quinta-feira, 29 de abril de 2010

PENINHA

Ele é conhecido por Peninha.
Existem autores e compositores de uma obra só, mas que se perpetuam graças à qualidade da obra unitária. Nessa turma, está, por exemplo Euclydes da Cunha, com a sua obra prima Sertões e Augusto dos Anjos com Eu.
Peninha não tem obra única, mas tem uma música que ressalta em qualidade chamada sonhos.
A música é muito bonita e a letra ímpar.
Tudo era apenas uma brincadeira
e foi crescendo, crescendo me absorvendo
e de repente eu me vi assim completamente seu
vi a minha força amarrada no teu passo
vi que sem você não tem caminho eu não me acho
Vi um grande amor gritar dentro de mim como eu sonhei um dia
Quando o meu mundo era mais mundo e todo mundo admitia
Uma mudança muito estranha, mais pureza, mais carinho, mais calma, mais alegria
No meu jeito de me dar
Quando a canção se fez mais forte, mais sentida
Quando a poesia realmente fez folia em minha vida
Você veio me contar dessa paixão inesperada por outra pessoa
Mas não tem revolta não
Eu só quero que você se encontre
Ter saudade até que é bom
é melhor que caminhar vazio
A esperança é um dom que eu tenho em mim (eu tenho sim)
Não tem desespero, não
Você me ensinou milhões de coisas
Tem um sonho em minhas mãos
Amanhã será um novo dia
Certamente eu vou ser mais feliz
Quando o meu mundo era mais mundo e todo mundo admitia
Uma mudança muito estranha, mais pureza, mais carinho, mais calma, mais alegria
No meu jeito de me dar
Quando a canção se fez mais forte, mais sentida
Quando a poesia realmente fez folia em minha vida
Você veio me contar dessa paixão inesperada por outra pessoa
Mas não tem revolta não
Eu só quero que você se encontre
Ter saudade até que é bom
é melhor que caminhar vazio
A esperança é um dom que eu tenho em mim (eu tenho sim)
Não tem desespero, não
Você me ensinou milhões de coisas
Tem um sonho em minhas mãos
Amanhã será um novo dia
Certamente eu vou ser mais feliz.
Mas não tem revolta não
Eu só quero que você se encontre
Ter saudade até que é bom
é melhor que caminhar vazio
A esperança é um dom que eu tenho em mim (eu tenho sim)
Não tem desespero, não
Você me ensinou milhões de coisas
Tem um sonho em minhas mãos
Amanhã será um novo dia
Certamente eu vou ser mais feliz

quarta-feira, 28 de abril de 2010

MUDO EU?

Ele estava sentado à beira do rio, onde fitava lânguido e difuso os arcos sucessivos que surgiram depois da pedra. Pensava consigo: chegam determinadas horas em que as mudanças se impõem. Quando a pasmaceira se instala carecendo algum agito. Não se tratava de mero lastimo, pois não era de seu feitio a queixa fácil.
Pendia na sua mão obra de Fernando Pessoa: “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”
Deveras, vivera toda a sua já longa vida ali em Richmond, subúrbios de Londres, à margem do Tâmisa. Um lugar maravilhoso, mas como alguém já disse que Adão e Eva foram expulsos do paraíso por tentarem sair da rotina, e onde a cobra amargou a culpa.
Lotado de enfado, arrasta a vida à espera da morte. Esperava mais desta encarnação.
Como salvar esta jornada, e não ficar à margem de si, como disse Pessoa?
Olha novamente para o rio. Lembra, então, dos escritos de Hesse: cada dia o rio é um rio diferente. Quem sabe ele possa ser a cada dia um eu diferente? Se não pode mudar o mundo, por que não muda ele?

POLÍTICO VELHO CAINDO NO CONTO DO PT

Ciro Gomes levou uma rasteira dos petralhas. Bem feito. Acreditar em conta de carrochinha a esta altura da vida. O experiente o  político transferiu seu domicilio eleitoral para São Paulo, por sinal seu Estado de origem, pois nasceu em Pindamonhagaba, interior da dita unidade da federação, e não no Ceará como a maioria pensa. A petezada lhe deixou na mão, e o seu partido tirou o corpo fora e se atirou no colo da Dilma, sonhando numa meia dúzia de cargos no eventual governo da dama. Resultado: ficou sem nada.
Ensaiou uma reação violenta, mas logo se conteve. Caiu na real.
Na próxima vez, pensará duas vezes em se juntar a esta turma petista.
Aqui no RS os outros partidos já aprenderam a não confiar na petezada, e eles vão sozinhos para a eleição. Alias sozinho não com o PCdoB. É aquele da Jussara Cony, a que é Presidente do Grupo Conceição. Aquele das filas enormes.

