sexta-feira, 24 de junho de 2011

BELOS ROSTOS, BELAS VOZES

Tenho recebido muitas manifestação de afeto e carinho que muito me lisonjeiam e me deixam cheios de orgulho e imensa satisfação enquanto pessoa.
Dificilmente a gente lembra dos rostos nas festas, mas  lembra de todos os rostos e das vozes que ouviu nos momentos de dificuldade.

terça-feira, 21 de junho de 2011

OS INVEJOSOS E OS LISONJEADORES

“A inveja dos inimigos é uma forma de admiração muito mais sincera do que a lisonja dos amigos.” Miguel de Cervantes Saavedra.
Sem dúvida, a inveja das pessoas que não nos admiram, mas gostariam de ocupar o nosso lugar é uma forma velada de elogio. Ninguém tem inveja de quem não faz sucesso. A pessoa que vence tem sempre alguém que pretendia estar no seu lugar.
A inveja surge da aprovação do que foi feito pelo invejado. Ninguém inveja erro. O invejoso se vê na pele do invejado. Este é o seu ídolo.
Na outra ponta, o lisonjeador nem sempre é sincero, às vezes esbanja sua ode somente para obter vantagem. Não raro, se não tem um objetivo imediato, simplesmente se omite, ou seja, não se dá ao trabalho. O puxa-saco sempre quer obter vantagem. Se esta não existe, ou é difícil, ele se afasta, ou não tenta.
O invejoso é mais profissional. Ele se basta na contemplação. Dizem da existência do mau olhado, mas não acredito. Embora, certa feita, vi alguém elogiar violentamente uma planta e a dita cuja brochar na hora, como se estivesse a morrer.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

GIORDANO: PULE DE DEVOLUÇÃO

Hoje, fiquei muito chateado, pois o jovem Giordano que foi meu assessor no tabelionato durante muito tempo, tomou outros rumos. Ele é uma pessoa de grande capacidade intelectual, e de um enorme vocação para o direito. Certamente encontrará o seu bom destino.
Em 1964, a Professora Geraldina da Silva escreveu uma mensagem para mim que dizia assim: não deixe que o medo ou o ódio impeçam-no de ser uma grande pessoa. Pois,  repasso ao Giordano esta mensagem, que luto  para honrar todos estes anos.
Giordano foi mais que um colega: foi um amigo durante este tempo que trabalhamos juntos. Espero que não esqueça por aqui deste velho amigo.
Giordano, um nome de quem se ouvirá falar nos próximos anos. É minha aposta. Como diriam os antigos turfistas: é pule de devolução.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

COMUNISTA DE FUSCA

A maioria dos estudantes, principalmente os de direito são de esquerda, ou até mesmo comunistas. No meu tempo de faculdade a gente tinha a resposta: são comunistas até comprarem o primeiro fusca. O que será que eles compram hoje?
Olhando para o passado, e comparando com o quadro atual, verifico que grandes teóricos de esquerda, hoje, são burgueses gozando as delícias da fortuna que chegou.
São raras as exceções, mas existem. No entanto, a militância hoje se restringe ao campo meramente teórico, pois mantém a vida de ricos, sem qualquer vontade de dividir o seu patrimônio como pregavam.
Um amigo meu que era comunista de carteirinha costumava dizer quando chegasse a hora de dividir, dividiria. Como a hora nunca chegou, ele não dividiu nada.
Muitos daqueles grandes teóricos marxistas, e alguns ate Maoistas, senão Leninistas ou até mesmo Trotsquistas, querem mesmo é mamar nas tetas da viúva, por conta do seu partido preferido no poder. Políticas à parte, o importante é a grana e a posição.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

