domingo, 31 de maio de 2009

RODIZIO NA CADEIA?OS PORTUGUESES DEVEM ESTAR ROLANDO DE RIR

O Direito Penal é disciplina existente no mundo inteiro, apenas variam as suas formas de aplicação. A regra geral é que se tem uma legislação penal ou criminal onde se elencam e caracterizam figuras ditas penais. É como se fosse uma fórmula. Assim, o agente, ou seja, a pessoa que, em tese, comete o crime, pratica exatamente o que está previsto dentro daquele conceito expresso na norma penal. Costuma-se chamar este enquadramento de tipificação. Diz-se que a situação é típica quando ela é exatamente igual à figura prevista na lei criminal. Ilustrando: cabe dentro da forma, não podendo faltar espaço, nem sobrar.
Pois bem, se o agente praticou um ato que esta tipificado como crime, a ele será atribuído uma pena, ou seja, uma sanção imposta pelo estado para que ele não volte a cometer o delito, e tenha chance de se regenerar desta sua atitude injusta.
Então, a todo o crime está vinculada uma sanção ou pena.
Daí, um princípio constitucional é de que não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal (Princípo da reserva legal). Para os que gostam de latim NULLUM CRIMEN, NULLA POENA SINE LEGE.
Para que o agente seja condenado, é necessário que se aplique sobre o caso o que se chama DIREITO PROCESSUAL PENAL, ou seja, o suspeito será submetido a um processo, que também tem as suas regras definidas, onde a não aplicação das mesmas, quase sempre, significa nulidade do procedimento. Neste processo, serão examinadas além da existência da tipificação que falamos acima, suas circunstâncias, a existência de qualificadoras, ou seja, de requintes que determinam uma exasperação da pena devido a fatos que a lei prevê como mais graves, bem como as circunstâncias pessoais do agente tais como atenuantes e agravantes, mas principalmente a sua culpabilidade, ou seja, a existência de dolo ou de culpa. Existe dolo se o agente tinha a intenção de praticar o crime; existe culpa se ele não tinha a intenção, mas agiu com imprudência, negligência ou imperícia que o levou a praticar o crime. É claro que existem outras variantes entre elas o chamado dolo eventual, mas não cabe aqui o exame dado a sua maior complexidade.
Finalmente, feito o processo, sai à sentença onde o juiz, em examinando os fatos, ouvindo as partes e as testemunhas, examinando provas, chega à conclusão de que realmente foi cometido o crime, sendo típico, foi demonstrada a materialidade, apurada a culpabilidade do agente, estabelecida a pena, resta então a aplicação da pena.
Este novo capítulo chama-se execução penal. O Estado representado pelo juiz determinará onde e em que circunstâncias será cumprida a pena.
Se for verdade que a lei penal no Brasil, bem como a lei processual penal no Brasil é igual a qualquer parte do mundo, o mesmo não acontece na sua aplicação, ou seja, na execução da pena.
Temos por aqui o regime fechado, o regime aberto, o regime semi-aberto. No regime fechado o condenado cumpre a pena em Penitenciária, no semi-aberto normalmente ele trabalha fora e dorme na cadeira, e no aberto ele cumpre em albergues. Isso de forma bem geral, pois existe um número grande de diferenças entre um regime e outro, entre circunstâncias do condenado e características das casas de recolhimento.
Nesta semana, surgiu uma notícia que deixou todo mundo de queixo caído, as autoridades resolveram que os condenados do regime semi-aberto, fariam rodízio do seu recolhimento noturno aos estabelecimentos.
O fato se deu pela falta de vagas nos estabelecimentos penais do Estado do Rio Grande do Sul, como de certo também acontece nos outros Estados membros de nossa Federação.
Só uma pergunta me vem de imediato à cabeça: se as autoridades entendem que não há qualquer perigo em que o cidadão seja recolhido dia-sim dia-não na cadeia, e não há perigo dele praticar qualquer delito neste dia não, por que raios ele está preso?
Se o Estado não tem condições de deter os condenados em sentença definitiva, como pretende fazer com os que não têm nem condenação, mas o juiz acha que deve ser recolhido para a garantia das pessoas ou do processo penal?
Tenham a Santa Paciência, mas chegamos ao fundo do poço, em matéria de desaparelhamento do Estado.
Recolhemos quase a metade de nossos vencimentos, de nossos salários, ou seja, de nosso suor para o Estado (União, Estado e Município) e este não tem condições nem de manter presos condenados na cadeia.
Não é só isso. O Estado não consegue nem controlar a disciplina dentro das prisões, não consegue fazer com que o interior das casas prisionais não seja destruído pelos próprios condenados.
No Presídio Central de Porto Alegre, a maioria das portas das celas foi arrancada. Por quem? Por que não foram consertadas. Para onde foram as grades? Quem autorizou a retirada das portas?
Estado Democrático de Direito com o Estado não tendo condições de fazer cumprir as mais elementares normas de Direito? Não creio.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

VELHO SOLDADO






















Este ano faz 38 anos que prestei serviço militar no antigo 1ºBatalhão do 18ºRegimento de Infantaria, hoje 18ºBIM, com quartel no Município de Sapucaia do Sul. No ano passado, tal como já escrevi em outros artigos estive lá no dia de comemoração dos 100 anos daquela unidade militar.

Na ocasião, os antigos oficiais, graduados e soldados desfilaram num contingente, no qual eu participei. Na foto supra, estou na ala direita de quem olha a tropa de frente.

Podem notar que existem militares que ainda estão nas forças armadas, pois ostentam seus uniformes de serviço.

terça-feira, 26 de maio de 2009

APERTEM OS CINTOS

b

  1. Um avião da TAM, que fazia a rota Miami-USA-São Paulo-BRA, sofreu violenta turbulência, de tal sorte que muitos passageiros se feriram. Muitos caíram, outros bateram com a cabeça no teto da aeronave. Teve gente que se machucou seriamente. Contam alguns passageiros que, logo que o comandante deu aviso de amarrar os cintos, iniciou a turbulência e pegou a maioria de surpresa.
  2. As turbulências são causadas por movimentos da atmosfera, por diferença de temperatura, que faz com que existam deslocamentos de ar para cima ou para baixo. Este tipo de incidente faz com que o avião perca sustentação, e, literalmente, caia alguns metros, e, não raro, até centenas.
  3. A verdade é que grande parte dos passageiros, principalmente brasileiros, abomina o uso de cinto de segurança, e só o coloca por determinação expressa dos comissários de vôo. Alguns só colocam o cinto quando a aeromoça exige, e logo que esta se afasta o solta. Quando o comandante desliga o aviso de atar os cintos, então, a grande maioria desafivela e fica solto.
  4. Não existe a menor chance de eu ser pego sem o cinto, pois viajo o tempo todo com ele atado. Grande parte das viagens internacionais é feita à noite, logo a maioria dos passageiros dorme. Daí se acontecer uma turbulência durante a noite eles estão entregues à própria sorte. Somente existe uma possibilidade de eu ser pego numa turbulência desta: quando vou ou volto do banheiro.
  5. Muitos passageiros tupiniquins fazem questão de não seguir as normas de segurança. É muito comum os comissários determinarem que um passageiro ponha a poltrona na vertical para a decolagem ou aterrissagem, e logo que o profissional se afasta o indivíduo põe a poltrona na posição reclinada, num desdém às normas de segurança.O elemento não se dá conta que não é só ele que está em perigo e sim toda a coletividade.
  6. Os passageiros brasileiros, quando um dos comissários inicia a apresentação das normas de segurança, incluindo abandono da aeronave em caso de acidente ou despressurização da gabine, fazem questão de virar o rosto para o outro lado para que as pessoas não vejam que ele está prestando a atenção aos avisos. Eles não querem parecer neófitos, ou passageiros de primeira viagem, o que é uma bobagem inominável.
  7. Eu obedeço todas as normas de segurança em qualquer tipo de veículo que viajo, incluindo automóvel, navio e avião. Faço questão de saber tudo. Leio todas as vezes os folhetos de instrução. Faço questão de não morrer por burrice ou teimosia.
  8. A questão é que quando li pela primeira vez o lema de nossa bandeira: ordem e progresso, eu acreditei. Daí procuro fazer a minha parte. Em viagem de avião ordem significa cumprir as instruções determinadas pelas normas de segurança. Quem não o faz está sujeito a se machucar e o que é pior lesar os outros passageiros.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

UMA CERTA MARIA JOANA

Tenho muita saudade de minha avô materna Maria. Ela nasceu em 1913, daí se viva fosse teria hoje 96 anos, eis que nasceu em 13.05. Não raro, seu aniversário coincidia com o dias da mães, o qual é comemorado no segundo domingo de maio. Nada mais justo, pois era o protótipo da MÃE. Se há uma coisa que eu não sou é puxa-saco, mas a minha vó era o máximo que se pode ter como mãe da mãe.
A minha irma Ivone me brindou com a foto que publico ai na cabeça do artigo. Ela segura uma ramalhate de flores. Sua linda imagem ofusca as flores, que por certo ela mereceu, e ainda merece. Sempre que posso vou até o cemitério e ponha lá algumas flores, num simples simbolismo que ainda me permito, haja vista que, por certo ela lá não está. Lá não é o seu lugar, por certo mereceu um lugar melhor. De onde está, por certo, pelo que conheço da minha vó está a nos velar, pelo que lhe sou eternamente grato.
Não preciso escrever mais: a sensibilidade dos meus amigos fará o resto...

