era?
- Eu disse que era sobre um cartão.
- Ele me respondeu que não era aquele número, que eu devia ligar para um outro.
- Li para ele o telegrama, onde estava escrito para ligar para o maldito número.
- Ele disse que não podia fazer nada, pois o número a ligar não era aquele.
-Eu disse então que aquilo era uma coisa de maluco, pois alguém manda um telegrama para que o destinatário ligue para um telefone, e neste telefone te dizem que não este o telefone para tratar de assunto que você nem sabe qual é!!!
-Ai perdi a paciência disse ao telefonista do Call Center que ele não tinha culpa, mas que devia falar para o chefe que o cliente havia ficado quente da cara.
- Acabei passando o assunto para a gerente do meu banco para que ela descasque o abacaxi.

A VOLTA DO PROFESSOR

O Núcleo de Direito de Família e Sucessões do Curso de Direito do UNIRITTER está promovendo um evento denominado CONVERSANDO SOBRE DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES. Assim, a convite da Professora Dra Cláudia Gay Barbedo, proferi palestra nesta 5ª. Feira (30.10.2008) sobre o tema SEPARAÇÕES, DIVÓRCIOS E INVENTÁRIOS POR ESCRITURA PÚBLICA. Acho que o evento foi proveitoso, haja vista que o auditório estava praticamente lotado, tendo se esgotado as vagas na véspera.
Uma platéia atenta assistiu, interagiu comigo, e o que é mais importante ficou até o final da palestra com muito interesse.
A exposição foi assistida por alunos da Faculdade de Direito, pela coordenadora do curso Prof. Laura Coradini Franz, além da própria Professora Cláudia.
O evento prossegue ainda no dia 03 próximo vindouro com palestra do Dr. Luiz Fernando Silveira Netto, com o tema O Feto Anencéfalo, e no dias 4 e 6 com o Dr. Conrado Paulo da Rosa, com o tema Mediação Familiar.
Os alunos terão direito a certificado fornecido pela universidade, além de contar como carga horária do curso de graduação.
Gostei muito de voltar a ter contato com o mundo universitário, do qual já estava há muito afastado.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

