quarta-feira, 30 de abril de 2008

TEM MELODIA, HARMONIA E RITMO? ENTÃO É MÚSICA.

Aprendi com um amigo que para existir música são necessárias três coisas: melodia, harmonia e ritmo. Meu amigo era Danilo Santos um grande companheiro, um grande profissional e excelente músico. Morreu cedo, aos 56 anos, para a profunda tristeza de todos.
Provavelmente, nunca saberei a diferença entre um dó e um sol, muito menos entender o que é sustenido, mais difícil ainda será eu perceber que determinado instrumento está desafinado, no entanto, posso sentir toda uma linda melodia, degustar a harmonia e apreciar o ritmo de uma boa música. Ou seja, posso perceber através dos meus sentidos que determinada música é uma obra prima, ótima, boa, razoável, ou que não tem qualquer valor musical.
Algumas músicas me tocam, me marcam na primeira vez que a escuto. Somente ao longo do tempo percebo que elas, de fato, têm todos estes atributos exigidos à boa música.
Há pouco, usando as maravilhas da internet, procurava músicas do mais profundo gosto. Encontrei uma que considero uma obra prima trata-se de BRIDGE OVER TROUBLED WATER (As águas revoltas que passam sob a ponte) de autoria do maravilhoso Paul Simon, o mesmo da dupla SIMON and GARFUNKEL. A minha grande dúvida se gosto mais dela na voz de ELVIS PRESLEY ou do próprio PAUL SIMON. Nesta música, você tem uma melodia maravilhosa, um lindo ritmo e uma fantástica e filosófica letra.
Em seguida, procurei IMAGINE de John Lennon, que lançou sonhos de paz a toda uma geração, e que até hoje orienta os caminhos daqueles que buscam o fim das lutas e guerras. Também uma linda letra, uma singela mais linda melodia.
New York New York foi a minha próxima pesquisa, claro que cantada por aquele que foi denominado A VOZ, ou ainda BLUE EYES (olhos azuis), o inesquecível e insubstituível Frank Sinatra. Uma música com um ritmo marcado, uma melodia linda e uma bela letra.
Em seguida, pesquisei outra música das minhas favoritas DON´T CRY FOR ME ARGENTINA (Não chores por mim Argentina) na voz de Karen Carpenters. Não encontrei mais escutei e vi na voz também da ótima MADONA, com vídeo do filme EVITA, onde ela está maravilhosa ao lado de Antonio Banderas.
Na música, é evidente que a interpretação também é muito importante. Acima citei um-a-um cantores inigualáveis como ELVIS, PAUL SIMON, LENNON, SINATRA, KAREN CARPENTERS e MADONA, mas poderia incorporar a este elenco inúmeros outros cantores que valorizam através de suas interpretações as músicas que apresentam.
Finalizei com um dos meus compositores favoritos o inesquecível GONZAGUINHA, um letrista fantástico, e talvez insubstituível, selecionei uma música que honra o cancioneiro brasileiro, na voz não potente do próprio compositor – que na verdade era somente razoável quanto à voz- mas maravilhoso na interpretação de suas próprias músicas, trata-se de SANGRANDO.
Vejam que beleza de letra:

Por favor, entenda
Que palavra por palavra
Eis aqui uma pessoa se entregando

Coração na boca
Peito aberto
Vou sangrando
São as lutas dessa nossa vida
Que eu estou cantando

Quando eu abrir minha garganta
Essa força tanta
Tudo que você ouvir
Esteja certa
Que estarei vivendo

Veja o brilho dos meus olhos
E o tremor nas minhas mãos
E o meu corpo tão suado
Transbordando toda a nossa emoção

E se eu chorar
E o sal molhar o meu sorriso
Não se espante, cante
Que o teu canto é a minha força
Pra cantar

Quando eu soltar a minha voz
Por favor, entenda
É apenas o meu jeito de viver
O que é amar

Parafraseando Vinicius de Moraes: em música a beleza é fundamental.
À música ruim, prefiro escutar o silêncio...

terça-feira, 29 de abril de 2008

MARTIN FIERRO NUMA HOMENAGEM ÀS MÃES

O Imortal MARTIN FIERRO de José Hernandez nos apresenta um retrato da mulher MÃE através destes lindos versos:

Pa servir a um desgraciao
pronta la mujer está;
cuando em su camino va
no hay peligro que la asuste;
ni hay una a quien no le guste
uma obra de caridá.

No se hallará uma mujer
a la que esto no le cuandre;
yo alabo al Eterno Padre,
no porque las hizo bellas,
sinó porque a todas ellas
les dió corazón de madre.

Comecei com Martin Fierro para contar uma história antiga, mas que dá uma idéia perfeita do amor indistinto de mãe.
Estava um menino numa destas piscinas enormes, como a do União, quando ele começou a se afogar e a gritar por socorro.
Ninguém escutava nada, e ele já estava quase se afogando, quando gritou:
-Mãããeeeeee!!!!!
Catimplooom.....
Uma dez mulheres se atiraram na água para salvar o guri!
Nas antigas revistas, quando o chargista entendia que o seu desenho não precisava de explicação, ele escrevi SEM LEGENDAS.
Pois a história que contei da piscina, historiando o amor de mãe é SEM LEGENDAS...

VOU CONTAR UM SEGREDO

Segredos estão na moda.
Temos livros, CD, ensaios e filmes sobre a matéria.
Um ditado antigo dizia que é impossível guardar segredo entre três pessoas ou mais, e o que é pior que com duas pessoas é necessário que uma mate a outra. E, eu acrescento e numa pessoa só é necessário que sofra do Mal de Alzheimer.
O Padre Antônio Vieira ( 1608-1697) já se preocupava com o tema.
Dizia ele, em um dos seus famosos Sermões:
“Nenhum segredo é segredo perfeito, senão o que passa a ser ignorância; porque o segredo que se sabe, pode-se dizer; o que se ignora, não se pode manifestar. Esta é a causa de os homens comumente não saberem guardar segredos; porque encomendam o segredo à memória, sendo que o haviam de encomendar ao esquecimento. O segredo encomendado à memória corre perigo; o segredo encomendado ao esquecimento está seguro. A razão é, porque o segredo encomendado à memória é cautela, e o que se guarda com cautela, pode-se perder: o segredo encomendado ao esquecimento é ignorância, e o que se ignora totalmente, não se pode manifestar.”
Se você quer mandar um recado para um desafeto, conte para uma pessoa amiga ou conhecida comum entre você e “ex-adversus”, que ele logo ficará sabendo. Não se esqueça de recomendar bem: olha não conta para ninguém, tá? Em breve, o recado chega às hostes inimigas.
Tem uma piada maravilhosa, cuja autoria não tenho a menor idéia, ou seja, está no domínio público. Um sujeito estava fazendo um cruzeiro pelos mares do sul, e o navio naufragou. Morreu quase todo mundo, sobraram ele e nada mais, nada menos do Sharon Stone. Os dois foram nadando até uma ilha deserta, como todo o náufrago que se preze.
Instalados lá os dois foram criando um relacionamento, até que o sujeito convenceu Sharon Stone a transar com ele, afinal de contas ela já estava em “jejum” por alguns dias.
Termina a farra, ele pediu para ela:
- Você podia botar a minha roupa e fingir que é meu amigo Bira?
Sharon Stone não entendeu nada, mas fez o que ele tinha pedido.
Vestiu a roupa do sujeito, e fazendo voz de homem perguntou ao dito cujo.
E, daí?
- Pô, Bira você não vai acreditar: eu comi a Sharon Stone!!!!
É claro uma notícia dessas não podia ficar em segredo, mesmo que fosse através de um pequeno teatro feito pelo sujeito. Ora, de que adiantaria conseguir transar com a Sharon Stone e ninguém ficar sabendo, não teria graça nenhuma.
O efeito da revelação de segredos é radial: o primeiro conta para o segundo, o qual tem um confidente; este também tem uma ou duas pessoas de sua inteira confiança; estes têm cada um uma pessoa com a qual trocam idéias, e que não costumam contar os segredos para ninguém... Em suma, fica entre nós e a Zero Hora, como eu costumo dizer, e cai na boca do mundo.
Em suma, se você quer manter um segredo, guarde-o para você, e morra com ele. Fora disto espere para ver espalhado o que você imaginava de foro íntimo.

"NOW I NEED A PLACE DO HIDE AWAY"

Temos uma gatinha chamada de Shana. A foto dela está aqui no Blogdoosnir, junto com o gatão Maximiliano, o Max para os mais chegados, ou simplesmente Maquinho para nós da casa. Ela deve ter aproximadamente um dez anos. Uma de suas particularidades é que quando fica furiosa, literalmente, late, exatamente como um cão. Pois a Shana também adora se esconder, principalmente quando a gente vai viajar, e pretendemos levá-la junto. As vezes, ficamos quase uma hora à procura da gatita e nada. Inspirado nestes esconde-esconde da gata Shana, me lembrei de frase da música Yesterday dos imortais Beatles, onde eles diziam: “Now I need a place to hide away”, que pode ser traduzido por “agora, eu preciso de um lugar para me esconder”.
Pois, as vezes, a gente realmente precisa de um lugar para se esconder. Mas se esconder de quê? Bom a gente pode se esconder dos credores, dos chatos, dos políticos, dos fofoqueiros, dos torcedores do time adversário – quando o nosso está na pior- do cunhado mala, do sobrinho malão, da vizinha fofoqueira, do vendedor insistente, do pedinte inconveniente, do guardador de carro que eu não quero ou não preciso, do gerente do banco querendo vender seguro de vida, da amiga querendo vender “Avon”, do conhecido querendo fazer um vale, do cantor ruim querendo lhe cantar a última música que incorporou ao seu repertório, do conhecido que não desliga o telefone, do amigo que lhe quer contar pela vigésima vez como conseguiu a namorada de sua vida, dos crentes da Igreja Universal que querem ler a Bíblia com você, do amigo que só se lembra de você quando precisa de um favor, enfim, uma centena de pessoas inconvenientes.
Mas, a pior necessidade de se ocultar é quando precisamos nos esconder de nossas próprias circunstâncias. Você sabe, mas não custa lembrar que é de José Ortega y Gasset a famosa frase eu sou eu e minhas circunstâncias. Carregamos nossas circunstâncias como o caramujo carrega sua carcaça que lhe serve também de casa. No entanto, momentos há em que necessitamos nos ocultar destas nossas circunstâncias, pois elas nos incomodam sobremaneira.
"Yo soy yo y mis circunstancias". Este, não raro, é um fardo demasiado pesado para qualquer criatura, que precisa às vezes encostá-lo na parede, dar um fôlego, para só depois continuar a sua jornada.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

