quarta-feira, 30 de junho de 2010

COMEÇAR DE NOVO

Pense bem: uma ditadura de Vargas durante 15 anos, no que se denominou Estado Novo; depois um governo tido como moderno, mas que construiu Brasília, enterrando lá muito do dinheiro que ainda hoje faz falta; que tirou a capital do Rio, num erro monumental; uma tentativa de república sindicalista de Jango, que levou ao golpe militar; outra ditadura de mais de vinte anos; após um governo de Sarney, que deixou a inflação quase nos comer vivos; o desastre de Collor; o governo chocho de Itamar; o governo de FHC que enterrou os aposentados; e, finalmente, o governo de Lula Lá - que é a república sindicalista sonhada por Jango; e a perspectiva de 4 anos de dona Dilma, podendo ainda Luis Inácio voltar 4 ou 8 anos depois; o que nos resta?
Só há uma solução;  promover uma diáspora, esvaziar este território, convocar uns 100 casais de japoneses e começar tudo de novo, pois com a gente que aqui está não dá para fazer uma nação que tenha futuro.

terça-feira, 29 de junho de 2010

PASTEL DE RODOVIÁRIA

Há alguns dias fiz uns palpites sobre a Copa. Fazendo um balanço, verifico que dos meus escolhidos para as quartas de final só acertei Paraguai, Brasil, Argentina e Alemanha. A que escolhi para campeã - Itália , não saiu da fase inicial.
Nunca vi uma copa tão ruim. Não existe um time muito bom, nem exijo ótimo. Não há qualquer jogador que sobressaia.
O time do Brasil, que até está indo bem, não tem um só jogador que a gente pode dizer que está comendo a bola.
Nem no time argentino há qualquer estrela luzindo, nem o Messe.
Acho que o nome correto para esta copa é  copa pastel de rodoviária.

Post Script: para quem não entendeu, pastel de rodoviária não tem recheio, só vento.

EQUIPE DE ESCRITURAS DO 3ºTABELIONATO DE NOTAS

A foto aí foi tirada por ocasião do jogo do Brasil contra Portugal no Cartório. Podem notar que de pé estão as damas, e agachados os cavalheiros. Antes que me perguntem  por que o meu uniforme é diferente, eu já respondo: bem, já notaram que nos times de futebol o traje do goleiro é totalmente diferente dos demais? Pois é justamente isso: eu sou o goleiro, ou seja, ataco todas as broncas.
Na foto, estão faltando Karla e Dal Mollin que estão de férias.
Reparem que turma alegre e bonita, com exceção do goleiro.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

TEFLON

Li hoje na edição de hoje da internet do NEW YORK TIMES:


“BRAZIL’S TEFLON LEADER NICKED BY SLUMP”

Rio de Janeiro – He has been called the Teflon president, the most popular president in the world, a leader who has survived scandal after scandal only to see his approval ratings rise to new heig hits.”

Não tenho nada com isto é só cópia do mais famoso jornal americano.

CRÍTICA AOS INTELECTUAIS

Esses dias me perguntaram: o que você tem contra os intelectuais? Respondo: nada, deste que eles saiam da frente do espelho.
O estereótipo do intelectual era o sujeito que tinha uma biblioteca no mínimo razoável, que se vestia sobriamente, usava óculos, não raro fumava cachimbo ou charuto, tinha a imparcialidade, a sensatez, a honestidade e conhecimento universal como marcas registradas de sua personalidade.
Pois, nestes tempos modernos houve uma alteração no tipo. Os atuais intelectuais fazem questão de parecer diferente nas opiniões; fazem gosto de ser sempre contra nas questões mais simples; são donos da verdade; ficam irritados quando alguém lhes contraria, e, principalmente, extremamente irados quando alguém tem a ousadia de demonstrar superioridade em matéria de inteligência.
No exame das obras alheias, são críticos ferozes; de outra banda, elogiam com a maior cara dura suas próprias obras. Tem ódio mortal a quem faz sucesso, não poupando chumbo grosso contra quem consegue êxito na venda de suas obras.
Quanto aos autores clássicos costumam defender somente os estrangeiros, não poupando nem a obviedade de Machado de Assis. Não levam em  conta que as obras clássicas foram escritas em outros tempos, e que, portanto envolviam valores dos seus respectivas épocas. Nessa linha, José de Alencar – o coitado – leva bordoada de tudo quanto é lado.
Eles não se dão conta que existem obras que se não são boas para eles, como também podem não ser boa para mim, mas que o são para determinado público, e que, portanto, elas têm algum valor, embora restrito a um nicho do mercado editorial.
Livro é como tevê: se não gosto do programa, mudo de canal, se o livro não me interessa, não leio. Por que vou ficar malhando um livro que não vou ler? Tem gente que nunca leu um livro do Paulo Coelho e fica criticando. Eu li Brida e a metade do Diário de um mago e não gostei. Posso criticar, pois li e não gostei, mas tenho que respeitar a quem gosta.
Estes tempos, escrevi para um destes intelectuais da praça fazendo um comentário irônico sobre alguma coisa que ele tinha escrito, e ele recebeu a minha manifestação não como ironia, mas como se eu realmente pensasse daquela forma, e me queimou. O dito cujo acha que tem o monopólio da ironia e da irreverência.
Hoje em dia, se faz muita confusão entre a irreverência, que é um atributo muito interessante, com grossura. Vejo muito este tipo de manifestação na tevê e no rádio. Quanto eu vejo, costumo mudar de canal ou de estação. Se todos fizessem assim já teríamos nos livrado de muitas destas malas.

