sexta-feira, 25 de novembro de 2011

PELOTAS UMA BELO LUGAR PARA VISITAR

Minha filha Gabriela está morando em Pelotas. Daí que tenho visitado aquela cidade mais frequentemente, pois até que ela tivesse para la se mudado eu só tinha visitado aquele município uma única vez, em visita aos amigos Jayme e Georgeta que por lá moravam ( ou ainda moram). A primeira visita tinha ocorrido nos anos 80.
Hoje, Pelotas é uma cidade diferente. Se na primeira visita me pareceu uma cidade decadente, parada no tempo mesmo, agora é uma cidade em mudança, se modernizando, adquirindo uma nova feição.
É uma metrópole regional, com todos os equipamentos próprios, com grande movimento, mas ainda sem os problemas de Porto Alegre, somente para dar um exemplo. Não posso, no entanto, omitir que já tem problemas de segurança.
Uma das reclamações dos pelotenses é a falta de um grande shopping center, o qual já ameaçou várias vezes e não saiu do chão. Também acho que realmente está faltando um xópi para Pelotas, pois constituirá o que hoje se chama de point para as pessoas se encontrarem. No verão, este ponto de encontro é a praia do Laranja, um excelente balneário de água doce ( mas não muito), o qual abriga multidões nos dias mais quentes.
Pelotas está próxima de duas outras belas cidades que são Rio Grande, e seu super porto, e da graciosa São Lourenço, também um belo balneário de água doce.
Ainda como inhapa ( como se dizia no meu tempo de guri) se encontra a pouco mais de 100 km da fronteira com o Uruguai, na divisa entre a cidade brasileira de Jaguarão e a uruguaia Rio Branco. Esta conta hoje com um free-shops moderníssimas, onde se pode encontrar todas as mercadorias das tradicionais Rivera e Chuy, e na argentina Passo de Los Libres.
Pelotas tem bons hotéis, especialmente os da rede Manta, que tem um na zona central e outro na beira da BR, ambos com preços bem interessantes, e com conforto equivalente a um bom hotel e três estrelas, sendo que algumas suítes até de maior categoria.
A gastronomia é de boa qualidade, e os preços são muito em conta, bem abaixo da nossa capital. Sem falar nos doces. Estes além de ótimos e sem par no estado, são enormes. Difícilmente você conseguirá comer dois, pelo menos em série.
Em suma, um belo lugar para visitar, incluíndo é claro uma visita para Gabriela e meu genro Bruno, levando ainda como brinde as brincadeiras do Ronaldinho e do Lequinho (pequenos cães da dupla).

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

PASSEATA DA CANABIS

O Código Penal brasileiro tipifica, em seu artigo 287, o crime de apologia de crime ou criminoso. A íntegra da tipificação é fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime. Para que algum ato ou omissão seja crime,  é necessário que preencha todos os requisitos da tipificação, ou seja, se amolde exatamente, ou seja, integralmente ao tipo definido na legislação penal, e que lhe seja atribuído uma pena. Dai que no crime de apologia são necessários três requisitos: o primeiro, é que o ato seja publico; o segundo que se faça a apologia, ou seja, se defenda ou louve a prática de ato delituoso; terceiro, que o ato ou omissão enaltecido seja tipificado também como crime.
O consumo e o tráfico de drogas são crimes previstos na legislação penal, logo alguém que defenda a descriminalização da maconha estará defendendo ou louvando a prática de um ato tipificado hoje como crime.
O Supremo Tribunal Federal decidiu, faz poucos dias, que fazer passeatas a favor da liberação do consumo e o comércio da canibis sativa não constitui crime. A decisão entendeu que tais passeatas constituem livre manifestação do pensamento, logo direito fundamental previsto na carta magna.
Nesta linha, poderemos também imaginar que os pedófilos saiam em passeatas pedindo a liberação da pedofilia;  os ladrões saiam pelas ruas pedindo o fim do furto e/ou roubo como figuras penais; os políticos corruptos saiam aos bandos para defender suas bandalheiras.
Não consigo imaginar como, doravante,  alguém possa ser enquadrado como infrator em crime de apologia à droga.
É a praga do politicamente correto atacando os nossos ditos tribunais superiores. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