domingo, 24 de maio de 2009

CHASQUES PARA DON OSNIR

Outro dia, fiz um discurso contra o inverno com o título de ¿QUE HACER EN LAS LARGAS NOCHES DE INVIERNO? Pois, recebi algumas manifestações em defesa do inverno… A primeira delas veio do Dr. Nicolau Lütz Neto, meu grande amigo, advogado, colega da Faculdade de Direito UFRGS-75, grande liderança, muito inteligente (aliás meu amigo inteligente é redundância, pois fico longe da ignorância, falta de inteligência chega a minha).Ele, gentilmente, como sói acontecer, permitiu que eu as transcrevesse aqui. Diz ele: SALVE A PLURALIDADE. Salve o chocolate quente, o foundi, as cores flamejantes da lareira se espalhando pela peça escura... Salve o mocotó, o puchero, a feijoada do gaúcho...Salve a estufa ligada no banheiro, as toalhas quentes esperando no toalheiro... Salve a manta, o cobertor, o pala, o poncho, o cobertor de orelhas...Salve o sobretudo, a luva, a bota forrada, o chapéu, o boné de orelhas, a touca colorida.Salve o nosso ameno inverno, sem nevascas, sem congelamentos. Nosso inverno camarada, com uma leve camada de geada, que não castiga o riacho que se escorre serra abaixo. Salve o bafo respirado na janela, esta permanente vontade de ficar abraçando o corpo dela o tempo prolongado na cama quente, salve salve poder provar do frio, fugir um pouco do calor, do suador, destes lugares fétidos cheios de sol e calor...
Salve a liberdade de escolha salve a diversidade que une, a igualdade que afasta,
Salve a tua fértil imaginação.
UM GRANDE ABRAÇO
Nicolau
Outro grande amigo Marcos Huyer, também de inteligência acima da média, contestou defendendo o inverno para a degustação de bons vinhos. Não se trata de causa própria, mesmo que Marcos tenha uma casa de vinhos e outras mumunhas ali em Novo Hamburgo, onde além de representar a Vinícola Aliança, vende produtos coloniais de excelente qualidade, algo bem diferenciado mesmo. Acontece que eu não bebo vinho somente no inverno, o faço no ano todo. Mas também com a autorização dele transcrevo aqui o seu texto:
“O tchê !
O inverno tb é bom para vendas de vinhos e assemelhados.
Não esquece dos amigos, pô !
Marketing grátis sempre é bom.
Como apreciar vinho não deveria ser algo restrito ao
inverno, concordo com você, pois para nós é algo muito
sazonal.Um abração e toma uma daquelas vacinas para gripe
logo.
Bye”Marcos
Por último, Roberto Penha, também uma cabeça privilegiada, o qual respondeu em espanhol, assim:Paesano...hermano.....hay locos que gostam........In invierno é que la madre naturaleza duerme para si cambiar com fuerza en la primavera.Grande abraço
Roberto
Não é que todos têm razão. Posso me defender dizendo que não gosto é do frio úmido de nossa cidade, pois o frio seco até que é legal.

INCORRIGÍVEIS

Eu, como todos os brasileiros, sempre me diverti com a soberba dos argentinos. Todas as piadas giram em torno de que os hermanos se acham o dono da cocada preta. Número enorme de pequenas histórias ilustram o que estou dizendo. Entre elas é a que conta a passagem que um argentino vendo os relâmpagos que iluminam o céu disse: é Deus me fotografando. Tem também aquela em que o menino argentino diz para o pai: você é um sujeito muito importante. O pai estufa o peito, e indaga de seu filho – Por que você diz isto. Responde o infante de bate pronto: - Por ter me trazido ao mundo!
Apartando as brincadeiras, há algum tempo ganhei um livro muito interessante que estou a reler chamado O ATROZ ENCANTO DE SER ARGENTINO. O autor é MARCOS AGUINS. Tem orelha do jornalista Sérgio Abranches. A minha edição conta com um belo prefácio de Pedro Malan, em 2002. Pois, se você quer conhecer um pouco da gente argentina leia o livro.
A minha presença em terras argentinas se resumia à pequena Paso de Los Libres, onde pisei pela primeira vez em solo estrangeiro em 1977, e outras duas visitas. Paso de Los Libres fica do outro lado da ponte internacional em Uruguaiana. Estive lá ainda há pouco tempo quando minha filha Gabriela assumiu como defensora pública naquele município. Notei uma grande evolução tanto no lado brasileiro, quanto no lado argentino. Paso saiu de uma pequena vila para uma bela cidade de porte médio.
Em 2006, saímos de Porto Alegre, em direção ao Chuí brasileiro, depois ao Chuy uruguaio, dormimos em Punta Del Este, sendo que no dia seguinte fomos até Montevidéu, onde também dormimos. Eu já conhecia Montevidéu, cidade que eu gosto muito. Dali seguimos direto para a Cidade de Colônia do Sacramento, onde passamos o dia e a noite. A estrada entre Montevidéu e Sacramento é muito boa. Dali atravessamos, com carro e tudo, para Buenos Aires.
Não recomendo a ninguém fazer o que fiz, ou seja, atravessar de carro. Se alguém imitar o nosso caminho, que deixe o carro em Colônia do Sacramento. A primeiro, que você não precisa de carro em Buenos Aires, e, a segundo, que na Argentina não convém brasileiro andar de carro.
Fizemos um tour completo em Buenos Aires, incluindo todos os pontos famosos, é claro pulando alguns deles, pois não se pode conhecer tudo numa viagem só.
Falando em carro, nós fomos num Peugeot preto 206 1.4 que eu tinha. Resolvemos ir até o Cemitério da Recoleta, onde está o túmulo da Evita Perón. Lá é comum que os caixões fiquem expostos para que todos os visitantes o vejam.
Lourdes disse que não devíamos gastar com estacionamento, aí fiquei procurando um lugar para estacionar, o que efetivamente fiz, nos fundos do cemitério. Tratava-se de uma avenida muito movimentada. Verifiquei que, na rua de mão única, tinha avisos de proibido estacionar do lado direito. Pensei: não tem no lado esquerdo, logo é possível o estacionamento ali. O meu pensamento se confirmava com a existência de um container estacionado.
Visitamos todo o cemitério, e fomos buscar o carro para voltar ao Hotel. Surpresa! Nada de carro. Logo percebi que tinha sido guinchado. Parei um táxi e perguntei se ele conhecia o lugar para onde levavam os carros. O motorista respondeu que sim, e efetivamente nos levou até lá. Lá chegando, avistei logo o “pretinho básico”. Paguei o guincho e saí feliz com o carro recuperado. O custo saiu uns R$56,00. Por aqui um guincho teria cobrado R$500,00.
Se eu já tinha descoberto que não era negócio ir de carro, agora, depois desta, é que não entro lá de carro de jeito nenhum.
Nesta estada de uns quatro dias cheguei à conclusão de que Buenos Aires é a coisa mais parecida com a Europa que eu já vi. É uma cidade maravilhosa. Ou seja, pelo menos um motivo os argentinos têm para se orgulhar.
Nesse livro, que citei existe um pouco do pensamento de Jorge Luis Borges extraído de EL TAMAÑO DE MI ESPERANZA (1926). Diz assim: “Mi argumento de hoy es la pátria: lo que hay en ella de presente, de pasado y de venidero. Y conste que lo venidero nunca se anima a ser presente del todo sin antes ensayarse y que ese ensayo es la esperanza. Bendita seas, esperanza, memoria del futuro, olorcito de lo por venir, palote de Dios”.
O capítulo do livro que trata do peronismo é imperdível. Conta que os próprios peronistas riem da aguda afirmação de Borges, no sentido de que eles (os peronistas) não são nem bons, nem maus: são incorrigíveis. Acrescentaria eu: não só os peronistas são incorrigíveis, mas os argentinos em geral.

sábado, 23 de maio de 2009

ERRATA CULTURAL

Para que vocês não assimilem informações erradas, vai aí uma "errata cultural" colaboradora.

Pessoal, o Brasil não tem 17 milhões de quilômetros de fronteiras terrestres. Tem sim um total de 23.086 km de fronteiras totais, sendo 7367 km de fronteiras marítimas, e 15.719 de fronteiras terrestres. Pequeno engano que saiu nos jornais.

Gente, a Turquia fica na Eurásia. Não se trata de país árabe. A Capital é Ancara, tendo ainda como cidades principais Istambul, Izamir e Borsa.