DECISÃO DO SUPREMO

O Supremo Tribunal Federal no caso das marchas da maconha não poderia ter decidido diferente. A Constituição assegura o direito de reunião. No entanto, conforme alguns ministros disseram no julgamento, não significa que possa haver a apologia ao uso de drogas, haja vista que constitui ilícito penal.
É possível, pelo menos é o que entendo, que posteriormente a realização de qualquer destas marchas, seja apurada ter acontecido ou não apologia à droga, e , se tal houver poderá haver inquérito e posterior processo penal contra quem tenha efetivamente e pessoalmente cometido o delito.
O que o Tribunal decidiu, repito corretamente, é que não pode ser adrede proibida a manifestação. A passeata é uma reunião que anda, como foi dito por um ministro.
Também entendo que é direito das pessoas defender a descriminalização das drogas, embora eu não concorde com ela.
Acho que tirar a tipificação não reduzirá o consumo, somente fará com que se tenha dois tipos de comerciante de drogas: um legal e um ilegal. O ilegal continuará como sempre foi, e a ele será acrescido o legal. Se o comércio for legal, terá direito à propaganda. A propaganda fará aumentar o consumo.
O fato de a droga ser legal não afasta todos os seus malefícios químicos e psicos.
Mais gente drogada, significa mais gente doente; mais gente utilizando os equipamentos médicos públicos; mais gente cometendo outros crimes para financiar a droga.

terça-feira, 14 de junho de 2011

HERANÇA DE PESSOA VIVA

Existem pessoas que tem  necessidade de continuar mandando no patrimônio dos filhos depois da morte, tais como as que gravam as heranças com cláusulas restritivas, incluindo incomunicabilidade, impenhorabilidade e inalienabilidade, mas também existem as   que objetivam dispor de heranças que ainda não aconteceram. 
Elas querem negociar sua futura participação nas heranças de seus pais, sem que estes tenham falecido.  Querem, em suma, transacionar a sua expectativa a uma herança, que pode até não vir a ocorrer.
O legislador se adiantou e, no primeiro caso, restringiu a utilização de tais cláusulas contras as legítimas dos herdeiros necessários a casos justificados, evitando assim o uso indiscriminado sem qualquer razão.  No segundo caso, foi mais radical, e , simplesmente proibiu este tipo de contratação.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

HOJE É DIA NÃO!

Muitos vezes paro a pensar sobre coisas do passado. Não as coisas difíceis, complicadas, ou que sejam dignas de páginas de jornais, muito menos livros. Falo das coisas simples, as do cotidiano.
Hoje, lembrei que Lúcia costumava durante os dias mais frios do inverno a dar banho em nossa filha Gabriela em dias alternados, que chamávamos dia sim e dia não.
Um dia dos mais frios, a Lúcia se preparou para dar o banho na pequena, então com dois anos, esta se parou a gritar: HOJE É DIA NÃO, HOJE É DIA NÃO!
O incrível é que essas coisas que na primeira vista são hilárias, acabam por me emocionar, em sua simplicidade. É a magia de ser pai.

sábado, 11 de junho de 2011

ITALIANOS NÃO GASTEM PÓLVORA EM CHIMANGO

Existem aves de rapina em todo o mundo. No nordeste, existe o carcará. No pampa (ou na pampa) existe o chimango. Ninguém é doido para comer a carne do chimango, assim como ninguém come carne de urubu ou corvo, que são seus parentes. Pois a idéia de caçar chimango constitui uma inutilidade total, pois qual o uso que se faria do troféu? Nada. Daí que nasceu a expressão vinda dos descendentes de espanhóis: não gastar pólvora em chimango, ou seja, não por munição fora.
O Rio Grande do Sul foi berço de várias lutas entre irmãos (guerra civil), e entre elas a luta entre os Maragatos, de um lado, os quais usavam um lenço vermelho, e os Chimangos, de outro, que usavam um lenço branco.  Os tais Chimangos da história gaúcha não têm nada com o ditado.
Por que lembrei disto? Acho que os italianos estão gastando pólvora em chimango, protestando contra a não extradição do Battisti.
Há mais de 40 anos Charles De Gaulle, o líder francês saído da II Grande Guerra, disse ( ou não ) que o Brasil não era um país sério. Se ele disse mesmo ou não, não sei, mas que não é sério não é.
Se fosse, os atletas cubanos não teriam sido defenestrados sem processo, e o outro que foi julgado por quatro homicídios em seu democrático país, em instância final, incluindo a Corte Européia, teria sido extraditado.
Os italianos têm esperança da Corte de Haia. Ora, esperem sentados, mesmo se a tal corte internacional julgue que o dito cujo deva ser extraditado, o  país não obedecerá. Podem tirar o cavalinho da chuva que ele vai pegar uma pneumonia.
Gastem a energia em coisas mais sérias, como nós por aqui, em samba, futebol, cachaça e carnaval.

