segunda-feira, 30 de agosto de 2010

POLÍTICOS NA CHAMPS-ELYSÉES, PODE?

A mais famosa avenida do mundo é, sem dúvida a Champs-Elysées, em Paris. Ela inicia ou termina na Praça da Concórdia, onde está o famoso obelisco e vai até o Arco do Triunfo.
É um muito bom caminhar por ela e se sentir no centro do mundo.
Na verdade, não quero falar de Paris ou turismo e sim falar dos Campos Elíseos. Champs-Elysées é Campos Elíseos em francês.
Faz parte da rica mitologia grega. A versão de Virgílio é que eles estavam situados em baixo da terra, e acolhiam os bons espíritos. Já para Homero, autor da Ilíada e Odisséia ele ficava no lado ocidental do planeta. Um verdadeiro Éden descrito por Homero. Outros o confundiam com a lenda da Atlântida, uma terra que teria afundado no oceano.
Fico aqui a pensar que uma grande vantagem de ir para os Campos Elíseos é a certeza de não encontrar por lá os nossos políticos. Segundo a tradição grega a chance de encontrar um deles por lá tende a zero. Parafraseando a frase bíblica: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus, posso dizer: é mais fácil um elefante entrar numa caixa de fósforo do que um político brasileiro parar nos Campos Elíseos.

PREVIDÊNCIA

Acho Paulo Paim um bom sujeito. Penso que se trata de pessoa honesta. Tem pautado sua atuação na solução dos problemas dos aposentados. O problema que vejo nele é que todas as suas idéias esbarram nas do seu partido - o PT - e ele nada faz para convencer sua própria grei.
Assim, ao que parece ele pretende continuar: vendendo o que não pode vender; aquilo que no seu próprio partido é considerado fora de negociações. Se mantendo no PT ele continuará tendando fazer buracos na água, e os aposentados se iludindo.
O enfoque que o atual governo federal dá ao problema dos aposentados é muito estranho. Enquanto distribui dinheiro aos quatro cantos do mundo, incluindo Haiti, Palestina, países africanos e hermanos latinos, aperta o cinto dos jubilados nacionais.
As políticas de distribuição de dinheiro a quem nunca contribuiu com nada, vai de encontro com a política adotado quanto aos que ganham mais de um salário mínimo.
Lula - o bonzinho nacional - costuma ficar irritado quando cobrado do assunto aposentados, tentando sempre justificar com falta de recursos, quando eles existem, pois a previdência não é deficitária, mas supervavitária, e em muito. O governo costuma excluir do seu cálculo todas as verbas sociais que não venham dos segurados ou de seus empregadores por conta das folhas de pagamento. É uma manobra meramente contábil, mas que tem lhe garantido uma cobertura positiva na imprensa, o que é surpreendente.

domingo, 29 de agosto de 2010

"SORRY, PERIFERIA!"

Esta semana, algum me perguntou por que eu escrevi alguma coisa contra intelectuais?
Em primeiro lugar, se trata de uma brincadeira, pois tenho alguns amigos intelectuais, e isso é uma maneira de dar umas alfinetadas neles. Em segundo lugar, é que eles realmente se acham os donos da razão e de todo conhecimento. Em terceiro lugar, eles desprezam tudo o que é escrito por não intelectuais, como eu, ou seja, pessoas que escrevem em linguagem coloquial, beirando o popular. Pessoas que escrevem por mero prazer e não para demonstrar erudição.
Eles consideram pessoas como eu uma sub-raça, como se eu fosse um cão vira-latas que invade o terreno habitado por cães de raça.
Você já tentou conversar com um intelectual? Você o escuta falando das idéias (dele é claro) durante uma meia hora. Após,  você tenta falar das suas: ele escuta você com um olhar de enfado, quase bocejando, e ao final, não diz absolutamente nada, mudando de assunto, ou seja, o que você tentou dizer para ele não quer dizer nada, pois afinal de contas você não é um intelectual.
Se você cair na asneira de discordar, prepare-se vai levar um pito, pois a sua ignorância não tem qualquer direito a ser manifestada diante da autoridade do seu interlocutor. Nesses momentos, recolha-se à sua insignificância. Mude de assunto, fale de futebol ou da filha da vizinha.
Intelectual gosta mesmo é de conversar com outro intelectual. Aí,  estão no seu elemento. Ficam se exibindo um para o outro, tentando demonstrar maiores conhecimentos. Existem programas na televisão que são bem representativos do que escrevi aqui.
Para encerrar o esculacho geral nos intelectuais vou apor aqui ao final deste texto uma frase do guru Millor Fernandes, no meu livro de cabeceira (Millor Definitivo - A Bíblia do Caos):
INTELECTUAL É UM CARA CAPAZ DE CHAMAR A GALINHA EM MEIA DÚZIA DE LÍNGUAS DIFERENTES, MAS PENSA QUE QUEM PÕE O OVO É O GALO.
Como diria o saudoso "intelectual"Ibrahim Sued.: Sorry, periferia!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