ANTENA 7

O Rio Grande do Sul perdeu um Secretário de Estado competente por causa da politicagem.
Ele se encontrou em lugar público com pessoa que é investigada em CPI, e por isso foi crucificado, sofrendo a governadora enorme pressão, até dos seus pares, para a demissao do Secretário.
É óbvio que, se ele estivesse interessado em encontro escuso, não teria escolhido um lugar público, de grande circulação de pessoas, isto cheira a infantilidade, ou má fé de quem pensa diferente.
Ora, dar ouvidos à oposição para a demissão de secretário? É claro que ela não precisa de qualquer fato provado para a demissão de qualquer secretário de governo da situação, ela quer é fato novo desabonatório, desde o dia que qualquer secretário assume até a sua saída.
A poeira não vai se baixar com a demissão do Secretário, pelo contrário vai adubar o campinho da turma do quando pior melhor.
O demitido - em sendo pessoa competente, como é - certamente conseguirá outro lugar para trabalhar, onde poderão os interessados usufruir de sua provada competência. Nós por aqui perderemos, como sói acontecer.
Quem viver verá.

AS "ZELITES" VOADORAS

Nos últimos tempos, tenho ouvido, e visto muita notícia sobre os atrasos dos aviões nos aeroportos. Queixas sobre as filas nos embarques. Reclamações de cancelamentos de vôos.
Fico pensando se realmente os usuários de avião têm motivos para se lamentar.
No último sábado, conversando com o meu co-cunhado Ceno Kops, meu irmão “ad-hoc”, dizia ele:
-Osnir, o ruim mesmo é quando eu ficava na beira da cerca do aeroporto somente olhando os aviões saírem e chegarem... Agora, quando eu viajo para qualquer lugar do mundo, vou ficar lamentando atrasos?
Ele está coberto de razão: a elite não está acostumada com infortúnios. O pobre pega um ônibus lotado no centro e viaja duas horas de pé até a Restinga, raramente reclama.
O usuário de avião reclama do chamado OVER BOOK. Trata-se de venda de um número de passagens superior do que a capacidade da aeronave. (Olha eu aqui chamando avião de aeronave. Todos os trabalhadores em avião chamam avião de aeronave, até hoje não descobri a causa.) As companhias tomam esta atitude contando com as costumeiras desistências dos passageiros, mas acontece que às vezes esta conta não fecha, e sobram passageiros. Aí, então, é uma gritaria só.
De outra banda, há o chamado NO-SHOW. Neste caso, quem não aparece é o passageiro, e o avião vai embora com o lugar vazio, salvo se aparecer um passageiro substituto de última hora. Não raro, existe uma fila de espera para adquirir estas passagens de última hora, mas o normal é que a companhia amargue o prejuízo.
O passageiro – principalmente os da elite – abrem um bocão quando são pegos pelo OVER-BOOK, mas acham natural dar um NO-SCHOW.
Nem tanto o mar, nem tanto a terra, acho que as duas atitudes devem terminar: o OVER-BOOK deveria obrigar a companhia resolver o problema do passageiro, e o passageiro autor de NO-SCHOW deveria perder a passagem ou parte dele, tal e qual acontece nos ônibus.
Tenho muitas histórias de passageiros espertinhos. Por exemplo, o sujeito que reservava passagens para toda a família na classe econômica, ganhando uma passagem na primeira classe ou executiva, depois cancelava os vôos do restante da família, ficando é claro com a cortesia recebida. Afinal de contas ele não tinha culpa dos imprevistos de última hora.
Quem não se esqueceu de devolver um copo, um talher da companhia de aviação? Pois bem, tecnicamente é um furto como qualquer outro. Pois todo o mundo acha normal, sendo a desculpa costumeira de que a empresa já leva isto em conta na hora de calcular a passagem.
Não sei se foi Millor (genial) quem disse: grande coisa, um papagaio que diz olá, uma xícara lá de casa diz VARIG.
Um conhecido deputado federal de nossa terra, ao sair do avião ia juntando tudo o que era jornal e revista que encontrava sobre os bancos.
Como diria o nosso querido presidente Lula Lá: As “ZELITES” não têm jeito...

sexta-feira, 25 de abril de 2008

FUTEBOL?SÓ O IMORTAL TRICOLOR.

Em setembro de 1953, chegávamos a Porto Alegre. Eu com apenas 10 meses, meu pai e minha mãe com meros 21 e 15 anos de idade, respectivamente. Nos instalamos no que hoje chamaríamos de zona sul da cidade. Na época, simplesmente arrabalde da Glória. Nossa casa ficava na Rua Caldre Fião.
Ninguém sabia quem fora Caldre Fião. Anos mais tarde, através do meu saudoso amigo Dr. Sérgio Ferreira, amante e colecionador de livros raros, descobri que Caldre Fião escreveu o primeiro romance no Rio Grande do Sul. A Divina Pastora era o título da obra, a qual se manteve desaparecida por muitos anos, não se tendo notícia, até então, de qualquer exemplar, pelo que o seu valor no mercado de livros raros era incomensurável. Ele teria escrito o romance em
1847, sendo que dita obra durante muitos anos era tida como lenda. Em 1992, um volume foi encontrado em Montevidéu, adquirido pela RBS que o reeditou. A obra tem mais valor
histórico do que literário.
No parágrafo acima, me empolguei falando de Caldre Fião, mas o assunto hoje é outro. Meu pai e minha mãe, ao chegarem a Porto Alegre optaram em torcer para o Grêmio Futebol Porto-alegrense, e assim eu também assumi o tricolor, o mesmo fizeram minhas irmãs que me seguiram Ivanir e Ivone, e o meu irmão que chegaria somente em 1967, o Alfredo. O engraçado é que os cônjuges dos filhos de Anselmo e Zenoir foram (e são) todos colorados.
Em nível de pilhéria, e trocadilho maldoso, eu costumava dizer que a “legião estrangeira” é toda
vermelha, e que esse “bem” não se comunica nos casamentos da família Vaz.
A minha relação com o futebol é muito especial, pois costumo dizer que não gosto do esporte, eu gosto mesmo é do Grêmio. Como isto se explica? É fácil, basta um pequeno exemplo: jogo da seleção brasileira não me dá sensação alguma, salvo em copas do mundo. Se assisto uma final de campeonato brasileiro entre Corinthians e Flamengo é bem provável que eu durma no sofá, antes de terminar o primeiro tempo. Jogo do Grêmio, o tricolor faz um gol no primeiro minuto, já quero que o jogo termine. Em suma, o chamado espetáculo do futebol não me interessa.
Sou um fanático pelo Grêmio? Acho que não, pois não costumo chutar portas quando ele perde, nem saio pulando pela casa quando ele faz gol. Não ponho bandeira na janela, nem saio a desaforar vizinho colorados quando o Grêmio ganha, ou quando o time deles perde. Já assisti
Grenal no meio da torcida do Internacional, tendo o meu time ganho de um a zero, consegui comemorar o gol em silêncio.
Não costumo ir a todos os jogos, embora tenha uma cadeira locada. Não gosto de ir sozinho. Quando vou e o Grêmio faz um gol, tão-somente fico rindo de contente; quando acompanhado, levanto um braço em comemoração e cumprimento o meu acompanhante.
Também gosto muito de secar o adversário. Na linguagem esportiva, secar significa torcer para que o adversário tradicional perca. Verdadeira ave de rapina a espera de um nova e abundante refeição. Gosto mais de torcer pelo Grêmio ou secar o adversário vermelho? Lourdes acha que
mais seco do que torço. Entendo que não procede, pois jamais deixaria de ir a jogo do imortal tricolor para ir secar os vermelhos, embora isto me dê muito prazer.
Circulo bem entre os colorados. Sempre tive mais conhecidos na diretoria do Internacional que do Grêmio, uns até que poderia chamar de amigos. Nos vermelhos, posso citar como pessoas de minhas relações a Fernando Záchia, Marcelo Feijó e Eraldo Hermann, os dois últimos já falecidos. Quanto ao futebol em geral, acho que existe uma cobertura exagerada, um foco concentrado sem qualquer justificativa.
As emissoras de rádio de Porto Alegre gastam muitas horas de sua programação transmitindo notícias dos clubes sem qualquer relevância.
Por último, uma das coisas que mais me aborrece na crônica esportiva de Porto Alegre é o jornalista ou cronista não declarar publicamente o clube de sua preferência. Por que é assim? Os cronistas de outros Estados da Federação declaram abertamente o clube para o qual torcem, sem qualquer problema. Aqui se adotou esta fórmula boba, sem qualquer justificativa. Eles imaginam
que se houver a declaração da preferência clubística os seus comentários e pareceres poderão sofrer críticas pela sua parcialidade. Em outros estados isso não ocorre, neles quase todos os jornalistas e/ou radialista anunciam publicamente. Na crônica esportiva gaúcha existe um mistério, pois ela é composta de 90% de colorados e somente 10% ou menos de gremistas. Até hoje não consegui descobrir a causa. Existe neste campo um grande mistério. Na RBS onde quase toda a diretoria é gremista, principalmente os donos NELSON e PEDRINHO, são raros os cronistas ou jornalistas gremistas. O Grêmio segundo as estatísticas teria 60% da torcida e os
colorados 40%, o que não se reflete na crônica. Nas rodas esportivas de debates esportivos, não raro, 100% são colorados. Para um gremista assisti-las tem que ter um veia de masoquista. Por outro lado, o gremista mais famoso se comporta de forma prejudicial ao Grêmio, pois está sempre prever catástrofe. Quando elas efetivamente acontecem diz eu disse que iria acontecer, ou seja se locupleta até da desgraça do tricolor. Por outro lado se o Grêmio se dá bem, aproveita e festeja como torcedor, invade campo, toma microfone e faz discursos laudatórios. Os cronistas colorados não procedem assim, pelo contrário são muito unidos, adotam atitudes ensaiadas, ou seja dizem todos a mesma coisa, a proteger os interesses do time de seu coração, especialmente nas situações de dificuldade dos vermelhos.
Em suma, gosto do esporte, limitado, entretanto, aos limites dele e de sua importância. Jamais será razão de vida; jamais será razão de briga ou de qualquer tipo de violência; sempre razão de prazer e de boas emoções. Só!