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quinta-feira, 22 de abril de 2010

PREVALECIMENTO OU PURA FALTA DE EDUCAÇÃO?

Quem não tem razão tenta se impor pela força.
No Brasil, este tipo de ação é conhecida como carteiraço.
Carteiraço constitui se identificar de tal sorte a constranger a pessoa que recebe a informação.
"Você sabe com quem está falando?"
Lembrei de meu amigo Danilo, falecido há alguns anos: um advogado no meio de uma discussão sobre a possibilidade de lavratura de uma procuração, viu que seus argumentos jurídicos não convenciam o experiente funcionário do cartório, e lascou:  pois eu sou ADVOGADO!
Danilo que perdia o amigo, mas não perdia a piada lascou:
- Bem, feito se tivesse estudado, poderia ser médico, engenheiro, arquiteto ou dentista...
Outra vez, chegou um conhecido jornalista e advogado da praça, cuja humildade nunca passou perto dele, e disse:  Danilo, põe aí um papel na máquina (antigas IBM sem corretivo) que vou ditar uma minuta p´rá ti.
Recebeu a resposta: - negativo, o senhor vai ao seu escritório,  e dita para a sua secretária a minuta,  e  só depois mande para mim que eu lavro.
O figurão nunca mais voltou.
A verdade é que na maioria das vezes o tal carteiraço é dado contra pessoas humildes que dependem dos seus singelos trabalhos para a sobrevivência. Nunca vi alguém dar carteiraço em pessoa de seu nível social. Por que? É óbvio trata-se de mero episódio,  onde a covardia é parte importante.
O prevalecimento quase sempre dá certo, pois a pessoa que recebe o carteiraço, na maioria das vezes, fica constrangida,  e cede às exigências mais absurdas que possam ser.
Há, no entanto, pessoas inteligentes que se impõe pela própria figura, com educação, polimento e urbanidade conseguem dominar o ambiente, e atrair a simpatia do interlocutor que assim também constrangido, mas positivamente, acaba por consentir nas reivindicações dela. Este último tipo é cada vez mais raro. A regra hoje é a da grossura.
Tenho ficado surpreendido com a falta de educação dos velhos de hoje. Enfunados pelos ventos das preferências que lhe são concedidas, viram o fio e passam a agir deseducamente nos mais diversos ambientes. Chegam nas repartições exigindo preferência, independentemente dos atendentes estarem atendendos outras pessoas. O fazem em voz alta, como se procurassem constrangir, e até quem sabe incriminar o funcíonário que tarda em lhe dar atenção.
Nem tanto o mar; nem tanto a terra. Se tem preferência, esta não deve tolher o direito dos outros. Se a outra pessoa já está sendo atendida, não é justo que o trabalho seja interrompido para dar preferência ao idoso. Não se conquistem direitos à força.

POR QUE NÃO A BRASÍLIA?

