terça-feira, 13 de novembro de 2012

A COLA DO MINHOCA


No ano de 1975, a UFRGS fazia com que os alunos que ingressavam fizessem ao mesmo tempo três cadeiras no que chamada de Ciclo Básico, e três cadeiras já do curso regular. As do básico eram feitas no prédio próprio,  entre o prédio da Faculdade de Farmácia e o Planetário. Daí que eu fazia Português – chamada de Let180; Introdução à Sociologia e Estudo de Problemas Brasileiros. Na Faculdade de Direito na João Pessoa,  cursava  Introdução à Ciência do Direito,  Direito Romano e Ciência das Finanças. Eram meus colegas no básico gente de todos os cursos incluindo  pessoal da  Engenharia;  da Medicina;  Enfermagem;  Administração e outras. Do Direito somente Ghislene, Juarez e Liane, mais eu. Acontece que tínhamos um colega –que era da Engenharia – que foi o maior operador de cola que eu já vi. O apelido dele era Minhoca, daí que não vou revelar o nome. Naquele tempo, grande parte da estudantada fumava, e o cigarro mais famoso era o Minister. Pois o Minhoca fazia uma gavetinha na carteira de cigarros, com compartimentos ou acomodava bilhetes dobrados em gaitinhas. A sua destreza com as mãos, facilitava o manuseio da micro - cola. Nunca mais vi o Minhoca. Será que se regenerou?  

terça-feira, 11 de setembro de 2012

REGISTRO TORRENS: NÃO RENUNCIE


As pessoas têm, por comodidade, e especialmente por economia, aberto mão do duplo registro de suas propriedades  inscritas no Sistema Torrens. Acho um erro, pois este tipo de Título garante muito mais que o registro comum. A presunção do Sistema Torrens é JURE ET JURE, ou seja, garante a sua veracidade, enquanto o sistema comum é JURIS TANTUM , ou seja, admite prova em contrário. Abrir mão de um título absoluto, realmente não é boa ideia. 

domingo, 17 de junho de 2012

POLÍTICO QUÂNTICO


Sei que a maioria dos leitores por aqui não entendem nada de física, menos ainda de física quântica. Daí que me perdoem os físicos e engenheiros e outros profissionais que me leem e que têm conhecimento da matéria. Vou explicar em linguagem de criança o que é física quântica. A física tradicional tem regras, as quais ao se examinar partículas microscópicas, não há certeza de que elas ali ocorrem dado o ambiente e volumetria pequena ou quase ausente. Assim sendo, surgem as teorias de imprevisão, em suma tinha tudo para acontecer, e não acontece; deveria se comportar assim e se comporta de modo diverso. Entrando na linha da brincadeira: quando você sai de casa seu gato fica conversando em japonês com o seu cachorro. Pois os políticos brasileiros são POLÍTICOS QUÂNTICOS. Você pensa que eles estão ali fazendo uma coisa, e eles fazendo outra. Na CPI do Cachoeira, o exemplo aflora como um grande gêiser. 

sábado, 16 de junho de 2012

ET É BRONCA CERTA!

Outro dia,  eu falava que Stephan Hawking, o maior físico vivo, disse que a gente tem que deixar os eventuais ETs em paz, pois não há qualquer garantia que sejam simpáticos. Esta é uma velha tese que defendo, e fiquei feliz que uma pessoa tão privilegiada intelectualmente tenha dito a mesma coisa. Olha o que achei em CASA GRANDE & SENZALA o genial livro de Gilberto Freyre: ..."A história do contato de raças chamadas superiores com as consideradas inferiores é sempre a mesma. Extermínio ou degradação. ... entende de impor ao povo submetido a sua cultura moral inteira, maciça sem transigência que suavize sua imposição." Pessoal: ET é bronca certa!

