domingo, 28 de fevereiro de 2010

AINDA O SEU ZEZÉ

Recebi uma foto mais completa do evento, onde aparecem todos os que estiveram reunidos para comemorar os 78 anos do seu Anselmo.
Foram sentidas as ausências dos netos Gabriela e Rodrigo e marido da neta Letícia, o Marcos; João Batista e Lindiara, estes por estarem se preparando para o Casório no próximo 13.03.2010. Todos lá...

A GRAÇA DE UM PAI

Meu pai, Anselmo de Figueiredo Vaz, faz hoje 78 anos. Nascido em São Gabriel, quase na fronteira com Uruguai, se mudou de mala e cuia com sua esposa, minha mãe Zenoir, mais eu, em 1953 para Porto Alegre. Viveu aqui até 1962, quando se mudou para Viamão, onde mora até hoje.
Foi metalúrgico, tendo se aposentado há muitos anos.
O seu casal teve quatro filhos, este que escreve, Maria Ivanir, Ivone e Alfredo.
A foto que ilustra este texto apresenta ele e seus filhos reunidos e fotografados após o maravilhoso churrasco, que sói costuma oferecer nestas nestas ocasiões.
O pai e todos os filhos são gremistas. Inclusive na foto, ele aparece orgulho com uma camiseta com motivo do imortal.
Ao Seu Zezé um grande abraço, que a gente tenha a graça de conviver por muitos anos ainda com sua maravilhosa figura. Um beijão.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

CULTURA

A Secretária de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul exonerou o senhor Voltaire Schilling do chamado Memorial do Rio Grande, o que revoltou alguns intelectuais. Dizem que o Voltaire Schilling é um sujeito maravilhoso, um intelectual brilhante e que o Estado perde com isso. Alguns, entre eles Juremir, dizem que a Secretaria não é da área intelectual, pelo que teria cometido este e outros equívocos.
Em primeiro lugar, endosso tudo o que foi dito sobre Voltaire Schilling de quem também sou grande admirador. O problema é que se faz uma confusão entre a pessoa no âmbito de sua atividade principal como é a de Voltaire, onde é inigualável, com suas qualidades de administrador.
Se a secretária entende que, segundo os seus conceitos, ele não vinha bem, é de inteira responsabilidade dela, haja vista, que cargo de sua estrita confiança, o que em nada desmerece Voltaire.
As pessoas acham que se o cidadão é ótimo em sua atividade, também o será em administração de órgão governamentais ou privados, o que é erro muito grande. Dona Eva Sopher é brilhante a testa da Fundação Teatro São Pedro não porque é uma intelectual, mas porque é uma maravilhosa administradora.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

TRADIÇÃO BOBA

Algumas vezes, estávamos caminhando na praia lá em Capão Novo, quando via passar a tal Cavalgada do Mar. Milhares de cidadãos pilchados, montados em seus cavalos, desfilando pela beira mar. Eles fazem anualmente o trecho percorrendo todas as praias.
Em determinados lugares, param fazem churrasco, bebem, contam causos, descansam, eles e os animais.
Este ano estorou o escândalo, pois alguns animais morreram.
As mortes, segundo consta, foram por cansaço e por desidratação, o que é muito grave.
Nasci e frequentei muito a minha terra São Gabriel, nunca vi por lá os peões submetendo seus cavalos a caminhadas inúteis, pelo contrário, eram todos animais de lida, exceto em pequenas carreiras de tiro-curto. Corridas de no máximo 200 a 300 metros, onde o animal nem chegava a cansar. O verdadeiro gaúcho sempre se preocupou com a saude primeiro de seu cavalo, pois meio de trabalho, até antes da sua.
Fazer uma caminhada a cavalo pela beira mar é completamente sem propósito, submetendo os animais a um rigor fora de seu habitat.
Já escrevi que os chamados Centros de Tradições Gaúchas cultivam uma tradição que nada tem com a verdade das coisas do Rio Grande. As moças usam longos vestidos, todos recheados de saias de baixo, com grandes babados. Ora este traje não era o típico das mulheres do interior, as quais usavam saias longas, é verdade, mas com caimento natural. Este traje esta corretamente retrato no filme Ana Terra.
De mesma sorte, o traje que os homens usam é típico não do peão e sim do estancieiro ou fazendeiro rico, e adequado para os dias de festa.
Em suma, a tal cavalgada é mais uma falsa tradição que nada agrega à nossa verdadeira cultura.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A CULPA É DO IMPÉRIO