DIREITO PENAL MÍNIMO, UM GUARDA-CHUVAS PARA O PSICOPATA

Venho há muito tempo defendendo sozinho uma tese. Consiste no seguinte: o afrouxamento da lei penal e processual penal no Brasil parte de um pressuposto de que todas as pessoas criminosas são passíveis de recuperação. Daí os argumentos de tipo Direito Penal mínimo, penas alternativas, não utilização de penas de reclusão, proibições constitucionais de trabalho obrigatório ou forçado, e outras formas de fugir da punição aos criminosos. Tudo isso tem origem na idéia de que o homem é bom e a sociedade é que o perverte, principalmente a sociedade capitalista. Não é preciso ser gênio para saber que este tipo de pensamento é próprio da esquerda, mas só para ser usado em regimes capitalistas, pois quando eles governam baixam a mão pesada, tal como o fizeram na antiga URSS e ainda o fazem na China.
Assim, que foi com grande satisfação que li ainda hoje em uma das revistas que assinamos – ÉPOCA – que a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, autora do livro Mentes Perigosas: o Psicopata Mora ao Lado, sem combinar nada comigo, defende as mesmas idéias sobre criminosos psicopatas.
“Ad referendum” da revista e da Dra. Ana Beatriz, vou transcrever aqui o primeiro parágrafo:
“A maldade existe. Nós, latinos, afetivos, passionais, temos dificuldade de admitir que existem pessoas más. Psico quer dizer mente; pathos, doença. Mas o psicopata não é um doente mental da forma como nós entendemos. O doente mental é o psicótico, que sofre com delírios, alucinações e não tem ciência do que faz. Vive uma realidade paralela. Se matar, terá atenuantes. O psicopata sabe exatamente o que está fazendo. Ele tem um transtorno de personalidade. É um estado de ser no qual existe um excesso de razão e ausência de emoção. Ele sabe o que faz, com quem e por quê. Mas não tem empatia, a capacidade de se pôr no lugar do outro.”
Não deixem de ler a matéria, está na página 122 da revista com data de 27.10.2008.
Para quem não tem muita familiaridade com o Direito, posso dizer que uma pessoa que rouba alguém e mata a vítima esta cometendo um crime chamado LATROCÍNIO. Este delito previsto no Código Penal tem a pena máxima possível a um só crime no Brasil que é de 30 anos de reclusão. É considerado um crime contra o patrimônio, daí que o autor não vai a Júri popular, sendo, por via de conseqüência julgado por um Juiz singular. Assim sendo, um autor de delito desta tipificação que tenha todos os agravantes e nenhum atenuante, seria, em tese, condenado a 30 anos de reclusão. Pois bem, o “querido”, tendo cumprido somente cinco anos teria direito à chamada progressão do regime, ou seja, passaria do regime fechado para o semi-aberto. Com isto, a sociedade daria a oportunidade de ele passar a conviver com as demais pessoas livres com apenas o cumprimento de 1/6 da pena. Estara ele livre para roubar durante o dia, e se refugiar na cadeia de noite, onde não será encontrato pela polícia.
Como um criminoso nestas condições enxerga a sociedade que o faz progredir de regime? Entende ele que está lhe dando uma oportunidade, e a agarra com todas as suas forças? É evidente que não. Quem viveu uma infância pobre como eu sabe como pensa este tipo de gente: eles são uns otários, este é o verdadeiro pensamento do marginal.
Como diz a psiquiatra trata-se de um mente má, onde a emoção não tem lugar. É o sujeito típico que mata a mãe e vai ao cinema.
Enquanto nossa sociedade não se der conta disto, estaremos com os índices de criminalidade sempre em alta. Não há solução. Os defensores do Direito Penal Mínimo têm grande culpa, pois incentivam a impunidade, em troca da compra de consciências que não se deixam influenciar, pois vivem uma realidade paralela, aonde não há lugar para arrependimento, pois estão vacinadas contra a empatia.
Mas de qualquer forma, a leitura me deu grande satisfação, pois não estou sozinho nesta empreitada, que reconheço tem muito de quixotesca, mas é a mais pura realidade, infelizmente.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

ANTENA DEZESSETE

1. O GRÊMIO FUTEBOL PORTO-ALEGRENSE está a maior parte do tempo em primeiro lugar no campeonato nacional. No entanto, seus torcedores estão proibidos pela crônica esportiva nacional de sonhar com o título. Os nossos cronistas locais ( maioria de 90%de colorados) é claro que nada fazem para defender o tricolor desta discriminação. Por outro lado, mesmo estando o colorado distante 9 pontos da faixa da libertadores ainda estimulam os vermelhos a sonhar com a inclusão no campeonato continental.
2. Não fiquei surpreso com a eleição de FOGAÇA para Prefeito da mui leal, fiquei espantado é que Maria do Rosário tenha recebido tanto voto. Parece que grande parte da população de POA ainda não aprendeu quem é o PT.
3. "Maquem" vai ganhar a eleição nos EUA.
4. Tem paulista ainda que acredita na MATA O SUPLICY.
5. Estes dias estava pensando: só faltam dois anos para se livrar do Lula Lá. O problema é que dito cujo, vai ficar de férias 4 anos e querer ser presidente por mais 8 anos. Espero que o Brasil se cure até lá. Estou com 55 anos, daqui há 2 estarei com 57, mais 4 estarei com 61, aturar o Lula Lá até 69? Em compensação, aos 70 acho que estarei livre do apedeuta.
6. Até lá o Lulinha estará mais rico que o dono da MICROSOFT.
7. Quando terminar a festa das indenizações ao perseguidos políticos, o que será que eles vão inventar para continuar a tirar dinheiro da viúva?
8. O Alívio Dutra andou aparecendo na midia durante a eleição. Não adiantou nada. Parece que nem o Lula aturou o distinto, tanto o é que não convidou ele para mais nada.

