sexta-feira, 25 de abril de 2008

GIUSEPPE E SEU BAMBINO

No Norte da Itália, na região da Lombardia, cidade de Milano para eles (Milão para nós os portugueses), atravessava serpenteando a Praça Del Uomo, um bonde amarelo, como os nossos, um pouco mais estreito, dentro dele viajavam Giuseppe e seu filho de pouco mais de 7 anos. O elétrico estava quase vazio. Giuseppe e seu filho sentaram nos últimos bancos.
Giuseppe olha para o chão e vê, caída ali uma carteira. Olha para um lado, olha para outro, e põe a carteira no bolso. Em seguida, levando o filho quase de arrasto desce na próxima parada. Lá fora, quando o bonde já tinha desaparecido da vista. Giuseppe abre a carteira. Ela continha tão-somente um crucifixo, e, sendo composta de várias repartições dava a idéia de uma carteira cheia.
No caminho entre o bonde e o local da abertura da carteira, por Giuseppe, o filho pensava:
- Por que o meu pai desceu do bonde?
- Se ele encontrou a carteira alguém a perdeu?
- O dono não poderia ser encontrado?
- O meu pai não está agindo exatamente ao contrário daquilo que costuma dizer para mim sobre honestidade?
A providência divina tinha testado Giuseppe junto ao seu filho, e ele não tinha se saído bem.
Nunca mais Giuseppe deu razões ao filho para que duvidasse dele, certamente aprendera a lição. O filho por seu turno também aprendeu, mas jamais esqueceu aquele momento de fraqueza do pai.

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