É SÓ UM CLICHÊ, TÁ LIGADO?

O meu primeiro emprego foi numa clicheria. O pessoal hoje não sabe nem o que é isto. Pois clichê era uma matriz, utilizada para a impressão em publicações, tais como jornais e revistas.
O profissional tirava uma fotografia de um desenho ou mesmo de um acontecimento, e fazia a exposição da foto contra uma chapa. Após submetia esta chapa a um banho de ácido sulfúrico, que corroia parte dela, deixando um baixo relevo, que na impressão seria o branco, e o alto o preto.
A clicheria montava a chapa sobre uma madeirinha, e estava pronto o clichê para ser levado para o jornal ou revista.
A impressão em “off-set” praticamente acabou com o sistema de clichê.
Clichê ficou acabou virando sinônimo de alguma coisa repetida, surrada, copiada, carimbada, uma verdadeira forma. Quem escreve muitos clichês, não sabe escrever, ou no mínimo, não tem inspiração própria.
A utilização de clichês, às vezes, é necessária, pois há a chamada inexigibilidade de outra conduta. (Viram? Usei um clichê, propositalmente)
É como o palavrão usado muito no teatro. Existem vezes em que ele é estritamente necessário. Quando usado em demasia, é mera apelação.
Se a escrita dos neófitos é criticada pela intelectualidade, o mesmo não acontece na literatura prestigiada, ou mesmo em letras de músicas mundialmente consagradas.
Querem ver um exemplo: uma das músicas brasileiras, mais conhecidas mundialmente é a Aquarela do Brasil, vem com maravilhas tais como “coqueiro que dá coco” e “Brasil brasileiro”. Imaginem um jovem escrevendo estas duas verdadeiras pérolas (viram o clichê de novo?).
Na verdade, a linguagem jovem hoje nada mais é do que uma seqüência infindável de clichês. As frases não passam de algumas dezenas, as quais são utilizadas em diversas seqüências, que dão o tom da conversa.  Algumas não tem qualquer sentido, e ficam soltas dentro do diálogo, sem qualquer utilidade prática,  sendo a mais comum o chamado “ta ligado?”.
Algumas vezes, fiquei longo tempo pensando, qual seria o sentido de tal frase: “tá ligado?” Cheguei a conclusão que nada mais é do que o antigo: “tá entendendo?”, muito utilizado por políticos famosos como Leonel Brizola.
Em matéria de linguagem verbal, o tempo passa, mas nada muda. Ou como diria Cícero: O tempora o  mores!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

OS JURISTAS DO NABAQUIESTÃO

No Nabaquiestão os  juristas são muito divertidos. Grande parte assume uma tese, depois vai a procura de argumentos jurídicos para defendê-la.
O conceito de soberania por exemplo: se um país pede a extradição de um seu nacional, que, eventualmente tenha cometido crimes no outro país, onde se encontra morando o extraditando, eles dizem que é uma ofensa à soberania.
Embora, no Nabaquiestão, as penitenciárias sejam horrentas, podres, onde a vida do preso não vale um tostão furado, e o país que pede a extradição seja de primeiro mundo, vivendo uma democracia há muito tempo, os seus juristas entendem que o extraditando corre risco indo para este último país.
Não interessa que nos presídios do país que pede a extradição o preso esteja mais em segurança que o cidadão numa rua da zona norte do Rio de Janeiro.
Acho que o Nabaquiestão não tem mais jeito mesmo, e como dizia a Marta: o negócio é relaxar e aproveitar.

terça-feira, 7 de junho de 2011

AINDA O TOTÓ

Minha filha Gabriela, hoje pelotense e xavante, glosou minha história do Totó, lembrando que nós morávamos no quarto pavimento, portanto com oito lances de escada. Pois o cachorro era levado ou melhor, a gente abria a porta e ele saia em disparada escada a baixo, e só voltava depois de uma hora mais ou menos. Como a gente não sabia a hora que ele chegava, ele ficava na porta esperando sentado no capacho. Não latia.
La pelas tantas, a gente abria a porta, e só ai ele entrava faceiro. Dava problema, quando um estranho resolvia subir ao nosso pavimento: ele enfurecia e latia. Não raro, a visita se jogava escada a baixo apavorada.
Também lembrei que um dia de muito frio, eu peguei uma camiseta do Grêmio que fora de Luiz Henrique meu sobrinho, e coloquei no Totó. Ele que não era acostumado a subir no sofá da sala, imediatamente se aboletou ali, ficando sentado nos olhando.
Disse: desce daí. Ele rrrrrr......Rosnou para mim se achando gente, pois afinal de contas estava com a camiseta do imortal. Tentei tirar a camiseta dele. Ele rrrrr..... Resultado só no terceiro dia, mediante uma propina (guloseima) consegui tirar a camisa dele. Ele era gremista mesmo.