GIUSEPPE E SEU BAMBINO

No Norte da Itália, na região da Lombardia, cidade de Milano para eles (Milão para nós os portugueses), atravessava serpenteando a Praça Del Uomo, um bonde amarelo, como os nossos, um pouco mais estreito, dentro dele viajavam Giuseppe e seu filho de pouco mais de 7 anos. O elétrico estava quase vazio. Giuseppe e seu filho sentaram nos últimos bancos.
Giuseppe olha para o chão e vê, caída ali uma carteira. Olha para um lado, olha para outro, e põe a carteira no bolso. Em seguida, levando o filho quase de arrasto desce na próxima parada. Lá fora, quando o bonde já tinha desaparecido da vista. Giuseppe abre a carteira. Ela continha tão-somente um crucifixo, e, sendo composta de várias repartições dava a idéia de uma carteira cheia.
No caminho entre o bonde e o local da abertura da carteira, por Giuseppe, o filho pensava:
- Por que o meu pai desceu do bonde?
- Se ele encontrou a carteira alguém a perdeu?
- O dono não poderia ser encontrado?
- O meu pai não está agindo exatamente ao contrário daquilo que costuma dizer para mim sobre honestidade?
A providência divina tinha testado Giuseppe junto ao seu filho, e ele não tinha se saído bem.
Nunca mais Giuseppe deu razões ao filho para que duvidasse dele, certamente aprendera a lição. O filho por seu turno também aprendeu, mas jamais esqueceu aquele momento de fraqueza do pai.

terça-feira, 22 de abril de 2008

OS MAIS BELOS SERMÕES


É bom prestigiar os parentes. Por isso, hoje escreverei sobre o Padre Vieira.
Ele nasceu em 06.02.1608, em Lisboa, Portugal, tendo vindo para o Brasil em 1614.
Dedica-se à oratória sacra e administração da catequese aos indígenas.
Em 1641, volta por algum tempo a Portugal, onde é incumbido de missões políticas pelo governo de João IV. Tais incumbências se tornaram incondizentes com os objetivos da sua ordem jesuítica.
Volta em 1652 ao Brasil, onde se dedica a catequização e proteção dos índios, com o que angaria inúmeros inimigos.
Após a morte de João IV, é preso e enviado para Portugal, onde quase foi condenado pela Santa Inquisição, por proteger os Cristãos Novos (Judeus convertidos a força).
Volta novamente ao Brasil 1681, e, em 1678, são publicados seus sermões completos.
Escreveu mais de 200 sermões e mais de 500 cartas, que fazem a sua fama e o consagram.
Diz-se que sua obra mais importante é Os Sermões da Sexagésima.
Padre Vieira morre em 18.07.1697, na Bahia, aos 89 anos de idade.
É tido como o maior orador sacro português de todos os tempos; e, principalmente, o maior escritor da língua portuguesa do século XVII
Dos excertos de seus sermões, subtítulo de Padrões de Ensinamentos publicados pela Editora Unisinos, do sermão Quatro, sob o título de Pretendentes retiro, além da biografia acima por mim resumida, os seguintes ensinamentos imortais e irretocáveis:
“(...) o amigo fiel nunca pode deixar de amar, porque nem seria fiel, nem amigo, se não amasse. Em todos os parentes o amor é acidente que se pode mudar; no amigo fiel é essência, e por isso imutável.”
Ainda:
“ O amigo fiel, é o medicamento da vida e da imortalidade. Notai muito: medicamento da vida, e da imortalidade juntamente; porque se o medicamento e o remédio for só para a vida, e esse mesmo remédio da vida for veneno da salvação, e da imortalidade, não será amigo fiel, senão infiel, e traidor,e verdadeiramente inimigo o que o não impedir.”
Finalmente:
“A verdadeira amizade não é senão uma suma união, e comum consenso entre os amigos, com o qual benévola e amorosamente se conforma em todas as coisas, não só humanas, mas divinas, e primeiro divinas, que nas humanas.”
Lições de vida que ainda nos servem.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

ANTENA SEIS

Hoje a noite, (21/04/2008) Lula Lá disse que Brasil não reverá acordo de Itaipu.
Entretanto, disse que o Brasil tem um importante papel no equilíbrio da AL.
Em resumo, o que eu disse na antena cinco vai acontecer!

ANTENA CINCO

Lendo a notícia da eleição de mais um esquerdóide assumindo uma república da AMERICA LATRINA, me lembrei do Manual do Perfeito Idiota Latino-americano, o qual está muito em voga.
Li também que o novel comandante paraguaio pretende rever o acordo da Itaipu Bi-Nacional.
Estou recebendo apostas na base de um por mil que o nosso apedeuta e sua troupe "dipromatas" vai abrir as pernas para mais um país e, nós, o povo brasileiro, vamos pagar mais caro pela energia elétrica, para que Lula Lá faça mais demagogia, tentando se elevar acima do Chávez como liderança local.
Quem viver verá ( se a luz ainda estiver acessa).

O VASO QUEBRADO

Hoje vou imitar o Lula.
Calma, não vou dizer bobagem( para variar), nem cortar o
meu dedo, que não sou besta.
Vou fazer uma analogia do futebol com a vida ( será que o
Lula Lá sabe o que é analogia?).
O treinador de futebol que não sabe por que perdeu, só
é pior do aquele que não sabe por que ganhou?
Deu para entender?
Na vida também é assim.
A pessoa tem uma perda e não sabe por que perdeu.
A primeira coisa que lhe vem à mente é que os outros
são os culpados.
As razões da perda nunca buscamos em nós, sempre
atiramos para as costas largas dos outros, pois é muito
mais fácil, para não dizer mais confortável.
Se existe alguém para nos incentivar nesta atividade,
então estamos com tudo.
Só nos damos conta quando os dissabores desta perda nos
batem à porta.
Mas, ai os aduladores já não estão mais à volta, tal
como moscas no mel.
Já partiram para outra.
Aí? Hã... Ficamos sozinhos a lamber nossas feridas ( que
nojo).
Vaso bom partido não cola mais, pelo menos mantendo a
qualidade.

SI NON É VERO É BENE TROVATO*

O que seria a verdade? Ora, verdade é aquilo que é real. Constitui a exatidão, a realidade, o verdadeiramente ocorrido. Temos também a verdade como acepção de franqueza; de sinceridade.
A verdade é contingente, logo o oposto é impossível. O oposto de verdade é o não ser. A pessoa verdadeira é aquela que é autêntica, genuína e, sobretudo, legítima.
A palavra latina é “verum” que além de verdade significa justo. Assim, “verum esse non potest, quod falso princípio infirmatur”, no sentido de que verdadeiro não pode ser o que de falso princípio vem. Traduzindo para a linguagem comum, podemos dizer que significa que o verdadeiro não pode ter como origem uma coisa falsa. Em suma, o que nasce falso, falso é.
Os franceses chamam de "vérité", e associam muito a idéia de sinceridade. Os ingleses usam a expressão "truth", também juntando à idéia de genuíno, legítimo e também positivo. Os espanhóis utilizam "verdad" , e traduzem além de verdade, como certeza, exatidão, realidade,evidência e veracidade. Eles, como nós os gaúchos usam muito a expressão a alguém "decirle a uno cuatro verdades." O nosso: preciso lhe dizer umas verdades.
Para Nietzsche a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição da verdade, porque diz que não se pode alcançar uma certeza sobre isso. Platão, na República, diz que precisamos sempre recorrer à verdade, e que a alternativa é o auto-engano – que nada mais é do que a aparência da verdade que o indivíduo cria para si mesmo.
Por meu lado, estou cansado de ver as pessoas em auto-engano, como diz Platão, e o que é pior criticando quem assim não pensa.
Acho que vou largar de mão, como diriam lá na minha
natal S.Gabriel ou quem sabe na Viamão de minha
infância, já tão longe.


*Se não é verdade, pelo menos é bem dito.

