segunda-feira, 21 de abril de 2008

SI NON É VERO É BENE TROVATO*

O que seria a verdade? Ora, verdade é aquilo que é real. Constitui a exatidão, a realidade, o verdadeiramente ocorrido. Temos também a verdade como acepção de franqueza; de sinceridade.
A verdade é contingente, logo o oposto é impossível. O oposto de verdade é o não ser. A pessoa verdadeira é aquela que é autêntica, genuína e, sobretudo, legítima.
A palavra latina é “verum” que além de verdade significa justo. Assim, “verum esse non potest, quod falso princípio infirmatur”, no sentido de que verdadeiro não pode ser o que de falso princípio vem. Traduzindo para a linguagem comum, podemos dizer que significa que o verdadeiro não pode ter como origem uma coisa falsa. Em suma, o que nasce falso, falso é.
Os franceses chamam de "vérité", e associam muito a idéia de sinceridade. Os ingleses usam a expressão "truth", também juntando à idéia de genuíno, legítimo e também positivo. Os espanhóis utilizam "verdad" , e traduzem além de verdade, como certeza, exatidão, realidade,evidência e veracidade. Eles, como nós os gaúchos usam muito a expressão a alguém "decirle a uno cuatro verdades." O nosso: preciso lhe dizer umas verdades.
Para Nietzsche a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição da verdade, porque diz que não se pode alcançar uma certeza sobre isso. Platão, na República, diz que precisamos sempre recorrer à verdade, e que a alternativa é o auto-engano – que nada mais é do que a aparência da verdade que o indivíduo cria para si mesmo.
Por meu lado, estou cansado de ver as pessoas em auto-engano, como diz Platão, e o que é pior criticando quem assim não pensa.
Acho que vou largar de mão, como diriam lá na minha
natal S.Gabriel ou quem sabe na Viamão de minha
infância, já tão longe.


*Se não é verdade, pelo menos é bem dito.

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