sábado, 4 de junho de 2011

AGONIZANDO EM PRAÇA PÚBLICA

A Rede Globo de Televisão apresentou ontem no tradicional Jornal Nacional uma entrevista gravada do ministro da Casa Civil, o médico Palocci. Nela, o petista apresentou sua versão dos fatos denunciados pelo Jornal A Folha de São Paulo. As denúncias dizem que ele teria multiplicado por vinte seu patrimônio, exatamente no período entre a eleição da presidente Dilma e a posse.
Ele repetiu os argumentos que teria prestado serviços de consultoria para empresas, que os quais teria encerrado o contrato exatamente nos referidos meses, motivo do acumulo de recebimentos exatamente neste período.
Não revelou quem são as empresas, muito menos que vantagens sua assessoria teria obtido para que as entidades o tivessem remunerado tão bem. Disse que não queria expor as empresas, pois estaria ferindo o sigilo negocial, protegido por cláusulas contratuais próprias.
As explicações foram muito fracas, não tendo convencido ninguém, pelo menos é o que se pode ler nos jornais de hoje. Exceto o jornal O Sul, sempre pródigo em manchetes pró governo, que apresentou as explicações como se fossem convincentes, todos os demais entenderam que foram insuficientes. Na verdade, nem O Sul elogiou a entrevista, tendo se limitado a apresentá-la, incluindo o texto inteiro entre aspas.
Lembrei de uma capa da Revista Veja, onde aparecia o Cazuza admitindo a AIDS, num gesto de alta coragem para a época, e no interior da revista uma longa entrevista, donde se inferia que ele agonizava em praça pública, num verdadeiro sacrifício que contribuiu para que a doença fosse encarada de maneira diferente dali em diante.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

VISITA A CUBA E VENEZUELA

Lula Lá foi à Cuba visitar Fidel Castro, e depois vai à Venezuela visitar o Chávez. Quem sabe depois uma voltinha na Coréia do Norte, uma passada no Irã e outra na Líbia para ver seu amigo Kadáfi?
Qual será o motivo para esta verdadeira atração por ditadores?
Ainda bem que a nova presidente não quer saber desta gente. Que continue assim.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A RECEITA CORRETA

As pessoas devem enfrentar as dificuldades diretamente. Esta frase já é uma redundância, pois enfrentar significa ir de frente à alguma coisa, mas quero dizer que não se deve desviar os problemas. O enfrentamento direto sempre facilita a solução. Alongar o caminho das soluções pode aumentar as dores.
Muita gente costuma passar seus problemas aos outros, como se eles (os outros) fossem a causa de suas mazelas. Os mais bem dotados de dinheiro costumam consultar psicólogos, e, não raro, transferem a eles todos os seus problemas. O resultado é uma dependência absurda.
Dal Mollin, meu colega de 42 anos (de trabalho) costuma contar a história de um sujeito que era industrial, e numa madrugada recebeu um telefonema de seu gerente master dizendo que a sua indústria estava pegando fogo. Ele, para espanto do gerente, riu. O preposto perguntou: - Dr. mas por que o senhor ri? Ele respondeu: quero ver a cara do meu analista amanhã de manhã.
Tem a história do sujeito que escrevia os problemas num pequeno papel, e ao final da escrita jogada no lixo.
Tudo fuga. É o mundo mágico, onde os problemas não existem. Só que problema empurrado é problema acumulado. Acumulado faz montanha, e a ela um dia cairá sobre nossa cabeça. Aí, então, fugiremos como a lenda dos gauleses de Asterix e Obelix temerosos que o céu desabasse sobre suas cabeças.
O avestruz esconde a cabeça, deixando o corpão de fora, e pensa que esta muito escondido.
Enfrentar um problema de cada vez, na exata medida em que aparece é a receita correta.

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