BACHARÉIS DE 79

Na foto que ilustra este texto, aparecem no dia da comemoração da aposentadoria e aniversário de Virgínia Ghisleni, além da própria, Maria Helena Manta, Lourdes, mais eu.
Gostei muito desta foto dá a idéia exata do clima da festa, e principalmente da amizade que cerca este grupo de bacharéis, depois destes longos 30 anos.

sábado, 26 de junho de 2010

ESTE BLOG É PARA VOCÊ?

Estava escrevendo sobre a morte do advogado nosso amigo, conhecido como Baiano, o Dr. Abade Bulhões, e cujo tempo de conhecimento se perde na minha memória. Foi ai que lembrei de Saint Exupery e sua maravilhosa obra, não só o conhecidíssimo "Petit Prince", o qual a gente tem - confesso - um pouco de vergonha em citar, pois nos concursos de beleza grande parte das misses demonstram não ler coisa nenhuma, e quando indagadas de suas leituras sempre citam, como recurso, o Pequeno Principe.
O Pequeno Principe não tem nada de infantil, mas pode ser lido tanto por crianças que darão uma interpretação simples e direta, como por nós os adultos chegadas a uma boa leitura que veremos a obra com mais profundidade.
Há um citação de Saint Exepery a qual eu não consigo ler, sem que a emoção me aflore, vejam:
"As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém, terás estrelas como ninguém... Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!"
Se você não se emocionou com a leitura, por favor, vá ler outra coisa, este blog não é para você.

A MORTE DO "BAIANO"

Leio entristecido que morreu o Dr. Abade Bulhões, conhecidos por todos os seus amigos e admiradores, como eu, como o Baiano.
Fiquei alguém tempo na frente desta tela de computador pensando no que escrever sobre este velho amigo que parte.
Dizer que era um grande advogado? Existem muitos bons advogados.
Dizer que era uma pessoa simpática? Existem muitas pessoas simpáticas.
Não, prefiro falar da pessoa confiável, da pessoa honesta, do profissional correto, da pessoa admirada por todos, do sorriso franco, da irreverência fina, sem grossura, da pessoa que a gente tem orgulho de chamar de amigo.
Uma pessoa que a gente usa o título de seu amigo como credencial para ser considerado gente boa.
Uma pessoa que faz jus ao pensamento de Saint Exupery: aqueles que passam por nós deixam um pouco de si, mas levam um pouco de nós.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

IMPOSTO SOBRE AS GRANDES FORTUNAS

Uma deputada federal apresentou um projeto objetivando a tributação de grandes fortunas. Desta forma, alguém que tem um patrimônio de cinco milhões de reais pagaria anualmente cinco por cento deste valor, ou seja, a quantia de duzentos e cinquenta mil reais. Não interessa se fortuna é líquida ou não, ou se o afortunado tem dinheiro em caixa suficiente para enfrentar o problema.
A primeira vista,  trata-se de simples atitude  correta de distribuição de renda. Uma forma de tirar de quem tem, jogando-se no bolo fiscal, que, em tese, voltaria sob a forma de serviços a população em geral, com ênfase nos mais pobres.
Não se pode falar em ilegalidade já que há previsão constitucional, vinda na Constituição cidadã do senhor Ulysses Guimarães.
A verdade é que o projeto é simpático às grandes massas, principalmente nas mais ignorantes, as quais não conseguem enxergar além das vitrinas.
Infelizmente, o rico nunca paga imposto, mesmo que as guias de recolhimento venham no seu nome, eles continuarão a não pagar mesmo com o tal tributo sobre as grandes fortunas. Repassarão os seus novos custos; embutirão nos preços das mercadorias; incluirão nos preços de suas prestações de serviços; colocarão dentro de seus honorários. Mas então quem pagará? Adivinhem? Acertaram: nós mesmos o povo consumidor.
Só para ilustrar determinado industrial que tem um patrimônio acima de cinco milhões, fabrica telhas. Cobra ele em cada telha 20 reais, passará a cobrar 21 pilas para enfrentar o tal imposto. Resultado final terá mais lucro, por conta do tal tributo, pois arrecadará com o plus mais do que necessitaria para compensar o imposto.
Quem ganhará no procedimento: em primeiro lugar, a deputada, pois terá o seu nome ligado à distribuição de renda; o governo, pois aumentará a arrecadação; o empresário, pois o plus tende a ser exagerado.
O que o povo vai ganhar? Nada, pois o governo colocará a arrecadação no bolo geral da Receita Pública, onde desaparecerá, como num ralo.
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POST SCRIPTUM -  Não tenho interesse direto na matéria, pois estou somente agora partindo para o meu segundo milhão de reais.  Não tire conclusões apressadas, é que o primeiro não deu certo.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