PÂNICO NA GROSSURA

Vi que estão discutindo programas do tipo Pânico. O chamado humor escrachado apareceu forte na tevê a partir do programa do Faustão Silva, então chamado de Perdidos na Noite. Persiste no Casseta e Planeta e tem seu elemento maior no chamado Pânico. O elemento principal neste tipo de programa seria a irreverência, a qual, por si só não tem nada de mais, e até eu gosto. O problema que a fronteira entre a irreverência e a grossura não tem a sutileza da faixa de Gaza, mas a liberdade da fronteira Rivera-Santana do Livramento. O que se tem visto é só grossura, falta de respeito, afronta à individualidade, invasões de intimidade e até agressão aos direitos humanos. Outro elemento muito comum é o sexualismo chulo;  sem qualquer referencial  ético ou mesmo estético, restando uma pobreza de dar vergonha. Não teria coragem de mostrar um programa desses a um amigo estrangeiro de passagem por aqui

sexta-feira, 15 de junho de 2012

DESILUSÕES AMIGAS



Embora não acredite em horóscopo, dizem que os nascidos sob o signo de escorpião, assim como eu, são muito desconfiados. Eu, no entanto, não sou assim, tendo a acreditar nas pessoas, até que elas decaiam de minha confiança. Ora, não é muito difícil entender que tenho enfrentado muitas decepções neste campo, pois a lealdade está cada vez mais difícil e rara. Muitas vezes, a estrela me disse que eu era (e sou) muito mais amigo dos meus amigos do que eles são de mim. Tenho perdido a luta para desmentir esta afirmação.
 ·  · 

BEIRA LAGO ENCILHADO



O gaúcho costuma tomar o mate, que é conhecido nacionalmente como sendo chimarrão. Pois, quando ele quer postergar a troca da erva mate, e põe um pouco mais sobre a velha, no que se chama encilhar o mate. Em suma, uma nova cobertura sobre a erva velha para lhe dar um pouco de sobrevida, estratégia de quem não quer refazer o trabalho.
É exatamente o que o Internacional fará com o seu velho estádio, vai encilhar, colocando uma nova cobertura sobre o estádio velho. O mate encilhado, cá entre nós, é uma porcaria.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O INIMIGO OCULTO


Por mais cruéis que sejam as guerras, a tradição determina que cada um tenha o seu motivo, os exércitos sejam uniformizados, e, portanto, plenamente  identificados, de tal sorte que não venham os contendores a atingir pessoas que nada tem com o embate.
Por isso, o chamado terrorismo ofende em cheio este pacto mundial, pois o inimigo é oculto, e a motivação somente é apresentada, quando é, depois, ou até muito tempo além, assim sendo,  o contendor ostensivo não conhece o oculto, e, portanto, sempre está em condições de desvantagem.
Não é por outro motivo, que o terrorismo é inimigo universal, ou quase isso, pois existem países que o apóiam.
Inobstante o absurdo, por si só da guerra, os organismos internacionais, especialmente em tratados específicos, tais como a famosa Convenção de Genebra estabelecem os tipos de armas permitidas em qualquer guerra, de tal sorte ( ou azar) de, por exemplo, um disparo não eliminar totalmente o cadáver que resultar, e assim possa ser reconhecido por seus companheiros de luta, para que este possam lhe dar um sepultamento digno. É norma obrigatória internacionalmente, e o seu descumprimento é motivo de sanção,  cuja cobrança e execução nem sempre resulta em efetivação dela.
Quando fui militar aprendi que é muito melhor à força atacante lutar no escuro, pois a tropa que se defende é pega de surpresa e demora muito a compreender quem é o real atacante, e sua força. Os exércitos modernos usam óculos com visão noturna, o que aumenta em muito a sua superioridade.
Em suma, compreender contra quem se luta é fundamental, sob pena de sucumbirmos, sem ao menos saber quem nos ataca.