Meus patrícios, eles lá falam turco, assim como mais de 200 milhões de pessoas espalhadas pelo mundo. A população turca é de aproximadamente 75 milhões de pessoas.

Meus amigos, aqueles imigrantes que costumam ou costumavam vender mercadorias de porta em porta no Brasil nada tinham de turcos, eram na sua maioria Libaneses, Sírios ou Judeus mesmo.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

¿QUE HACER EN LAS LARGAS NOCHES DE INVIERNO?

Não gosto do inverno, mas, tal como todo ano, ele está chegando.
Costumo dizer que existem alguns tipos que gostam de inverno: médico, dono de hospital, casa de saúde, cemitério, farmacêutico, fabricante de remédios e dono de funerária. Como não gosto das companhias prefiro mesmo odiar o inverno.
Ruim para acordar; ruim para tomar banho; ruim para sair na rua; ruim para trocar de roupa... É bom prá que mesmo?
Eu sei e reconheço que esta alternância de estações é salutar, pois os bichinhos de inverno morrem no verão e vice-versa. Assim, as epidemias por aqui não costumam durar muito.
O principal problema é que todas as entradas de inverno eu me dano. Fico gripado. Este ano tomei a vacina de velho (para a gripe). Tomara que funcione. Mesmo que dê certo, continuo a odiar o inverno.
Quando o inverno termina, eu os passarinhos ficamos numa alegria só, tal qual pintos no lixo. Tenho a sensação que saí do outro lado do túnel.
Tem gosto p´rá tudo: tem gente que gosta do inverno. Bom (well) tem gente que gosta de fusca, disco de vinil, chapéu de palha, ônibus cheio, lula...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

USAR A DESGRAÇA POLITICAMENTE: CHEGAMOS AO FUNDO DO POÇO

"Eu ouvi um parecer do meu filho que é médico que me deu duas opiniões e me parece que a segunda é mais importante: do ponto de vista médico ele disse que a Dilma tira isso de letra, mas do ponto de vista político ele disse que isso vai reforçar a candidatura dela”.
Marco Aurélio Garcia, assessor de Lula para assuntos internacionais e pai do jaleco que inventou a medicina política.(Blog do Augusto Nunes no Estado de S.Paulo)

terça-feira, 19 de maio de 2009

DEFENSORES PÚBLICOS: O SEU DIA

Hoje é dia dos defensores públicos, guardiões dos direitos dos menos afortunados.
Nobre missão: quase um sacerdócio.
Maltratados pelo Estado que não olhe alcança recursos para trabalhar, nem os subsídios a que têm direito por mandamento constitucional.
Mando um grande abraço para Gabriela, Virgínia, Vera Henkin, José Castilho, e demais amigos que tenho na defensoria.

FALEI E DISSE

No dia 22.04.2009, neste blog publiquei sob o título de SOS ou SAVE OUR SOULS, uma matéria onde dizia pessimista mais realisticamente, entre coisas que mesmo com o mundo inteiro em crise, os economistas do PT teimavam em alardear índices positivos na economia, sobretudo o PIB (Produto Interno Bruto), quando até as paredes sabem que estamos entrando em recessão. Continuo apresentando às pessoas que não são do ramo conceitos: qual o conceito atual de recessão? Três meses seguidos de crescimento negativo. Não se assuste, não estou fora da casinha, pois em economia existe mesmo crescimento negativo, pois se trata de conceito teórico. Quando ao invés de crescer o bolo do PIB baixa se diz que foi “crescimento negativo”.
Pois bem, hoje o Ministro Mantega reconhece que vamos para o segundo mês consecutivo de PIB negativo. O que isto significa? Elementar, meu caro Watson: mais um menos e estamos na recessão como o resto do mundo. A marolinha também esta resultando em água dentro da nossa canoa.
O que está fazendo Lula Lá? Está na China passeando. No meu tempo de garoto, ir para a china era outra coisa, pelo menos bem mais divertida. O Brasil já tem a China como a maior parceira comercial, até quando não sei, mas não faltará quem faça uma relação de causa e efeito entre a ida do nosso líder à China e o maior intercâmbio de mercadorias entre os dois países, quando até os que passaram no outro lado da calçada da faculdade de economia sabem que comércio internacional não se faz de uma hora para outra. E, principalmente, que a China está comprando muito mais do Brasil face o tremendo crescimento a que se submeteram os chineses nos últimos anos, criando uma necessidade enorme de matérias primas, principalmente ferro, as chamadas commodities minerais, bem como as agrícolas.
A verdade é que nada disto interessa, o que importa é a propaganda. É sair nas fotos abraçando o líder chinês, rindo e dando tapinha nas costas.

FORA YEDA!

Já mandei confeccionar o cartaz, é semelhante àqueles que os garotos americanos levavam para as praças para protestar contra a Guerra do Vietnam. Nele escrito em letras vermelhas bem grande: FORA YEDA!
Eu me acostumei com maravilhosos governantes como BRIZOLA, PERACCHI, TRICHES, GUAZZELI, AMARAL, JAIR, SIMON, OLIVIO, COLLARES, BRITTO e RIGOTTO, como agora vou aturar YEDA?
Todos os antigos governadores mantiveram as contas do Estado em dia, sempre superavitárias, os salários dos funcionários sempre na boca do caixa, e suficientes para as manutenções dos servidores e familiares com dignidade.
A saúde pública sempre foi uma maravilha, sem filas, com atendimento universal, de dia, de noite, sempre um médico esperando para atender os segurados.
Todos mantiveram os contingentes das polícias cívis e militares em sua plenitude, com os cidadãos podendo sair qualquer hora do dia ou da noite sem que tivessem de andar rezando para não serem assaltados.
Em matéria de educação então, o RS sempre foi um primor: professores felizes e contentes com os salários de 10 a 20 salários mínimos. Carga horária reduzida, com direito à preparação das aulas. Com escolas contendo todos os equipamentos necessários à educação dos alunos. Estes bem alimentados através de merenda escolar de primeira linha.
Não é que a dona Yeda veio esculhambar tudo.
Nos tirou do verdadeiro paraíso que vivíamos para nos jogar agora em Estado organizado e com contas equilibradas.
Para com isso, governadora, não estamos preparados para esta mudança brutal.
Este negócio de atrair investimentos não é prá nós.
Queremos é ficar com o progresso como carroças nas ruas e MST nas rodovias.
Não queremos professores em salas de aula, queremos que eles vão para a frente do Palácio Piratini demonstrar quanto são educados. Queremos que os nossos filhos possam ver como os nossos trabalhadores em educação sabem lidar com a moderna educação brasileira.
Não há lugar para pessoas como a senhora governadora.
Não estamos preparados para isso.
Fora Yeda!
PT já!

domingo, 17 de maio de 2009

OS POETAS NÃO MORREM


O jornal paulista o ESTADO DE S.PAULO publicou uma notícia errada diz lá que morreu o poeta uruguaio Mario Benedeti, que nasceu em 1920 na cidade uruguaia de Paso de Los Toros. Um dos mais importantes escritores e poetas uruguaios, é autor de uma obra muito linda.
O que está errado na notícia do jornal? Ora, poetas não morrem.
Como pode morrer alguém que escreve esta poesia:

Variaciones sobre um tema de Heráclito

No solo el rio es irrepetible
Tampoco se repiten
La lluvia el fuego el viento
Las dunas el crespúsculo

No sólo el río
Sugirió el fulano

Por lo tanto
Nadie puede
Mengana
Contemplarse dos veces
Em tus ojos.

É só uma para saberem com quem estão lidando.
Não interessa se Heráclito de Éfeso (filósofo pré-socrático) teria dito ou não que não se vê nunca o mesmo rio duas vezes. O importante é que a alegoria é verdadeira. Cada vez que se enxerga alguma coisa ela está diferente, ou nós mesmos estamos diferentes e veremos de outra forma.
Mário Benedeti pensava assim, tanto que afirma em sua poesia que tal não acontece somente com o rio, mas também com fenômenos da natureza, tais como a chuva, o fogo e o vento.
Um ser pensante que não nos deixa órfãos, pois a sua poesia sempre estará presente.
É só mais um Mário que dizem que foi, assim como o nosso Mário, o Quintana, que teria deixado as ruas que compõem o Mapa da Cidade, quando na verdade esta sempre aqui entre nós, com o seu eterno sorriso de menino.