FOI MILLOR QUEM DISSE

É de Millor Fernandes a frase: "Nossos presidentes entram sempre pelo portão monumental da esperança, sentam no trono furta-cor da decepçáo, e saem pela porta suiça da corrupção."
(Fernandes, Millor. Millor Denitivo, A Bíblia do Caos, Porto Alegre, L&PM, 2002.)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

NUVENS NEGRAS NO CÉU AZUL

Outro dia me perguntaram: o que está acontecendo com o teu Grêmio?
Faltam  homens.  Jogadores, indagaram? Não, respondi.
O que falta no Grêmio são homens como Rudi Armin Petry, Pedro da Silva Pereira, Saturnino Vanzelotti, Renato Souza, Leitão de Abreu, David Gusmão, Hermínio Bittencourt e Mário Antunes da Cunha, enfim, dirigentes competentes.
O Grêmio não renovou bem seus dirigentes. A nova geração não têm conseguido manter a tradição de qualidade da velha guarda que tantas glórias trouxe ao imortal tricolor.
Qualquer gremista sabe quem são os responsáveis pelos problemas financeiros do Grêmio, mas o Conselho do Clube não tem coragem ou não pode cortá-los.
O tricolor nos últimos tempos - falo em 20 anos - conseguiu ultrapassar o Internacional em torcida, não só no estado, onde deve ter 60% da torcida, mas nacionalmente onde tem 6% contra somente 3% de colorados. No entanto a torcida cansou, foi fiel por anos a fio, dando as maiores rendas, e sendo responsável por recordes de vitórias em casa, totalmente em cima de sua imensa pressão sobre o time adversário.
As diretorias, no entanto, se sucederam em desastres, com contratações mal-sucedidas, contratos que ao final se julgaram danosos ao clube. Episódios mal resolvidos, como o caso Ronaldinho e Tinga.
Agora, estamos num projeto que a primeira vista parece ser muito bom que é da Arena. Acontece que para um projeto deste tamanho ter sucesso são necessários dirigentes competentes, o que não me dá segurança, com o quadro que se apresenta.
Só vislumbro duas pessoas com competência para a empreitada, mas ambos estão alijados do processo, sendo um Fábio Koff, por seu envolvimento no Clube dos Treze, e Paulo Odone Ribeiro por ter sido preterido, sem qualquer causa justificada.
A entrega do projeto Arena para pessoas inexperientes é um grande risco à sobrevivência do Grêmio como instituição.
A casa do homem é a sua fortaleza; a fortaleza do clube é o seu estádio.
Eu tenho feito a minha parte, continuo a contribuir com o clube mensalmente, como associado, embora tenha, nos últimos tempos acompanhado os jogos pelo peiperviu.
Toma que eu esteja errado.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

MAROTA BORBOLETA

Marota Borboleta,
Que a força esteja sempre contigo, Crisálida hoje triste.
Sei que choras e pedes socorro, no casulo, prisão agora.
Apenas um momento, logo passa, sabes disso,
Pois tens a genética das bruxas gitanas.
Acredita, Aninha e dorme neste berço que ti prende.
É um ciclo, o inverno bate a tua porta.
Recua, cria energia no sono que espreita.
Não se entregue, mas não lute contra, confia.
Aceita com alegria, ferramentas e respostas tens.
È difícil sei, mas não esqueça que, a tua prisão por ora,
É que dará forças para romper esse invólucro que,
de forma aparente sufoca, dói.
Não esqueça que, para o próximo ciclo que virá,
é que estás sendo preparada.
Quando a primavera chegar, e a tua letargia
se transformar em energia, forças terás e romperás o casulo,
que prisão não, e sim, proteção era.
Ti espera o colorido da estação e invejas causarás,
posto que, para o grande momento foste preparada,
e assomada da noite para o dia, farás a estampa que faltava
para emoldurar a natureza em flor, marota e linda borboleta.

