sábado, 11 de junho de 2011

ITALIANOS NÃO GASTEM PÓLVORA EM CHIMANGO

Existem aves de rapina em todo o mundo. No nordeste, existe o carcará. No pampa (ou na pampa) existe o chimango. Ninguém é doido para comer a carne do chimango, assim como ninguém come carne de urubu ou corvo, que são seus parentes. Pois a idéia de caçar chimango constitui uma inutilidade total, pois qual o uso que se faria do troféu? Nada. Daí que nasceu a expressão vinda dos descendentes de espanhóis: não gastar pólvora em chimango, ou seja, não por munição fora.
O Rio Grande do Sul foi berço de várias lutas entre irmãos (guerra civil), e entre elas a luta entre os Maragatos, de um lado, os quais usavam um lenço vermelho, e os Chimangos, de outro, que usavam um lenço branco.  Os tais Chimangos da história gaúcha não têm nada com o ditado.
Por que lembrei disto? Acho que os italianos estão gastando pólvora em chimango, protestando contra a não extradição do Battisti.
Há mais de 40 anos Charles De Gaulle, o líder francês saído da II Grande Guerra, disse ( ou não ) que o Brasil não era um país sério. Se ele disse mesmo ou não, não sei, mas que não é sério não é.
Se fosse, os atletas cubanos não teriam sido defenestrados sem processo, e o outro que foi julgado por quatro homicídios em seu democrático país, em instância final, incluindo a Corte Européia, teria sido extraditado.
Os italianos têm esperança da Corte de Haia. Ora, esperem sentados, mesmo se a tal corte internacional julgue que o dito cujo deva ser extraditado, o  país não obedecerá. Podem tirar o cavalinho da chuva que ele vai pegar uma pneumonia.
Gastem a energia em coisas mais sérias, como nós por aqui, em samba, futebol, cachaça e carnaval.

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