AS COBRINHAS ESTÃO SAINDO DO NINHO

Trigo é uma gramínea cultivada no mundo todo há milhares de anos, cujos grãos são muito ricos em amido. Da moagem destes grãos se faz a farinha que vira pão, massa, biscoito e outros produtos. O joio também é uma gramínea que cresce no meio do trigo, mas seus grãos têm um princípio tóxico. Neste tom, o fato de o joio crescer no meio do trigo, e ser reconhecido como tóxico, ao contrário do trigo que é um espetacular alimento, é que, no sentido figurado joio tem a idéia de coisa daninha, má, e que aparece no meio das coisas boas.
Criou-se assim um velho ditado que diz separar o joio do trigo, ou seja, separar do que é bom as coisas ruins.
No meio jornalístico, é comum se dizer que a imprensa separa o joio do trigo, mas que, em geral fica com o joio.
Mendes Ribeiro (o pai já falecido) costumava dizer que um cachorro morder o homem não é notícia, mas um homem dar umas dentadas no cão é manchete.
Nesta linha, não interessa se a Governadora Yeda é culpada ou não das acusações que lhe são impostas pela oposição, o que importa é a notícia. A Governadora ser culpada é uma notícia e tanto, a sua inocência é mera obrigação do político, logo não é notícia.
Choveram acusações, mas até agora nada ficou provado. Luciana Genro e sua turma declaram existir fitas gravadas com provas, mas não as apresentam. Ameaçada de processo alega que levantará a exceção da verdade, fazendo - segundo sua estratégia – com que o Ministério Público faça aparecer as tais fitas.
Ora, é verdade que existe este instituto da exceção da verdade. Constitui de procedimento judicial onde o acusado de crime de calúnia, portanto, um crime contra a hora, possa provar que existiu realmente o crime de que acusou o seu desafeto.
O que não vejo dizer é uma coisa óbvia: quem tem de apresentar as provas a instruir a exceção da verdade é quem fez o levantamento deste remédio jurídico, e não o acusado ou mesmo terceiros, que é o caso do Ministério Público. Luciana Genro quer ficar no abrigo da exceção, mas quer que terceiro saiam a campo para juntar provas a seu favor. Trata-se de uma pretensão ousada e inédita.
Se a moda pega vou acusar meu vizinho de crime, depois se a coisa apertar vou dizer que o vizinho do outro lado tem as provas, que os investigadores vão lá apertar o vizinho para que ele apresente os elementos de convicção.
Joseph Goebbels (1897-1945) o poderoso Ministro Alemão da propaganda costumava dizer que uma mentira dita milhares de vezes vira uma verdade.
Alguém subiu o chaminé do gasômetro com um travesseiro de penas. Chegando lá em cima abriu o travesseiro e espalhou as penas por toda a cidade. Este foi o papel da oposição. Agora, depois de espalhadas aleatoriamente as penas, querem com toda a pressa que o outro lado as recolha, onde quer que estejam. É muito cômodo.
Outro dia, eu estava lembrando uma história que ouvi ainda criança. Um sujeito passou uma semana inteira procurando uma cobra até que a encontrou e matou. Não contente saiu a procurar seu ninho, lá chegando viu que quatro cobrinhas saiam rápidas dali para se espalhar pelo mundo.

sábado, 16 de maio de 2009

31 bilhões de cacetinhos em propaganda

Já fazia dias que não falava mal de Lula Lá. Não que tivesse causa, mas é que ando muito desmotivado e com raiva deste povinho que não sabe votar, como já dizia o sábio Pelé.
A notícia é que Lula já gastou no seu governo 6,3 bilhões de reais em propaganda. São dados oficiais.
Penso que com 50 milhões de reais dá para fazer um belo e bom hospital, ou seja dava para ao invés de fazer propaganda inútil ( inútil ao povo, não a ele, também não sou besta), poderia ter feito CENTO E VINTE E SEIS HOSPITAIS.
Como gosto de fazer contas dividi os 6,3 bilhões de reais pelos 180 milhões de brasileiros e cheguei a conclusão que cada brasileiro contribuiu com 35 mangos para o seu Lula Lá se promover e ao seu governo.
Bem com 35 pilas eu podia comprar 26 litros de leite. Os brasileiros comprariam 4,68 bilhões de litros de leite...
Bem com 35 pilas eu podia comprar 175 pãezinhos cacetinho. Os brasileiros 31 bilhões de cacetinhos.
Bem com 35 pilas eu poderia comprar 3Kg de carne de primeira. Os brasileiros poderiam comprar 540 milhões de quilos de carne.
Realmente gastou muito pouco...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

CONHEÇA-ME ATRAVÉS DA MÚSICA

Arthur da Távola - o senador - tinha um programa de música clássica na Tevê Senado, onde apresentava grandes orquestras nacionais e estrangeiras. Explicava de uma maneira simples o que apresentava, incluindo os tipos de andamento, as passagens, os instrumentos e as variações. O programa era muito próximo dos antigos Concertos Para a Juventude, que a OSPA apresentava aos domingos pela manhã na reitoria, onde assisti alguns.
No programa, ele sempre encerrava dizendo que a música era vida interior, e que, portanto, quem gostasse de música nunca padeceria de solidão. Arthur da Távola era um homem culto e inteligente, sendo sábias as suas palavras.
A gente conhece muito da pessoa observando seu gosto musical.
Fiz uma seleção de algumas de minhas músicas preferidas e coloquei no meu ORKUT. Assim, quem quiser conhecer um pouco do senhor Osnir, pode assistir ao clipes que coloquei ali. A variação é grande incluíndo John e Paul (Beatles), Santana, Gonzaguinha, Elis, Queen, Mercedes Sosa, Eagle, e o grande Elvis Presley.

SIMPLES INCIDENTE DE TRÂNSITO, SEM MAIORES CONSEQUÊNCIAS

Recebi hoje esta piada. Acho que é a melhor do ano, pelo que divido com os leitores.

Um cidadão entra numa Delegacia em Brasília e diz ao delegado:

- Vim entregar-me, cometi um crime e desde então não consigo viver em paz.
- Fique calmo... O que o senhor fez?
- Atropelei um petista na estrada de Taguatinga.
- Ora meu amigo, como o senhor pode se culpar se esses petistas atravessam
as ruas e as estradas a todo o momento?
- Mas ele estava no acostamento!
- Sinal que iria atravessar...!!! Se não fosse o senhor, seria outro qualquer.
- Mas não tive sequer coragem de avisar a família dele!
- Meu amigo, se o senhor tivesse avisado haveria manifestação de repúdio,passeatas com apoio DA CUT, MST, pancadaria e morreria muito mais gente;então o senhor fez muito bem, portou-se como um pacifista.
- Mas doutor, eu enterrei o pobre homem ali mesmo, na beira da estrada!
- O senhor realmente me parece uma pessoa de bem. Enterrar um petista é postura de benfeitor. Outro qualquer o abandonaria ali mesmo para ser comido
por urubus.
- Mas enquanto eu o enterrava, ele gritava : Estou vivo, estou vivo!
- Tudo mentira, esses petistas mentem muito...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

NEM REFUNDANDO

“Os problemas sociais são tão grandes, e decorrem de situações as mais diversas, o que torna cada vez mais complexa a salvação das criaturas.
Cinco deles, porém, constituem sinal de alarme para aqueles que ainda têm esperanças de viver num mundo melhor. São cinco raízes profundas, cuja veia venenosa se alastra com rapidez ceifando vidas, roubando a paz, destruindo e devassando. São eles: desarticulação da família; o baixo nível de cultura do povo; o baixo nível de saúde das populações, inflação e ignorância política e religiosa do homem comum.
Deles decorrem o elevado índice de criminalidade, o individualismo, a prática do adultério, as vítimas dos tóxicos e da maconha, o menor abandonado e delinqüente, os doentes mentais, os neuróticos e, principalmente, a juventude ociosa, turbulenta e angustiada dos nossos dias.”
O texto acima, parece, que foi escrito hoje. Engano, pois foi escrito pela Professora Geraldina da Silva, num pequeno livro chamado O PRIMEIRO PASSO, que recebi autografado pela autora no Natal de 1989, onde dedicou a minha estas palavras: “José Osnir – Obrigado pelo carinho dispensado à velha mestra. Deus abençoe tua família. Natal de 1989. Geraldina.” O livro provavelmente foi escrito entre na década de 70, o que mudou de lá para cá? Nada, ou melhor, piorou, pois às cinco raízes profundas citadas pela Professora Geraldina somou-se a CORRUPÇÃO POLÍTICA desenfreada.
Até é bom que pessoas como a Professora Geraldina não tenham o dissabor de presenciar o que está acontecendo em nossa política, pois certamente sofreriam muito. Não passa um dia que eu não sofra uma crise de indignação diante do que esta gente está fazendo contra o povo brasileiro.
Falando que os tempos não mudam (O tempora!O mores!) Já dizia Cícero no Senado Romano: Até quando, enfim, ó Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda esse rancor nos enganará? Até que ponto a (tua) audácia desenfreada se gabará?
Vivemos tempos de horrores. Uma tragédia grega ininterrupta, numa alternância de artistas, sem que mude o texto, constitui a nova sina do povo brasileiro, condenado à escravatura moral que lhe é imposta por gente sem o menor escrúpulo. Chegam a ponto de achar natural se apropriar do dinheiro público para financiar viagens para conhecidos.
E, o que é pior, conseguem aliados a defender este tipo de atitudes, com argumentos que variam entre achar ser coisa natural, entender que sempre foi assim, tachar de assunto requentado.
Lamento caros amigos, mas acho que não tem solução, não há mais vergonha na cara . E, quando isso acontece, nem refundando o país.