"Baú" Castro, irmão do Fidel Castro, atual ditador de Cuba, diz que a morte do dissidente, após greve de fome, é culpa dos EUA. Tem toda a razão: se os EUA não tivessem dado todo o mole que deram para o tal diranete, a farra já tinha terminado há muito tempo, e não haveriam os tais dissidentes.
Lula Lá foi à ilha avalizar o amigo Fidel e seu manito. Ficou mais sério que guri mijado em volta do rancho, enquanto o Raul tentava se desculpar aos jornalistas brasileiros. Ele poderia ter evitado esta verdadeira fria que entrou.
É os "dipromatas" tupiniquins continuam botando o Nosso Líder em cada furada!
Tem gente que acha certo.Zapata, 42 anos, um pedreiro de profissão, foi detido em 2003 e condenado a três anos de prisão por desacato. Na prisão, por sua atitude de desafio e confronto com as autoridades, foi submetido a vários julgamentos e acabou acumulando mais de 30 anos de prisão. Fontes da família disseram que a greve de fome começou no início de dezembro para protestar contra espancamentos sofridos na prisão de Holguín e para exigir um tratamento justo e ser reconhecido como um prisioneiro político. Holguín foi transferido para outra prisão, em Camagüey, e então, quando a situação se agravou, foi levado para o principal hospital da prisão em Havana. Zapata morreu terça-feira, ao meio-dia, no hospital Hermanos Almeijeiras.

FALTA DE SOLIDARIEDADE

Lourdes, mais eu, caminhamos todo o dia na beira da praia aqui em Ipanema, Porto Alegre. Aconteceu que hoje pela manhã um barulho de pomba chamou a atenção de Lourdes que imediatamente me passou: uma pomba estava pendurada por um fio de nylon numa árvore. A pobrezinha se debatia tentando se livrar das amarras, mas não tinha qualquer possibilidade de conseguir. Não sei como ela foi parar ali. Não dava na altura para que pudesse alcançá-la. Daí, procurei uma taquara e fui tentando derrubar o fio e livrar a pomba. Não conseguia enganchar. Até que um rapaz que fazia Cooper por ali, resolveu nos ajudar, e fez uma fenda na taquara, com o que enganchamos no fio e livramos a Paloma.
Ela se livrou e ficou um pouco pelo chão, em seguida alçou voo para uma árvore próxima. Saí dali pensando: a pomba teve sorte de nos dias de hoje alguém se dispor a ajudar um animal em perigo. O normal é que se abstenham de socorrer até as pessoas que se encontram em perigo. A solidariedade é coisa rara.
A pomba teve sorte, pois se continuasse ali a se debater, acabaria por sucumbir.
As pessoas assaltadas na rua, não raro, se queixam que o foram no meio do movimento, e que ninguém moveu um dedo para ajudá-las. Ninguém quer se comprometer. Esse é um fenômeno típico de cidade grande. No interior, a situação é diferente, ainda existe esta cultura de ajudar quem a não se conhece, sem esperar qualquer contraprestação.

BOLÃO FRIO

Não poderia deixar de me furtar em comentar a notícia da semana: uma lotérica distribuiu cautelas de participação num bolão da mega-sena. O bolão ganhou, mas a lotérica não tinha oficializado o respectivo jogo junto à Caixa Econômica Federal. Mais de trinta pessoas foram lesadas.
Inicialmente, cabe ver se houve dolo o dono da agência. Se houve é caso de estelionato. Se não houve dolo, mas ele agiu com culpa, ou seja, agiu com imprudência, negligência ou perícia, responderá somente civilmente, devendo indenizar as pessoas que foram prejudicadas.
A responsabilidade da Caixa somente acontecerá se ficar provado que as pessoas somente compraram as tais apostas por estarem convencidas que estavam protegidos pelo guarda-chuva da CEF. Aqui vale a teoria da aparência: quando eu entro numa lotérica lá existem cartazes, banners e propaganda da Caixa, a indicar que ali está um agente da CEF. Não deverá ser difícil provar o que a mesma nada fez para coibir este tipo de prática, que é muito comum.
É evidente que o dono da lotérica não tem meios para indenizar todo mundo, daí será uma luta grande contra a Caixa nos tribunais, cujo resultado entendo tende a proteger o consumidor.
Um dos argumentos do dono da lotérica é muito frágil: o de que ele ficou com quatro apostas para si, e que prova também ter sido prejudicado, em consequência ficaria evidente que ele não poderia se autofragelar. Ora, ele ficou com quatro apostas, certamente pelo encalhe, ou seja, não conseguiu vender, o que é muito comum em casas lotérias.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

LET IT BE

When i find myself in times of trouble
Mother mary comes to me
Speaking words of wisdom, let it be.
And in my hour of darkness
She is standing right in front of me
Speaking words of wisdom, let it be.