QUEIJOS, VINHOS E BONS AMIGOS

Hoje, vou abrir uma exceção e falar de comida. O assunto é o queijo.
No inverno, nada melhor que queijos e vinhos para receber os amigos. É claro que não só queijos e vinhos, mas pão, manteiga e muito patê com misturas – que costumo chamar de pastas.
Recomendo o francês Brie, o holandês Gouda, os suíços Emmenthal e Gruyère, os italianos Gorgonzola e Provolone. Se você é uma pessoa de sabor requintado fique entre o Brie, o Gouda e o Gruyère. Se você gosta de sabores mais fortes vá de Gorgonzola e Provolone. Se o seu negócio é volume coma muito Emmenthal. Tudo acompanhado por vinhos. Tintos é claro.
Temos bons vinhos para a empreitada, sugiro os brasileiros honestos da Marsson, tipo Merlot alternado com Cabernet Savignon. Pode usar também, sem culpa, o vinho argentino da região de Mendonza. Feche os olhos e escolha um de uva Malbec, você não errará. Se a escolha for um Chileno, também não se atire ao chão de arrependimento, escolha um de uva Carménère. Não se assuste se nele houver outra uva misturada, pois fica mais interessante. A uva Carménère foi redescoberta pelos chilenos, que a souberam tratar com muito esmero.
Well, mas nem todo vinho senta com queijo. Bobagem, vinho bom é o que senta com seu paladar e não com o do enólogo, pois ele não sabe do seu gosto, a maioria não passa de um chato.
Não se esqueça de água mineral para acompanhar. Alterne com os goles de vinho, pois o vinho tende a desidratar você. A melhor água mineral brasileira é a São Lourenço de Minas Gerais. Tem uma garrafa verde de um litro, e garrafinhas pequenas também. Compre a de um litro. Custa mais caro que as nossas, mas é muito boa. Tá bem, se você é nojento, e só gosta de coisas importadas pode tomar a Perrier, mas vai ter que pagar 8 pilas por uma garrafinha nanica.
Quanto ao pão, compre pão italiano, aquele mais duro, algumas bisnagas ou baguetes, e para quem é mais sofisticado, quem sabe uns brioches salgados e/ou doces? Há, para quem tem um pé no oriente médio, um pãozinho árabe cai bem.
E, por derradeiro, não pode faltar – é claro – boa companhia.
Pessoas de alto astral, que joguem você para o alto, que
venham falar de seus bons planos, e de suas boas idéias.
Bon apetit!

OS BONS COMPANHEIROS

Lucius Annaeus Seneca, o Sêneca para os íntimos,
filósofo,envolveu-se com Julia Livila, sobrinha do
Imperador Cláudio, que o desterrou. No exílio, dedicou
seus estudos e redigiu vários de seus tratados
filosóficos, onde expõe os ideais estóicos. Foi
tutor de Nero. Após a morte de Cláudio, vingou-se com
um escrito considerado uma obra-prima. Chamou de
Apocolocyntosis divi Claudii (Transformação em
abóbora do divino Cláudius).Narra ele o autoritarismo do
imperador Claúdio, que é simplesmente recusado pelos
deuses.
Quando Nero se torna imperador, Sêneca fica como seu
principal conselheiro, tentando de todas as maneiras
direcioná-lo a uma política justa e humanitária.
Cansado Sênica se retira da vida pública em 62.
No ano de 65dC, Sêneca é acusado de ter participado na
conspiração de Pisão, na qual o assassinato de Nero
foi planejado. Sem julgamento, foi obrigado a cometer o
suicídio.
Escrevo este texto simplesmente para exemplificar que as
boas companhias nem sempre resolvem todos os problemas.
Embora, Sênica fosse uma pessoa correta, não conseguiu
passar ao louco Nero estas suas qualidades.
Assim, aquele velho adágio: dize-me com quem andas, que
dir-te-ei quem és nem sempre é verdadeiro.

O ESCORPIÃO PARANÓICO (REDUNDÂNCIA?)

Infelizmente, não fui aluno do Professor Lubianca, que lecionou Medicina Legal para várias gerações, na velha faculdade de Direito da UFRGS. Para a minha turma, lecionou, segundo me consta, seu filho, também bom professor.
Na referida cadeira, além de outras matérias, estudamos as doenças mentais ou sejam patologias da mente.
A mais comum é esquizofrenia, a qual se caracteriza por distúrbios da afetividade. Ela corresponde a uma fuga do mundo real, e que lhe desagrada. Busca o esquizofrênico um mundo de fantasia, o qual, por óbvio, fica distante do ambiente hostil ao qual o paciente é incapaz de
ajustar-se.
Existem quatro formas de esquizofrenia conhecidas:
(1) simples;
(2) hebefrênica;
(3) catatônica; e
(4) paranóide.
A paranóide se apresenta sob a forma de desconfiança, conceito exagerado de si mesmo, perseguição e grandeza. Tudo isso sem alucinações.
Abro aqui um parêntese: e vamos para os signos do Zodíaco.
O signo de Escorpião se caracteriza por pessoas enigmáticas e penetrantes. Elas sondam sem nada revelar.
Por baixo da cortina de fumaça que fazem questão de manter entre elas e as outras pessoas, são profundamente sentimentais e sensíveis. Eternamente desconfiados – quase em paranóia - têm um faro especial para perceber aquilo que os outros tentam esconder.
A determinação fica evidente na postura do Escorpião. Quando você fica em pé, sua cabeça projeta-se para frente, à maneira de um cão de caça, ou como se você estivesse espiando através de um buraco de fechadura.
Não chegaria ao exagero de considerar todos os escorpianos paranóicos, mas há de se reconhecer que existe uma afinidade entre os dois conceitos.
Assim, se eu lhe olhar desconfiado, não credite a uma eventual paranóia, ou qualquer outra patologia ligada à esquizofrenia, trata-se somente de característica de meu signo. Afinal, não tenho culpa de ter nascido em 05 de novembro.

sábado, 19 de abril de 2008

HUMOR JUDAICO

HUMOR JUDAICO
O cartório onde trabalho há mais de 38 anos tem como clientes quase toda a colônia judaica da cidade. Esta preferência iniciou nos anos 50 quando por lá trabalhou um judeu de sobrenome Rabeno.
Daí que sou uma pessoa muito conhecida pelos judeus da cidade, tendo inúmeros clientes e até diletos e antigos amigos. Um deles faleceu há pouco tempo, tratava-se do Dr. Luiz Cohen Steinbruch, excelente advogado, e professor de latim, pessoa que contava com a minha grande admiração e amizade.
Pois não havia dia que o Dr. Luiz, como eu o chamava, não trouxesse uma piada nova, na maioria, é claro de judeus.
Assim é que hoje vou contar duas piadas de judeu em homenagem ao meu grande amigo Dr. Luiz, extraída do Livro HUMOR JUDÁICO, subtítulo DO ÉDEN AO DIVÃ, numa seleção de Moacyr Scliar (antes da academia), organização de Patrícia Finzi e edição de Eliahu Toker, Editora Shalom.
(1)“Quando Mendel, o garçom mais popular do Sol Delicatessen morreu, alguns de seus fregueses decidiram visitar um médium que tentaria comunicar-se com ele.
-Batam com os dedos na mesa como faziam quando ele os servia – disse o médium -, e ele reaparecerá.
Todos bateram as mesas, e nem sinal de Mendel Bateram mais forte, chamaram-no pelo nome. Finalmente, surge Mendel, com um guardanapo dobrado sobre o braço.
- O que foi que houve, Mendel? – disse um dos participantes da sessão: - Por que você não apareceu assim que chamamos?
- Não era a minha mesa – respondeu Mendel. “
(2) Sucedeu uma vez que o professor de Chelem teve de dirigir uma escola na cidade vizinha. Ao chegar, viu que esquecera em casa os seus chinelos. Escreveu à mulher nos seguintes termos: - Manda-me pelo portador os teus chinelos. Escrevo “teus” porque se pusesse “meus”, tu lerias “meus” e mandaria os “teus” chinelos. De que me adiantariam os teus chinelos? Por isso escrevo claramente teus chinelos para que leias teus chinelos e mande os meus.”
SHALOM!

O QUEIJO E SEUS BURACOS- UMA AVENTURA NO CHUY

Há alguns anos, cheguei numa queijaria lá no Chui, extremo sul do Brasil, já no lado uruguaio, ou seja no Chuy. A loja era atendida por um uruguaio(castelhano) com jeito de italiano.
Entramos. Enquanto Lurdes olhava as pilhas dos maravilhosos queijos expostas em rudes prateleiras de madeira, eu degustava as provinhas dos queijos e arranjava um jeito de bater um papo com o dono.
Perguntei:
- Este seu queijo tem muitos buracos.
Disse ele:
-É normal.
Repliquei:
-É mais onde tem buraco, não tem queijo?
- Sim claro, respondeu.
Eu ataquei:
-Então se tem muito queijo tem muito buraco?
-Sim (já irritado)
-Então quanto mais queijo eu pedir menos queijo vou levar?
O uruguaio não entendeu nada do que aquele brasileiro fdp tava querendo, e encerrou a conversa.
Para amenizar levamos um monte de queijo, que irmamente dividimos com a família toda, menos os buracos, é claro...

PESSIMISTAS A FAVOR

Em algumas coisas, este vosso amigo é radical (alguns dizem que é em muitas). E, uma delas é quanto ao papel da imprensa. Entendo que jornal bom é de oposição. Jornalismo a favor só diário oficial. Precisamos da imprensa como guardiã principalmente da moral da nação. Daí ficar fulo da cara (para não dizer puto da cara) com jornalista adesista. Aqueles que estão sempre prontos a arranjar uma desculpa para livrar a cara do governante de plantão. Os que diante de uma mancada evidente do presidente da república vão revirar no passado para encontrar bobagem equivalente de governantes anteriores, para justificar o gesto ou ato do atual.

Já, quanto aos poetas entendo plenamente justificável que alguns sejam otimistas e outros pessimistas. Confesso que tenho uma certa queda pelos pessimistas, pois os acho muito mais profundos. Deles podemos tirar as melhores lições.

O carro chefe dos poetas tidos como pessimistas, que inaugura em pleno século XIX o que se costuma chamar de os “poetas malditos’, e que influenciou, sobretudo, os poetas simbolistas, é o francês Charles Baudelaire Se costuma dizer que nunca houve quem fosse tão radical e ao mesmo tempo tão brilhante.

Vou ser bonzinho com vocês e apresentar Baudelaire em tradução brilhante de Ivan Junqueira, numa modesta palinha do que é este gênio da poesia:



Uma carniça

Lembra-te, meu amor, do objeto que encontramos
Numa bela manhã radiante:
Na curva de um atalho, entre calhaus e ramos,
Uma carniça repugnante.

As pernas para cima, qual mulher lasciva,
A transpirar miasmas e humores,
Eis que as abria desleixada e repulsiva,
O ventre prenhe de livores.