YEKM
(Não adianta: sou barriga fria, é o alter-ego do ROBERTO PENHA o escritor)

VERSOS GITANOS

Para quem não sabe gitanos são ciganos da Espanha.
Povos tipicamente nômades, nem sempre são bem compreendidos.
As vezes,  um deles anda desgarrado por aí...

"Magia de brujos Gitanos,
A noite tapou-se num absoluto breu, e fez silêncio à madrugada.
Seu cheiro me ocorreu e o travesseiro se fez você,
Pensei em meu amor, abri a janela e contemplei o céu.
Por amores antigos,  mesmo hoje não sendo mais, mas por carinhos me tendo.
Elas -   as estrelas  - forjaram caminho,  e entre as nuvens me saudaram.
Lá de cima,  te viram num dormir inocente; dormias os sonos que te conheço.
Disseram que sonhavas sonos infantis, e criança eras.
Na magia dos brujos gitanos,  me transportaram até você: te acarinhei, beijei,
Ficastes em meus braços, sorristes, te aninhastes corpo em meu corpo e dormimos.
Feliz,  dormi;  feliz,  acordei, porque pela magia das estrelas, realmente estive contigo.

 de YEKM

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

QUI BENE OLET, MALE OLET

A grande vantagem do latim é a síntese. Em poucas palavras se diz muita coisa.
Lembrando os candidatos e candidatas se enfeitando para parecer diferente do que verdadeira são, perante as câmeras e lentes da imprensa, lembrei de velho brocardo latin que diz:
"Qui bene olet, male olet" Em tradução livre de amador: Quem usa cheiro é porque não cheira bem.
Ao elegermos estas figurinhas, estaremos elegendo o original ou a cópia enfeitada?

PATOLOGIA VERMELHA

Um amigo reclamou do exagero da comemoração dos colorados com o bi da Libertadores.
Devo esclarecer a ele que é normal este tipo de deslumbramento com as coisas novas. Nós mesmos quando ganhamos também nos afetamos, achando que éramos os donos do mundo. Depois, com o passar do tempo, fomos entendendo que era somente mais um campeonato ganho.
É normal aos neófitos o exagero, assim, quando crianças e ganhávamos a primeira bicicleta, passávamos o dia inteiro andando com ela. Até que com o passar do tempo, ela ficava esquecida em qualquer canto.
Durante uns 10 a 20 dias veremos camisetas vermelhas desfilando nos lugares mais estranhos. Gente séria vestindo camiseta sobre o terno e gravata , pode parecer estranho, mas é comum neste tipo de patologia.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

UMA POESIA À ESTRELA

Quanto nos faltam as palavras, socorremo-nos nos poetas, afinal de contas para que outras coisas eles servem?
Hoje, face a necessidade do tema, e em funçao do dia, triste para mim, vou de Olavo Bilac, o maior poeta desta pátria.

Ouvir Estrelas (Olavo Bilac)


"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo

Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,

Que, para ouvi-las, muitas vezes desperto

E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto

A via-láctea, como um pálio aberto,

Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,

Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!

Que conversas com elas? Que sentido

Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!

Pois só quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelas."