Sempre, as visitas são boas.
Principalmente, acompanhadas de luz e alegria.

RINGUE 12

A minha família era o meu pai, a minha mãe e minhas duas irmãs, mais eu, como diriam os baianos. Era um dos anos do começo da década DE 60 do século passado. Iniciávamos uma caminhada no interior do município de Viamão, a partir de nossa casa de madeira. As ruas não tinham calçamento. Lá íamos nós: meu pai e minha mãe e nós, os filhos, espalhados pulando pela rua. O destino era a casa de um conterrâneo nosso (São Gabriel), chamado Valdor. O objetivo era indisfarçável: ver um programa na televisão.
O programa hoje seria considerado brega, pois se tratava da chamada luta livre. Para quem não sabe do que se trata, é uma luta num ringue, igual ao boxe, onde os contendores se agarram de tal sorte que um possa imobilizar o outro, ou que o mesmo desista ou desfaleça. Algo parecido com a luta greco-romana das Olimpíadas.
Na verdade, era o programa da moda, pois todo o mundo que tinha televisão, e os televizinhos como nós, assistiam torcendo como se estivessem numa campo de futebol.
-Dá-lhe Scaramuche; dá-lhe Fantomas... Eram os nomes da moda. Estes os bonzinhos e tinham os maus como Romano.
Terminado o programa, voltávamos para casa. Lá pelas 11 horas da noite. Hoje, não dá para pensar em atravessar uma vila no interior de Viamão sem ser assaltado. Naquele tempo certamente é a única vantagem em relação a hoje. No restante tudo era pior.
Acho engraçado que as pessoas falem desta época com saudade. É uma bobagem grande, pois as únicas vantagens são a segurança como já disse, e o fato de que éramos mais moços.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

OLHA EU AQUI GENTE!




























Nos últimos tempos, tenho sentido a sensação de uma ave migratória que não consegue voltar, e fica olhando as outras em seu lindo "v" alçar voo.
Acontece que uma parte significativa de meus afetos estão se espalhando pelo mundo,incluindo os Vieira, Vaz, Przybysz, Lucca e Kops e famílias amigas.
Outros, o que é mais grave, saíram para nunca mais.
Tem gente minha, no interior do Rio Grande do Sul, incluindo em Pelotas (Gabriela), Ivone( minha irmã) e família em São Jerônimo, meus pais e outros irmãos em Viamão, em Santa Catarina, Paraná (Luiz, Laura e Luquinha, meu sobrinho neto, meu amigo Penha), São Paulo, Bahia, Ceará, Portugal, Emirados Árabes e outros lugares.
Apesar dos avanços da comunicação, onde a gente consegue falar praticamente ao vivo com os que estão lá fora, é diferente do contato físico, especialmente do abraço.
É claro que vivemos num mundo de competição, onde as pessoas obrigatoriamente tem que procurar onde está a oportunidade, e não deixá-la escapar, mas que a gente sente é uma verdade.
Só espero que não se esqueçam de mim.
Olha eu aqui gente!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