FILME MUITO DENSO

Porto Alegre tinha quase quarenta cinemas. Não era o tempo dos xópi. Um dos programas principais eram as salas da então chamada sétima arte.
O povo em geral, como ainda hoje, gostava dos filmes comuns, sem grandes conceitos ou pensamentos embutidos. A intelectualidade, ou a falsa intelectualidade, gostava de filmes escuros, cheios de idéias diferentes do cotidiano, e de preferência de ideologias de fora, que nada tinham a nossa realidade.
Assim, que os filmes na verdade eram grandes porcarias, que ninguém entendia nada, mas ficavam todos com vergonha de confessar a ignorância, ou pelo menos a aparência de ignorância.
Na saída do cinema, as pessoas saiam em silêncio, e ao serem indagadas sobre o filme diziam em tom grave: - ótimo filme, muito denso. Na verdade, não tinham entendido lhufas.
Este tipo de filme, alcunhado de não comerciais, ou seja, são aqueles filmes que ninguém vai ver, ainda são exibidos em salas especiais, onde os frequentadores se comportam da mesma forma que os nossos amigos dos anos 70, nas saídas das antigas salas gigantescas de nossos falecidos cinemas.
Deus nos livre de criticar algum diretor preferido da turma, como Costa Gravas, só para citar um exemplo. Você seria tachado na hora de ignorante, reacionário e conservador, inimigo do povo, e adversário da boa cultura.
Eu que não tinha nada com isso, e não ligava à mínima para o patrulhamento ideológico, me divertia - e ainda me divirto - muito com isso.
O mais pitoresco é que a maioria daqueles meus colegas revolucionários são hoje profissionais e empresários reacionários e muito mais conservadores que eu, pois não mudei em nada minha linha ideológica.
E, continuo apreciando o verdadeiro bom cinema.

HOMENAGEM MUITO JUSTA

Estão fazendo uma onda só por que o governador Tarso Genro assinou um decreto concedendo a si mesmo uma medalha da Brigada Militar. Ora, a pessoa não pode gostar de medalha? Eu também gosto. Acho tri aquele negocinho pendurado na lapela. Ainda mais quando a gente presta relevantes serviços à entidade que presta a homenagem, como é o caso do nosso governador. Tem gente dizendo que as bases da brigada ou seja os sd, cb, sgtos e oficiais não apoiam, e que seria indicação do comandante. Puxa vida, comandante é justamente para comandar, se ele disse que o governador seria o homenageado como é que vão discutir? Só faltava conceder medalha por plebiscito. Acho a medalha muito justa.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

NO MURO DE NOVO

A diplomacia brasileira acaba de dar mais um tiro no pé da nação: se absteve na ONU quanto às sanções ao IRA. Eu não sei por que desta paixão pelo regime persa. Eu adoro tapetes persas, mas é claro que não deve ser o motivo. Mas o que mais me deixa furioso é a abstenção. Se o Brasil quer morrer abraçado com o Ira que vote CONTRA as sanções. Um pais que quer ser protagonista no cenário internacional não pode dar a impressão de covardia. 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

ODE DIVINAL

Hoje tenho a honra de hospedar neste modesto blog uma obra que reputo como de primeira linha, e tomo a liberdade de dizer que não tem par em nosso meio. 
Peço que os meus amigos que venham a ler, o façam com tempo, pois verão em cada palavra um significado. O bom escriba não usa palavras à toa.
Façam como eu que li e reli várias vezes, em grande parte a cada leitura via uma nova e intrigante descoberta.
André realmente é muito bom.
Tome cuidado, no entanto, pois certamente não empatará com as idéias de todos. Lembre-se de um velho caudilho gaúcho que diza: idéias não metais que se fundem. Acrescento eu: mas o belo é universal.
Boa leitura.

Ode divinal -  de ANDRÉ DE CASTRO

Demonicamente divino, desço à Adega do Mundo
Como quem desce ao Hades, ao Jigoku, al Infierno,
À parte de mim que desconheço,
Eu, que sou onipresente para mim mesmo...

Desço a meu coração universal
Possuído por minha volúpia de bêbado que bebe 
Para reencontrar as lágrimas mais paradoxais,
Lágrimas ácido sulfúrico para a alma,
Lágrimas que me alegram, que me salvam,
Que resgatam minha passada
Condição humana.

Descendo, degrau a degrau, a escura e fria Adega,
Antevendo a substância das garrafas
E a substância dos vinhos nas garrafas,
Pressentindo o alcoólico e venenoso gosto da Verdade que há neles,
Suspiro, gigante, um vendaval no mundo.