Nós tínhamos chegado fazia sete anos de São Gabriel, a bordo de uma Maria Fumaça, depois de quase vinte e quatro horas de viagens, com direito a baldeação em Cacequi e Santa Maria. Morávamos numa casinha alugada na Rua Alexandrino de Alencar, bairro da Azenha, entre a Rua Botafogo e a José de Alencar.
Estava na moda tudo que falasse da chamada Novacap, desde os desenhos da arquitetura de Niemayer, passando pelo urbanismo de Lúcio Costa, a grife de JK.
Sim, o ano era 1960, a capital seria inaugurada, o que efetivamente ocorreu, sendo que recebemos a notícia pelo rádio, pois naquele tempo não tínhamos televisão, muito menos havia transmissão via satélite. Tivemos acesso às fotos através dos jornais e da Revista O Cruzeiro – que a publicação da moda. Como íamos muito ao cinema, vimos depois nos jornais que antecediam as fitas (é isto mesmo chamávamos os filmes de fitas), a inauguração, conhecendo os principais edifícios que compunham o chamado Plano Piloto.
Nunca tive muita curiosidade de conhecer Brasília, pois não tenho qualquer prazer em ver obras novas, gosto é de velharia mesmo. Vim a conhecer a capital do país, em 26.09.2001, quando eu e Lourdes fomos à posse do Dr. Luiz Carlos Lopes Madeira no Tribunal Superior Eleitoral. Lá na cerimônia estiveram presentes o Presidente da Corte, na época, o Min. Nelson Jobim, e ainda outros Ministros, incluindo Marco Aurélio Melo, Sepúlveda Pertence e outros.
A cidade é interessante, o traçado viário é exemplar. Achei os prédios do congresso não tão grandes quanto parecem ser nas fotos e filmes. O acabamento dos prédios é péssimo.
Fizemos um “tour” inicial pela cidade, e depois fomos a alguns prédios que tínhamos interesse especial como Palácio do Planalto, que não entramos, pois estava em reforma (outra), Palácio Itamarati, o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, o Congresso Nacional, o Monumento à JK, o Teatro Nacional, a Catedral e tantos outros.
Estivemos duas outras vezes por lá, mas só de passagem vindo de Salvador e Fortaleza.
Não comemoro o aniversário de Brasília, por entender que foi um erro a mudança da capital do Rio para lá. Acho que não acrescentou nada, causou uma grande despesa que este país não poderia ter feito, e escondeu lá no planalto central, ou seja, levou para longe dos olhares atentos de uma capital culta como a velhacap.
Não gosto da arquitetura de Oscar Niemayer, pois entendo que os seus prédios são repetitivos, e de baixa funcionalidade, aliás, as críticas que muitos fazem, e às quais simplesmente me associo, é verdade sem muito conhecimento técnico em matéria de arquitetura e engenharia, mas fundado no meu senso estético e de vivência.
Posso ser acusado de estar discriminando Brasília por causa dos políticos de má qualidade que graçam por lá, me defendo dizendo: não deixa de ser verdade.
Salta aos olhos que  os moradores de Brasília, especialmente o corpo funcional, e principalmente os políticos vivem fora da realidade. Ganham salários e proventos fora da realidade, vivem fora da casinha. Grande parte dos políticos, simplesmente dá uma passada lá entre a terça e a quinta e voltam correndo para os seus estados de origem.
Para encerrar uma  engraçada: como o corretor ortográfico do computador não conhece a palavra “velhacap” que usei acima para indicar o Rio, em contraposição a “novacap” para indicar Brasília, o programa sugeriu trocar por “velhaca” . Acho que o computador tem razão.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

ASSALTO A DELEGACIA DE POLÍCIA

Alguém me liga indignado: "Pô, assaltaram uma Delegacia de Polícia, onde vamos chegar?"
Meu caro amigo, não vamos chegar: já chegamos.
A nossa sociedade, através de uma pressão enorme das esquerdas que confundem segurança e ordem democrática, com repressão desenfreada de ditaduras, estabeleceu um regime frouxo, onde ninguém é condenado por nada. Ninguém vai preso mais por furto, roubo e outros crimes, não raro nem por homicídio.
Quando um policial fere ou mata algum deliquente em ação típica de repressão social, responde a sindicâncias, inquéritos e processos judiciais sem fim.
A nossa sociedade fez questão de desmoralizar a polícia, tirar toda a sua força. Fez tudo para esvaziar o aparelho policial, dimuindo salários, diminuindo materiais à disposição dos órgãos de repressão. Deixando nas mãos dos policiais material bélico ultrapassado, e muito inferior ao da delinquência.
A falta de policiamento ostensivo é uma realidade. Já ultrapassei a cidade do aeroporto até Ipanema, sem encontrar sequer um policial na rua.
Há 30 anos ou mais era impossível pensar num episódio como aconteceu nesta Delegacia da zona sul. Hoje, não há qualquer surpresa na ação, e ela vai resultar em nada, pois ninguém será preso e responsabilizado, e se o for será imediatamente solto, podendo voltar a delinquir a vontade na sequência.