LEMBRANÇAS DE FÉ

Minha irmã Ivanir superou mais um problema de saúde.
A sua força pessoal e as orações de seus familiares e amigos, certamente contribuiram para mais esta vitória.
Ela tem sido corajosa, o que é muito importante neste tipo de enfrentamento.
"Mens sana in corpore sano" já diziam os romanos. Cabeça boa, corpo são.
Certa vez alguém me perguntou: o que é FÉ?
Respondi: fé é acreditar sem precisar explicar.
O meu desancanto com as religiões não me tiraram a fé.
Me tiraram somente o crédito com as instituições.
A minha fé está nas palavras do filósofo católico Santo Agostinho, que disse: tudo tem algo que o antecede; e este algo que também o antecedeu. Assim, se faz sempre retrocedendo até chegarmos a uma razão primeira. A este primeiro ser chamamos DEUS.
Sobre as lições fico somente como uma amai-vos uns aos outros como ama a ti mesmo.
Esta fórmula simples resolve todos os problemas a humanidade, o resto é o resto.
Tive uma fase de minha vida onde participei muito da Igreja Católica, através de grupos de alguma profundida. Tive também um tempo que estudei teologia por correspondência num instituto católico paulista.
Quando dava palestras sempre costumava dizer que para alcançar a verdade a pessoa não precisava de religião. Esta minha afirmativa deixava as carolas* de cabelo em pé.
Trazia ao lume um vietnamita que pretensamente vivia em seu país, grande parte tomado por uma floresta tropical desabitada. Ele lá nunca tinha ouvido falar em Jesus, Buda, Maomé, ou qualquer outro líder religioso, mas era bom pai, bom filho, bom vizinho, bom trabalhador; era pessoa honesta e cumpridora de seus deveres sociais. Pedia pelo menos um motivo para que tal criatura não fosse para o chamado céu. Nunca fui contrariado frontalmente, pois os papos de corredor eram de que tratava de heresia.
O maior ensinamento que tive sobre fé, veio de um ateu. Um dileto amigo meu já falecido, que era ateu e comunista confesso, e com o qual eu tivera grandes papos filosóficos sobre o assunto, quando da doença e depois falecimento de Maria Lúcia, me confidenciou que inobstante a sua descrença havia rezado por ela.
Tivera eu ali naquele momento duas certezas: aquilo era a verdadeira fé, em segundo, estava diante de um dos melhores amigos que eu tive.


**carola - defino com aquelas senhoras com alguma idade que frequentam a igreja diariamente, na esperança de que possam ir para céu,e que Deus se esqueça de seus pecados.

RUMO À PULE DE DEZ

Li ontem no site do Jornal O Estado de São Paulo ter Lula declarado que sua predileta Dilma governaria por 8 anos. Em suma, ele queria dizer que ela não iria marcar lugar para uma eventual volta dele.
Não resisti e taquei um comentário (que foi publicado): eu também acredito em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, banqueiro bonzinho...
Ontem no horário eleitoral precoce, vi a propaganda do pretenso pré-candidato Ciro Gomes. Que lastima! Entrou numa linha de puxa-saco explícito de Lula Lá. Era Deus no céu e o Luis Inácio na terra. Que tristeza! Um sujeito que podia até ter um futuro político brilhante.
A verdade é que ele sonha na desistência ou fracasso da canditura Dilma e que Lula Lá se lembre de sua humilde pessoa.
Lembrei daquela piada do supremo puxa-saco: patrãozinho, se quando eu não estiver o sonhor tossir, saúde.
A dona Dilma, inobstante, a sua super-exposição, saindo todos os dias sorridentes nos jornais, e inclusive em colunas de editor de jornal, não consegue avançar sua candidatura que está estacionada nos 25% que é o verdeiro coeficiente eleitoral de seu partido, o petê. Bem longe da popularidade do próprio Lula Lá, que tem beirado os 90%. Em primeiro, está firme o Serra, e em terceiro o senhor Ciro Gomes.
Na verdade, o que tem impulsionado a candidatura Dilma é a sua superexposição, baixo a simpatia de alguns órgão de comunicação. Eles têm se esforçado, e todos os dias colocam uma manchete laudatória ao governo Lula Lá.
Quem decide as eleições no Brasil é São Paulo + Minas Gerais. Ela está mal das pernas nestes dois colégios eleitorais, justamente onde Serra e mais forte.
Se o neto de Tancredo resolvesse descer de seu pedestal, tal como a Virgem de Lujan, e entrasse como vice de Serra, seria pule de 10(*). Está resistindo, como fazem todos os políticos, somente pensam no deles.


*pule de dez: expressão turfistica (corrida de cavalos)que significa que determinado cavalo ganhará de barbada (muito fácil).

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

VADE RETRO...