GRAFICA, PRA QUE TE QUERO

Não conheço a gráfica do Senado, embora tenha visitado o parlamento em Brasília, incluindo as duas casas legislativas. Sei que a mesma ocupa modestos 65mil metros quadrados. Para quem não tem idéia e não é bom em matemática, algo como 650m de comprimento por 100m de largura, ou para ficar mais quadradinho 200x325. Explicando melhor: 6 campos de futebol uma o lado do outro. Este “pequeno” parque gráfico é muito sobrecarregado, daí trabalhar e quatro turnos, consumindo verbas equivalentes a 30 milhões de reais anuais ou 15 milhões de dólares. É capaz de imprimir 45.000 documentos por hora.
Não faz muito, renovou equipamentos adquirindo entre outros uma máquina digital da Xérox 8265, um fabuloso Computer Plate e uma Off Set Man Roland R 700 EBP.
Para quem quer ter uma idéia do que estou falando o parque gráfico da Abril, responsável por edição de centenas de revistas e outros periódicos, imprime semanalmente a Revista Veja com 1.700.000 exemplares, ou seja a maior revista das Américas fora dos USA, conta com 55.000m2 de área contra os 65.0000m2 da gráfica do Senado Federal.
Na última Feira do Livro de Porto Alegre, Lourdes e eu fomos até a banca da Gráfica do Senado, pois eu tinha esperança de lá encontrar alguma publicação interessante, certamente a preço módico. Nada encontrei de interessante, tudo impressos completamente inúteis. Para não sair de lá frustrados compramos uma Constituição, representada por uma pequena brochura em verde e branco, ao custo de dez reais.
O senado paga por volta de 3,5 mil por pessoa trabalhando terceirizada na gráfica, enquanto estes funcionários recebem de suas respectivas firmas entre 830 a 885 reais.
Em resumo, se o Senado fizesse todo o seu serviço por terceirização direta, economizaria mais de 2/3 do custo atual de sua gráfica.
É por estas coisas que cada vez temos que pagar mais impostos. É um verdadeiro saco sem fundo. Aliás com fundos: os nossos.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

ALBUM DE FAMÍLIA


Meu pai Anselmo de Figueiredo Vaz, hoje com 77 anos de idade, eis que nasceu em 1932 na cidade São Gabriel, foi órfão muito cedo. Na foto ao lado esquerdo, estão seu pai ALFREDO MIRANDA VAZ (espada na cintura) e sua mãe ANACLETA com o filho mais velho JOÃO DE DEUS VAZ. Além de João, já falecido, de meu pai, existe ainda a irmã Soeli residente em Porto Alegre. O vô Alfredo nasceu em 1905 e morreu em 1943, portanto, com apenas 38 anos. A vó Anacleta morreu com apenas 24 anos da febre do tifo. Na época, não havia cura para a enfermidade. Hoje basta algumas doses de antibióticos tais como Cloranfenicol.
Na foto da direita, cedida por meu primo também Alfredo, está o vô em 1928, ostentando orgulho o seu lenço branco. Acho que puxei o meu avô pois não gosto de lenço colorado.
Conta em seus livros o historiador OSÓRIO SANTANA FIGUEIREDO que o nosso bisavô Capitão Anselmo Vaz morreu numa de nossas guerras civis no final do século XIX, onde também faleceu um dos seus filhos.
Vou buscar mais informações sobre estes episódios, e em breve publicarei aqui.

ACORDO É BOM. PARA QUEM CARA-PÁLIDA?

Tenho visto muito no Judiciário brasileiro uma tendência a conciliação, ou seja, levar as partes a fazer um acordo. Na verdade, não é isso que ocorre, pois o que se obtém não é um acordo, pois os envolvidos têm interesses opostos, e estão ali na lide a discutir quem está com a razão. Se eles estivessem de acordo não haveria litígio, por óbvio. Nessa linha o que se consegue é a chamada transação. Trata-se de conceito jurídico onde se dirimem conflitos através de concessões mútuas.
Concessões mútuas significam que ambas as partes cedem um pouco para atingir um ponto de equilíbrio. Aparentemente não existe problema algum na chamada transação, pois as partes abrem mão de parte de seus direitos objetivando o fim do conflito. O que a maioria das pessoas não se dá conta é que uma das partes exatamente a parte inocente sai tremendamente prejudicada, enquanto a parte culpada se locupleta, ou seja, obtém uma derrota menor do que deveria sofrer. A exceção seria quando existe a chamada culpa recíproca, exatamente onde as duas partes têm algum grau de razão ou não, mas esta hipótese é rara.
Nesta linha de pensamento, o que se obtém com as conciliações no âmbito do judiciário não é a distribuição da justiça, e sim o extinguir processos. Muito bom sob o ponto estatístico: se resolveram “n” processos este ano. Mas um exame profundo sob ponto de vista da justiça não é o que verdadeiramente ocorreu.
Lembrando as lições do Direito Romano: “Justiça é a vontade firme e constante de atribuir a cada um o que é seu”. Ulpiano “Direito é a arte do bom e do justo.” Celso – “ius est ars boni et aequi”. Onde está o bom e justo, num acordo quando a pessoa que tinha razão teve que abrir mão de parte do seu direito, a atribuição do que é seu? Será o acordo bom; será justo? Penso que não.
Não se trata de uma supervalorização do Direito Processual (adjetivo) em desfavor do Direito Material (substantivo)? Um benefício à forma em detrimento do conteúdo do direito do cidadão.
Basicamente, o conceito de Estado Democrático de Direito é uma situação jurídica equilibrada, onde todas as pessoas físicas ou jurídicas, de Direito Público ou Privado estão submetidas às regras claras do Direito dentro de uma sociedade justa, mediante um equilíbrio entre as forças de poder, e com a obediência dos Direitos Fundamentais da pessoa humana.
Acontece que nos últimos anos milhares de ações foram julgadas no Brasil contra órgãos estatais federais, estaduais e municipais, dando razão aos autores, e, determinando a Justiça a estes entes governamentais que pagassem os particulares. Esta ordem esta determinação judicial, vai para os órgãos competentes através de um documento chamado precatório. Pois bem num Estado Democrático de Direito, a Fazenda pegaria este precatório e faria a previsão do seu pagamento para o exercício imediatamente seguinte, mediante a inclusão no orçamento. Virado o ano, o órgão estatal pagaria os precatórios exatamente por seu número de ordem de lançamento. Os órgãos governamentais se fazem de surdos não põe os precatórios nos orçamentos, e por via de conseqüência não pagam. O interessado vai a juízo para buscar o seu dinheiro, e não adianta nada. O poder público simplesmente não paga e fica por isso mesmo.
Antigamente, e há previsão legal para tal, o governante poderia sofrer intervenção se entrasse em desobediência à determinação judicial. Hoje, não adiante pedir que tribunal nenhum decreta intervenção. Os precatórios vão se acumulando, criando uma correção e juros muito altas levando a valores inimagináveis.
O que pensou o governo federal? Pagar menos. Como via conciliação, ou seja, acordo. Vem aí mais calote. União, Estados e Municípios vão promover leilões, ou seja, quem quiser acordo e ganhar bem menos leva. Quem não acatar fica esperando, sentado à beira do caminho. Será que o estado está dando a cada o que é seu? Será que isto é bom e justo? Certamente não. Por isso ausente está o ESTADO DE DIREITO de nossas plagas tupiniquins.

terça-feira, 12 de maio de 2009

O PEQUENO PRÍNCIPE


Antigamente era muito comum concurso de Miss, sendo o mais famoso para nós o que elegeu a bela Yeda Maria Vargas, Miss Universo, em 1963, e que foi casada com José Athanasio, meu amigo, falecido há pouco tempo em Porto Alegre. Nos concursos, quando a miss era entrevistada o repórter, tentando dar um ar de dignidade ao questionário, perguntava à candidata sobre o seu livro preferido. Invariavelmente, elas respondiam O Pequeno Príncipe.
Não sei se elas realmente leram o livro de Antonine Saint-Exupéry, mas a verdade é que todas as pessoas que conhecem a obra dão como referência do livro tão-somente uma frase: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Ou na tradução que eu mais gosto: “És eternamente responsável por quem cativas.”
No entanto, esta não é a minha frase preferida e sim uma que está perdida no meio do livro, ei-la: “Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é agora única no mundo.”
Atente para a interdependência entre as duas expressões: na primeira, você atrai; você cativa, logo, você é responsável; na segunda, você escolhe alguma em milhares, logo, a escolhida tem responsabilidade com você também.
Nem sempre é assim. Muitas vezes a gente se decepciona. Eu costumo dizer que é fácil dar presente, pois nos causa uma profunda satisfação, assim como também é mais fácil ainda receber um presente. O difícil é aceitar a forma com que o nosso presente é recebido. Eu tenho um medo danado de dar um presente, e ele ser recebido com frieza. Levo muito tempo para me recuperar deste tipo de episódio. Infelizmente, ele é muito mais freqüente do que se consegue imaginar.
A decepção é prima do desencanto. 99% de minhas horas tristes são devido à decepção. Eu acredito demais nas pessoas, sei que isto é um defeito, mas faz parte de minha índole. Crio uma expectativa que muitas vezes não vinga. É verdade que, na maioria dos casos, a pessoa nem culpa tem, pois a idéia que eu fazia somente tinha chances de prosperar em meus pensamentos e não na realidade. Nem sempre a culpa é da raposa.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