Passo a passo, já no chão da Adega,
Risco a escuridão com o fósforo de minha Vontade
E faço a luz, como há muito tempo não me aprazia.

Revendo cada uma das garrafas, relembrando seus rótulos,
Experimento, de novo, a sensação dolorosa de ser tudo, de ser tudo e todos,
Mas, ainda assim, tão solitário como um mito sem humanidade.
E embora seja tudo e todos nesta minha fazenda
(convém dizer que moro sozinho numa fazenda),
Invento qualquer voz esquizofrênica, só para povoar meu espírito:
Qualquer serpente que sussurre neste meu lusófono aramaico,
Qualquer boneco de barro que chore e que berre,
Qualquer parte de mim que se multiplica em tantas partes de mim
Como um espelho quebrado.

Quis tudo. Imaginei tudo. Inventei tudo. Criei tudo.

Inventei o Alzheimer e todos os que sofrem de Alzheimer,
Inventei a AIDS e todos os portadores de AIDS,
Inventei a esquizofrenia, todos os tipos de cânceres, de pestes,
De doenças cardíacas,
Inventei todos os vírus biológicos e ideais,
Inventei tudo que é perigoso e causa dor e inventei
Suas curas no futuro, onde todas as doenças matam menos
Que a recordação e o remorso.

Inventei também a Palavra, a doença e a cura da Filosofia.

Inventei tudo isto (isto, isto, ISSSSSSSSSSTOOOOOOO!!!)
Porque sou tudo isto, antes mesmo de inventá-lo.
Inventei tudo isto porque sou a Biologia, a Química e a Física do mundo,
Porque sou Deus e eu posso,
Porque sou o Animal Humanusque Mundialis.

Coletivo de eus que se escondem atrás da Palavra e entre consoantes,
Acreditai, acreditai, ó pulgas de meu pelo onipresente!
Eu sou vosso Deus, vosso cão sarnento, vosso mendigo de vosso bairro, que vos consagra
Humanos!

Senhoras e senhores, sou o que vai do macro ao micro e Ainda,
Sou o que percorre o Círculo do Universo na velocidade da minha Vontade,
Sou tudo, absolutamente tudo, todos vós!
Sou a Trindade do Eu-tu-e-os-outros,
Sou todas as possibilidades, que vão da espada à gravidez,
Sou todos os pedófilos nos jardins de infância,
Sou todas as navalhas nos parques,
Sou todas as prostitutas nas esquinas,
Sou todos os proxenetas, sou todos os traficantes de crack e todos os usuários de crack, de cocaína, de maconha, de êxtase!

Sou todos os que matam velhas a picaretadas,
Sou todas as balas de fuzil das revoluções,
Sou a própria revolução e o próprio mundo que me revolve,
Que nos move e nos comove.
Sou a dúvida no meio da verdade e da mentira,
Sou o monstro que vos lambe as mordidas que eu mesmo mordi,
Eu, que sou fiel, ah, tão fiel a tudo,
Tanto ao dente como à carne,
À presa e à Presa.

Mas também sou tudo, ah, AH, AH, AH! TAMBÉM SOU TUDO
Que há nos dedos e no coração de Beethoven, de Mozart, Evan Parker, John Coltrane e Noel Rosa
─ Rindo-me de todos os que acham ridícula a miscelânea! ─

Heia! Hula, Helaho! Helaôôô! ÔÔÔÔÔ-Ô-Ô!!!!?!!!!

Sou a nova imitação do Mestre em Mim Mesmo,
Sou os beijos de luz de todos os quadros,
A amante, o amante de todos os pintores e pintoras,
A Amor de todos os artistas,
A desculpa esfarrapada de toda humanidade para fazer a caridade,
A humana caridade...

Sou os sóis, as estrelas que olham o mundo,
Sou o alvo das orações intergalácticas,
Sou os átomos que entendo sem entender,  só para não estragar a surpresa.

Sou a trindade que existe na alegria dos casais,
Sou as asas de todas as belezas que voam,
Sou a epifânica esperança do sexo, mesclando corpos num só,
Sou a flor pisada e ainda bela,
Sou o solo que tudo consola, que tudo acolhe e perdoa.

Sou o pai no filho e a mãe na filha de todos os seres,
Sou o pai, irmão, filho, avô, avó, sobrinho, tio e enteado de todas as coisas,
Sou a Mater Dolorosa das idéias,
A Creatrix de todas as gargalhadas,
De todas as salas acesas nos apartamentos
Da Felicidade,
Sou a Evolução que criou cada coração,
Que me criou quando a criei após o Verbo.