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

VIRAMOS TODOS ÍNDIOS

O grande problemas de eleições no Brasil, é que são antecedidas ou precedidas de pesquisas eleitorais, nem sempre santas, e o brasileiro não gosta de perder. Daí que muita gente adere a quem pensa que vai ganhar.
É o velho princípio criado pelo Barão de Itararé (Aparício Torelly ou Aporelly): haja o que houver, custe o que custar, estarei sempre ao lado dos vencedores.
Pensando nisso, lembrei velha história. O mocinho estava cercado: na sua frente, índios; a sua retaguarda, índios; à sua direita, índios; à sua esquerda, índios. O mocinho resolveu a questão: virou índio também...
Acho que todos nós estamos virando índios.
Temos grande chances de não nos livrarmos desta turma que está aí. O país vai pagar por isso.
Pelo meu lado, vou virar egoísta e me preocupar somente com a minha pele, torcendo para que um índio destes não queira tirar o meu escalpo.

domingo, 15 de agosto de 2010

"DÉMODÉ"

Existe uma expressão francesa muito utilizada antigamente que é "démodé". Significa uma coisa que está fora de moda. Pois eu acho que estou ficando "démodé". Um amigo sarcástico comentando disse, com alguma propriedade, que eu já nasci "démodé". Pior: acho que ele tem razão.
Não é que tenho ainda a mania de admirar nas pessoas a  honestidade, coerência, fidelidade e sinceridade, quando a moda é roubalheira, incoerência, infidelidade e a mentira.
Nesta campanha eleitoral tenho ficado muito surpreso com o que tenho lido, e me decepcionado profundamente.
As pessoas não são, são enfeitadas para ser. 
É muito triste. 

REPENSARES

Repensares... (Autoria Roberto Penha)


Imaginei meus versos de outrora, feitos não sei pra quem,
Muitos queimados, outros guardados,
Alguns por ninguém lidos.

Sempre feito lobo solitário por ai andei,
E, em alguns momentos aventurei:
Aventuras, paixões...
Me iludi, desiludi, sofri e fiz sofrer.

Um rosto, uma estampa apenas eu pedi, por favor, senhor.
Ledo engano.
Guardei a caneta, fechei o livro da vida com os versos guardados numa página oculta.
Pensei nos invernos vindouros,
Mas no fundo sempre acalentando
Pensando,
Imaginando
Livre pensador.

Versos mais farei um dia?

Acredite-me, quero voltar a fazê-los.
Como nos meus dezoito anos, que marcas profundas guardei.
Se houver sinergia, que ela aconteça antes do acontecer.
Se houver um acontecer...

EM DEFESA DA HONRA

Meu amigo Penha é homem inteligente e de grande conhecimento.
Recebi dele o seguinte canto medieval:
"O Rei me pediu a espada, minha espada lhe ofertei, de lâmina de Toledo, com copo de ouro de lei.

O  Rei desejou meu elmo, escudo e couraça lhe dei, sempre os usei nas batalhas, lutando pelo meu Rei.
O Rei me pediu bravura, na guerra me desdobrei, lutei com ardor e raça, pela glória de meu Rei.
O Rei desejou meu cavalo, negro, que eu mesmo domei, sem relutar fui infante, para atender ao meu Rei.
Caso o Rei pedisse a honra, da farda, que sempre honrei, de coração contristado, diria NÃO ao meu Rei.
Dei lhe a espada de Toledo, com copo de ouro de lei, mas Honra é bem de família, que dos ancestrais herdei."
O canto trata como puderam ver da diferença entre o servilhismo sem quartel e a honra.
Nestes dias cinzas, onde as pessoas não querem enxergar os problemas, e se encantam com as gaboliches do Príncipe de plantão, é bom meditar sobre estas coisas.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

LULA VIU

Uma senhora está sendo ameaçadas de apedrejamento no Irã, pois estaria sendo acusada de adultério por seu marido. Como se trata de uma nação onde o equilíbrio das coisas é exemplar, o homem poderia oficialmente ter quatro mulheres, sem que se configurasse qualquer problema de ordem jurídica, religiosa ou moral.
Como o Irã está na turma que odeia e agride os EUA é amigo do Brasil. Nesta linha, podem fazer qualquer coisa internamente que nosso país, dentro do princípio de não intervenção nas coisas internas do país não vai se meter.
Se, contrário senso,  fosse um país que não está nos amiguinhos do poder local, certamente nos mergulharíamos no episódio, como se fora irmã nossa.  O Brasil agiu assim no episódio de Honduras, onde defendeu até o último bafo o Zé Laia, em detrimento do governo que assumiu democraticamente as rédeas do país.
Demagogicamente,  foi oferecido asilo para a senhora ameaçada. Ora, qual seria a chance de isto acontecer, se até o advogado dela teve que fugir para o exterior? É claro que a ditadura Iraniana não permitiu. Mas  como o que interessa é a propaganda e não os fatos, ficou tudo como está.
Vai resultar que os bondozos iranianos não vão apedrejar a senhora, ouvindo os apelos sinceros de  Lula Lá, vão simplesmente a enforcar ou fuzilar.
Lula Lá, então, nos altos dos mais de 80% de popularidade dirá que salvou a mulher do apedrajamento, agora se foi morta de outro jeito, não é culpa dele. E, não é.