POBRE BUMBALELÉ

O Código Penal Brasileiro tipifica como crime, em seu artigo 286 a incitação de crime, bem como define no artigo seguinte a apologia ao crime. No primeiro caso, o agente convoca, instiga ou provoca que alguém promova ou faça uma ação que constitui crime, segundo a legislação penal brasileira. No segundo caso, propagandeia publicamente a prática de alguma coisa que se constitui crime no direito pátrio.
Na seqüência, determina ser crime a associação de três ou mais pessoas para o fim de cometer crimes.
Pois bem, se a apologia ao crime é crime, e se reunir para a prática de um crime que apologia ou qualquer outro também é crime, logo uma passeata em que milhares ou centenas de pessoas se reúnem para fazer a apologia de crime, constitui uma grande quadrilha formada com o objetivo de cometer um crime que é de apologia.
Pois bem, outro dia num país africano chamado “Bumbalelé” a pessoas fizeram – acredite – uma passeata pela descriminalização da maconha, nome popular da “canabis sativa”. Sabe que até um ministro de Estado do Bumbalelé estava lá? Em Bumbalelé para que um ministro de Estado seja processado, julgado e eventualmente condenado é necessário que seja através de tribunal superior.
Pobre Bumbalelé! Agora, quero ver com que cara a Polícia Federal e Polícias Estaduais de Bumbalelé vão combater este tipo de delito no país.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

NAS DOCES LEMBRANÇAS DE TERESINHA, UMA HOMENAGEM À GABI


Conheci Teresinha Turcato nos Encontros de Casais com Cristo na Paróquia do Pão dos Pobres em 1980. Fomos até lá levados por meus cunhados, Paulo e Noemi, esta de saudosa memória, aquele ainda um grande e querido amigo. Teresinha era casada com Névio, com o qual fazia um casal perfeito. Ela, jornalista, uma pessoa muito culta e inteligente. Ele, não menos inteligente, pessoa de tiradas geniais. Infelizmente, Teresinha também nos deixou há alguns anos. É dela um pequeno livrinho chamado Amo-te Hélade, composto de pequenos contos, que lhe deu o cobiçado prêmio ARI.
Minha única filha Gabriela faz aniversário amanhã. Seu sobrenome de mãe Przybysz, por óbvio revela uma ascendência polaca, o que lhe atribui enorme força de vontade e coragem moral. Assim que escolhi para homenageá-la aqui no meu modesto blog um pequeno trecho do livro de Teresinha com o nome de Procura-se gente.
“Teus braços enlaçaram meu pescoço. Senti, muito próximo, o teu hálito de leite. Tua respiração e a minha pulsaram num mesmo ritmo. Teu corpinho comprimiu meu peito. Meu ventre. Aninhei-te em meus braços. Foste pássaro implume. Sou ninho. Sou berço. Sou mãe. Sou o rosto de tia que tu não queres esquecer. Com garra te apegaste a mim. Envolveste-me no teu desejo de ser. Do ter. De possuir. Possuída já estou à força de tua vontade, Maciel, meu pequeno enjeitado da Unidade Lar “Padre Maximiliano Kolbe”. Só porque fui conhecer a casa de tão ilustre nome. Maximiliano Kolbe foi um padre polonês que ofereceu a vida em troca da vida de um pai de família durante a guerra. Heróica Polônia!
Encerrando, desejo de público a minha filha Gabriela toda a felicidade do mundo, muito mais que consigo imaginar, dizendo a ela que receba todos os presentes que mereça, pois eu já recebi ou meu em 08.05.1981. Gabriela: meu eterno presente!

ULTIMA LEMBRANÇA: UM BELO HINO AO AMOR ETERNO

Quando falo de música, as pessoas sempre me perguntam qual é a música regional que eu mais gosto. Não raro, se decepcionam, pois a maioria imagina algo como CANTO ALEGRETENSE do Bagre Fagundes, que é um verdadeiro hino regional, ressaltando a bela Alegrete. São realmente lindos versos, principalmente a parte que fala: para quem chega de Rosário ao fim da tarde ou quem chega de Uruguaiana de manhã, vem o sol como um brasa mergulhada no Rio Ibirapuitã. Conferi as duas situações, e realmente são lindas. No entretanto, a minha música preferida chama-se Última Lembrança de autoria de Luiz Menezes.
Nela ele canta sua amada com rara beleza. Inicia com a primeira estrofe dizendo - Eu hei de amar-te sempre, sempre além da vida/Eu hei de amar-te muito além do nosso adeus/Eu hei de amar-te com a esperança já extinguida/De que meus lábios possam ter os lábios teus. Canta aqui o amor eterno: a esperança de todos os amantes.
Na segunda estrofe, quando prevê a própria morte, roga que possa neste momento ainda pronunciar o nome da amada. Quando eu morrer permita deus que nesta hora/Ouças ao longe o cantar da cotovia/Será minh'alma que num canto triste chora/E nessa mágoa o teu nome pronuncia
Na terceira, anuncia seu desejo de transcendência em todos os lugares e bocas, inclusive dos poetas. Segue : (eu viverei eternamente nos cantares/Dos pobres loucos que dos versos /fazem o ninho/Eu viverei para a glória dos pesares/Onde quase sucumbi nos teus carinhos)
Nesta quarta estrofe, Cria uma figura poética de rara beleza, onde o amante viverá como um fantasma na imagem do outro, diz uma sombra em tua sombra. Assim: Eu viverei no violão que a noite tomba/Ante a janela da silente madrugada/Eu viverei como uma sombra em tua sombra/Como poesia em teu caminho derramada/ No final da estrofe, encerra derramando a poesia no caminho da amada.
Encerra esta linda poesia, num hino de amor, jurando para a eternidade que o tempo não lhe tirará o grande amor de sua vida. Veja: Nem mesmo o tempo apagará nossos amores/Que floresceram de uma ilusão febril e mansa/Eu viverei como uma sombra em tua sombra/Mas te levando em minha última lembrança. Falar dos amores que florescem de ilusões febris e mansas não pode deixar quem tem alguma sensibilidade desassossegado.
Confiram esta linda letra na maravilhosa voz de Dante Ramon Ledesma.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

ESCRITAS À ALIGHIERI

A doença de Dilma, embora as chances sejam de até 90% de cura, devem inviabilizar a sua candidatura. Ninguém em juízo perfeito vai se atirar numa campanha tão pesada quanto a para presidência da república com a saúde comprometida. O grau de tensão numa campanha desta é muito violento, sendo que sempre a pessoa perde peso, paciência e outros pês que não lembro.
Há o risco de diminuição das defesas o que poderia ser aproveitado pela enfermidade. Creio que o PT deverá aguardar ocasião melhor, quando tenha outro candidato para anunciar a substituição.
O grande risco é, em não achando outro candidato com bala na agulha, o senhor Lula Lá resolva partir para a conquista de um novo mandato. Nesse caso, teria que enfrentar o Congresso em grande batalha pela mudança da Constituição Federal a lhe amparar a pretensão. Não duvido que passe, pois o fisiologismo político é muito grande.
Abrindo-se a possiblidade de ene eleições, não tenho dúvida que o povinho tupiniquim, à reboque do bolsa família vai eleger novamente o senhor Lula.
Aí teremos Lula vitalicialmente. Exatamente como um Imperador tal qual andei pregando em outro artigo nesta mesmo blog.
Lula seria aclamado Imperador do Brasil, com o nome de Lula da Silva I. O regime poderia ser o parlamentar, fazendo eu a indicação, desde já, do primeiro ministro: José Dirceu.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Muito além do talião

Um dia destes, estava eu folhando o Alcorão. Que me perdoem os muçulmanos (respeito muito a religião alheia), na verdade uma Tradução do Sentido do Nobre Alcorão para a língua portuguesa. Explicando para quem não é muçulmano: o Alcorão não pode ser traduzido, assim como não pode ser traduzido o nome do profeta Mohamed, que em português seria Maomé.
Encontrei um versículo muito interessante: “À adúltera e ao adúltero, açoitai a cada um deles com cem açoites. E que não vos tome compaixão alguma por eles, no cumprimento do juízo de Allah, se credes em Allah e no Derradeiro Dia. E que um grupo de crentes testemunhe o castigo de ambos.”
Traduzindo para linguagem laica, com jeito gauchesco, que os adúlteros levem uma sumanta de rebenque, no mínimo, cem chibatadas; que não se tenha pena dos coitadinhos; e que a vergonheira seja assistida pelo povo.
Que maravilha! Por aqui iria diminuir muito a sem-vergonhice. Mas, que ia andar muita gente de costa lanhada por aí, ia sim. A grande vantagem que a gente iria logo saber quem andava pulando a cerca da (o) vizinha (o).
A gente costuma criticar o pessoal da Lua Crescente, mas ele tem soluções prontas e rápidas para tudo. Sempre radical, mas que resolve. Ladrão? Corta a mão. Se aplicasse por aqui esta última seria ótimo, mas o que teria de maneta. Na política, então? Imaginem eles discursando só com um toquinho de braço. Será que teria gente ainda votando nos manetas?