REGISTOS E NONOSCADAS


Não raro, as pessoas mais simples, e especialmente idosas, pronunciam palavras que a nós soam como se fossem erradas.
Muitas dessas palavras, na verdade, pertencem a um português antigo, ou até mesmo à língua de Camões ainda usada em Portugal.
Minha querida vó Maria – que faria 99 anos ontem – se não tivesse falecido há algum tempo, costuma se referir aos registos, no lugar dos nossos registros. Eu creditava a pouca cultura dela, mas fui descobrir que em Portugal se usa ainda registo, e que, portanto, nada há de errado de usar o vocábulo assim por aqui.
Outra palavra do mesmo tipo é nonoscada, que ela nomeava o que chamamos de noz moscada. Pois em Portugal se usa a expressão, o que se pode ver nas receitas.
Assim,  que é bom a gente ir buscar as origens das palavras antes de criticar as pessoas de mais idade. 

sábado, 12 de maio de 2012

PACTO ANTENUPCIAL DE PESSOAS DO MESMO SEXO


Trabalho num tabelionato de notas há mais de 42 anos. Nele, fomos pioneiros na lavraturas de escrituras públicas de reconhecimento de uniões homoafetivas.  Sempre entendemos que não haveria qualquer óbice legal ao reconhecimento deste tipo de união entre pessoas do mesmo sexo. Entendíamos que se tratava de uma sociedade entre duas pessoas que tinham um mesmo objetivo, e, portanto, em a lei não proibindo,  não havia impedimento para que eles viessem a tabelionato e reconhecem esta sua condição.
Esse nosso entendimento foi afinal reconhecido como possível pelos órgãos judiciários gaúchos que chancelaram a possibilidade da lavratura de tais atos.
Algumas situações interessantes ocorreram, pois como só se lavrava este tipo de ato por aqui, e muitas vezes eles eram confundidos intencionalmente ou não com casamento. Certa vez recebi um telefone de São Paulo querendo contratar os meus serviços profissionais para a lavratura da escritura de reconhecimento da condição homoafetiva. Disse que não poderia praticar qualquer ato fora da nossa circunscrição. Os interessados disseram que era uma pena, pois me pagariam toda a despesa, incluindo hospedagem em hotel de luxo na capital bandeirante. Alguns dias depois, eles acabaram vindo a Porto Alegre, e foi lavrada a escritura, sendo que o ato foi acompanhado de muita festa, incluindo arroz na saída do cartório.
Neste mês ainda, o Tribunal Superior decidiu pela possibilidade do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Bem,  quem casa poderá antes do casamento ajustar através de um pacto antenupcial sobre os bens patrimoniais do futuro casal o que lhes aprouver. Por que não se poderia lavrar um pacto tal como acontece no casamento heterossexual? A verdade é que nos foi proposto, e nós também lavramos o ato também em caráter pioneiro.
Após a lavratura do ato de vontade, que é o pacto antenupcial, os interessados levam a certidão ou traslado para o registro civil que lavrará o casamento civil, para que conste a escolha do regime de bens, diverso do regime legal da comunhão parcial, ou seja, regime da separação de bens, comunhão de bens, ou participação final nos aquestos.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

CONHECIMENTO É PRECISO

Não exijo que todos tenham cultura, haja vista, que ela é resultante do acúmulo de longa formação intelectual, com acesso a fontes que no mais das vezes estão longe das pessoas. Prego, no entanto, que as pessoas consigam ter conhecimento da história humana; do comportamento; alguma noções básicas da filosofia, e dos principais filósofos; algum conhecimento de geografia; noções de economia; alguns fundamentos de política. Acho que não é exigir muito, para termos uma pessoa razoavelmente informada.
Para tal mister, bastam as leituras diárias de jornais e demais periódicos que estão ao alcance de qualquer pessoa. Também o interesse em ler os livros básicos da literatura nacional e universal. Não precisa ser um rato de biblioteca, mas que tenha uma boa noção de prioridades em matéria de leitura.
O certo é que as pessoas não leem mais nem os livros fundamentais afetos às suas áreas de militância profissional. Alunos de direito que desconhecem as noções básicas e a história do Direito Romano. É questão de interesse.Não consigo imaginar uma aluno de economia que não saiba quem foi Adam Smith ou Ricardo.
Sem falar é claro da última flor do Lácio, inculta e bela, como diria Bilac, que é assassinada  a todo momento. Claro que é uma língua difícil, a qual pode nos cobrar a qualquer momento, e por distração escorregarmos, mas falo das noções mais elementares que são esquecidas ou mesmo completamente  desprezadas.
Quem foge deste novel comportamento relaxado é tido como um estranho ou mesmo um chato. Infelizmente.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

DECEPÇÃO SUPREMA?