NOVO VISUAL

No ano de 1975, ao entrar para a Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande, de onde sairia formado em 1979 nas Ciências Jurídicas e Sociais, eu e grande parte dos acadêmicos deixamos barbas. Não barbas moderadas como as de hoje mas longas barbichas. Acho que eu era o único conservador de barba, o outros todos eram admiradores do Fidel Castro, Che e outros barbudos menos votados, ainda não era o tempo do Lula Lá.
A minha primeira barba durou então até o ano de 2000, quando resolvi abandoná-la. Já estava branca, junto com os cabelos que já estavam também alvos e rareando.
Acontece que em viagem curta que fizemos à Fortaleza, por lá resolvi deixar um pouco a barba crescer, e acabei gostando do resultado. E, eis ai o meu neo-visual.

terça-feira, 22 de junho de 2010

DEFENSORAS PÚBLICAS: NOBRE MISSÃO

Nesta semana, tive duas alegrias com relação à Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul. Para quem não sabe Defensoria Pública é uma entidade estatal cujo objetivo é defender em juízo ou até fora dele os interesses dos hipossuficientes. Em linguagem popular: advogado dos pobres. A tarefa não poderia ser mais nobre. A primeira alegria eu já revelei aqui foi a aposentadoria da Defensoria de Virgínia Ghisleni, minha colega e amiga, a segunda é que minha filha Gabriela, também Defensora Pública cumpriu seu estágio probatório (3 anos), sendo aprovada e efetivada no serviço público. Não carece comentar a alegria deste velho e cansado pai. A alegria não é só pela carreira que ela agora poderá desenvolver a partir desta sua efetivação, mas o nobre trabalho que envolve o serviço da Defensoria: na defesa dos menos favorecidos, em situações extremas, muitas vezes lidando com a liberdade e os Direitos Humanos.
Parabéns Gabriela!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

NINHO DE REACIONÁRIOS

Sócrates disse na tevê que o gaúcho é brasileiro mais reacionário que existe.
Calma lá não é Sócrates filósofo, pois este nunca escreveu nada, logo tudo que soubemos dele foi através de seu discípulo Platão. Não temos certeza que Sócrates disse o que o  Platão disse que ele disse. O Sócrates ai de cima é o doutor Sócrates o médico que já foi jogador de futebol.
Bem, o que seria uma pessoa reacionária. Pelo que tenho lido das esquerdas, reacionário é o sujeito que pensa diferente delas. Calma lá, não disse que é isto, somente disse o que elas dizem. Elas confundem reacionário com conservador ou liberal.
Sou um liberal e conservador, logo, para a esquerda sou um reacionário.
O eleitorado da esquerda gaúcha é dividido em 25% dos petralhas, Comunistas e radicais de esquerda, 15% dos trabalhistas históricos, ou seja, os brizolistas, 1% de anarquistas, 5% de direitas radicais, 15% de liberais e conservadores, os outros 39% não tem a mínima idéia do que estou falando aqui.
Assim, fica muito difícil dar razão ao doutor Sócrates. Na verdade, ele queria esculhambar com o Dunga, e nos pegou para Cristo. Nunca fui apaixonado pelo técnico brasileiro, mas agora que ele está pegando o pé da imprensa, e esta o dele, comecei a torcer para que ele se dê bem. Jornalista fica furioso quando alguém lhe pega em contradição, e o Dunga entregou alguns deles, e eles ficaram enlouquecidos, daí é sarrafo para cima do Dunga.
Estou me divertindo muito com a imprensa brasileira furiosa, e que não pode fazer nada, pois não tem como derrubar o técnico durante a copa. Prevejo muita diversão até o final.
De qualquer forma, eles farão assim: se a seleção ganhar, eles serão jornalistas hexa-campeões; se o escrete perder foi o Dunga quem perdeu.
Para encerrar uma frase de Sócrates, o verdadeiro,  ( se é que é dele): "sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância." Tem muita gente que não sabe.