* Muita gente pensa que talião é nome de gente. Na verdade, é a expressão lei de talião vem de “lex talionis”, onde lex significa lei e “talis” significa tal ou seja igualdade. Assim, sua expressão mais famosa é : olho por olho; dente por dente. Significando que quem tira o olho do outro deve perder o seu. É o Direito em sua forma mais primitiva.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A VERDADEIRA CARA DE CHE


Cada vez que eu passo por um jovem com a célebre foto de Ernesto Guevara de la Serna, conhecido como Che Chevara, escrevo na testa do neófito: inocente útil. Fico indignado quando as pessoas elegem por ídolo alguém que não merece, e que, pelo contrário, tem tudo para não merecer uma boa página na história da América.
Che Chevara nasceu em Rosário- Argentina, em 14.06.1928. Passou a infância em Córdoba, onde já sofria da asma que carregou a vida inteira.
Em 1952, empreendeu pela América Latina uma longa viagem de motocicleta, que deu motivo ao filme DIÁRIO DE MOTOCICLETA, e lhe teria inspirado para as suas ações futuras.
Andou, ainda, em atividades político-revolucionárias pela Bolívia, Guatemala e finalmente Cuba. Leitor dos comunistas famosos, como Marx e outros, teria sido o responsável pelo envolvimento da revolução cubana, que ajudou, com o comunismo soviético, pois a turma de Fidel nunca tinha sido socialista antes da revolução cubana.
A partir de Cuba tentou incursões comunistas na Argentina, Congo e finalmente Bolívia onde morreu. Por estes fracassos, se comprovam que atribuir algum mérito a Che pela revolução cubana, sem levar em conta o gênio estratégico de Fidel Castro, é um exagero.
Na verdade, Che na administração cubana, em especial no Ministério da Economia foi um fracasso. A ponto do inteligente comandante já estar de saco cheio dele, louco para se livrar do mala.
Inquieto, queria expandir suas idéias comunistas pelo mundo, e se deu mal.
Defensor dos fuzilamentos dos adversários políticos, foi tão radical a ponto de defender os assassinatos na Assembléia Geral da ONU, o que pode ser conferido em vídeo que anda pela Internet, ao alcance de qualquer mortal. Fez algumas execuções pessoalmente.
Não gosto de biografias de fãs, as chamadas laudatórias, nem das escritas por inimigos, onde se gizam somente o que o historiado tem de ruim.
Assim, gosto das neutras, onde se lê o que o sujeito fez de bom e o que fez de ruim.
Nestes termos, não hesito em indicar a biografia de Che Chevara, subtítulo: A Vida em Vermelho, escrita por Jorge G. Castañeda, edição da Companhia das Letras. Castañeda é jornalista mexicano do jornal O “proceso” e também do “Los Angeles Times”, bem como do periódico ‘Newsweek”, uma das principais revistas semanais do mundo. Realmente uma pessoa com credibilidade.
O livro é muito bem escrito. Por se tratar de um jornalista, a linguagem é jornalística, semelhante ao talhe de Rui Castro.
Os fãs de Che repetem uma frase que demonstraria toda “delicadeza” do distinto, é mais ou menos assim: “endurecer, sem perder a ternura jamais.” Compare com a frase dita em 11 de dezembro de 1964, sabe aonde, na Assembléia Geral da ONU: "Fuzilamos e seguiremos fuzilando enquanto for necessário. Nossa luta é uma luta até a morte". E, mais em maio de 1967, na revista cubana Tricontinental, Che escrevia: "O ódio intransigente ao inimigo converte o combatente em uma efetiva, seletiva e fria máquina de matar. Nossos soldados têm de ser assim". Veja a frase de Castañeda para entender um pouco do mito Che Chevara: “ Com o tempo, o próprio ano de 68 ( ele morreu em 1967) se converteria em marco e mito, eleito como último instante em que tudo pareceu possível. À luz da nostalgia desses dias, o rosto que os simbolizou foi reproduzido à exaustão em camisetas e pôsteres, ao lado dos de Marilyn Monroe, Janis Joplin e Jimi Hendrix. Aos poucos, o ícone foi encobrindo o homem, relegando sua vida a um segundo plano nebuloso.”A verdade é que Che era um revolucionário que não via medidas, fechava os olhos e não via consequência de nada, diferente de Fidel Castro, por exemplo, o qual não lhe deu apoio nas empreitadas bestas que empreendeu, e que evidentemente não deram certo, acabando por lhe tirar a vida. Lembrei-me dos conselhos do meu avô: - Guri, entrar numa briga, que sabe já perdida, não é coragem é burrice.

AHMADINEJAD NÃO VEM

Li nos jornais de hoje que Ahmadinejad o dito presidente persa não vem mais à América Latina.
Certamente está com medo da peste.
Não se exalte, medo da peste suina, pô.
Não é todo o dia que falo de Lula Lá.

domingo, 3 de maio de 2009

DECLARO PEREMPTORIAMENTE: NÃO HÁ QUALQUER RELAÇÃO


O presidente do Irã (antiga Pérsia), o senhor Ahmadinejad visita o Brasil neste mês.
Choverão protestos, principalmente dos judeus, haja vista que há poucos dias o dito cujo disse que o holocausto não existiu. Também os gays estão putos da cara com ele, pois declarou, o ilustre preclaro, que no seu país não existem homossexuais.
Outra notícia também me chamou a atenção: Lula quer Celso Amorim, o atual ministro das relações exteriores presidindo a Agência Internacional de Energia Atômica.
Vamos ver se entendi: Irã que está brigando com o mundo sobre sua conduta em matéria nuclear visita o Brasil, e presidente brasileiro quer que o país tome conta da presidência da agência internacional que controla a energia atômica?
Como sou muito inocente, acho que não há qualquer relação de uma coisa com a outra.

ANTENA VINTE E CINCO

1. LEI DE IMPRENSA - O jornal Folha de S.Paulo, em sua edição de hoje, diz exatamente o que falei sobre a decisão do STF que fez desaparecer a Lei de Imprensa: “ Cabe agora ao Congresso abreviar o perigoso vácuo que se abre com a decisão do STF, elaborando uma nova lei de imprensa, plenamente democrática.
2. LULA E OS 300 PICARETAS - Na mesma Folha, e na mesma folha, Clóvis Rossi sobre a fala de Lula Lá sobre os deputados viajantes: “ É indecente e aética a defesa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz do uso de passagens aéreas pelos deputados.” E, completa : “Se o próprio presidente diz não achar – correto – dar passagens para outras pessoas, como ele o fez, deveria é repetir a frase sobre os – 300 picaretas que defendem apenas seus próprios interesses- Mas o poder muda tanto as pessoas que, de condenar, passou a louvar – picaretas- e privilégios indecentes”. Falo eu: Rossi se esqueceu do antigo adágio popular onde a gente somente conhece as pessoas quando lhes dá o poder.
3. COERÊNCIA PRESIDENCIAL PRESERVADA - No painel do leitor do mesmo periódico, um leitor (Paulo Santos de São Paulo) foi mais a fundo, dizendo ser pura hipocrisia criticar o presidente afinal o seu pensamento está coerente com o que já havia dito em Paris sobre o uso do caixa dois: que era e sempre foi prática comum.
4. PARAGUAI O VIZINHO ESPERTO - Lembram-se quando falei que o governo brasileiro acabaria por atender aos pedidos do governo paraguaio sobre Itaipu? Pois já começamos a pagar mais.
5. NOSSO ÍNDIO DE ESTIMAÇÃO - Pior foi o episódio com a Bolívia que o senhor Evo confiscou os bens brasileiros, invadiu as usinas com tropas, e o nosso governo disse amém, e está atendendo todos os reclamos de Morales (ou será I?)
6. CASA DE CHINA - O Brasil está virado numa casa de china, onde todo o mundo bota a mão, todo mundo exige e leva. A casa de china ainda tem uma vantagem: não pagou não leva.
7. VELHO PAÍS OTÁRIO - A gente sabe que criança é malvada por natureza. Quando criança existia um cidadão que nós chamávamos de O VELHO que distribuía balas para a molecada no armazém da esquina. Pois nós não o olhávamos como um sujeito simplesmente bom que queria ver a alegria estampada no rosto daquelas crianças, simplesmente o víamos como um OTÁRIO. Pois é assim que os outros países no veem hoje, meramente como um país OTÁRIO.