Em seus passos, temos evidentemente o nosso maravilhoso AUGUSTO DOS ANJOS, autor de um único livro EU, cujo exemplar de minha propriedade já está gastinho de tanto ler.

Para quem não lembra, ou gazeteou a aula de literatura brasileira, é o autor de VERSOS ÍNTIMOS, onde temos os famosos versos que nos escandalizavam nos bancos do ginásio: Se a alguém causa inda pena tua chaga,/Apedreja essa mão vil que te afaga,/Escarra nessa boca que te beija!

(Hei, que nojo!)

Existem ainda poetas que não são tão lúgubres como Baudelaire ou Augusto dos Anjos, mas são também pessimistas. Alguns consagrados em suas obras. Lembre-se de AS POMBAS de Raymundo Correa:

...Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...

Falava ele dos sonhos que não voltariam mais. No entanto, penso como nosso velho e bom professor FARAD os sonhos não precisam voltar, pois eles nunca vão...

Mas é um poeta pessimista.

Quer ver outro.

Nos livros do nosso tempo de colégio, onde recebíamos aulas de professoras e não de “educadoras”, no livro de Cecy Cordeiro Thofern, falecida há pouco tempo, havia a poesia de Guilherme de Almeida Barquinhos de Papel:

Quando a chuva cessava e um vento fino
franzia a tarde tímida e lavada,
eu saía a brincar, pela calçada,
nos meus tempos felizes de menino.

Fazia de papel, toda uma armada;
e, estendendo meu braço pequenino,
eu soltava os barquinhos, sem destino,
ao longo das sarjetas, na enxurrada...

Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles,
que não são barcos de ouro os meus ideais:
são feitos de papel, são como aqueles,

perfeitamente, exatamente iguais...
- Que os meus barquinhos, lá se foram eles!
Foram-se embora e não voltaram mais!

Ora, a este poeta também os princípios do prof. Farad: os sonhos não podem ir embora. Se os realizamos vamos à procura de novos. Eles são a razão da vida.

Mas o que eu pretendo dizer é que embora os poetas sejam pessimistas, a forma de dizer a sua mensagem é muito bonita, tem conteúdo.

Os ufanistas, por seu turno, pintam um lindo quadro, que até tem um bela roupagem sob o ponto de vista poético, agradável aos ouvidos, mas desprovidos de qualquer profundidade, por isso prefiro os pessimistas, embora eu seja um otimista incorrigível, como já me dizia um dileto amigo que já se foi.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

COISAS DA VIDA E DA MORTE

As vezes, e não são poucas, me flagro pensando sobre a vida.
Muito já li, incluindo os filósofos ateus, agnósticos ou crentes, católicos e não católicos, sobre os conceitos de vida.
Muita gente fala sobre o milagre da vida como representado pelo nascimento. Eu não concordo, pois para mim quando a criança é expulsa ou tirada do ventre da mãe já está viva. Ela já constitui um ente por si só, hospedeira da mãe, é verdade, mas tem outra identidade, outro sistema nervoso e cerebral, logo ali está um ser humano, embora em claustro natural.
Não quero hoje (o farei outro dia), falar sobre o aborto, quero ficar somente na discussão dos conceitos de vida.
Se você quer entender a vida, entenda a morte.
Quer ter a noção do que é a vida, olhe o corpo de uma pessoa morta.
Você olha e não vê. Você não sente. Ali está somente a representação do que foi o ser.
Quer fazer a comparação? Olhe para uma pessoa que somente dorme. Ela está também inerte, parada, sem movimento algum, mas tem vida. Você percebe por todos os seus sentidos que ali tem um ser.
Assisti, neste meu já longo andar, alguns momentos em que posso dizer que vi no rosto das pessoas envolvidas a face da morte. Não tenho condições de descrevê-la, nem quero, talvez você também não queira saber. Num primeiro caso, se tratava de uma pessoa muito querida minha, no Hospital Moinhos de Vento, em estado de agonia terminal, um caso de melanoma; outro caso, de uma pessoa que viria a morrer horas depois, e tinha conhecimento disso a qual me olhou, e nunca mais esqueci aquele olhar pedinte; e o último caso, o momento exato de um derrame cerebral, com grande espasmo facial e dos membros superiores, a face mais profunda da dor.
Em todos os episódios, estive abraçado com a impotência diante dos infaustos acontecimentos, o desespero de nada poder fazer, a fé que vacila, a esperança que desaparece, o desejo de retroagir e apagar toda a triste cena.
A morte nos faz valorizar a vida. Todo o dia é dia de viver. As Segundas-feiras também. Nada de ficar sonhando com o fim de semana, com as férias, com a aposentadoria, viva seu dia-a-dia. Curta a sua família, os seus afetos, os seus amigos, a sua casa, o seu trabalho e seus animais, e até os seus bens materiais, e principalmente dê graças a esse milagre da vida.

A PENA DE MORTE

Não sei se todos os leitores já ouviram falar em Lei de talião. Ela consiste exatamente em aplicar à pessoa do criminoso a mesma penalidade que inflingiu à vitima. Ou seja, há uma verdadeira reciprocidade entre e crime e a pena. (Escreva talião com letra minúscula pois não é nome de gente)
A menção mais antiga, obviamente, está no Código de Hamurabi: olho por olho, dentre por dente.
(Tive a oportunidade de ver o Código de Hamurabi escrito na pedra preta no Museu do Louvre em Paris. )
Assim, aquele que atenta contra a vida de outrém estaria sujeito à pena de morte.
Em princípio, seria eu a favor da pena de morte nos casos em que somado estaria: a reincidência específica, laudo psiquiátrico de impossibilidade de recuperação do autor do delito; decisão transitada em julgado pelo Supremo Tribunal Federal há mais de dois anos.
Na primeira exigência, afastaria a possibilidade de se condenar o cidadão que, por exemplo, numa briga com o vizinho, o matasse. É sabido que este tipo de homicida, embora tenha agido com dolo, em sã consciência jamais teria cometido o desatino, ou seja dez minutos passados do infausto acontecimento já estaria arrependido, sendo a sua recuperação um fato tranqüilo, na maioria dos casos. Somente seria condenado à morte o reincidente no mesmo tipo de delito, ou seja homicídio.
Na Segunda hipótese, o laudo colocaria no corredor da morte somente os julgados incorrigíveis, segundo os ditames da atual psiquiatria. Uma junta médica de psiquiatras examinaria o homicida e declararia não haver chance para sua recuperação.
Na terceira hipótese, dar-se-ia chance em todas as instâncias para que o acusado conseguisse provar sua inocência, a falta de dolo ou causas excludentes de criminalidade, e também deixaria um espaço de dois anos para o aparecimento de fatos novos, os quais por si só trouxessem elementos a alterar o resultado do julgamento.
Então, Osnir é favor da pena de morte?
Não, e por um motivo muito simples, para não dizer pueril: a execução da pena deve ser aplicada por um cidadão, funcionário público, que obedecerá as ordens do Poder Judiciário. Eu poderia ser este cidadão? De jeito nenhum! Eu pessoalmente não teria as mínimas condições de tirar a vida de alguém. Assim, se eu não me acho em condições, em qualquer circunstância, mesmo no estrito cumprimento do dever legal, de matar alguém, por que concordaria em determinar a alguém que o fizesse?
Em suma, não posso concordar com uma pena que eu pessoalmente não teria condições de aplicar. Delegá-la forçosamente a outro que a faça não me parece justo, moral ou digno.