Existem padres e padres. Almocei com um na última sexta feira. Trata-se do Pe. Roque.
Nesta quarta feira de cinzas, no entanto, perdi as estribeiras definitivamente com a igreja.
Foi lançada a nova companha da fraternidade.
Não se trata de companha, muito menos de fraternidade. É teoria marxista pura. Uns velhos e surrados temas anticapitalista, onde a ordem principal é contra o lucro.
É sabido que uma das grandes diferenças entre a evolução americana e a nossa estagnação foi que lá existe uma civilização governada por uma maioria protestantes, onde o lucro é fator de sucesso profissional e portanto de vida, e aqui onde a maioria sempre foi católica, quando o próprio Estado já o foi, para quem o lucro é pecado. Ressuscitar esta lenga-a-lenga idiota é muito para mim.
Só acreditarei numa igreja socialista quando os bispos abrirem mão de seus palácios episcopais para acolher lá os pobres da diocese.
Quando abrirem mão de suas viagens à Roma e distribuírem o dinheiro das passagens aos famintos.
A última deles é contra o agronegócio. Dizem que é fator de fome. Na verdade, na ausência do agronegócio o mundo já teria se consumido em fome.
Enfim, chega, não gastarei mais pólvora em chimango. Não vale à pena. Eles não têm mais solução, não é por outro motivo que a igreja católica está minguando no Brasil a favor das franquias de outros credos.

JOVENS & ALCOOL

Lembrei hoje de um episódio bem engraçado. O meu amigo Ângelo Alves de Mattos é um médico gastroentorologista , além de hepatologista, uma das maiores autoridades na América do Sul, estando atualmente presidindo a associação para a AL desta última especialidade, tendo encerrado no final do ano passado a sua gestão à frente da Associação Brasileira de Hepatologia. É um dos poucos amigos que tenho, pessoa muita querida, além de parente de minha filha Gabriela por parte de mãe, ou seja da linha dos polacos Przybysz.
Pois, o Ângelo um certo dia estava no programa Câmera 2 do bom Clóvis Duarte, quando iniciou um quadro onde Corte Real falava sobre vinhos. O Corte Real, como só acontecer no programa, começou a distribuir taças de vinhos para servir aquele que era objeto da sua fala. Chegou a vez do Ângelo ele negou receber a taça. – O senhor não vai beber ? - Não. – Mas, como vinho não é bom para a saúde? Não, faz mal para o estômago, para o fígado... Foi um constrangimento barbaro.
Por que estou falando no assunto? Ando preocupado com o que está bebendo a juventude.
Eles bebem cerveja como se estivessem bebendo suco de laranja. Ora, a cerveja tem uma dosagem importante de álcool. Pode e leva ao alcoolismo, que é uma doença grave, com reflexos somáticos e psíquicos, com destruição do fígado, resultando em cirrose e até câncer. Pode comprometer o pâncreas e rins.
- Mas, Osnir, eu já vi você bebendo.
É verdade, mas não faço disso um hábito. Bebo somente quando bem entendo. Nunca bebo diariamente. Raramente o faço em dias de semana. Bissextamente, bebo dois dias seguidos. Sou exigente na qualidade. Sigo o conselho do meu cunhado Luciano: beber pouco com qualidade.
Só bebo bons vinhos, e em pouca quantidade e muita qualidade. Cerveja só bebo de primeira linha, incluindo as Uruguaias, Brahma Extra e similares.
Muito raramente bebo destilados, pois têm altos índices de álcool.
Fico de cabelo em pé quando vejo no Orkut fotografias de jovens orgulhosos com copos ou garrafas de cerveja na mão. Pessoal , isto não deve dar orgulho para ninguém. É como tirar fotografia fumando. Além do mau gosto é mau exemplo.
Ninguém mais se reúne para trocar idéias. Tudo é desculpa somente para encher a cara.
Temos que fazer da bebida algo de bom, de prazer, não fórmula de morte.
Todo mundo debocha da obrigação de colocar depois das propagandas de bebida o famoso: use ou utilize com moderação. A determinação está correta. A palavra é moderação.
É claro que sou contra as drogas, mas também acho que as autoridades se omitem quando o vício é do álcool, o qual pode, e atinge toda a agressividade daquelas.
Finalmente, existem pessoas que têm antecedentes familiares, ou mesmo históricos de doenças ligadas ao problema. Estas pessoas deveriam se abster completamente do álcool. Ou, radicalmente, ficar longe dos copos.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A VINGANÇA DOS OUVIDOS