domingo, 26 de outubro de 2008

POLITICAMENTE CORRETO

A correção política ou politicamente correto consiste em utilizar de uma linguagem neutra, sem comparações de forma a não discriminar pessoas ou grupos, principalmente no campo racial ou sexual.
Os defensores do chamado politicamente correto defendem a tese de que o seu objetivo é fazer com a linguagem seja neutra, e por via de conseqüência não preconceituosa.
Assim sendo, eles têm feito algumas mudanças que beiram ao ridículo, tais como chamar um anão de verticalmente prejudicado, negro de afro-descendente, velhice de melhor idade, e assim por diante.
Vou pegar só estes três exemplos para triturar. Vejam só: se um anão é verticalmente prejudicado, logo um gigante é verticalmente beneficiado; se um negro é afro-descendente um branco seria euro-descendente; se um velho está na melhor idade, um jovem certamente estará na pior idade.

É claro que estou a exagerar. Por que um negro ficaria zangado de chamá-lo de negro? Por que eu ficaria bravo se alguém me chamasse de branco? É claro que eu ficaria puto da cara se o branco viesse acompanhado de um adjetivo pejorativo. – Branco safado, e por aí vai. Assim quando alguém chama um negro com adjetivo maldoso esta sendo racista sim. Por exemplo: - Negro sem vergonha. O racismo é evidente, mas o racismo não está na palavra negro, e sim no “sem vergonha”, assim como o “safado” no branco.

Existem, no entanto, alguma mudanças de nomenclatura que fogem a este tipo de aplicação no campo do politicamente correto, e se misturam num ambiente ideológico, no que existe de pior neste campo, que é a manobra ardilosa para buscar um objetivo mesquinho, disfarçado de correção política.

Vejam dois casos no campo da educação. O primeiro chamar professor de trabalhador em educação. O professor em português vem do latim professore, ou seja aquele que ensina, o mestre. O francês diz professeuer. Embora os ingleses tenham a palavra professor (paroxítona aberta), utilizam mesmo o teacher. Por aqui é que nasceu esta idéia do trabalhador em educação.

O problema é que existe uma aposentadoria especial para o professor que dá aula. Assim, existem professor que não dão aula, ou seja, tem atribuições administrativas nas escolas. Nesta linha, estão os que trabalham na direção, nas secretarias, nas bibliotecas, nos serviços de orientação educacional. É idéia genial foi exatamente passar uma régua e todo mundo passa de professor a trabalhador em educação.

Também existe a mania de chamar a professora de tia no lugar de professora fulana de tal. Existe gente que defende a idéia dizendo que assim o aluno se sente em casa. Bom, se chamar a professora de parente faz o aluno sentir-se em casa por que não chamar a professora de mãe? É claro que a idéia é tirar a autoridade da professora. A professora é terceira, ou seja é uma pessoa de fora da casa do aluno, mas que deve ter autoridade sobre ele. Esta tentativa de aproximação trazendo o aluno para o ambiente familiar, onde ele tem uma tia e não uma professora, visa exatamente isto. Isto tudo tem um ranço ideológico. Prefiro ficar com Paulo Freire: professora sim, tia não!

Estas mudanças nos nomes das coisas está virando moda. Você vai a um encontro qualquer destes que as empresas costumar realizar, e chega um determinado momento que antigamente a gente chamava de hora do cafezinho. Agora, mudaram para coffee break. Qual a diferença? Nenhuma.

O primeiro centro de compras inaugurado em Porto Alegre chamou-se Centro Comercial da Azenha. Todos os demais adotaram o pomposo Shopping Center, de tal sorte que o da Azenha teve que se render e virou Shopping da Azenha.

Quando não existe uma palavra na lingua portuguesa e vem um produto novo sou a favor da importação. Os motivos estão na evolução da lingua, pois as importações de outros idiomas tendem a enriquecer o nosso. Alface vem do árabe e chofer do francês, tendo ambas se incorporadora à Última Flor do Lácio, sem qualquer problema. Por outro lado, sou totalmente contra a substituição de palavras antigas por importação de palavras estrangeiras.