Sou o que trespassa o mesmo coração de Álvaro de Campos e de André de Castro.

Sou vosso Deus, meu espelho, meu Omnipotens Lector.
Sou o Um que é todos vós, numa só voz,
O Deus que pode o que bem entender, mesmo o ato mais demoníaco e contra si,
Mesmo a coisa mais bela e tão verdadeiramente sem propósito,
Que começa tudo de qualquer coisa, mesmo de uma descida à adega,
À procura de um vinho.

Apenas uma ode que, singelamente, vos ordena
Um pedaço que já tenho de vosso coração.

sábado, 12 de novembro de 2011

USP

Pessoas de bom senso têm se manifestado a favor da presença da polícia no campus da USP, haja vista a necessidade de segurança aos estudantes, professores e funcionários. Tenho notado, entretanto, que algumas pessoas têm se manifestado contra, e, portanto,  a favor dos estudantes baderneiros.
Identifiquei pelo menos dois grupos: os ideológicos que são contra a polícia sempre, pois identificam nos órgãos de segurança tão somente um de seus lados que é o ligado à repressão, necessária quando existe um interesse maior que a liberdade individual, que é a liberdade coletiva, nela estão os tradicionais representantes de políticas superadas pelos fatos, já sepultadas na maioria dos países; e o outro que são os interessados na liberação das drogas. Bem,  estes últimos não vou tecer qualquer comentário, pois eles têm motivos justificados para quererem a polícia longe.
O bom da história é que não tive surpresas com a turma do contra, pois são todas figuras de quem eu já esperava este tipo de posicionamento. Fazem parte daquelas notícias que a gente recebe com um sorriso de canto de boca, como a dizer: eu sabia.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

INIMIGOS

Etimologicamente, inimigo significa não amigo. Na verdade, não é assim. Se tal fosse , todas as pessoas que não são minhas amigas seriam inimigas, o que seria uma bobagem. Inimigo vai além. Inimigo vem sempre acompanhado de litigância e, principalmente, má vontade de parte a parte. O inimigo quer o nosso mal ou, no mínimo, não se importa com ele. Nessas condições, é difícil que eu tenha inimigo, ou, por mais contraditória que seja, eu seja inimigo para alguém, mas eu não o considere como tal. As pessoas que me conhecem certamente acreditam na sinceridade do que aqui escrevi.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A ÚNICA SOLUÇÃO É DELETAR

A informática tem contribuído para a entrada na língua de inúmeras palavras novas. Uma delas é a palavra “delete”, que face à facilidade que temos de  aceitar coisas novas virou verbo.Eis uma nova forma verbal na língua portuguesa  o deletar.
Na utilização dos computadores e demais afins, quando não há saída para o que se está trabalhando, zeramos tudo, aplicando um comando chamado delete,  que nada mais é do que apagar tudo e reiniciar a tarefa.
Em futuro bem próximo, é o que teremos que fazer com o Brasil: deletar. A corrupção está de tal forma grudada na administração,  o envolvimento de pessoas é tão grande que não há como substituir todos,  daí ser impossível o conserto de tal situação, voltando ao estado virginal, do qual nunca deveríamos ter saído.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

REFLEXÕES SOBRE O TEMPO

 Hugh M.Lacey in A linguagem do Espaço e do Tempo esmiúça os conceitos de Santo Agostinho, especialmente o clássico: “Mas como é que pode ser breve ou longo o que não existe”. É que Agostinho tinha dito que o passado já não existe, e o futuro ainda não chegou, logo a única coisa que existe é o presente. Neste sentido, é que não me preocupo com a idade, pois se o tempo não existe,  só o presente interessa. Se trago para o presente as minhas saudades; se ponho em meu pensamento de hoje os sonhos do futuro,  por que me preocupar com o acúmulo dos anos? J.Osnir

O DIREITO DE SER CRETINO

Pouca gente sabe mas cretinismo é um estado de morbidez resultante da insuficiência ou ausência da glândula tireóide. Logo cretino é o sujeito que sofre de cretinismo. Como extraí a tireóide face à existência de um nódulo, que depois soube benigno, logo sou um cretino. Que maravilha! Pelo menos tenho muitos companheiros famosos.

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QUEM É ESTE ESCORPIÃO?

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