As praias do Rio Grande do Sul, como certamente as outras praias brasileiras, estão infestadas de uma nova praga: a dos garotões com seus carros equipados com som de trilhões de decibéis a destruir nossos queridos ouvidos.
O que é pior que os tais sons às alturas? Claro, você é inteligente e já adivinhou: música ruim. Eu falei música, ato falho, não se trata de música, pois é somente o som de um bate estacas. Tum, Tum, Tum, até no onomatopáico é ruim.
Como diriam eles mesmos - os jovens - eles se acham. Como gostam do tal barulho fazem questão de que todos ouçam. E têm adeptos, pois sempre fica uma turminha em volta.
Eu sempre odiei som na praia, incluindo as tais rádios da praia. Quem tem vontade de ficar ouvindo o tempo todo som alto na praia? Quem disse para aquela gente das rádios de praia que eu vou lá beira mar e quero ficar ouvindo música alta, e não raro muito ruim?
Chega os restaurantes e churrascarias com as tais músicas ao vivo, onde ninguém pode conversa, exceto com gestos. Até em aniversário de criança temos música em altos decibéis, a enlouquecer os pobres pais que levam seus filhotes a tais festinhas infantis.
Já bolei a vingança. Vou instalar num carro velho um som com uns 1000 wats de potência. Conseguir uma meia dúzia de músicas sertanejas e ir para a praia. Onde estiver um destes moleques com som alto, eu encosto do lado e ligo os sertanejos no volume máximo. Ele vai adorar...

domingo, 14 de fevereiro de 2010

SURIGUIDUM?

Mais um carnaval.
Acho que sou um chato: não consigo achar graça em sair pulando ao som de uma música chata e repetitiva, no meio de um multidão cheia de suor e cerveja ruim.
Acho que não sou o único chato. Os bailes de carnaval desapareceram em Porto Alegre. O desfile de carnaval é assistido por 18000 pessoas, as quais veem o desfile de outras 30000. Acontece que a população de Porto Alegre é de mais de um milhão e meio de pessoas, totalizando mais de 3 milhões da Grande Porto Alegre.
Não existem mais blocos de bairros em Porto Alegre, tendo desaparecido os famosos desfiles de bairro como Azenha e Santana.
Nem os clubes tradicionais em Carnaval resistiram. O baile municipal desapareceu sem deixar notícias. A falta de público é o problema evidente.
Carnaval para porto-alegrense é sinônimo de se mandar para qualquer lugar, incluindo praia, serra, fronteira, exterior ou cidade Natal.
Para que serve o carnaval? Para fazer um grande feriado, no final do qual começa o ano.
É claro se sou chato, mas acho que não sou burro, isso tudo serve somente para cá.
No Rio o carnaval é uma instituição que dura um mês. No nordeste, dura o ano todo. Na Bahia ele nunca termina.
Meu último carnaval foi em 1975, no Esporte Clube São José. Festejava a aprovação no vestibular.

CASO ARRUDA

Preliminarmente, quero dizer que lugar de criminoso é na cadeia. Pelo menos até que pague a sua dívida social. Sou contra direito penal mínimo. Sou contra redução de pena. Sou contra progressão de regime. Não acredito no conceito de infração de pequeno fator ofensivo.
Entendo que não só o traficante como o usuário tem que ser preso. Não havendo usuário não há comércio de drogas.
Não acho que condenado em primeiro grau deve recorrer em liberdade. Quem é condenado em primeiro grau, deve aguardar o recurso na cadeia. O advogado do réu terá a maior pressa que o processo se encerre. Do jeito que a coisa está todas, as penas prescrevem em concreto.
Tudo isso para falar do caso Arruda. Os fatos que lhe são imputados foram revelados em público. As lentes implacáveis da tevê flagraram. O Judiciário através do Ministro Marco Aurélio Melo resolveu mantê-lo preso. Maravilha, palmas para o Dr. Mello, de quem sou fã.
O único questionamento que faço: trata-se de um político de oposição. Por que quando os réus eram da situação, tal como aconteceu no episódio dos 40 ninguém foi para a cadeia?
Por que as coisas do passado estão caindo no esquecimento e gente envolvida, e denunciada pelo MP, já está botando a cabeça para fora, tentando voltar ao teatro político, sem qualquer pena, mesmo mínima?
Será por que são amigos do Príncipe ( vide Maquiavel)? Não creio, mas temo...