Os portugueses são mais radicais: por exemplo, nada de mouse e sim rato; nada de celular e sim tele-móvel. Tem lá suas razões de tradição, mas acho exagero.

O partido do presidente também adora uma palavra nova para coisas velhas. Durante um dos últimos escândalos denominaram (eles os petistas) a velha Caixa 2 de dinheiro não contabilizado. Não é uma maravilha? Passou de ladroagem mais rasteira para uma simples manobra contábil ( ou seria não contábil?).

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

UM PRESENTE! QUE PRESENTE?

Receber presentes é bom e fácil. Dar presentes também é fácil e é bom. Sabe o que é mais difícil, mesmo? Compreender a forma com que cada pessoa recebe um presente. Tenho grande dificuldade com isto.
Sei, aliás já estou cansado de saber, que cada pessoa é diferente; cada uma tem suas reações que condizem com seus fatores intrínsecos, interiores mesmo, de difícil entendimento, mas, não raro, fico bastante contrariado com reações de indiferença, beirando ao menosprezo.
É claro que conheço o “Nolite mittere margaritas ante porcos.” Não atireis pérolas aos porcos, que são sábias palavras da Bíblia, e cuja interpretação pode ser que não se deve falar alguma coisa diante de um ignorante que ele não tenha conhecimento, ou lhe dar algum coisa preciosa, mas cujo valor ele não possa aquilatar por puro desconhecimento.
Mas dói.
Por outro lado, como é bom dar uma pequena lembrança a alguém que a aprecie. Um gesto largo de boa recepção. Você dá uma camisa, e a pessoa imediatamente a põe. As vezes, por cima da roupa que já estava usando. Num gesto de boa recepção imediata. Você dá um doce, e a pessoa já sai dando mordida no petisco. Ela pode até não estar com vontade de comer, mas o faz para agradar a gente.
Quando você viaja, é evidente que não pode trazer um presente caro para cada afeto seu, por isso, geralmente são pequenas lembranças, guardando algum sinal nome ou marca do local onde você esteve. No presente e no futuro, a pessoa olhando o singelo objeto se lembrará que em estando distante, as vezes milhares de quilômetros, pelo menos num determinado momento você pensou neste seu parente ou amigo contemplado.
Se, contrário senso, o presente é recebido com indiferença lhe causa grande decepção, ou seja frustração completa de expectativa.

NÃO ME TAPES O SOL

Estava o filósofo Diógenes deitado ao sol em Corinto, numa tranqüilidade só, quando parou em sua frente o rei Alexandre Magno, o grande general grego, acompanhado, é claro, de grande cortejo. O conquistador, então, ofereceu ao sábio filósofo os favores e as riquezas que ele costumava liberar aos filósofos cortesãos de seu séquito.
Diógenes, somente estendeu a mão, e disse:
- Não me tapes o sol que me está esquentando.
Muita gente não entende que, na maioria das vezes, somente queremos que não nos tapem o sol. Só isto. Uma coisa tão simples: queremos somente ter um lugar sossegado para viver.Simplificar a vida significa viver como mais tranqüilidade e menos sobressaltos.