CULPA

Enquanto o dolo está ligado à vontade de fazer e produzir o resultado, a culpa está ligada ao agir com imprudência, negligência ou imperícia de tal sorte a redundar em prejuízo a terceiro. No dolo, o agente quer produzir o prejuízo ou a lesão; na culpa não há vontade, mas descaso.
Existem modalidades especiais de culpa, entre elas a chamada “culpa em eligendo” e a “culpa em vigilando”. No primeiro caso, tenho culpa por ter escolhido mal a pessoa para determinada tarefa que resultou em dano; no segundo caso, não fui cuidadoso o suficiente e deixei acontecer determinado fato que resultou em prejuízo a alguém.
Estamos todos os dias à mercê de culpa “em eligendo” e “em vigilando”, pois é muito difícil conhecer totalmente as pessoas. Ninguém está livre de confiar em alguém que lhe frusta a espectativa, ou muda surpreendentemente de conduta no meio da tarefa.
Assim, todos os dias estamos sujeitos à responsabilidade por culpa de outros, mas que não podemos nos esquivar, pois incide sobre nós os ônus da fiscalização.
No meu caso, há um agravante: não sou chegado a ficar imputando culpa às pessoas, não me preocupo muito em saber quem produziu o dado, geralmente me preocupo somente em resolver o problema. Sei que é um defeito, mas acho que saná-lo a esta altura da vida será uma tarefa difícil ou impossível.

domingo, 20 de junho de 2010

UM RECOMEÇO PARA O BRASIL

Não curto muito esta história de ter guru. Aliás, não cultivo esta arte de subalterno. Daí que jamais serei monarquista. Mas em matéria de literatura e poesia tenho os meus gurus.
Vão de Baudelaire a Augusto dos Anjos, os malditos; aos bonzinhos Érico Veríssimo e Mário Quintana; mas tem um que volta e meia estou relendo seus escritos. Um dos motivos é que ele é um livre pensador, onde livre significa não ter qualquer tipo de restrição ou escola.
Trata-se de Millor Fernandes.
Millor Definitivo – A Bíblia do Caos é quase um livro de cabeceira para mim. A minha edição é da L&PM está já toda desbeiçada face ao manuseio freqüente.
Olha o que ele disse sobre gurus: “Já pensei em fundar uma religião, mas tenho medo de que me sigam.”
Falando sobre a governabilidade disse “Todos os países são difíceis de governar. Só o Brasil é impossível.”
Sobre ideologia disse: “Quando uma ideologia fica bem velhinha vem morar no Brasil.”
E, sobre patriotismo: “patriotismo é quando você ama o seu país mais do que qualquer outro. Nacionalismo é quando você odeia todos os países, sobretudo o seu.”
Lendo as últimas notícias deste nosso país, sobretudo sobre a gente que aqui habita. Principalmente os políticos safados, e o que me deixa mesmo puto da cara os eleitores desta gente nojenta que os reelegem, mesmo depois de ter se descoberto as falcatruas em que estão metidos.
Chego ao exagero de achar que não há mais solução. Ou melhor, há: fazer vasectomia em todos os homens; deixar a população morrer de velha. Após alguns anos, depois que todos tiverem morrido, mandar para cá uns 50 a 100 casais de japoneses e começar tudo de novo...

sábado, 19 de junho de 2010

VIRGÍNIA, A DEFENSORA QUE NÃO SAI.

Ontem à noite,  fomos a uma festa para comemorar o aniversário e a aposentadoria de nossa amiga Virgínia Ghisleni, Defensora Pública do Estado do Rio Grande do Sul. Virgínia foi uma das pioneiras na Defensoria que ajudou a formar ao longo de todos estes anos.
Será uma perda irreparável para o serviço público estadual, pois se trata de uma verdadeira guerreira, alguém com muito garra na defesa dos menos assistidos, além é claro de seu profundo conhecimento em matéria penal, processo penal e execuções penais.
Ao longo destes anos, muitas vezes conversei com ela sobre o serviço da Defensoria e pude perceber em seu discurso uma defesa sem quartel daquelas pessoas que defendia, pois mesmo nestas nossas amistosas conversas demonstrava firmeza na defesa de seu nobre trabalho, e sobretudo daquelas pessoas que dependiam dela para preservar seus direitos humanos.
Na festa, em companhia de seu marido,  também nosso colega  João Ghisleni Filho,  nos recebeu muito bem, nos oferecendo comes e bebes maravilhosos, incluindo um bom vinho, que bebemos com moderação.
Uma justa homenagem à Virgínia que está deixando o cargo de defensora pública, mas que certamente,  pelo que conheço dela,  jamais deixará de ser a defensora do bom Direito e principalmente da boa Justiça. A ela e ao João um grande abraço, deste amigo Osnir e de Maria de Lourdes.