PASSO DE BEBÊ

Há muito anos assisti um filme,creio que com Robert Willians, onde era aplicado um método psiquiátrico que eles chamaram de "passo de bebê". Confesso que não me liguei no nome em inglês, pois, não seria inédito que fosse uma tradução mal feita.
A verdade é que o psiquiatra dizia que o doente tinha que se preocupar com o próximo passo e não com toda a caminhada. Em suma, deveria se preocupar somente com o primeiro passo, tal qual um bebê o faz.
Pensei muito neste filme por estes dias. Vi o quanto de verdade ele contém. Realmente, a melhor maneira de enfrentar uma dificuldade é enfrentar somente o passo seguinte. Vencido o primeiro passo nos preocupamos com o seguinte... Quando vemos enfrentamos com sucesso toda uma longa caminhada.
Eu era um eterno angustiado. Até que li uma passagem bíblica que muito me influenciou dali para frente: "...não vos preocupeis com o dia de amanhã, o dia de amanhã terá suas próprias preocupações. Para cada dia bastam suas próprias dificuldades."
Assim sendo, quando enfrentamos uma situação de dificuldade, vamos nos preocupar somente com a dificuldade que está ali na nossa frente, tentar adivinhar dificuldades maiores somente aumentará nosso sofrimento.
Se realmente elas vierem teremos sofridos duas vezes: por antecipação e quando os infaustos acontecimentos chegarem. Ou, o que pior, se não chegarem teremos sofrido antecipadamente de graça.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

IRMÃOS

A foto que abre hoje o blog é dos quatro irmãos filhos de Anselmo e Zenoir Vaz: Ivanir, Alfredo, J.Osnir e Ivone.

A FESTA

Li hoje na folha de S.Paulo, na folha A8 : “ Disse (Lula) ainda não nem começou (sic) as viagens pelo Brasil programadas para 2010. Segundo ele (Lula), o ritmo de viagens pelo país continuará até “31 de dezembro, à meia-noite”, e que, até lá “a festa é minha”.
O problema não é a festa ser dele, o problema é que nós é que pagamos a festa.
É incrível: ele pensa que está numa festa.
As pessoas estão esperando dois anos para fazer uma operação necessária pelo SUS.
E ele pensa que está numa festa...
As pessoas estão pagando 12% de juros ao mês no cheque especial.
E ele pensa que está numa festa...
Os aposentados estão com as aposentadorias defasadas e minguando a cada ano.
E ele pensa que está numa festa...
O Brasil ficou auto-suficiente em petróleo, e pagamos uma das gasolinas mais caras do mundo.
E ele pensa que está numa festa...
A carga tributária sobre os brasileiros já atingiu 40% da renda das pessoas.
E ele pensa que está numa festa...
A dívida interna do governo passou há muito tempo do trilhão de dólares.
E ele pensa que está numa festa...
O governo apoia todos os governos autoritários desde que amiguinhos do PT.
E ele pensa que está numa festa...
O salário mínimo equivale a 2 kg de carne por mês, e só.
E ele pensa que está numa festa.
As passagens de ônibus metropolitanos consomem 1/3 do salário do trabalhador.
E ele pensa que está numa festa.
O Brasil teve crescimento negativo no ano passado.
E ele pensa que está numa festa.
A Marinha Brasileira não tem dinheiro para fazer os navios andarem.
O Exército Brasileiro não tem dinheiro para pagar a comida dos soldados recrutas e tem que fazer meio turno para eles comerem em casa.
E ele pensa que está numa festa.
A educação no Brasil é considerada uma das piores do mundo.
E ele pensa que está numa festa.
O PIOR é que 84% (segundo as pesquisas) apóiam o dito cujo.
Logo TODOS ELES ( os 84% ) acham que tudo é uma festa mesma.
Viva! Também vou entrar na festa: SQUINDO.... SQUINDO... SQUINDO...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

VENTO NEGRO LEVA MEU VOTO EMBORA

O prefeito Fogaça subirá no palanque de Dilma. Acabou de perder o meu voto.
Depois de tudo o que o PT fez contra a sua boa administração?
Acho que vou ter de repetir o voto na Yeda.
Ele vai se aliar a parte pior do PMDB, a de Temer, Sarney e Calheiros.
Pô, esperava coisa melhor do bom prefeito de nossa capital.