sábado, 18 de outubro de 2008

ALAVANCAGEM

Mal eu terminei de escrever o texto anterior, e alguém já me cobrou: o que é a tal de alavancagem?
O que eu tinha que meter em economia. Os meus conhecimentos de economia são os de leitura de jornal e alguma coisa ensinada pelo meu querido professor e amigo Giovanni Biasotti, ainda na velha Faculdade de Direito, numa cadeira chamada de Economia Política.
Vou tentar explicar, em linguagem leiga, para todo mundo entender. Eu preciso fazer um investimento e não tenho grana, muito menos lastro, ou seja, poupança para enfrentar esta ação de risco, mas tenho certeza, ou pelo menos penso que tenho, de sucesso no empreendimento. O que eu faço? Simples, vou e arrumo uma grana emprestada e faço a aplicação, contando que com o dinheiro que vou levantar com o investimento, recupero o meu tutu, pago o empréstimo e ainda tenho lucro.
Mas, Osnir, isto é uma maravilha, então! Não tenho grana para investir, arranjo alguém para emprestar e saio com o lucro. Onde está o problema. O problema é o seguinte: quando uma pessoa ou entidade faz isto, e se dá mal, ela simplesmente tem o prejuízo, ou vai a falência em caso extremo. Agora, quando todo mundo faz a mesma coisa. Não dá para quebrar todo mundo, e principalmente quem emprestou a grana. Deu para entender? A ocorrência de muitos casos em cadeia, tipo linha de dominó, fazer quebrar a economia.
Vou contar o exemplo americano. Um apartamento custava em New York durante dezenas de anos 200.000 dólares. Aí bateu uma luzinha no mercado, e ele passou a valer 400.000 dólares. O dono, que já tinha o imóvel liberado, buscou 200.000 dólares no mercado e deu em hipoteca o imóvel de 400 mil. A seguir, o mesmo imóvel por passe de mágica foi valorizado para 800.000 dólares. O que fez o dono? Tirou 400.000 dólares de empréstimo novo, pagou os duzentos do empréstimo velho, e usou para reformar o imóvel, aplicou na bolsa, jogou fora, e sei lá mais o destino que deu a bufunfa.
Mas, aí chegou a hora de pagar o empréstimo, que tinha cinco anos de carência (tempo em que você não precisa pagar o empréstimo), de onde tirar o dinheiro? O sujeito não tinha como pagar. Foi exatamente o que aconteceu no caso americano. Só que não foi um caso isolado foram milhares, para não dizer milhões.

UMA VISÃO DA ELEIÇÃO AMERICANA

A imprensa americana, tal como a brasileira, é totalmente a favor da eleição do democrata Obama. Nada tem com a pessoa Obama, pois seria a favor de um poste, desde que democrata. É evidente que McCain é um sujeito mais bem preparado que o simplório Obama, mas isto não interessa.
Apesar disto, não tenho certeza que Obama ganhará a eleição, pois grande massa de eleitores americanos não gosta de dar sua opinião, fazem parte do que antigamente se chamava maioria silenciosa.
McCain ganhou um inimigo novo que é a crise financeira dos EUA, a reboque de investimentos feitos de forma irresponsável por bancos americanos, com excesso do que se chama em economês de alavancagem.
A crise não guarda nenhuma relação com o governo americano, como andam dizendo os estúpidos por aí, foi gerada por ação exclusiva de bancos privados, os quais sofrem fiscalização do Federal Reserve (Banco Central Americano), o qual tem autonomia completa do governo americano. Assim, o senhor Jorge Buche não tem qualquer responsabilidade por esta ronha, mas a imprensa americana não quer saber de nada, e aproveita para dar uma sarrafadas no “Cristo de Plantão” que o Presidente americano.
Por que então o governo americano resolveu intervir e ajudar os bancos em dificuldades? Pelos mesmos motivos que levaram FHC a fazer o PROER, e levou Lula Lá a fazer o mesmo por aqui nesta atual crise: a dificuldade de liquidez e principalmente de crédito aos particulares, o qual geraria uma profunda recessão. A ajuda aos bancos tanto lá quanto aqui são empréstimos, os quais serão pagos ao longo do tempo pelas entidades bancárias. Se a crise fosse de somente um banco, como aconteceu no caso do Banco Sul-Brasileiro, restaria ao governo somente deixá-lo falir, mas quando se trata de uma quantidade razoável de entidades não se pode deixar acontecer, pois o efeito dominó seria uma conseqüência óbvia.
A eleição aparece discretamente nas ruas americanas. Um que outro vendedor tenta comercializar botons dos candidatos. Uma que outra propaganda na televisão, raramente alguma coisa aparece nos jornais. Existem outros candidatos além de Obama ou Mcain, os quais aparecem bissextamente na televisão tentando apanhar votos dos eleitores, mas eles não aparecem nos debates.
Obama enfrenta problemas que pode lhe tirar da presidência: o primeiro, o voto não é obrigatório; a grande maioria que não vota é de pouco instrução, incluindo-se aí grande parte dos prováveis eleitores de Obama, por isto o candidato se preocupa em também fazê-los votar; segundo, o povo americano é muito patriota, e MacCain é herói de guerra, enquanto Obama provavelmente não foi nem escoteiro; o terceiro, a grande massa racista americana, embora enrustida pode tirar votos de Obama; tipo de variante que não se consegue perceber em pesquisa eleitoral.
Mesmo com tudo isto, acho que é bem provável que Obama consiga vencer as eleições. O que isto mudará nos EUA? Quase nada. Esta é uma das grandes vantagens americanas sobre nós: o Presidente Americano pode ser uma besta quadrada que as instituições americanas fortes como são garantirão a continuidade da democracia e direitos civis, para a segurança do seu povo, o que não ocorre por aqui, onde as instituições são fracas, e onde o Presidente ainda tem um poder muito grande.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