EU E A SELEÇÃO

Li hoje o jornal de amanhã. Isto mesmo, só acontece em Porto Alegre: os jornais de domingo saem no sábado. Dois deles especialmente a ZERO HORA e O CORREIO DO POVO. O único jornal de domingo que sai nos domingos é o SUL. Pior mesmo só um que saia na sexta valendo para sábado e domingo.
Pois neste jornal de domingo que saiu no sábado, encontrei uma crônica do Paulo Santana, onde ele confessa que não sente qualquer emoção nos jogos da seleção brasileira. E, eu que pensava ser o único que tinha, alías que não tinha, este tipo de amor à seleção.
Faz duas semanas estive no Rio de Janeiro, e fiquei impressionado vendo a festa que os cariocas estavam fazendo em preparação à Copa do Mundo. Os bairros estavam todos enfeitados. Uma gigantesca arena fora feita na junção das praias do Leme e Copacabana. Enfim, em todos os bairros que andei era tudo seleção. Em Porto Alegre, não é assim, mas mesmo por aqui existe um engajamento com as coisas da seleção.
Acontece que eu assisto os jogos da seleção com a mesma indiferença que assisto aos jogos entre Flamengo e Corinthians, São Paulo e Palmares. Claro que não sou indiferente quando joga o Internacional, pois aí me ponha a secar os colorados. Mas não seco a seleção, somente fico indiferente.
Pensei até que fosse uma doença, daí ter a crônica do Santana me sossegado a preocupação.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O FIM DOS TEMPOS, SEGUNDO SARAMAGO

Hoje, a “Última Flor do Lácio, inculta e bela” perdeu o seu mais digno representante na literatura contemporânea. Uma grande tristeza se apossou de seu leitores, como eu.
Antes de ler o primeiro livro,  eu tinha grande prevenção contra a sua pessoa, pois ele sempre se disse comunista, e eu, sempre, do outro lado, resistia a qualquer aproximação. Isto durou até que resolvi ler o primeiro livro Ensaio sobre a Cegueira, onde me encantei pelo seu estilo diferente e intrigante. Ele me conquistou literariamente, aí seguiram-se Jangada de Pedra, Todos os Nomes, O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Caim e outros que passaram a integrar minha biblioteca.
José Saramago não ganhou o Nobel de Literatura por acaso, muito pelo contrário foi um prêmio à sua qualidade de escritor. Seus livros fazem parte da história da literatura lusa.
Ele também era um grande papo, assisti pelo menos umas duas estrevistas dele na televisão, e fiquei encantado com a clareza  e firmeza de suas colocações.
Costumo dizer que estamos perdendo nossos principais figuras e não estamos conseguindo repô-las. Não conheço a fundo os escritores portugueses, mas duvido que esta recomposição seja possível. Uma grande perda.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

BOBAGENS DA MIDIA ESPORTIVA

Não faz muito tempo que fiz uma relação das bobagens que são ditas em futebol.

Lembrando uma das melhores: o placar de dois a zero é um resultado muito perigoso. Eles querem dizer que o time que está perdendo pode fazer um gol, se empolgar e ir para cima do que está ganhando e empatar o jogo, e até virar o escore.
Ora, Santa Bobagem, na verdade o resultado é perigoso mesmo, mas, logicamente para o que está perdendo!
Pois agora na Copa do Mundo, apareceu mais uma. O Brasil ganhou com as calças na mão. Para quem não sabe: significa que ganhou por pouco ou apertado. Deduziram os analistas nacionais, especialmente os globais, que é muito difícil jogar contra time fraco, pois eles se postam na defesa, e aí fica difícil atacá-lo, logo, é muito mais fácil jogar contra tipo forte que vem para cima tentando atacar o nosso, pois se abrirão atrás e facilitará o nosso ataque. Esta é muito boa! Eles só não falam que o time bom também vai nos atacar, e têm o péssimo costume de fazer gols em nosso goleira.  Os cronistas esportivos são muito divertidos.

CHEGA DE COPA!

Já disse a exaustão que não gosto de futebol, pois gosto mesmo é do Grêmio. Mas em função do imortal tricolor ainda escuto e vejo alguma coisa de futebol.
Agora, com a tal copa do mundo, não dá para aturar a enxurrada de reportagens no rádio, na tevê e nos jornais sobre a copa.
Já estou louco que termine esta copa para me livrar desta chateação global.

terça-feira, 15 de junho de 2010

CARA DE PAU

O Lula Lá fez uma onda que ia vetar o aumento 7,7%, que na verdade já havia sido feito em janeiro, logo restava somente pouco mais de 1%. Ai fez um barulho que iria vetar, para no final sancionar e aparecer de bonzinho, contra os seus ministros.  De outro lado, sem alarde da imprensa "amiga",  vetou a extinção do fator previdenciário que era muito mais importante para os aposentados.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

DÍVIDA INTERNA

Se você quer ver a caveira de Dilma, vote nela para presidente do Brasil.
O Lula Lá conseguiu dobrar a dívida interna brasileira de 800 bilhões que lhe deixou FHC para a bagatela de 1,5 trilhões de reais.
Vou escrever com zeros para você se dar conta do tamanho do problema:
1.500.000.000.000 de reais
Para somente rolar estes zerinhos todos o governo precisa de 165.000.000.000 anuais
Não se assuste são somente 13.750.000.000 mensais, ou
4.583.333.333 por dia somente para manter a dívida como está.
Para ter uma idéia melhor do problema, aliás de dois problemas, os valores a pagar por dia são equivalentes a 4 vezes o que a Previdência gastaria POR ANO para pagar o aumento dos aposentados que o Lula Lá vai vetar.
Cada ponto percentual de aumento na taxa de juros, tal como ocorreu há poucos dias significa que o governo pagará aos bancos a mais somente aproximadamente 45.000.000 de reais por dia.
Não é por qualquer motivo que voltou-se a falar no livro de GUSTAVO BARROSO escrito no século IX: BRASIL COLÔNIA DE BANQUEIROS, nada mais atual.
É evidente que neste ritmo não vai demorar para que o governo federal não tenha mais como saldar a dívida, senão diminuindo investimentos ou gastos públicos fundamentais.
Sem dúvida o governo atual deixará um grande abacaxi para o governo futuro.