A ANATOMIA DO PODER

Outro dia, eu falava do deslumbramento de Lula com o poder. O presidente é muito influenciado pelo verdadeiro cordão de isolamento em sua volta. Os aduladores do poder que vivem a transmitir ao governante que o seu governo é o melhor de todos os tempos. De tanto repetirem, ele começa a acreditar.
Em 1984, J.Kenneth Galbraith (1908-2006 Prof. Economia em Harvard) escreveu um livro chamado Anatomia do Poder. Dizia ele “A ilusão de poder é também estimulada por aqueles que estão perto da presidência. Os acólitos presidenciais são particularmente entusiastas de seu exercício; ao enfatizarem o poder do Chefe do Executivo, realçam, “pari passu” o seu próprio poder aos olhos do público... O efeito de exageração provém ainda mais intensamente dos jornalistas, repórteres de televisão e outros especialistas da mídia que trabalham em íntima associação com a Casa Branca.”
Lá, como aqui, grande parte da imprensa tende a exaltar a figura do presidente. Sem falar na síndrome do politicamente correto. Não faz parte de esta criticar alguém que teve origem na miséria e hoje é o mandatário na nação. Nós os críticos somos vistos como invejosos disso que chamam de sucesso de Lula Lá.
Esse tipo de construção que começou com Lech Walesa, um dos fundadores do célebre sindicato de Gdanski na Polônia (1943- ), seguiu com Lula, seguido por Evo, Chavez e Cia sem limite, se espraiando por toda a América Latina. Enraíza aqui um tipo de governo populista, pós marxista, sem qualquer compromisso com responsabilidade das gerações vindouras, na criação de um passivo fiscal irrecuperável, com distribuição de bondades sociais, sem qualquer contraprestação dos beneficiários, num clientelismo paternalista, a manter uma grande massa popular, a eles vinculado, sem qualquer possibilidade de sair desta condição, que poderia ser através da criação de postos de trabalho dignos que viessem a criar situações que libertassem estas camadas sociais da necessidade de ajuda governamental para as suas mantenças.
O circulo vicioso formado a partir de programas tipo bolsa família, criação ainda de Fernando Henrique Cardoso, mantida no governo Lula Lá, mantém como clientes cativos do petismo uma grande parte da população, principalmente as do nordeste.
Esta verdadeira ancoragem do eleitor via programa assistencial, sob a forma de dinheiro, pode resultar uma falta de rotatividade no poder, algo que é tão salutar às democracias.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

SUICÍDIO SALVADOR

O ilustre magistrado que soltou o assassino dos seis jovens disse que procedeu corretamente em cumprimento da lei, e que voltaria a fazer a mesma coisa. Disse, ainda, que não poderia adivinhar que ele voltaria a delinquir. O que a sociedade pode fazer para evitar que realmente ele, nas mesmas circunstâncias,  assim proceda? Respondo: nada.
Todas as decisões judiciais são passíveis de correção pela instância superior. Acontece que a soltura é imediata, e seus efeitos, se maléficos, podem acontecer logo na saída do presídio, enquanto o recurso demora face à lentidão de nossa justiça.
É verdade que o juiz pode ter convicção pessoal, e não levar em conta o laudo, mas não é recomendável. As doenças mentais somente são percebidas pelos técnicos, e, não raro, nem por eles. Assim, decidir contra a prova técnica é uma atitude temerária, que pode levar a desgraças como a que ocorreu.
Não poderia deixar de contar a hipótese levantada pelo genial escritor e jornalista Juremir Machado da Silva, hoje pela manhã no programa do Rogério Mendelski. Disse  ele que o assassino dos menores, poderia,  em gesto nobre,  ter se matado para  proteger a sociedade da hipótese que outro juiz ou mesmo mandasse soltá-lo.

domingo, 18 de abril de 2010

CHICO XAVIER - FILME IMPERDÍVEL

Ontem (17.04.10), fomos ao Cinemark do Xópi da Barra assistir ao filme CHICO XAVIER.
Não sou espírita, mas tenho grande admiração pelo seu povo: gente honesta e ordeira.
Quanto à doutrina espírita li três livros de Allan Kardec, incluindo o mais famoso deles O LIVRO DOS ESPÍRITOS, quase que um tratado sobre a doutrina desta religião.
A verdade é que a doutrina espírita é muito coerente em si, mas tem algumas falhas.
Quanto ao filme me encantou por duas  razões principais. A primeira, é que se trata de uma biografia honesta como eu gosto: não bajula, aponta o que há de bom; o que há de ruim; e não conclui nada. O leitor ( no caso o assistente ) que tire suas conclusões. A segunda, é que a história fluiu leve, o suficiente para que quando o filme terminou eu exclamei: já? Ora, isso é sintoma de filme bom, pois foram duas horas de projeção.
A direção foi ótima, a fotografia e filmagem muito boas para os padrões nacionais.
As interpretações foram todas ótimas, tanto de protagonistas, quanto de coadjuvantes.
O cinema nacional, infelizmente, não tem bom nível. Os nossos cineastas não conseguem fazer um filme sem palavras chulas e cenas de sexo. Esse filme foi uma honrosa - e bem-vinda - exceção.
A cena de Chico Xavier no avião entra para a história do cinema  No final, uma gravação original de Chico Xavier conta o episódio, também em cena imperdível.
Não percam, pois não é todo dia que se vê por aqui filme de tal qualidade.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