O Supremo Tribunal tem me decepcionado nos últimos julgamentos,pois tem fugido de ser um tribunal constitucional para ser uma corte política, e, portanto sujeita aos modismos. Quem entra nesta linha, não sai. Temo pelo julgamento do mensalão. Os quarenta, sem o Alibabá, podem acabar se livrando soltos. A moral nacional não pode perder a oportunidade.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

QUOTAS SOCIAIS OU RACIAIS

O Supremo Tribunal tem me decepcionado nos últimos julgamentos,pois tem fugido de ser um tribunal constitucional para ser uma corte política, e, portanto sujeita aos modismos. Quem entra nesta linha, não sai. Temo pelo julgamento do mensalão. Os quarenta, sem o Alibabá, podem acabar se livrando soltos. A moral nacional não pode perder a oportunidade.

domingo, 8 de abril de 2012

CEARÁ BELA SURPRESA

Fortaleza é uma das mais importantes cidades do nordeste. Na comparação com Porto Alegre, esta ganhando de cola erguida como se no turfe. Trata-de uma metrópole que, apesar de ter o dobro ou mais da população de Porto Alegre supera esta em organização e obras urbanas, sem falar que é uma cidade no litoral, com praias maravilhosas, e livre dos ecochatos. Andei pela zona de serra do Ceará, onde constatei que a natureza deu a eles o mesmo que deu às nossas cidades da serra gaúcha. É claro que não têm ainda a estrutura de Gramado e Canela, mas estão  no  caminho. O Ceará é a primeira ponta positiva do nordeste, tendo tudo para puxar um novo foco de desenvolvimento, se o governo não atrapalhar demais.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

PRESÍDIO CENTRAL DE PORTO ALEGRE

O presídio central de Porto Alegre padece do mesmo mal de todos prédios públicos: não há verba para manutenção. Deixam quebrar tudo para depois fazer uma reforma geral. Acontece que uma obra num presídio é muito complicada, pois não há onde por os presidiários enquanto a obra está sendo feita. Daí que vão postergando até virar o caos que é hoje.
A solução está em construir um três presídios menores, e colocar todo o mundo lá. O prédio velho deve ser demolido.

sexta-feira, 23 de março de 2012

NADA DE FOLGA RELIGIOSA: AO TRABALHO.

Em solidariedade ao movimento das lésbicas para tirar os crucifixos dos tribunais, quero dar o meu total apoio, e também começarei uma campanha para que o estado laico realmente se instale no país. A primeiro coisa a fazer é terminar com todos os feriados religiosos católicos do nosso calendário. Vamos passar a trabalhar nesses dias, pois não tem qualquer sentido um estado laico ter que fazer feriado quando uma religião manda. Neste sentido, vamos começar a trabalhar no Natal, na 6a Feira Santa, Corpus Christi, Aparecida e Navegantes. Também não tem qualquer sentido fazer feriado em Carnaval, mesmo que seja uma festa pagã, mas é festa. Também não tem sentido um dia dedicado ao trabalho que é o dia primeiro de maio, NÃO SE TRABALHE EXATAMENTE NO DIA DO TRABALHO, é muito incoerência, vamos terminar com esse feriado também. Outra coisa,  também este negócio de uma folga por semana vem do Sabah Judeu que é um feriado religioso, e o domingo vem de o Dia do Senhor que também é religioso, então vamos trabalhar também aos sábados e domingos.

quinta-feira, 22 de março de 2012

TAXA DE AVALIAÇÃO NO RS


Existe um imposto estadual chamado de IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO POR CAUSA MORTIS OU DOAÇÕES. O nome já diz tributa o ato fato morto ou as liberalidades tipo doação de quaisquer bens ou direitos. A base de cálculo, ou seja, o valor sobre o qual vai ser cobrado não é o valor atribuído pelas partes, mas sim o resultado da avaliação fiscal realizada pela Fazenda, o que por si só é estranho sob o ponto de vista de justiça, pois ela é interessada direta que a avaliação seja maior. Pois a fazenda estadual no RS conseguiu determinar por lei que a tal avaliação – que a rigor  só interessa a fazenda – seja paga através de uma taxa.  Ora, o conceito de taxa é  o pagamento por serviço utilizado pelo contribuinte ou posto à sua disposição. A pergunta é qual o interesse do contribuinte na avaliação. A tal taxa é de R$230,00. Todos pagam a tal taxa.  Aí que vem o incrível; paga até quem fica isento do imposto. Em suma, todo o mundo sai tributado de uma forma ou de outra.  Pode haver também casos em que a taxa para avaliação seja maior que o imposto. 