BONDES

Recebi de várias fontes fotografias de bondes antigos de Porto Alegre o que despertou uma saudade dos amarelinhos. Os bondes habitaram minhas paisagens de menino e de adolescente, pois trafegaram entre nós até 1969, quando o último rodou pelas ruas da Mui Leal e Valerosa (sic).
O nome teria surgido em 1879 quando a passagem custava 200 reis, e como não existiam moedas deste pequeno valor a empresa denominada CARRIL DE FERRO resolveu emitir bilhetes em cinco unidades totalizando mil reis. Os bilhetes eram verdadeiras obras de arte e a população logo os apelidou de Bonds (Bônus ou ação em inglês). A empresa mesmo já denominava os seus tíquetes de bonds. O nome pegou, e logo a seguir começaram a chamar os elétricos de bondes, numa forma aportuguesa dos bonds ingleses.
Existiram várias linhas de bondes em Porto Alegre, entre elas o Duque e Teresópolis pedreira, que utilizavam pequenos bondes de quatro rodas, que a irreverência popular denominava de gaiolas. Existiam linhas para Teresópolis, Glória, Partenon, Menino Deus, Floresta e aí por diante.
A forma de entrar no centro determinava um tipo de linha via Gasômetro, via José do Patrocínio e via João Pessoa.
A dificuldade dos bondes subir a Borges de Medeiros fez surgir o primeiro viaduto de Porto Alegre, o Otávio Rocha, também conhecido como viaduto da Borges, e denominado ainda pelos humoristas locais, entre os quais o insubstituível Carlos Nobre o “Viadeiro Borges de Meduto”.
Como vou descrever um bonde? Bem, (na versão inglesa well) o bonde era um veículo elétrico, ou seja, ligado a eletricidade por uma barra de ferro com uma roldana que corria por um fio. Andava sobre trilhos, tal qual um trem. Não fazia curvas de moto próprio, ou seja, quando se pretendia que fizesse um desvio, se trocava trilho, ou seja, alguém descia, e com uma alavanca movia o trilho na outra direção, de tal sorte que entrasse noutra linha, em outra direção. Assim, quando o bonde que ia para Teresópolis, chegava ao entroncamento com o bonde que ia para o Partenon, o motorneiro ou algum outro funcionário descia e fazia a manobra com os trilhos. Não raro, o motorneiro não se dava conta de que o trilho estava virado para o lado oposto a sua direção e avançava o trem sobre a linha errada. Maravilha! Era uma gritaria só dentro do bonde. O motorneiro tinha um trabalhão danado para voltar o bonde, e corrigir a manobra equivocada.
Os primeiros bondes que andei não tinham portas abertas, ou seja não tinham portas fechadas, era tudo aberto mesmo. Do lado em que corria o outro bonde, era passada uma corrente, para evitar que as pessoas saíssem por aquele lado e fossem atropeladas pelo outro elétrico.
Os bondes podiam ser conduzidos por qualquer das pontas, assim quando chegava ao fim da linha, o motorneiro se mudava para o outro lado, trocando a barra de ligação com os fios e continuava tranquilamente. Nesta mudança ele levava o seu banco e a alavanca do freio. A alavanca de aceleração era fixa. A roda grande que se via na cabine não tinha nada de direção, era somente para baixar o limpa- trilhos em situações emergenciais.
A buzina do bonde imitava o som produzido por alguém que apita ou assovia no bocal de uma garrafa.
Os funcionários da Carris (assim se chamava a nossa empresa de bondes) usavam um uniforme cáqui e um quepe, onde estava escrita a sua função.
Você pensa que o chamado condutor era o motorista ou piloto do bonde? Enganou-se o condutor era o cobrador. O motorista era chamado de motorneiro. Tinha também o fiscal, o inspetor, o chefe de linha etc...
Vivíamos longe da época Lula Lá. Assim sendo, os tempos eram de honestidade, o cobrador fazia a cobrança dos passageiros sem lhes dar ou exigir qualquer comprovante. Em suma, pagava quem queria, e todo mundo pagava. Exceto a gurizada que ia pendurada no estripo do bonde, e quando chegava o cobrador saltavam para pegar outro carro. O faziam mais por farra do que por safadeza, pois os tempos eram outros.
O condutor cobrava e marcava num relógio com alavancas, ou seja puxava a dita alavanca tantas vezes quantos fossem os passageiros cobrados. O fiscal contava as pessoas e fazia as devidas correções, no tal relógio contador, era a forma de fiscalizar o serviço do condutor ( Lembre-se do cobrador).
O fiscal carregava um papel verde onde ele anotava o número de passageiros, e outras anotações que até hoje não sei quais eram, ao final ele tirava alguma coisa parecida com um carimbo em forma de caneta e “plá” carimbava a tal folha.
E, quando faltava eletricidade? Azar os bondes paravam e era aquela gritaria, até que a luz voltava.
Todo o povo somente andava de bonde, os poucos ônibus, na verdade camionetas, eram muito caros. Táxi então somente para levar alguém para o Pronto Socorro, ou conduzir alguém cheio de malas para o aeroporto, ferroviária ou rodoviária.
Os bondes eram lentos, mas algumas vezes conseguiam atropelar alguém, o que muitas vezes resultava em morte do atropelado. Era uma coisa muito feia de se ver. Uma vez fui ver um sujeito sob as rodas do bonde, e me arrependo até hoje de ter visto o que vi.
O bonde servia também para piadas. Claro que anedotas sem qualquer malícia como são as de hoje.
Não vou resistir e contar uma para vocês. A gente se preparava todo com uma cara muito séria e dizia:
- Hoje pela manhã o bonde Teresópolis pegou um homem na frente do Castelo.
A vítima inocente perguntava:
- E, aí ele morreu?
Não ele desembarcou no centro!
Outra era a que um bonde teria passado por cima de um carro na Borges.
-E, aí, machucou alguém?
-Não foi por cima do viaduto!
Uma vez um bonde pegou fogo e queimou todo, machucando algumas pessoas. Bastou: toda a cidade ficou traumatizada.
Um dia eu e meu saudoso padrinho Paulino estávamos num bonde no fim da linha de Teresópolis, e deu um estouro dentro do bonde. Eu não precisei trocar as pernas para chegar à porta a turba me levou na marra. Em poucos segundo, o bonde estava vazio.
Os bondes tinham anúncios colocados dentro da cabina. O mais famoso anúncio era mais ou menos assim:
“Veja ilustre passageiro, o belo tipo faceiro que você tem ao seu lado, e no entretanto acredite, quase morreu de bronquite, salvou-o RHUM CREOSOTADO”.
Os bancos do bonde eram de madeira e ferro, ou seja nada de estofamento. O encosto podia ser mudado de lado, daí os passageiros, mesmo o banco mudando de lado, podiam continuar sentados para o lado do deslocamento. No fim da linha o condutor vinha virando todos o bancos: Plác...Plác.... Plác...
Algumas poucas cidades brasileiras ainda têm bondes circulando, entre elas o Rio de Janeiro com a tradicional linha Santa Teresa.
Muitas linhas de bonde na Europa, e algumas nos EUA, entre elas a mais famosa que é a de São Francisco.
A minha primeira ida a Europa eu entrei por Milão, Itália, e a primeira visão que eu identifiquei como típica da Europa foi a Praça Duomo onde circulam bondes muito parecidos com os nossos, só que um pouco mais finos (magrinhos), ao lado de trens modernos.
Os bondes têm uma grande vantagem que é a não queima de combustíveis fósseis. As desvantagens são a pouca velocidade, a falta de maneabilidade, a dependência do trilho e do fio, e o barulho.
Não tem mais sentido hoje, servindo somente para embalar nossas recordações de infância e juventude.

terça-feira, 15 de abril de 2008

ANTENA QUATRO

- Judas traiu Jesus por 30 dinheiros; o povo brasileiro miserável está entregando a nação por 65 real (sic) per capita.
- O desgoverno Lulá Lá anuncia aos quatro ventos uma reserva imensa de petróleo, localizada debaixo de uma pequena linha 7000m de água, terra e sal. Está lá é só pegar...
- A aspone Dama de Ferro Nacional diz que fazer dossiê de ex-presidente FHC, e divulgá-lo não constitui crime, pelo que a sua atitude é lícita.
- Lula lá é o pai dos pobres, para provar mantém os benefícios dos aposentados que ganham mais que o salário mínimo à míngua. Tem o apoio da imprensa, a qual toda a vez que alguém reclama, fala do mentiroso déficit da previdência.
- Dengue hemorrágica, tuberculose voltando à moda, febre amarela nas manchetes, filas imensas nos hospitais, santas casas fechando as portas, hospitais em estado falimentar, fila de dois anos para fazer um diagnóstico de câncer de mama, mas Lula Lá diz que saúde no Brasil está se aproximando da perfeição.
- Ladrões roubando até doentes nos hospitais de câncer, assaltos de noite, de dia, a qualquer hora, em qualquer lugar. Delegacias sendo invadidas por marginais armados. Presos assaltando de dia e indo dormir em albergues prisionais de noite. Pessoas honestas tendo que se trancar atrás de grades, cercas elétricas, sistemas de alarme, vigilância privada e cães de guarda, mesmo assim são assaltadas dentro de suas casas
- Sistema de ensino totalmente defasado, evasão escolar, alunos chegando ao terceiro ano sem alfabetização, faculdades formando gente sem condições de exercer suas profissões.
- Desemprego em massa, especialmente dos jovens que não conseguem colocação no mercado de trabalho, burla a CLT através de falsos estágios, cooperativas com dono para não pagar encargos trabalhistas e sociais, funcionários públicos há mais de dez anos sem qualquer aumento.
- Bancos num pais com inflação próxima de zero, cobrando juros de 15% ao mês. Estabelecimentos de crédito cobrando taxa para o mutuário que resolve antecipar o pagamento de sua dívida.
- Combustível mais caro do mundo, sendo cobrado em país com auto-suficiência em Petróleo, e o único com programas de bio-combustíveis funcionando a todo vapor.
- Penitenciárias com excesso de presos, vivendo em situações de degradação física e moral.
- Favelização generalizada, configurando cinturões de miséria em todas as capitais e centros metropolitanos estaduais e regionais.
- Cidades com problemas sérios de abastecimento de água, deficiência nos sistemas públicos saneamento básico.
-Problemas no transporte áereo, rodovias em estado de completa deteriorização, ferrovias inexistentes, sistema fluvial de transporte inexistente, navegação de cabotagem inexistente.
- Corrupção política desenfreada em todos os níveis, impunidade, cara dura e safadeza institucionalizada, escândalos financeiros, lavagem de dinheiro, evasão de divisas.
- Governo abastecendo de dinheiro público Organizações Não Governamentais - ditas ONGs, que deveriam - conforme diz a sigla Não governamental - viver de recursos privados, sem qualquer tipo de controle.
- Governo dando dinheiro através de laranjas, para entidades sem personalidade jurídica, e com finalidade no mínimo discutíveis, tais como o MST.
- Movimentos, ditos sociais, sem qualquer controle invadindo propriedades privadas e prédios públicos, sem que o governo tome qualquer atitude.
- Governos estaduais devendo precatórios determinados pela Justiça há muitos anos, sem qualquer espectativa de pagamento.
- Justiça emperrada, com milhões de processos se acumulando nos cartórios.
- Legislativos cada vez exigindo mais verbas, com inchaço de funcionários, com altos salários, acúmulos de benefícios, todos aposentados com salários integrais.
- Governo federal legislando através de Medidas Provisórias que não têm nada de urgente.
- Forças Armadas totalmente desaparelhadas, ganhando salários miseráveis, equipamento totalmente defasado, incluíndo velhos fuzis 7,65 - FAL cuja fabricação iniciou em 1962. A Marinha não tem navios; a aeronáutica não tem aviões para voar. As únicas aeronaves que funcionam são as que servem - lógico - à Presidência da República, a qual tem o que há de mais moderno. Quarteis recepcionando os recrutas somente na parte da tarde para economizar almoço.
Servidores federais utilizando cartões corporativos sem qualquer tipo de controle, autorizados a sacar em dinheiro vivo em máquinas eletrônicas.
MAS DIANTE DESTE PEQUENO QUADRO QUE TRACEI SE DIZ QUE O GOVERNO DO LULA LÁ É ÓTIMO, COM ALTOS ÍNDICES DE APROVAÇÃO, CHEGANDO A QUASE UNANIMIDADE.
NÃO CARECE SER GÊNIO PARA IMAGINAR QUE, SE TUDO ISTO SUPRA RELATADO NÃO FOSSE VERDADEIRO, ACHO QUE ELE SERIA NO MÍNIMO CANONIZADO, SENÃO SANTIFICADO...