FAÇA UM PETÊ DESCANSAR

Vivemos realmente numa democracia?
Em qualquer democracia plena, o mandatário máximo da nação é escolhido pelo povo.
O candidato se apresenta ao partido para concorrer entre seus pares a uma vaga na nominata da entidade.
O mais votado é indicado como candidato oficial do partido, e vai à eleição com os outros candidatos das outras entidades, que por sua vez também fizeram o mesmo.
O povo democraticamente escolhe o melhor candidato.
Os candidatos a candidato são escolhidos no que se chama bases dos partidos.
Define-se este procedimento como uma decisão de baixo para cima.
O que está acontecendo hoje? O presidente da república depois de dois mandatos resolve escolher isoladamente, individualmente, a candidata de sua preferência, botando goela abaixo do Partido dos Trabalhadores o nome da senhora Dilma Roussef, a qual até pouco tempo transitava nas hostes do PDT; nunca foi eleita, e sequer candidata a qualquer cargo eletivo. Nunca governou uma cidade ou Estado, caminho que costuma concorrer qualquer candidato a maior mandatário do pais.
A escolha de um homem só, poderá resultar na eleição de quem ainda não provou que pode ser uma chefe de executivo.
O seu maior trunfo é ser amiga de Lula Lá. Será que isso é suficiente?
A única chance que terá esta pobre nação é que os votos sulistas, sempre mais sensatos, eis que partido de população mais instruída e politicamente engajada,consigam ser um fiel da balança, a desequilibrar o prato a favor de SERRA.
A campanha de Dela se resumirá a querer identificá-la com Lula, acreditando que este possa lhe transferir os votos. O que tem Lula com Dilma: absolutamente nada. Como diria o saudoso professor Edison de Oliveira: tão parecidos como uma vaca e uma alparagada (alpercata).
A minha esperança é que o povo possa despertar deste sonho intenso, levantar deste berço esplêndido, resolva mandar a petesada para casa.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

INACREDITÁVEL

Há um princípio em direito que não é aplicado nunca, mas está lá no meio jurídico faz milênios: se a lei é clara cessa a interpretação. Nunca vi uma lei que não resultasse as mais diversas interpretações.
Os antigos chargistas quando achavam que a sua obra falava (ou não falava) por si só colocavam em baixo do desenho: sem palavras.
Hoje, li este trecho aqui no site do Prof. Clóvis Duarte (Câmera2):
"José Alencar e o secretário-geral do Itamaraty, Antonio Patriota, condecoraram com a Ordem de Rio Branco a primeira-dama, Marisa Letícia, e Ana Maria Amorim, mulher do chanceler, Celso Amorim. Elas receberam a distinção no grau de Grã-Cruz, o mais elevado distribuído pelo Ministério das Relações Exteriores.
Normalmente, é o próprio Lula e Celso Amorim que prestam tal homenagem. Mas para não dar as insígnias a suas mulheres, os dois, em viagem ontem aos Estados Unidos, repassaram a incumbência para seus substitutos imediatos."
Acho que cessa a interpretação,  e é sem palavras.
Não acham?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

DISSUASÃO

O Mário Quintana – que era um gênio – dizia que a grande vantagem de se chegar aos 80 anos era dizer as maiores besteiras que todo mundo achava ótimo. Pois, o vice presidente da república, o senhor José Alencar defendeu hoje, segundo o Estadão (Jornal o Estado de São Paulo), que o Irã possa ter artefatos nucleares (leia-se bomba atômica) como meio de dissuasão.
Sabem o que significa dissuasão? Significa que eu tomo uma atitude que intimida aquele que me pretende atacar. Por exemplo: eu sei que o meu vizinho é uma pessoa violenta. Então, vez em quando, eu dou uma desfilada no meu jardim com um revólver 38 na cintura. O vizinho me enxerga armado, e fica com um pé atrás, pensando duas vezes se é negócio me agredir. Em linguagem bem popular é isso.
Pois o nosso queridíssimo José Alencar resolveu dizer que é bom o Irã se armar, pois, em sendo assim, eventuais desafetos que pretendam lhe agredir ficarão com medo e deixaram os persas em paz.
Ele se esqueceu de uma pequena coisinha: ele faz parte de um governo que resolveu desarmar a população pacífica e honesta do pais, com uma grande campanha de desarmamento. Agora, em nível macro resolveu defender o armamento de um governo sabidamente violento e agressivo. Onde está a coerência?
Que decepção, senhor Alencar, eu achava que o senhor era a única pessoa sensata neste governo do Lula Lá.
Foi-se a última pomba...