domingo, 13 de junho de 2010

UMA MULHER QUE FARÁ O BRASIL DE LULA (sic)

O Lula Lá e a Dilma se apresentaram de camisas vermelhas na convenção. Lembrei exatamente do Chaves e suas camisas coloradas. Bem apropriado.
Li que o lema será " Uma mulher que fará um Brasil de Lula, mas com alma e coração de mulher. O nosso presidente Lula mudou o Brasil. "
Vamos estudar um pouco a frase, afinal de contas não tenho o que fazer a esta hora da noite, a alternativa é ver o Fantástico.... Deus me livre.
Vamos lá.
"Uma mulher": a idéia é que a pessoa poderá fazer tudo sozinha, tal como o dono da bola. Ora, estamos num país onde existe a triparticipação dos poderes, tal como preconizou maravilhosamente Mostesquieu, há alguns séculos.
"Fará um Brasil de Lula": de novo a idéia do Brasil com dono, e o que pior a sua imagem e semelhança.
"... mas com alma e coração de mulher": imagino que preconiza alguma coisa boa, pois a alma e o coração do barbudo deveria ser pior. Tomara que sim.
Fico me imaginando candidato a síndico de um prédio. Eu declaro que o síndico que está saíndo é maravilhoso, que os condôminos votando em mim estarão votando nele.
Os condôminos farão imediatamente duas perguntas: a primeira, é por que o síndico velho não fica, se é  tão bom; a segunda, é se eu serei um fantoche na mão do síndico que sai.
Quando a gente gosta de uma peça, não quer ver outro artista interpretando, pois nos acostumamos a ver o espetáculo com aquele ator.
Se há necessidade da vinda de outro interprete, que seja outra a peça.
Assim é na política, para tanto se prega em qualquer democracia a alternância no poder.
A atual situação não quer, e precisa que não seja assim.
Se perderem a eleição o que farão com os milhares de "companheiros" empregados em todos os níveisdo serviço público?
Este loteamento dos cargos públicos já está se refletindo na ECT: estamos na pior fase dos Correios da história dos últimos 30 anos. O País demorou a construir um sistema de correios confiáveis, pois o perdeu.
A população sempre dizia que confiava na Igreja e nos Correios. Agora, somente ficarão com a Igreja. Amém.

ALEMAAAAAAAAAANHAAAAAAAA

Estamos em plena Copa do Mundo de Futebol. Como não gosto de futebol, e já disse gosto é do Grêmio, não tenho nada que ver com o assunto. No entanto, agora de tarde (13.06) não tendo nada para fazer resolvi ver o jogo entre a Alemanha e Austrália.
Sempre achei que o pessoal debochava demais das transmissões do Galvão da Globo, mas - puxa vida - os críticos tem razão ele é muito chato. A junção dele com o ex-juiz Arnaldo é pior ainda.
Começaram a endeuzar do time da Alemanha como se fosse um achado maravilhoso. Ora, os alemães estavam jogando contra a Austrália que não existe como time de futebol.
O juiz tendia para favorecer a Alemanha, o que não foi percebido pela dupla. No primeiro gol da Alemanha, o primeiro lance foi com impedimento, e no segundo, o que resultou, o gol não havia irregularidade. Se bandeirinha tivesse marcado a irregularidade na segunda jogada não tinha acontecido o gol, e poderia a partida ter outro destino.
Dei graças a Deus quando terminou o jogo, pois me livre de ouvir os comentários sem graça da dupla.
Eu não gosto de ficar mudando de canal, mas acho que vou me mudar para outra emissora na próxima partida.

sábado, 12 de junho de 2010

AS APARÊNCIAS ENGANAM

Estava eu - como sempre faço - dando uma passada nos jornais internacionais pela internet, quando vi que a campanha presidencial no Nabaquistão já começou.
Vi que lá eles tem um candidato à presidência e uma candidata.
Vi a fotografia da candidata e achei ela muito parecida com o coelhinho Pernalonga.
Pernalonga personagem da Warner, sendo conhecido nos EUA pelo nome de Bugs Bunny.
Na verdade, Pernalonga tem a aparência de santinho, mas o certo é que  não tem nada disso. Bugs Bunny é muito esperto, e na sua luta pela sobrevivência não se faz de rogado e passa por cima dos outros. Uma de suas principais vítimas é um tal de Hortelino Troca Letras ( ou seria Holtelino Tloca Letlas?).
Aqui no Brasil não temos este problema, pois não há ninguém parecido com o Pernalonga. Ainda bem. Você não acha?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

ITÁLIA CAMPEÃ, POR QUÊ?