sexta-feira, 2 de março de 2012


DIREITO DE SUPERFICIE – ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
O Direito de Superfície apareceu pela primeira vez em nosso direito com a Lei Federal 10.257/01,  a qual autorizou  a instituição somente para os  imóveis urbanos.  O novel Código Civil  ampliou a possibilidade aos imóveis rurais, é verdade que implicitamente, mas a maioria da doutrina,  entende que se aplica agora aos imóveis rurais.
A instituição se dá através de ato de vontade, obrigatoriamente por escritura pública, haja vista que é da essência do instituto para a sua validade, independentemente do valor do bem,  e que se complementa com a publicidade no registro de imóveis, fixando assim a existência do direito real.  A instituição poderá ser gratuita ou onerosa, e temporária , face o caráter cogente do artigo 1.369 do CCB.
Entendo que não é caso de aplicação de normas de parcelamento ou fração mínima de parcelamento, pois não há divisão da propriedade, mas somente oneração parcial dela, autorizada, excepcionalmente pela lei.
A regra geral é de que o proprietário,  ao final,  fique com  as benfeitorias, devendo indenizá-la somente no caso de previsão de ressarcimento  no contrato de instituição.
Não há necessidade de acúmulo entre construção e plantações, haja vista que a lei  utiliza a expressão “ou” no sentido de alternativa e não o “e” que teria o sentido cumulativo.
A forma de instituição é igual a de usufruto. Comparece o proprietário e declara instituir o direito de superfície onerosamente, declarando ter recebido o preço,  ou como mera liberalidade, a favor de outrem,  que comparece aceitando. 

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

NÃO SAI COPA? QUE PENA? NÃO, QUE BOM!

O Internacional está num empasse com relação às suas obras de reforma do estádio. Tem um pré-contrato com a construtora. Esta apresentou proposta ao BANRISUL, candidatando-se ao um repasse de recursos do BNDES. O banco gaúcho não aceitou as garantias oferecidas. O banco não teria outra saída, haja vista que tem obrigação de exigir garantias a que lhe toma empréstimos.
Acho que o contrato definitivo não sai. Não creio que a empresa ainda está interessada, pois se estivesse já teria dado um jeito de conseguir garantias por outros meios. É uma empresa muito grande para não conseguir tais garantias.
Como o Internacional já enterrou boa parte dos fundações da cobertura, e já demoliu parte do estádio, não lhe resta outra alternativa senão esperar. O limite da espera ninguém quer prever.
A imprensa colorada - dita isenta- não quer nem saber de copa ou confederações na Arena, parece que lá tem contágio mortal. Eles ficam nervosos quando alguém, até de leve toca no assunto.
Vai acabar - que bom - não saindo nada por aqui.
Eu que fui contra desde o início, estou achando ótimo tudo isso.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Que atitude tomar com relação aos que partiram mais cedo? 
Se você é espírita, sabe que prantear excessivamente a pessoa falecida não faz bem ao seu espírito que sofre com isso.
Se você tem fé, não espírita, deve entender que a pessoa falecida está muito melhor que você, e certamente por você está zelando.
Se você é ateu, e não acredita em vida após a morte, sabe que não adianta nada se lamentar, pois tudo acabou com fim físico da pessoa. 
Por isso tudo, aproveite a saudade – que tem o dom de recordar as coisas boas que passou com o seu afeto- e, portanto, transforme em alegria as recordações e não em sofrimento.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O FIM DO MUNDO