(A foto que ilustra esta matéria é da "Litle Boy", a bomba atômica que explodiu sobre Hiroshima, lançada pelos tripulantes do Bombardeio Enola Gay, ao final da Segunda Guerra Mundial)

domingo, 11 de abril de 2010

ABANDONANDO A LAREIRA

Pretendia escrever um texto tendo por base a célebre frase poética de FERNANDO PESSOA: "tudo vale a pena se a alma não é pequena."
No entanto, não gosto de pinçar as frases sem saber de seu contexto.
Falava ele das viagens para além mar do lusos. Dizia que quanto deste mar são lágrimas das mães portuguesas a chorar seus filhos?
Nesta pesquisa, para uma crônica que não sairá, pois desisti, no entanto, tirei outra frase de Pessoa, que muito me tocou:
"Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar
Sem que um sonho, no erguer das asas.
Faça até mais rubra brasa
A lareira abandonar."
A grande vantagem que estes gênios da prosa e da poesia, como Fernando Pessoa, é que não perdem a atualidade, pois universais e atemporais.
Não é por qualquer motivo que gosto de viajar.
Quero, no entanto, dizer uma frase que pode conter, aparentemente, uma contradição: a vontade de voltar para a casa também é um dos pontos positivos de viajar.

sábado, 10 de abril de 2010

JANELAS PARA O INFINITO

Leonel Karan inicia seu excelente livro Janelas para o Infinito (nada de auto-ajuda – é uma nova forma de enxergar o mundo) com uma pequena história, “pergunta um aluno no campus da universidade: - O que devo fazer para ficar rico?” Resposta: “Antes de fazer algo para ficar rico, é necessário sentir-se rico.”
Quem pensa como pobre, jamais deixará de ser pobre. Calma, não sou um néscio, saindo por aí a gastar meu pouco dinheiro como se rico fosse. Não falo disso. Falo no pensar como pobre, principalmente no sonhar.
As pessoas limitam seus sonhos, como se estivessem fadados ou predestinados à linha da pobreza, sem delas poder se afastar. Este verdadeiro conformismo anestesia os desejos de mudança, nos torna acomodados.
O conformismo das classes menos favorecidas faz a festa das classes dominantes.
O mundo é dos inquietos, dos desassossegados, dos agitados dos excitados.
Lance seu olhar para um menino sentado no banco do ônibus. Aquele menino que fica olhando para um só ponto, tão somente esperando o coletivo parar no seu ponto, provavelmente não terá futuro nesta sociedade competitiva. O outro menino, aquele inquieto, que fica querendo saber de tudo, fica implicando com o cobrador; fica querendo mexer nas cortinas, ou querendo saber que lugar é aquela que está passando, provavelmente, terá um futuro melhor.
Sonhar já uma forma de inconformidade. Quem sonha cria coisa melhor para si e para seus afetos. A ciência está em lutar para transformar esses sonhos em realidade. Muito esforço, muita imaginação, fé, e, sobretudo muito trabalho são os únicos caminhos.
Finalizando, o livro de Karan JANELAS PARA O INFINITO deve ser lido depois da leitura da INTELIGÊNCIA EMOCIONAL, pois, faz uma sequência bem interessante.