Já recebi uns desaforos por ter colocado a Itália como campeã e não o Brasil. "Well", em primeiro lugar, trata-se de palpite e não de torcida. Bem, em segundo lugar, quando duas grande equipes se encontram o normal é o equilíbrio. Assim, há chance de 50% para cada lado. Se eu jogar uma moeda para cima e cair três vezes cara, qual e a chance de na próxima cair coroa?
Se você respondeu 75% você não entende nada de estatística e probabilidade, pois, a chance é de 50%, a mesma original. O equilíbrio somente se apresenta na lei das probabilidades em grandes amostras. Acontece que o Brasil tem ganho mais do que perdido para a Itália, estando na hora de acontecer o equilíbrio da probabilidade em longo prazo.

O FUTURO É DOS NEÓFITOS

O aluno da 7a. Série do primeiro grau pergunta para uma professora que horas são? Ela não responde, e simplesmente aponta para um relógio pendurado no pátio da escola.
Replica o aluno: neste eu não sei vê (sic) tô (sic) acostumado com os digitais...
Os alunos de sétimo nível já não sabem ver as horas num simples relógio analógico.
Nos supermercados, o caixa não precisa mais saber fazer contas: ele simplesmente vai somando as mercadorias que são lidas pelo sistema ótico. Ao final, dá o total a cobrar do cliente. O cliente vê o valor e lhe alcança algumas notas. O caixa anota no caixa o dinheiro que o cliente lhe deu e a caixa diz quando deve dar de troco.
Estes dias fui numa padaria onde não havia a tal caixa registradora. Dei uma nota de vinte reais para pagar quatro reais. O caixa não teve dúvida colocou numa pequena calculadora de mão 20 - 4 = 16 e só aí me deu o troco.
Escrever, então, é Deus nos acuda.
Perguntei a um aluno: qual a diferença entre uma escritura pública e um instrumento particular? Resposta: a escritura pública é pública e o instrumento particular é particular.
Pensei longamente em me atirar da janela, mas ela é muito baixa, pois são só dois pavimentos aqui em casa.
Esta semana tive uma reunião no meu trabalho, onde manifestei minha preocupação com a rotação de mão de obra. Me esclareceram que é comum os empregados ficarem somente um ou dois anos no emprego e depois partirem para outro. Que este negócio de ficar longos anos no emprego não mais existe. Em suma, o futuro é dos neófitos. Durma-se com um barulho destes, ou com a falta de barulho? Não sei mais...

MILLOR - PENSAMENTOS

Extraída de Millor Definitivo - A Bíblia do Caos - L&PM
- CERTOS LÍDERES BRASILEIROS CONTINUAREM COM PRESTÍGIO OS FAZ ENTENDER NOS HINDUS ADORAREM AS VACAS.

À PÁTRIA DE CHUTEIRAS, ALGUNS PALPITES

Já disse que não gosto de futebol, eu gosto é do Grêmio.
Mas fico agitado com a copa, mais em função do movimento do que do certamente do jogo de bola, pois sei que os interesses econômicos estão por trás dos interesses esportivos.
Não vou, entretanto, me furtar a dar palpite, e , o que é pior, publicar os meus prognósticos de quem assiste futebol há mais de 50 anos.
Para as oitavas de final vão: FRANÇA E GRÉCIA; INGLATERRA E SÉRVIA; HOLANDA E PARAGUAI; BRASIL E CHILE; ARGENTINA E ÁFRICA DO SUL; ALEMANHA E EUA; ITALIA E DINAMARCA; ESPANHA E PORTUGAL.
Para as quartas de final vão: FRANÇA E INGLATERRA; HOLANDA E BRASIL; ARGENTINA E ALEMANHA; ITALIA E PORTUGAL.
Para as semi-finais vão: FRANÇA E BRASIL; ARGENTINA E ITÁLIA.
Para a FINAL: BRASIL e ITÁLIA
CAMPEÃ : ITÁLIA.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