AVATAR II

Tem gente que não gostou do Avatar. Bem, existem os que preferem churrasco de costela minga, ou seja, há gosto para tudo. No entanto, não se preocupe, pois se você não gostou, pois ninguém tem obrigação de gostar do que a maioria gosta. Eu, geralmente, tenho um tipo de gosto diferente do povo em geral.
Eu odeio pagode, música sertaneja, filme caratê, rap, BBB, cronista esportivo, ônibus lotado, carro estacionado com auto-rádio nas alturas, gente debochada, gente folgada, vagabundo (a), frio úmido, queimadura solar, gabola, tênis com covinha, terno colorido, carro com néon, excesso de sinaleira, político, jovem bebendo direto na garrafa, jovem com latinha de cerveja no meio da rua, jovem ou velho fumando, que me peçam para assar pão em churrasco, sujeito que começa uma história que não tem fim, mentiroso (a) contando suas aventuras amorosas, e muitos outros...
Gosto de ir ao cinema para me distrair ou divertir. Não gosto de filmes onde eles pensam em passar a realidade, como se fosse arte. Isso eu vejo na rua, não carece pagar para ver. Não tenho um estilo preferido. Gosto de boas histórias, boas fotografias e bons artistas também. Não é necessário que sejam famosos, e sim que sejam bons. Sou exigente, mas não discrimino ninguém.
Raros são os filmes que gosto de rever. Acho que Avatar estará entre eles, o que por si só já é uma recomendação. Este tipo de filme contém muitas informações que se perdem na primeira assistência, mas a gente capta em outras sessões.
Muita gente me comentou que viu a versão em projeção normal, ou seja, sem 3D. Não recomendo.

NOMES

Outro dia, eu estava num supermercado da Bolívia, denominado Safári, quando fiz o que sempre costumo fazer para prestigiar o funcionário: olhei para o crachá para dizer, muito obrigado João; muito obrigado Luís...
O crachá dizia: DIONLENO.
Pensei que devia ser filho do Dionísio e da Lenora.
Em seguida, o Tico e o Teco ( meus únicos neurônios espertos) se deram conta: DIONLENO = JOHN LENNON!
Os pais bolivianos certamente são pessoas de pouca instrução, mas e o escrivão?
Deixar o coitado do menino pagar um mico deste tamanho.
Está se tornando comum os pobres colocarem nomes alienígenas nos filhos, enquanto os ricos ficam com os nomes comuns portugueses: Mário, José ou João.
O problema é que na hora de escrever os nomes estrangeiros eles tendem a traduzir foneticamente e saem as coisas mais absurdas.
É muito comum os MAICOU, SUELENS, RICHARDES, VASCINTON, ANDERÇON e outros.
O triste é que as pessoas levam para toda a vida um erro sobre o qual ficam o tempo todo dando explicação.

AVATAR

Fui assistir na última sexta-feira em 3D o filme Avatar.
Trata-se de um película em três dimensões.
Alguns têm dito que se trata de um marco na história do cinema.
Ora, a última revolução no cinema com o advento do cinema falado, que praticamente encerrou a carreira do maravilhoso Carlitos.
Embora, se trata de uma obra muito boa, digna da bilheteria que está proporcionando, batendo todos os recordes, inclusive do sonso Titanic. Não dá para perder.
A história é repetitiva como argumento cinematográfico, mas a apresentação é inigualável, e os efeitos especiais realmente inéditos.
Não acho, entretanto, que Avatar marcará a história do cinema, exceto quanto à bilheteria e o número de Oscar que concorrerá.
Outros filmes tinham potencial para tanto, mas simplesmente marcaram uma época, entre eles Ben Hur, Os Dez Mandamentos, O Poderoso Chefão, 2001, E o Vento Levou e o impagável Casablanca.
No entanto, é daqueles filmes que a gente não pode perder, pois embora não seja marco histórico, sem dúvida será ponto de referência a um tipo de cinema.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

XÔ BOI

Outro dia escrevia, lembrando uma linda música: - tem dias em que a gente se sente como quem partiu ou morreu...
Quando fico triste gosto de ler poesias.
Assim que reli uma do meu poeta vivo preferido Luiz Coronel, diz ele:

O boi lerdo da tristeza

O boi lerdo da tristeza
quando chega nunca sai
E o potro da alegria
nem bem chegou já se vai

O boi lerdo da tristeza
segue arando o dia denso
Maduram grãos de amargura
nas espigas do silêncio.

O boi lerdo da tristeza
Come rações de ansiedade
Na carreta dos suspiros
vão arrobas de saudades

O boi lerdo da tristeza
pisoteu o meu jardim.
Veio o potro da alegria,
linda moça no selim.

Volto eu: oi boi lerdo da tristeza, sai do meu jardim.
Não careço de moça no selim. Faz tempo que já tenho linda moça em meu selim.
Mas por que o raio do boi resolve ficar pisando nas minhas flores?
Xô boi...

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