ESCULHAMBAÇÃO ADORÁVEL

Estou de volta depois de um pequeno passeio lá no mundo dos ricos.
Não gosto de gente que vai para nunca mais.
Voltar sempre é bom.
A gente vai, mas volta, com bastante e boa bagagem.
Quando eu estava chegando no aeroporto de Cumbica, pensando nas coisas belas que vi por lá, e lembrei de um alemão que eu conheci que dizia:
- Este país ( o Brasil) é uma esculhambação!
- Mas, eu adora (sic) esta esculhambação!
Vou descansar um pouco, apurar as idéias, e escrever nas próximas semanas alguma coisa sobre a viagem.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

ANTENA DEZESSEIS

- Lula repreende o Ministro da Fazenda como se ele não tivesse que ver com o peixe. Ô, Lula Lá é você que esta governando este país.
- O Presidente fala como se estivesse do lado de fora do governo somente assistindo ao desenrolar da crise, quando é o responsável direto pelos problemas e pela solução deles.
- Como já faz mais de seis anos que está no cargo, não está mais com a cara dura de colocar a culpa no FHC, daí pegar o Meirelles para Judas.
- Governar com o mundo em Lua de Mel como nos últimos anos é fácil, quero ver é agora na hora do rolo.
-O Lula parece o ator principal sentado na platéia, querendo fazer suas falas da cadeira de assistente.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O PAÍS DOS PETRALHAS

Acabo de adquirir o Livro de Reinaldo Azevedo O PAIS DOS PETRALHAS. O nome não carece de explicações.
O autor é jornalista consagrado, grande crítico de seus colegas jornalistas, principalmente a petezada ou petralhada como dizia ele.
Fui inspirado a adquirir o livro pela entrevista que ele deu ontem à noite para um programa da rede Globo.
O engraçado era o constrangimento do jornalista entrevistador, cujo nome não lembro. Ele não disse quase nada, certamente com medo das patrulhas ideológicas.
No Brasil, jornalista que não é de esquerda é discriminado na maior cara-dura.
Não raro é também ridicularizado, como se fosse um imbecil.
A esquerda não admite qualquer grau de inteligência na direita.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O MELHOR TRANSPORTE DO MUNDO