IARA LEE : MORDERAM A ISCA

Os palestinos - que não moram em Israel - estão concentrados ou na Cisjordânia, junto à Jordânia, no que seria os fundos de Israel para quem do mar olha o estado judeu, ou na faixa de Gaza, junto ao deserto do Sinai na fronteira com o Egito. Desde que o grupo radical islâmico denominado Hamas tomou conta do governo palestino na Faixa de Gaza, Israel determinou um bloqueio econômico. Assim, somente deixam passar ajuda humanitária, ou seja, víveres para a mantença do povo palestino ali instalado.
Por que Israel faz isso? Os palestinos do Hamas têm o hábito de jogar mísseis sobre Israel, atingindo indiscriminadamente a população deste país. A crítica mundial, especialmente a esquerda, não liga para isso, pois acham uma coisa natural. Assim, os judeus tomam este tipo de atitude como defesa prévia, a evitar o abastecimento do grupo Hamas na à Faixa de Gaza.
Grupos ativistas tentam há muito tempo romper o bloqueio, através de ações onde se juntam grupos de diversos países. Foi assim que um grupo de barcos tentou há poucos dias quebrar o bloqueio. Os navios foram invadidos por forças israelenses. Logo que entraram nos navios,  enfrentaram a reação tentando conter os ativistas com balas de borracha e festim. A reação foi violenta com paus e pedras, com o que as forças israelenses empregaram armas letais, vindo a sucumbir no episódio nove dos ativistas.
A grita mundial, incluindo a Turquia principal patrocinadora da campanha, e vários outros países, que costumam incentivar este tipo de atitude, inclusive o Brasil.
Uma ativista brasileira tem sido entrevistada por inúmeras publicações brasileiras é ela Iara Lee. Ela já tinha história de problemas envolvendo sua atividade com Israel, sendo determinada feita, segundo contou, presa e deportada de lá.
Ela deu nesta semana uma entrevista para a revista Época que esclarece totalmente o incidente.
Diz ela, sem econominzar palavras:
".....Quando viram o número de ativistas, devem ter pensado; "Vamos ter de matar certa quantidade para controlá-los." Não precisava  disso. Só não contavam com as filmagens que fizemos. Morderam a isca. Agora podemos mostrar ao mundo a verdadeira face de Israel. " Pergunta o repórter de Época: A viagem tinha um intuito de provocar Israel, então? " Responde ela, fechando a entrevista: "Fomos sabendo que a idéia de furar o bloqueio era ilegal, mas é ilegal para o mundo. Na nossa cabeça, ilegal é a existência do bloqueio. É desumano, para um campo de concentração."
Acho que carece de comentários, pois ela explicou tudo.

domingo, 6 de junho de 2010

INTERPRETANDO SONHOS

V.G.  lendo meu recente texto político, onde eu falava sonhar com um mundo autêntico em matéria de política, disse que assim como eu também sonhava, mas colocou, ironicamente, como sói acontecer, na mesma barca Alice e o Espelho.
Como eu perco um amigo, mas não perco a piada, quero dizer que em matéria de espelho, não estou mais para o de Alice, que já ficou distante, nem para o de Narciso, que se adorava na imagem ali refletida, gerando até uma frase numa linda canção de Caetano: “ Narciso acha feio o que não é espelho”. Esta fase também já passou, infelizmente. Estou mais, não para um espelho, mas sim para um retrato, o de Dorian Gray (Romance de Oscar Wilde), pois vejo nas faces e cabelos brancos de meus amigos o meu próprio envelhecimento, do qual tenho orgulho; pois em cada fio de minhas alvas madeixas está um pouco de minha história de vida, que embora não possa dar origem a um romance, nem mesmo a um belo samba de breque, certamente não deixará minha descendência passar vergonha.
Quando escrevi o texto, singelo, como são todos os meus escritos, em linguagem de gente do povo - coloquial - tentei dizer que não me conformo que alguém tenha que se fantasiar para convencer o povo a votar nele. Só isso.

06.06.10

sexta-feira, 4 de junho de 2010

CHICO XAVIER NA COPA 2014?

Um "twitteiro" descobriu na imagem da Copa do Mundo no Brasil a imagem de Chico Xavier psicografando.  Ele tem toda a razão. Não pode ter sido mera coincidência.  Notem a peruca do mestre na parte de cima; a mão sobre o rosto em meditação.

VIVO DOS MEUS SONHOS

Ainda viverei num país onde o presidente, para ser eleito, não precisará fazer plástica, maquiar o rosto, contar belas histórias de um passado que nunca existiu, fazer profecias que nunca acontecerão.
Ainda viverei num país onde não precisará o presidente, durante sua campanha eleitoral, usar de artifícios para aparecer na midia fora do período permitido pela Justiça Eleitoral; onde meu presidente passado não tenha sido punido com meia pataca por ter infringido a legislação ao propagandear quem pretende ver seu sucessor.
Ainda viverei num país onde não terá o presidente eleito necessitado esconder o seu passado, ou o enfeitado com plumas e paetês.
Ainda viverei num país onde o presidente não precisará ter, a cada mancada de seu governo,   que trazer à colação ações de seu antecessor para justificar fracassos próprios.
Ainda viverei numa país onde eu tenha orgulho dele no exterior, mas não por ser um tipo exótico e populista, mas sim por ser  um estadista.
Ainda viverei num país onde o presidente, ao findar o seu mandato, considerá a missão cumprida, voltando ao seu lar, com a certeza do dever cumprido, e a pátria, agradecida o guardará na memória para sempre.
Um gaiato dirá: Osnir, acho que deves te mudar para a França ou EUA.
Responderei então: ou vivo dos meus sonhos ou não vivo...

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