FELIZ COINCIDÊNCIA

Numa de minhas últimas crônicas falei sobre o personagem Pacheco, mencionado pelo escritor português Eça de Queiroz. Pois na revista VEJA desta semana, o historiador Marco Antonio Villa, o qual já escreveu mais de 20 livros, professor universitário, estudioso da diplomacia brasileira fez menção ao Pacheco.
Falava ele do “aspone” do Lula chamado Marco Aurélio Garcia, dizia ele nas consagradas páginas amarelas de VEJA:
- Marco Aurélio Garcia é o Pacheco das relações internacionais.
O repórter de VEJA são sabia quem era o tal Pacheco, perquirindo:
-Quem é o Pacheco?
No que respondeu Vila:
- É um personagem de Eça de Queiroz que aparece no livro A CORRESPONDÊNCIA DE FRADIQUE MENDES. Pacheco era um sujeito tido como brilhante. No primeiro ano de Coimbra, as pessoas achavam estranho um estudante andar pela universidade, carregando grossos volumes. No segundo ano, ele começou a ficar mais calvo e sentava na primeira carteira. Começaram a achar que ele era muito inteligente, porque fazia uma cara pensativa durante as aulas e, vez por outra, folheava os tais volumes. No quarto ano, Portugal todo já sabia que havia um grande talento em Coimbra. Era o Pacheco. Virou deputado, ministro e primeiro-ministro. Quando morreu, a pátria toda chorou. Os jornalistas foram estudar sua biografia e viram que ele não tinha feito nada. Era uma fraude.”
Aproveito para recomendar a dita entrevista de Villa. Fala de Lula de Chávez. Critica com autoridade a política externa equivocada do Lulla Lá. Duas de suas frases viraram manchetes: (1) “ Com a alta do preço do petróleo, Chávez construiu uma sólida rede de alianças. Foi uma sucessão de vitórias. Tem o apoio de Cuba, Nicarágua, Equador, Bolívia, Argentina. Quem está ao lado do Brasil. Ninguém”. (2) Marco Aurélio Garcia é tido como um grande acadêmico, uma referência para qualquer estudo sobre relações internacionais. “Curioso é que não se conhece nenhuma nota de rodapé que ele tenha escrito sobre o tema.”

quinta-feira, 10 de abril de 2008

PASSAM OS AÑOS E ALGUNS À CASA TORNAM

A música tem que ser composta de uma linda melodia e de uma boa letra. Não me conformo em que somente tenha versos rimados, ou de grande sonoridade, exijo que tenha conteúdo, e principalmente lições de vida.
A mensagem verbal é muito importante, assim das lindas músicas sem letra, prefiro os clássicos Beethoven, Chopin e Mozart; das letras sem boa música prefiro os poetas Drummond, Vinicius e o super o clássico Augusto dos Anjos.
Assim, quando temos a oportunidade de ouvir uma canção como “Años” de Pablo Milanês, principalmente na voz inconfundível de La Negra – Mercedes Sosa, temos a alma elevada, o coração bate mais forte, a sensibilidade aflora, os sentimentos brilham.
El tiempo pasa nos vamos poniendo viejos
Yo el amor no lo reflejo como ayer
En cada conversación cada beso cada abrazo
Se impone siempre un pedazo de razón
Passam os anos e como muda o que eu sinto
O que ontem era amor vai se tornando outro sentimento
Porque anos atrás tomar tua mão roubar-te um beijo
Sem forçar o momento fazia parte de uma verdade
Vejam este último verso, onde o poeta demonstra que os sentimentos de paixão de uma juventude já longínqua, vai se transformando em outro sentimento, certamente de muito mais valor, mais perene, de mais substância.
El tiempo pasa nos vamos poniendo viejos
Yo el amor no lo reflejo como ayer (como ayer)
En cada conversación cada beso cada abrazo
Se impone siempre un pedazo de razón
Vamos viviendo viendo las horas
Que van pasando las viejas discusiones
Se van perdiendo entre las razones
Em verdade, foi feliz o autor em trazer numa maravilhosa música dita “Años”, toda a diferença entre as paixão da juventude, a arrebatação do sentimento fugaz, para uma verdadeira interação de uma boa querência que se torna eterna.
Por outro lado, (e aqui ouso eu fazer uma exploração), numa linha paralela para falar daqueles (ou daquelas) que se aproveitam destes momentos, onde cede a paixão, e sentimentos mais altos, ligados à linha da camaradagem se alevantam, e como falei acima até da cumplicidade de dois seres que viveram durante muitos anos bons e maus momentos, para tentar em outros ninhos viver novas paixões, sem se importar com o sentimento de seu companheiro ou companheira.
Se aproveitaram do mais belo lado da maçã, e quando lhe aparece o outro lado, mesmo que o gosto continue bom, vão mais pela aparência da fruta e a descartam. Como os sonhos de Raymundo Corrêa vão embora, mal raia sanguínea e fresca a madruga.
Não raro, ainda como diria Raymundo Correa, falando ainda dos sonhos, quando à tarde, e na rígida nortada sopra, elas (as pombas), serenas, ruflando as asas, sacudindo as penas, voltam em bando e em revoada. Sim eles voltam, aos braços de suas amadas, passadas as emoções da aventura fácil.
Algumas vezes, têm sorte e ainda encontram o ninho ocupado; em outras oportunidades ninguém lhe espera, em outras mais freqüentes, ainda, lhe aguardam e suportam por outras razões, menos nobres.
“Tenho de fazer tudo para não brigar. Se eu fizer tudo o que ele quiser, ele vai fica comigo! Quem acredita nisso acabará saturado de sempre fazer coisas para agradar o outro. Essa crença deriva do conceito do – amor-troca-, isto é, do pensamento que, para ser amado, é necessário fazer tudo para o outro seja feliz. É a relação que tem conta-corrente e livro caixa.” Este trecho foi extraído do livro AMAR PODE DAR CERTO de Roberto T. Shinyashiki e Eliana Bittencourt Dumet. Ora o casamento não pode ser feito de renúncia de um ou de outro. Costumo usar um termo técnico do direito civil para ilustrar, o casamento deve ser composto de pequenas transações. Na transação civil, que nada mais é do que um acordo na linguagem leiga, uma das partes abre mão de um pouco, e o outro, por sua vez abre mão de outro pouco para chegar a um consenso, onde cada perde e ganha, de tal sorte que o todo fique harmonioso.
Ainda do Livro de Shinvashiki e Dumet, a sustentação de uma relação está num tripé de admiração, respeito e de confiança. Você sabe, não dá para fazer um banco com duas pernas ou uma só, e sem pernas não há banco.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

UMA VIAGEM AO COMEÇO DO BRASIL, OU SERIA O FIM?

Hoje é domingo, estamos chegando de Santa Vitória do Palmar, (436 Km de Porto Alegre), onde visitamos minha filha Gabriela, que é a Defensora Pública do Município há pouco tempo.
Lourdes e eu somente conhecíamos SVP de passagem pela estrada com destino ao Uruguai, onde fomos algumas vezes.
Santa Vitória nos surpreendeu, pois apesar de poucos habitantes (33.304 segundo o censo de 2000) é uma cidade muito interessante.
É muito maior do que nós imaginávamos. Suas ruas são organizadas, e bem pavimentadas, a conservação da cidade é muito boa, semelhante às de colonização alemã e italiana da nossa serra. O prefeito da cidade está de parabéns, pois a sua cidade está muito bem administrada, mantém as praças e prédios públicos em bom estado de conservação.
O pórtico da cidade construído a partir de um lindo farol é muito bonito, servindo para que nós tirássemos umas fotos.
Fomos à fronteira CHUI/CHUY (o primeiro brasileiro, o segundo uruguaio), onde existe a Zona Franca do lado uruguaio, e onde se podem comprar roupas, perfumes, calçados, objetos para o lar, tudo a preços bem convidativos.
Evidentemente, fomos obrigados a comer uma bela “parilla” em restaurante do lado uruguaio (com o tradicional telefone para o Ceno Odilo para deixá-lo com inveja), e fazer algumas comprinhas, incluindo, é claro roupas, perfumes, alfajores e outras “cositas mas”.
A grata surpresa do lado brasileiro é o comércio, o qual não se intimidou diante da zona franca uruguaia, e está muito ativo, com movimento bem interessante. No sábado, almoçamos do lado brasileiro, num bufê a quilo, mais barato que em Porto Alegre, e de boa qualidade.
Conhecemos a famosa praia do Hermegildo, a “Hermega” para os locais. Muito interessante, digna de ser visitada, o casario muito diferente das nossas praias, uma forma de organização urbana não ortodoxa. A ausência completa de cercados ou telas nos trouxe um pouco do saudoso passado de nossas praias. Os lotes são pequenos, daí o aproveitamento do terreno é quase total, sendo as casas construídas, em quase sua totalidade sobre as linhas das frentes das propriedades, e como não tem cerca ou muro dá uma idéia de liberdade total. Tudo muito limpo, tudo bem organizado, incluindo a beira-mar. Seguindo a tradição das praias do sul, existe zona que se pode entrar com o carro à beira da praia.
Conhecemos a barra do Chui, tanto do lado brasileiro, quanto do lado uruguaio, também um belo lugar para visitar.
No meio da tarde de domingo, voltamos a Porto Alegre, trazendo na saudade de nossos corações ainda os momentos lindos passados com a Gabriela, e também com o seu pequeno cão, muito engraçado, chamado Lex Luthor. Gabriela nos recebeu muito bem, como sói acontecer, não medindo esforços para nos proporcionar uma bela estada em SVP, pelo que para ela nossos agradecimentos.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