domingo, 8 de agosto de 2010

AMICOS COLE*

Diz-me com quem andas, e dir-te-ei quem és.
Barão de Itararé já avacalhava: diz-me com quem andas, e dir-te-ei se vou contigo.
Ou, haja o que houver, custe o que custar estarei sempre ao lados dos vencedores.
Este negócio orcute, feicebuque e outros é muito bom para a gente descobrir com quem andam nossos amigos.
Estou tendo cada surpresa de fazer corar um Buda de pedra.
Porém, tem uma vantagem: a gente descobre a origem de determinadas opiniões que não combinam com os nossos afetos ou amigos, o que de certa os absolve, pois se trata de mera influência malévola.
Um dia eles se curam.

(*) honra teus amigos.

sábado, 7 de agosto de 2010

PAI, SEM ADJETIVOS

Amanhã é dia dos pais. Recebo minha filha que vem de Pelotas na rodoviária pela manhã, de sorte que é dia de estar mais alegre que pinto no lixo. Minha alegria será completa quando ao meio dia, além de festejar a data com Gabriela, também estarei almoçando com o seu Zezé, o meu pai, o qual completou 78 anos de idade.

Já afirmei que tenho e tive alguns gurus na vida, e que estes gurus não guardam qualquer identidade ideológica, pois se gosto da pessoa, até acho bom que pense alguma diferente de mim, nem que seja tudo.
Pois nesta linha, um dos meus gurus é o genial Millor Fernandes. Olhem só o que ele diz sobre pai: “Só existe uma coisa mais desamparada do que um recém nascido: um recém pai”. Não tenho coragem de comentar, qualquer observação minha somente poderia empobrecer o pensamento de Millor, se isto for possível.
Um pensamento dele, entretanto, quero comentar: “ Certos pais têm a pretensão de preparar os filhos para a vida; outros têm a megalomania de preparar a vida para os filhos.” Nesta leitura desta frase de Millor a gente entende o título de seu livro: Millor definitivo.
Ontem, assisti um disco em nova versão onde cantoras brasileiras cantam a maravilhosa obra de Roberto Carlos. Assisti tudo encantado, não só com as excelentes interpretações de nossas cantoras, mas principalmente com as letras e músicas, que contam nossas histórias. Não há qualquer passagem de nossas vidas que não sejam contadas nas músicas de Roberto. Confesso que foi com grande emoção que vi aquele desfile de lindas músicas que tanto me tocam.
Na música de Roberto, chamada Traumas, diz ele que seu pai lhe encheu de fantasias, mas que aqueles anjos já tinham ido, pois os havia perdido. Ele agora pensava como o pai, e entendia o que ele queria lhe esconder: a realidade do mundo. Chegava ao extremo de dizer que as mentiras ajudam a viver. Ao final, confessava que talvez tivesse que fazer o mesmo com o seu filho, lhe enfeitando os caminhos.
Volto às palavras de Millor: eles – incluindo o pai de Roberto estavam tentando preparar a vida para os filhos, e não os filhos para a vida.
O pai há de ser o companheiro; não o curador, tutor ou procurador. Ele não pode viver pelo filho. Deve-lhe o apoio, não lhe substituir nas decisões.
O filho não lembrará o pão que o pai lhe alcançou, mas dos ensinamentos que dele recebeu, e principalmente dos exemplos de vida que lhe ofereceu.
Neste dia dos pais, um grande abraço a todos eles, amigos, conhecidos, colegas ou simplesmente pessoas que gostam de ler estas minhas mal traçadas linhas.
Para aqueles cujos pais já partiram, me solidarizo. Muitos deles pessoas de quem também tenho grande saudade. Esta deve ser uma coisa boa, a embalar nossas lindas lembranças de nossos afetos. Numa suave dor, amenizada pela lembrança do sorriso do pai que jamais deixará de habitar nossas memórias.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

ESTRELA, ESTRELLA, NÃO ADIANTA.