  1. O meu primeiro FIM DO MUNDO foi em 1960. Todos em casa esperavam o fim do mundo que era anunciado pelas rádios do mundo inteiro. O horário do fim do mundo seria de tarde, exatamente durante a minha aula no colégio primário. Achei que fim do mundo não era uma coisa muito importante, apesar dos meus sete anos de idade, e fui para o colégio sozinho. (Sim naquele tempo guri de 7 anos ia ao colégio sozinho.) Ao final da tarde, cheguei em casa e recebi a notícia que o mundo não tinha acabado. Ainda bem que me avisaram, senão eu não teria percebido. 
  2. Agora, voltou uma nova onda que anuncia para este ano o fim dos tempos. Será que terá alguém para me avisar

PLANO REAL MORAL

Hoje pela manhã(10.02.2012) recebi em meu ofício a visita do Dr. Paulo César Ribeiro Dias, num longo e agradável papo sobre assuntos diversos.
Ele foi a parte ativa num procedimento contra os estacionamentos irregulares do Comando Militar do Sul. O QG do IIIo. Exército demarcou toda a área em volta da unidade militar, não para segurança da instituição, mas para servir de estacionamento privativo das pessoas que ali trabalham. O assunto resultou num acordo entre a Prefeitura Municipal e Comando, tendo como resultado final que o estacionamento não só ficou , como foi aumentado. É quem pode, pode...
Estávamos falando do sucesso do Plano Real, e o Dr. Paulo fincou uma tese que achei muito interessante: deveria o Brasil instituir um Plano Real Moral. Zeramos tudo e começamos tudo de novo, em novos patamares, retomando os níveis adequados à uma nação correta, ordeira e sobretude honesta.
Achei a tese muito boa, e passarei a defendê-la em todos os foros em que puder me manifestar.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

GLAUCUS SARAIVA


É de Glaucus Saraiva a poesia abaixo. É a melhor que conheço sobre o CHIMARRÃO. Conheci Glaucus há uns 40 anos. Uma boa pessoa, com uma cultura maravilhosa. 


Amargo doce que eu sorvo
Num beijo em lábios de prata.
Tens o perfume da mata
Molhada pelo sereno.
E a cuia, seio moreno,
Que passa de mão em mão
Traduz, no meu chimarrão,
Em sua simplicidade,
A velha hospitalidade
Da gente do meu rincão.

Trazes à minha lembrança,
Neste teu sabor selvagem,
A mística beberagem,
Do feiticeiro charrua,
E o perfil da lança nua,
Encravada na coxilha,
Apontando firme a trilha,
Por onde rolou a história,
Empoeirada de glórias,
De tradição farroupilha.

Em teus últimos arrancos,
Ao ronco do teu findar,
Ouço um potro a corcovear,
Na imensidão deste pampa,
E em minha mente se estampa,
Reboando nos confins ,
A voz febril dos clarins,
Repinicando: "Avançar"!
E então eu fico a pensar,
Apertando o lábio, assim,
Que o amargo está no fim,
E a seiva forte que eu sinto,
É o sangue de trinta e cinco,
Que volta verde pra mim.

domingo, 29 de janeiro de 2012

UMA LIÇÃO DE d'ESTAING PARA O BRASIL

‎"Um sistema social não é mau porque admite aberta e lucidamente algumas de suas fraquezas ou mesmo busca remédio para elas, assim como um enfermo não é candidato à eutanásia porque se submete a um exame médico. Um sistema social só está condenado apenas quando esconde suas fraquezas e se recusa a repará-las, ou ainda quando aumenta desmesuradamente sua importância e se compraz em sua contemplação mórbida." Frase do estadista francês Valerie Giscard d'Estaing, em tradução do Dr. Paulo Brossard, em 1977. Quanta atualidade! Acho que serve mais para Lula do que para Dilma, mas esta também pode ser enquadrada na lição de d'Estaing.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ESTAMPA DEL CIELO

Uma homenagem aos meus amigos de bom gosto, aqui vai o belo poema do maravilhoso FEDERICO GARCIA LORCA, que extrai das Obras Completas dele da Aguillar.
ESTAMPA DEL CIELO
Las estrellas
no tienen novio
Tan bonitas
como son las estrellas!
Aguardan a un galán
que las remonte
a sua ideal Venecia

Todas las noches salen
a las rejas
-oh cielo de mil pisos!-
y hacen líricas señas
a los mares de sombra
que las rodean

Pero aguardad muchachas,
que cuando yo me muera
os raptaré una a una
em mi jaca de niebla.