GOD SAVE THE KING: O PRIMEIRO E ÚNICO

O sistema monárquico é uma forma de governo onde o rei ou monarca é o chefe de Estado. Ele recebe o poder hereditariamente, e vitaliciamente. Existem raras exceções onde os monarcas são eleitos, entre elas podemos citar o Estado do Vaticano, os Emirados Árabes Unidos e o Camboja.
Portugal, na época do descobrimento e nos tempos seguintes, era uma monarquia, a partir de dinastias de reis, entre elas a de Avis e de Bragança, a qual chegou até o Brasil.
Se o governo é exercido diretamente pelo soberano, com poderes ilimitados, não sendo submetido a qualquer instituição, temos uma monarquia absoluta. Se o monarca exerce tão-somente as funções de chefe de estado, sendo o parlamento responsável pelo chefia do governo temos a monarquia constitucional. Esta última é a mais moderna, se é que pode chamar assim, a monarquia.
Em verdade, na monarquia o cidadão comum já nasce de segunda classe, pois a primeira pertence ao monarca e sua panela, dita corte.
O Brasil era uma colônia da monarquia portuguesa até o reinado de D. João VI. Quando diante das independências de vários países da América, especialmente o mal exemplo americano, que conseguiu se emancipar do grande império britânico, o Rei de Portugal resolveu genialmente convencer o seu filho a falsificar uma declaração de independência e assumir o governo do Brasil, sob o regime monárquico, diferentemente do que fez o restante da América espanhola e americana do norte.
Assim, tivemos os nossos dois Imperadores: o português D. Pedro I, que mais tarde foi ser o D.Pedro IV quando tornou à luza terra, e o seu filho mui amado D. Pedro II, o qual foi apeado do poder pelos republicanos em 1889, o que não deixou de ser um golpe militar, embora bem-vindo.
Os anos iniciais da República, o que se chamou de República Velha, foi o que existiu de mais podre na américa, seguida pelo Estado Novo de Getúlio de linha nitidamente fascista, camuflada sob um manto do populismo, arte na qual o “baixinho” era mestre.
Fomos aos trancos e barrancos, quando sob a ameaça da volta do populismo, e para alguns até o comunismo de Prestes, caimos na ditadura patrocinada pelos nossos militares, remanescentes do movimento chamado tenentismo dos anos 30 e 40.
Livres da ditadura, mais por obra e graça da saturação dos militares do que pela iniciativa dos nossos políticos, voltamos à democracia através do que se chamou Nova República, de existência efêmera, não passou mais de propaganda e euforía sem causa. Sucederam-se governantes medíocres como Sarney, Collor e Itamar.
Finalmente, caímos nos braços da antiga e equivocada esquerda brasileira, na pessoa do ex-exilado o Professor FHC e o ex-metalúrgico de oito anos Lula Lá Inácio da Silva.
Pelas últimas pesquisas de opinião pública LULA LÁ é quase uma unanimidade nacional.
Certamente amparado em suas geniais obras e corretas políticas públicas tais como saúde chegando quase à perfeição, salário mínimo que supre as necessidades básicas do trabalhador e sua família, aposentadoria adequada aos trabalhadores, com reposição anual que mantém o poder de compra dos jubilados, segurança pública igual a inglesa, onde a gente pode sair a rua a qualquer hora do dia ou da noite, com toda a garantia, educação pública gratuita de qualidade, com garantia plena de emprego para os jovens que saem das universidades, reforma agrária recolocando todos os que necessitam trabalhar na terra, controle da corrupção, penalização dos ladrões do dinheiro público, controle dos gastos governamentais, dívida interna toda paga, crescimento igual ao chinês, inglês ou francês, liderança na América Latina, firmeza nas relações internacionais, reação firme contra as agressões externas, e uma gama enorme de excelentes realizações, em cumprimento total do programa de seu partido.
Agora, eu pergunto: um governante maravilhoso como este não pode ter o mandato finalizado, deve permanecer para sempre, pois time que está ganhando não se muda.
Ora, governo para sempre só é possível na monarquia.
Por que não?
LULA LÁ para rei do Brasil.
Ora, não seria surpresa para o povo brasileiro.
Na verdade, o nosso povo é ávido por um rei. Vejam qualquer pessoa que se destaque é logo coroada. O foram o excelente jogador de bola Pelé, o bom cantor Roberto Carlos, ambos chamados de Rei.
A dinastia SILVA seria instalada, com a vantagem de ser uma família enorme no Brasil inteiro. Tudo que é SILVA seria considerado nobre, seriam distribuidos títulos de BARÃO, DUQUE, ARQUIDUQUE, CONDE, VISCONDE e CAVALEIRO.
A dona MARISA seria a nossa rainha. A coroa ganharia uma grande coroa, e um grande manto.
O Lulinha seria o nosso Príncipe. Eu somente ficaria em dúvida se mandaria para ele ler o PRINCIPE de Maquiavel ou o PEQUENO PRINCIPE DE SAINT EXUPERY?
Os churrasco na Granja do Torto poderiam ser substituídos por grandes bailes na Ilha Fiscal, as peladas de fim de semana, regadas à cerveja, poderiam ser substituídas por justas, onde seria servido o Vinho de Caxias.
É claro que seria uma Monarquia Constitucional e Parlamentar, pois o nosso Monarca não suportaria a carga de trabalho necessária à Chefia de Estado.
O nosso Primeiro Ministro seria uma Ministra DILMA - a nossa dama de ferro.
Toda a monarquia que se preze tem uma EMINÊNCIA PARDA, aquele que não aparece, mas que manda na verdade, o meu canditado é ZÉ DIRCEU, claro.
Toda monarquia tem um sujeito ao lado do rei que vive se locupletando da proximidade, e puxando a brasa para o seu assado: claro, ZÉ SARNEY.
Quanto ao bobo da corte, estou em dúvida, pois são muitos os candidatos.
Vida longa para o Rei LULA LÁ I, e único!
GOD SAVE THE KING!

terça-feira, 1 de abril de 2008

OBRAS DE ARTE?

Sou um apreciador de obras de arte, por isso sou apaixonado por museus. Onde ando visito museus, galerias e exposições em geral, tendo gosto especial por pinturas.
Aprecio também esculturas, as quais ficou olhando tentando entender como foram feitas. Não sei se foi Da Vinci ou Michelangelo quem, respondendo como conseguia de
um bloco monolítico de granito esculpir uma magnífica státua, respondeu: - É simples, é só tirar tudo o que não é estátua...
Fiz este singelo intróito para falar das obras de arte de Porto Alegre. Existem algumas que são dignas de ficar em exposição pública, entre elas elenco: O Gaúcho
Oriental, escondida no Parque Farroupilha, autoria de Antonio Caringi; O Laçador, do mesmo Caringi; O monumento a Júlio de Castilhos na Praça da Matriz; os painéis de
Vasco Prado na lateral da Assembléia Legislativa; o Monumento aos Açorianos no Marinha do Brasil; O Monumento ao Expedicionário no Parque Farroupilha; as estátuas
eqüestres de Bento Gonçalves, na Avenida João Pessoa e Gen. Osório na Praça da Alfândega; e a estátua da Índia Obirici, na volta do Guerino.
Por outro lado, a nossa Mui Leal e Valerosa Cidade de Porto Alegre autorizou a colocar nas suas ruas algumas obras que somente podem ser tidas como obras de arte se pegarmos o termo como obra de arte infantil, ou no mínimo de gosto
duvidoso.
A pior delas são as cuias no início da Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto. Uma quantidade de cuias coladas umas as outras, em cima de quatro cavaletes de metal. Uma coisa horrorosa, lembrando grandes tetas, tanto que os populares já apelidaram de Monumento às Tetas. Se pelo menos fossem às tetas do governo...
Lá no final da Avenida Padre Cacique – quem vai para o antigo Estaleiro Só - foi colocada uma dessas obras de arte, a qual eu apelidei de Monumento à Camisinha Usada.
Trata-se de uma grande rosca, escorrida, com uma mistura de lhama e gente no meio.
Na beira da Praia de Ipanema, existem dois bancos com restos de ladrilhos, onde estão sentados também montados em lixo de azulejos dois namorados estilizados. Esta é para ganhar Oscar de mau gosto.
No começo da Ipiranga, na pista da direita sentido centro-bairro existe um Monumento às Vítimas da Ditadura. Trata-se de uma grande placa enferrujada, onde tudo que é pichador risca. Aquela porcaria, qualquer dia, vai cair de podre na cabeça de alguém.
Ainda na Padre Cacique, estão construindo o Museu Iberê Camargo. O coitado do Iberê deve estar se virando no túmulo, pois a obra é uma grande caixa branca, que já
apelidei de Queijo de Minas. O mais interessante é que o tal projeto foi premiado no exterior. Tem gosto para tudo.
Na entrada do Túnel da Conceição, existe o chamado TUNEL DO TÚNEL. Para quem olha é uma bobina usada da Companhia Telefônica atirada no gramado.
O bons artistas – as vezes – também fazem grande porcarias, como por exemplo a obra de arte em homenagem a Tiradentes na frente da Assembléia é o caso. Embora sendo de autoria de Vasco Prado se trata de uma obra menor do artista.
Uma grande obra de arte a ser visitada é o Centro Cultural do Santander. Chamo de obra de arte haja vista a beleza
arquitetônica do interior do prédio. Nas minhas andanças, acho que não vi prédio mais bonito por dentro do que este.
Para ver um grande número de peças interessantes, visite o Museu de Arte do Rio Grande do Sul, na praça da Alfândega. Lá você encontrará peças de ótima qualidade, incluindo o genial pintor Aldo Malagoli, o qual no meu modesto parecer é o único pintor destas plagas que se aproxima um pouco dos grandes mestres da pintura.
Se você tiver outros exemplos de boas ou más obras da cidade mande para mim, pois pretendo mandar para à Câmara de Vereadores a minha crítica.

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QUEM É ESTE ESCORPIÃO?

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PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL, Brazil
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