LIVROS: AS MAIORES TIRAGENS DA HISTÓRIA

Fiz uma pesquisa sobre os livros de maior tiragem na história mundial.
A lista é interessante, mesmo que de difícil conferência, pois se trata de mera especulação, mas a realidade não deve estar muito longe.
A Bíblia é a campeã, pois vem com mais de 2,5 bilhões de exemplares, seguem as publicações chinesas compulsórias de Mao, incluindo O Livro Vermelho, com mais de 800 milhões de cópias, ao lado do Alcorão ( que a rigor não pode também ser vendido)
O Manual do Escoteiro, de Paden Powell tem 150 milhões de cópias vendidas, o mesmo número do Livro do Mórmon (Igreja Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias).
O Pequeno Príncipe tem 80 milhões, o mesmo que o Código Da Vinci.
O Nome da Rosa de Umberto Eco tem 50 milhões, o mesmo que o genial Cem Anos de Solidão de Garcia Marquez.
Em matéria de ideologia radical, a coisa está parelha: os mesmos 10 milhões para Mein Kampf (Minha Luta) de Adolf Hitler e o Manifesto Comunista.
Vocês não vão acreditar é quem está na lista dos notáveis: o ALQUIMISTA do Paulo Coelho com nada mais; nada menos do que 65 milhões de cópias vendidas em diversas línguas pelo mundo. Acho que não dá para desprezá-lo, assim como a gente costuma fazer. Ele tem lá seus méritos, à moda dele é claro.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

DECEPÇÕES, A MISSÃO OU "RELOAD"

Não me importo em passar sede, pois esta carência faz parte da vida. O problema é quando me oferecem um copo d'água, e ele vem vazio...
Uma coisa que me deixa muito chateado é receber o oferecimento de uma coisa que não preciso, e depois quando resolvo, excepcionalmente, aceitar a oferta ela é retirada.

DECEPÇÕES

Minha veia de menino continua ditando meus rumos. Nela, alguma ingenuidade; alguma imaturidade, diriam os eventuais desafetos. Tenho por princípio confiar nas pessoas “a priori”.

Não são necessárias muitas laudas para dizer que este tipo de atitude, espontânea, me tem trazido alguns dissabores. Não são muitos; mas são importantes.

Se alguém me diz que devota alguma amizade, acredito.

Se alguém me promete, confio.

Acontece que, não raro, confio nas promessas, ou indícios delas, e elas me são sonegadas, logo ali adiante.

Tenho grande dificuldade em assimilar esse tipo de dissabor. Sofro com ele.

Sei que não sou, e nunca fui, um poço de virtude, pelo contrário, tenho centenas de defeitos, alguns até salientados à demasia por meus pares, que vez-em-quando me aborrecem, mas ao refletir vejo que corretos.

Algumas virtudes são obrigatórias no homem honesto, pelo que seria mero exercício de cabotino realçá-las, mas há pelo menos uma que não me canso de afirmar: a lealdade.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

SAÍDA PELA DIREITA

Hoje, tive de rir sozinho: li nos jornais que o governo Lula Lá resolveu desistir da retaliação comercial que lhe havia concedido a Organização Internacional do Comércio, dita OIC contra os EUA.
Pois em março eu havia publicado um artigo, onde dizia?
"Até o gari que já passou pela calçada oposta da Faculdade de Economia sabe que tais taxas terão um efeito bumerangue, ou seja, vão e voltam com mais força e acabaram por nos dar prejuízo, pois somos superavitários com relação aos EUA. Além disso os brasileiros que consumirem tais produtos pagarão mais caro. Trata-se de uma demonstração de força de quem não a tem, ou seja, pura bravata mesmo.
Parece que uma vez na vida da Petrália terá bom-senso. Quem viver verá.

domingo, 4 de abril de 2010

FORTALEZA

Chegamos ontem de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, onde fomos visitar o meu cunhado Luciano, agora trabalhando por lá.

O passeio foi ótimo, pois fomos muito bem recebidos e acolhidos pelo Luciano, e bem acomodados em seu confortável apartamento.

Mais uma cidade do nordeste que me surpreende. Fortaleza, hoje é uma cidade muito interessante. Está bem estruturada, tendo condições plenas de receber visitantes e turistas.

O nordeste recebeu grandes investimentos, e pelo que vi, tem aproveitado bem nas infra-estruturas de suas sedes urbanas.

As praias são estruturadas, a partir de grandes e equipadas “barracas” particulares. Fomos à praia chamada de Praia do Futuro, onde desfrutamos de piscina e tudo mais, incluindo bar dentro d´água.

Na sexta-feira, fomos até a Praia de Canoa Quebrada, distante 150 km de Fortaleza, onde almoçamos muito bem, incluindo lagosta, por modestos 65 pilas para quatro pessoas, coisa inimaginável por estas bandas.

Fortaleza: um lugar para voltar.

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