JUSTIÇA VIRTUAL


W. Bennett, em O livro das virtudes- O compasso Moral, Editora Nova Fronteira,  conta uma história maravilhosa. Um sujeito estava fritando pastéis na via pública para venda. Um outro sentou ao lado, abriu a marmita e dela tirou um sanduíche. O vendedor de pastéis lhe cobrou a metade do valor dos pastéis. Argumento: ele sentiu o cheiro dos pastéis do outro, e lhe aumentou o apetite, logo, o pasteleiro era seu credor. O assunto ficou sério e foram diante do juiz. Este ouviu as partes, e decidiu desta forma maravilhosa. O da marmita deveria derramar algumas moedas sobre a mesa, com isso produzia o som das moedas. Este som seria a paga do pasteleiro. É o que eu chamaria de justiça virtual. 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

OLHAR TRISTE

Durante muito tempo de minha infância, adolescência  e juventude as pessoas costumavam dizer que eu tinha um olhar triste. O tempo foi passando, e este tipo de observação desapareceu, pelo que entendo que o dito olhar tristonho havia desaparecido. De uns tempos para cá, esse tipo de observação voltou.
Talvez seja um pouco de decepção com as pessoas, com um tipo de atitude  - que pode ser considerada moderna - mas que eu não comungo. Já cansei - e cansei as pessoas também - de dizer que sou um conservador. Nesta linha, preso muito a fidelidade, o companheirismo, a honestidade e a gratidão. Todos conceitos que não são muito apreciados nos últimos tempos.
Mudei, ou mudaram as pessoas? Talvez as duas assertivas sejam verdadeiras. Não há como as duas estarem erradas.
Ainda não abandonei a ideia de sonhar. Acho pelo menos este é um conceito que ainda está em moda.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

AMY, MICHEL E GIGLIO

AMY WINEHOUSE até há pouco tempo era uma desconhecida para mim. A vi algumas vezes na televisão, tendo me chamado atenção mais pelo seu jeito esquisito do que pela sua música. Ela lembrava a Nina Haiden, que participou do primeiro Rock In Rio, creio que em 1983.
A voz Amy era ótima,e um ritmo vocal muito raro,e que por aqui somente vi em Elias Regina, que por sinal morreu provavelmente da mesma coisa. Seu estilo lembrava os cantores de Jazz e Soul.
Embora eu não goste muito do tipo, em cruzeiro pelo Mediterrâneo, a bordo do Costa Pacífica, todas as noites Lourdes, Fabiane, mais eu íamos assistir o ótimo Michel e seu piano, tocando e cantando Jazz, Soul e Blues. Michel era um negro magro e alto, muito simpático, natural de Memphis, no Tennesee que encantava a todos nós que lotávamos o piano-bar.
Lembrei,  vendo o desastre com um navio da mesma empresa  Costa, tendo um desastre no local onde passamos nessa oportunidade, junto à llha de Giglio. Para mim a tal ilha era desconhecida, mas não sei por que na hora fixei o nome não sabendo que ela ficaria famosa em todo o mundo face a adernagem do transatlântico que vitimou várias pessoas.

O DIA

EXISTEM dias que a gente se lembra para sempre. Desses dias - que não são muitos - existem os bons e os maus. Entre os bons, existem os bons, os muito bons e os ótimos. Existem, no entanto, dias em que justificam a existência da gente nesta vida, tal a sua carga positiva. 
Eles se destacam por alguns aspectos inigualáveis, sendo o primeiro a alta carga emocional, depois a alegria, a beleza, o gesto, o carinho e a espiritualidade. 
Penso que no casamento de Gabriela e Bruno, ao final de último mês de outubro em Pelotas teve tudo disso. 
Alguns episódios marcantes em nossas vidas são marcados por cenas que lembramos, pois não conseguimos reunir na memória todos os episódios. Não é o que acontece aqui, pois sou capaz de contar todas as cenas, uma  a uma, como num filme. Falar de cada gesto, de cada rosto e de cada palavra. 
Por tudo isso, é que gosto de lembrá-lo, de falar dele, de rever suas cenas e suas fotos, como se revivendo aqueles momentos de muita satisfação, para tanto o apelidei de O Dia. 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