RENOVAÇÃO NA POLÍTICA? PODEM TIRAR O PANGARÉ DA CHUVA.

Tenho visto com bastante tristeza a nova geração de políticos brasileiros. Não vou citar nomes, pois poderia cometer algumas injustiças. Será? Não me lembro de qualaquer exceção. A verdade é que eles não fogem em nada das práticas dos políticos mais antigos. Os mesmos discursos demagógicos; as mesmas promessas; as mesmas declarações de que são diferentes dos outros, mas que na prática não se confirmam.
Eles não abrem mão das mesmas mordomias dos políticos mais tradicionais. Gazeteiam também as sessões dos parlamentos. Também ficam dando beijinhos em crianças. Apresentam projetos de lei sem qualquer conseqüência, incluindo homenagens, criação de dias disto e daquilo.
Os novos aderem de imediato a falta de convicção ideológica. Se são do PCdoB (Partido Comunista do Brasil) não se apresentam como comunistas; se pertencem a um partido de direita fingem que são de centro esquerda; se são do PT preferem dizer somente que são do partido do Lula. Os neófitos aplaudem qualquer tipo de aliança, mesmo se o seu partido não guarda qualquer identidade com o partido ao qual pretende fazer sociedade, ou seja fisiologismo puro.
Onde está a diferença das velhas raposas? Em nada.
O nosso futuro político não é nada promissor. Não esperem nada desta nova geração de políticos. Até por que como já dizia o Barão de Itararé: DONDE MENOS SE ESPERA DAÍ MESMO É QUE NÃO SAI NADA.

sábado, 2 de maio de 2009

NADA A VÊ (sic)

O menino nasceu na favela. Desde os seis anos se acostumou a viver no meio da delinqüência, achando aquilo tudo muito natural. Não conhecia o mundo, ali era o seu pedaço de chão. A moral que conhecia vinha dali. Roubar, furtar, enfim, subtrair bens alheios fazia parte de seu cotidiano. Ninguém dizia para ele que este tipo de atitude não era correto; que constitui crime, ou que, no mínimo não era uma coisa boa não só para os terceiros, para a sociedade, mas também para ele próprio.
Ele cresceu, e de alguma forma se tornou um líder na sua comunidade. Com esta alavanca, conseguiu se eleger vereador, depois deputado e finalmente chegou ao parlamento federal. Lá chegando, achou a coisa mais normal do mundo utilizar o dinheiro público para o seu proveito pessoal e dos seus amigos, pois até hoje ninguém lhe dissera que seria errado. Os seus pares faziam o mesmo, por que haveria de achar que não poderia fazê-lo. Até o Presidente da República disse que levar a mulher à Brasília e colegas de sindicato, por conta do erário, é uma coisa natural.
O nosso deputado é formador de opinião. Com ele, leva todo uma legião de eleitores, de correligionários, familiares, amigos a pensar exatamente como ele. Com este tipo de pensamento, e o que é pior, com este tipo de ação, estamos mudando a sociedade, e não é para melhor.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

LULA LÁ DÁ FORÇA PARA O USO DAS PASSAGENS AÉREAS

Minha quota de indignação com os deputados e senadores que usaram as passagens para viagens de terceiros já se esgotou. Também a minha quota de indignação com as coisas que Lula Lá diz e faz também já se esgotou.
Daí vou simplesmente colocar aqui o que foi publicado hoje no melhor jornal do Brasil que é o ESTADO DE SÃO PAULO.
Palavras do Presidente segundo o Estado de São Paulo:

"Não acho um crime um deputado dar uma passagem para um dirigente sindical ir a Brasília. Quando eu era deputado, muitas vezes convoquei dirigentes da CUT e outras centrais para se reunir com passagens do meu gabinete. Graças a Deus, nunca levei nenhum filho meu para a Europa. Mas um deputado levar a mulher para Brasília, qual é o crime?", questionou Lula, depois de participar da inauguração de um hospital de reabilitação da Rede Sarah, no Rio."
Para o presidente, a imprensa dá muita importância a um assunto que é banal e que poderia ser resolvido pela própria Mesa Diretora da Câmara. "Falam como se fosse um novidade uma coisa que é mais velha do que a História do Brasil". "Esse assunto está há um mês na imprensa, e temos coisas mais importantes para discutir", criticou Lula.

Não ou fazer qualquer tipo de comentário, pois seria até ofensivo a inteligência do leitor. Se trata do que antigamente os chargistas chamavam de SEM LEGENDA.

UMA OPINIÃO SOBRE O FIM DA LEI DE IMPRENSA

O Supremo Tribunal Federal decidiu pelo fim da lei de imprensa no Brasil.
Somente o Ministro Marco Aurélio Melo votou pela manutenção da lei. Alguns deles ainda discutiram a possibilidade de manutenção da parte da lei que tratava do chamado direito de resposta.
A discussão é mais ideológica do que jurídica. Como se tratava de lei do período dos governos militares, uma grande pressão da imprensa para a derrubada da lei, e principalmente a força dos partidos de esquerda no atual momento, se montou o cenário à exclusão de tal diploma legal.
Agora, com a extinção, na prática, da lei, o assunto fica regulado somente pela Constituição em seus aspectos macro, e os crimes ficam unicamente tipificados no Código Penal, e o direito de resposta fica sem regulamento, à mercê da decisão do julgador de plantão.
Esta é a notícia.
Vamos à minha opinião.
Existem alguns princípios que a esquerda gosta muito de defender, e até tem razão, tais como liberdade de imprensa e ausência de censura aos programas e espetáculos públicos. Só que nos países onde ela consegue impor o seu verdadeiro regime a primeira coisa que faz é exatamente restringir este tipo de liberdade. Todos os esquerdistas que conheço são favor da liberdade de imprensa, mas absolvem a falta de liberdade em Cuba, por exemplo, o que é inexplicável.
Comento aqui problema da censura em órgãos de comunicação como televisão e rádio. Dizem que todos somos completamente contra qualquer tipo de censura. Na verdade, a coisa não é bem assim: não posso colocar no horário das 15h00min um programa pornô entre os programas da Xuxa e da Angélica. Estou exagerando para provocar a discussão.
A liberdade de imprensa ficando restrita a tão-somente ao Código Penal também é uma temeridade, pois existem ações outras da imprensa que não chegam a ser crime, mas que podem trazer prejuízos a terceiros. A regra geral civil da indenização por ato ilícito é por demais genérica para atingir este tipo de infração, sendo o instituto da responsabilidade civil por demais subjetivo, e quase ninguém – para não dizer ninguém – é réu neste tipo de problema.
A lei de imprensa, por outro lado, tinha um capítulo onde cuidava do chamado direito de resposta. Alguém, por alguma forma, é atingido por um jornalista ou órgão de imprensa em geral, tem ele o direito de ver publicado no mesmo órgão com o mesmo destaque a sua versão dos fatos. Pois bem, com a extinção da lei por força judicial, não haverá mais regulamentação desta matéria, até que - se assim entender – o congresso nacional resolver fazer o seu principal papel e legislar. Duvido que o faça.
O principal problema da lei de imprensa, bem como do Código Penal, e da lei processual criminal é que a soma de todos os prazos concedidos a réus neste tipo de processo fazem com que todos os processos prescrevam, pelo menos em concreto.
Para quem não é iniciado em direito, explico que existe o que se chama de prescrição, onde a passagem do tempo faz com que o estado não tenha mais o direito de punir o cidadão pelo crime. Esta prescrição no primeiro momento se faz calculando a pena em tese, sendo geralmente o dobro da pena máxima. Assim, se alguém comete um crime punido com pena máxima de 5 anos, em 10 anos ocorrerá a prescrição. Na prescrição em concreto, o cálculo é feito levando em conta a pena efetivamente aplicada pelo juiz ao caso concreto que 100% das vezes é menor que a pena máxima. Daí resulta que a utilização pelos advogados de todos os prazos processuais faz com que tudo prescreva neste campo.
É claro que não sou ingênuo, pois sei que em quase todos os outros campos do direito criminal isso ocorre, mas quanto aos crimes de imprensa este fato é mais evidente.
Por tudo isso, acho que não se houve bem o Supremo em suprimir tal legislação pelo seu todo. O que deveria fazer é simplesmente excluir tudo aquilo que fosse contra a constituição. É que o tipo de ação promovida pelo PDT não ensejava este tipo de solução. Face a isso acho que o único certo realmente foi Marco Aurélio Melo, que do alto de sua total independência e coragem votou pela improcedência da ação. Os demais resolveram votar pelo que soaria melhor à opinião pública.
Doravante, neste campo, teremos tudo quanto é tipo de decisão sobre indenizações, direito de resposta, imputação e penas. Quem viver verá.

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