Gosto de falar de estrelas. Quase sempre minha conversa tem cunho poético. Não raro, envolve sentimento, saudade e compromisso. Hoje não falo neste sentido.
O nome Estela vem de estrela, que por enquanto governo nosso país.
Pois Estela poderá  - sob outro rótulo - poderá governar a nação.
O problema é que não conhecemos o passado de Estela. Aliás, alguma coisa sim, e não recomenda muito.
Se assumir o cargo, teremos grandes surpresas. Pelo menos teremos com o que nos preocuparmos nos próximos 4 quatro, ou mais. Não faltará diversão, mas também não podemos reclamar, pois será eleito pela maioria do Colegiado.
Vamos rezar em sânscrito para que eu esteja errado
Um grande abraço.
J. Osnir

VIDAS POR UM FIO

Estive hoje num hospital de Porto Alegre, cumprindo meus deveres profissionais. Lá estava na cama um jovem, com mais ou menos 30 anos de idade,vítima da AIDS, estando já atacado pelas malditas infecções oportunistas.
Cumpri me dever realizando o trabalho. Sai dali pensando que todas as pessoas deveriam pelo menos uma vez por mês visitar dois lugares: um hospital e um cemitério. No primeiro,  para nos darmos conta do quanto somos suscetiveis às doenças, e o quanto devemos estar vigilantes em relação às ações de risco. No segundo, para nos darmos conta que estamos aqui somente de passagem, e que não adianta soberba, arrogância, ganância, dinheiro e tudo mais que privilegiamos em detrimento do amor à vida e às pessoas que nos são caras.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

SONHAR OU NÃO SONHAR: EIS A QUESTÃO.

É de Hamlet (ou seria de William Shakespeare?):
Ser ou não ser, eis a questão.
O que é mais correto suportar os infortúnios ou se armar contra as adversidades da vida?
Em enfrentando-as, vencer.
Ou somente se esconder no berço esplêndido, onde desaparecem as dores?
Morrer, dormir e sonhar.
Eles (os sonhos) fazem cismar.
E, é isto que prolonga nossa vida.
Deixo WS, e falo eu: quando o homem deixa de sonhar, desiste de viver.
É o motorista de táxi que botou fora o taxímetro. Ele pode até fazer alguma corrida, mas não tem a mínima idéia do que pode receber por ela.
Tem gente que tem vela grande; tem gente que tem vela pequena, mas não importa a vela, interessa é a qualidade do vento. O vento é o sonho. Ele empurra nossa vela, que leva nosso barco a longinquos destinos... Ou a destino nenhum...
O que tem de diferente os ventos de nossos sonhos? Os primeiros são aleatórios, os segundos dependem de nós.

domingo, 1 de agosto de 2010

ETERNA SABEDORIA

Alguém perguntou a Confúcio: "Todos na aldeia gostam dele. O que você acha disto?"
Ele respondeu: "Isto não é suficiente".
"Ninguém na aldeia gosta dele. O que acha disto?"
"Isso tampouco é suficiente."
"Aqueles na aldeia que são bons gostam dele, e aqueles na aldeia que são maus não gostam dele.
Isto ficaria melhor."

CUIDAR DA PRÓPRIA VIDA? NEM PENSAR!

Li no facebook da minha amiga e colega Zulmira: "Vamos brincar de vida???Eu cuido da minha e voce cuida da sua!!!!"
Eu como perco o amigo ou amiga mas não  perco a piada, já lasquei um comentário:
"Eu cuido da minha vida e vc cuida da sua"? Nem pensar, que coisa mais chata. Não existe nada mais enfadonha do que cuidar da própria vida. A gente já conhece tudo, ou pensa que conhece, o melhor é falar dos outros. De preferência mal. Quem quer cuidar só da própria vida é por que não tem o que fazer. Quer coisa melhor do que ser implicante. O sujeito que fica cutucando o outro só para ver a reação. Não é uma maravilha? Cuidar da própria vida? Que falta de imaginação.

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