MEIA NOITE EM PARIS

Acabo de ver Meia Noite em Paris, filme de Wood Allen, com Owen Wilson, Rachel McAdams e outros. Para quem, como eu, adora Paris, o filme seria bom de qualquer jeito, pois tem como pano de fundo uma Paris maravilhosa, como sempre. Tirando a história, poderia ser um filme de turismo.
Mas a história é interessante. Acho que desta vez Wood Allen foi muito bem.
O filme inicia numa lentidão, mas aos poucos vai melhorando.
É um filme para guarda,  e ver de vez em quando.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

CONTROLE REMOTO

As pessoas freqüentam redes sociais e ficam escrevendo contra as outras que ali escrevem. Como não têm coragem, ou competência para criticar com categoria ficam criando ironias, sem qualquer criatividade. Acho isso de muito mal gosto. É claro que existe neste tipo de atividade pessoas com menos recursos intelectuais que realmente ficam escrevendo coisas simplórias, mas não são elas os alvos, mas as que escrevem com uma certa freqüência e volume. Felizmente, tal como as tevês os sítios de informática têm o seu controle remoto, e permite que eu não tenha a obrigação de ler tudo o que me postam. Tenho a oportunidade de selecionar o que devo ler. Posicionamento mais corajoso e verdadeiro é defenestrar o chato, e deletar. É uma atitude mais corajosa e sincera.

domingo, 1 de janeiro de 2012

GOSTOS SÃO GOSTOS

Os brasileiros acham que todo o mundo têm que gostar do que eles gostam. Ouço muito a pergunta: mas como você não gosta de praia? Me sinto como um ET chegado de agora. Ai tenho que explicar:  eu gosto de praia. Não gosto é de ficar sentado numa cadeira olhando para o mar, tomando birita, e comendo salgadinho. Não gosto de mergulhar em nosso mar gelado e geralmente turvo.
Você não gosta de pescar? Como alguém pode não gostar de pescar? Não gosto da ideia de enfiar um gancho na boca de um bichinho para matá-lo por falta de oxigênio. n
Também não conseguem entender como não gosto de alguns tipos de músicas. Não gosto do que chamam de pagode, por exemplo. Gosto de música de qualidade, logo não afasto que algumas das músicas cantadas ou tocadas nos chamados pagodes não sejam de meu gosto. Só não gosto de ficar uma noite inteira escutando somente um tipo de música, onde geralmente só muda a letra, e o que pior são em sua maioria de péssimo gosto.
Sei que não represento o gosto da maioria. Não me importo com isso. Só ficaria preocupado se fosse obrigatório.  Como não é, não há com o que me preocupar.

GLAUBER ROCHA

Ganhei de presente do meu irmão Alfredo o livro de Nelson Motta A Primavera do Dragão - A juventude de  Glabuer Rocha. O livro é muito bom, pois Nelson escreve a história inicial de Glauber numa linguagem jornalística, muito gostosa de ler, tanto o é que li em dois dias, praticamente num fôlego só.
O primeiro filme sério que vi na vida foi DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL, cuja criação Nelson conta do livro. Realmente inesquecível.
Num tempo em que o cinema nacional era praticamente uma brincadeira, pois se dedicava simplesmente a fazer comédias, Glauber abriu seu espaço a fórceps, num processo revolucionário  que se chamou Cinema Novo.
Costumo dizer que o cinema nacional não existia antes de Glauber e nem depois dele. São raros os filmes brasileiros de qualidade, infelizmente. Hoje, os nossos cineastas tem condições técnicas, mas acho que lhes falta talento. Nem roteiros adaptados salvam o cinema nacional.  Algumas raras exceções, entre as quais DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS e O QUATRILHO.
Assim como nascemos para o futebol, acho que não viemos ao mundo para fazer cinema.

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