PATINETE, CARRINHO DE LOMBA, TREM FANTASMA, CARRINHO DE PARQUE DE DIVERSÃO, CARROÇA, ARANHA, CARRETA, TRATOR, RODA GIGANTE, MONTANHA RUSSA, CAIQUE, BARCO, NAVIO, CANTAREIRA, AEROBARCO, TELEFÉRICO, CATAMARÃ, BALSA, LANCHA, NAVIO, TREM MARIA FUMAÇA, TREM A DIESEL, TREM ELÉTRICO, METRÔ, ÔNIBUS, JIPE, CAMINHÃO, CAMIONETA, BUG, MOTO, LAMBRETA, CARROÇÃO, CAVALO, CARRINHO DE MÃO, RER, AVIÃO TURBO-HÉLICE, AVIÃO DUPLO JATO, TRIJATO, QUADRIJATO, BICICLETA, TRICICLO, CARRUAGEM, TROLEIBUS, COLHEITADEIRA, ELEVADOR, ESCADA ROLANTE e ESTEIRA ROLANTE são meios de transporte que já andei.
Entre os poucos que ainda não arrisquei posso citar: HELICÓPTERO, SUBMARINO, ULTRALEVE, PÁRA-QUEDAS, MONOCICLO, JET-SKI, VELEIRO E IATE.
Não gosto muito da idéia de andar de helicóptero; submarino não entro, pois teria um ataque de claustrofobia aguda; ultraleve nem amarrado, pára-quedas jamais andarei, monociclo levaria um tombo na hora; Jet Ski não gosto; veleiro e iate já fui convidado várias vezes, mas não me oportunizou, só tenho vontade.
Dos meios de transporte que mais gosto está o Trem, o Catamarã, lancha e automóvel. Gosto das viagens aonde vou de avião, mas não morro de amores pela idéia de ficar horas fechado.
Os meus passeios mais remotos estão as velhas Maria-Fumaça: - Guri, não bota a cabeça pra fora que a ponte vai te pegar... Que maravilha! A verdade que as pontes do trem eram bem estreitas passavam a dez centímetros do trem, logo que ousasse botar a cabeça prá fora corria mesmo risco. Também fazem parte das lembranças mais remotas os velhos carros de praça, todos pretos, grandes e reluzentes. Os motoristas usando quepe e casaco preto.
Uma das lembranças mais remotas é eu andando de Trem Fantasma, na redenção, no famoso Parque Xangai, em companhia de meu pai e meu saudoso tio e padrinho Paulino. Este uma grande e doce figura de pessoa, de quem tenho muita saudade.
Montanha Russa somente andei uma vez, e obrigado. Minha filha Gabriela era pequena e pediu para andar. Lúcia não entrava de jeito nenhum, e sobrou para mim. Que horror! Gabriela se divertiu. Eu detestei. Não sou chegado a esportes radicais...
Adoro andar de automóvel, principalmente dirigi-los. Tenho paixão por conversíveis, inclusive bugues. Já prometi a mim mesmo, várias vezes, comprar um, mas sempre vou deixando para o futuro. Um dia, quem sabe?
O avião que mais gostei de viajar não foi os 777 da Alitália ou Air France, nem os Jumbos da British Airways, mas os maravilhosos Eléctras da extinta Varig, fazendo a ponte aérea RIO-SÃO PAULO.
Na lista dos detestáveis ficam: além da Montanha Russa, Roda-Gigante, Balsa, Carroção e classe econômica em vôos internacionais. Não dá para aturar o espaço das pernas em vôos transatlânticos onde você fica como se estivesse numa lata de sardinha.
A idéia de moto me agrada muito, mas é muito perigoso. Uma vez um colega me disse que seu filho de dezoito anos estava querendo comprar uma moto, respondi na hora: - O guri está te enchendo o saco? Quer te livrar dele logo? Isto mesmo dá uma moto para ele, que logo-logo, estarás livre deste encargo. É claro que diante deste meu radicalismo, ele ficou assustado e negou a moto para o filho. Acho que salvei os dois, pois o filho era da pá virada, e não ia durar vivo mais que um ou dois meses.
Sabe mesmo qual é o melhor meio de transporte que você já teve na vida? Foi a sua mãe. Este transporte é carinhoso, quentinho, insubstituível, limpo, com direito a lanche. Você não pega vento na cara. Não lhe cobra nada. Só que no final do prazo lhe joga prá fora...
Esta crônica é em homenagem a minha querida mãe dona Zoi que este ano completou 70 anos bem vividos, ao lado do seu Zezé(76). Na foto, ela orgulhosa com o seu bolo. Um grande abraço para ela.

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