quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

DÁ UM DINHEIRO AI

Estou vendo no JN que o impostometro acusa um trilhão arrecadados no Brasil até hoje.
O imposto - o nome já diz - é imposto, ou seja, obrigatório ao cidadão, não há como passar exceto cometendo crime fiscal.
Somente pessoas físicas arcam com impostos, haja vista, que as empresas repassam imediatamente os seus custos com tributos. O consumidor final é que na verdade paga tudo.
Se imposto cumprisse o seu objetivo que é financiar os gastos públicos a favor do bem comum estaria tudo certo, e valeria a pena o esforço nacional.
Não é o que se vê no Brasil.  De cada dez  reais arrecadados somente um terço ou menos é investido, pois um terço paga a máquina pública e outro paga os encargos de dívidas.
A verdade é que temos imposto inglês e investimento público de Senegal.
Os administradores públicos brasileiros cada vez que se veem embretados por orçamentos deficitários pensam só em sair através do aumento da arrecadação.
Assim é fácil administrar.Administrar?

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A BARBADA


É muito comum no meu tipo de atividade que as pessoas me ofereçam participação ou assunção de negócios. Não raro, chega algum corretor e me oferece o que chama de “barbada”. Ao examinar, verifico que não se trata de um bom negócio, pois -  quase sempre- é um assunto enrolado, com deficiência documental ou pessoal.
Costumo fulminar este tipo de oferta com uma observação: se é tão bom por que você não fica com o imóvel?
Também aprendi que em matéria de ganhar dinheiro não existe amigo ou compadre. Se alguém quer vender e auferir algum lucro, não se importa em vender algo ruim para um amigo ou conhecido.
Logo que comecei, procurava os amigos para comprar imóvel ou mesmo automóvel, depois de algum tempo descobria que o meu conhecido tinha simplesmente me passado um mico.
Eles, na maior cara de pau, aproveitam a confiança para vender caro, coisas que, no mercado, teriam que vender mais barato.
É um mundo cruel esse. 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

ELEVARAM O NÍVEL DO MAR

Durante todo o governo do Lula, e agora em parte de Dilma, o ambiente internacional da economia viveu os seus melhores anos dos últimos 50 anos. Este período agora está terminando, e, certamente estaremos entrando numa fase muito difícil. Dilma sabe disto, tanto o é que não quer saber de aumentar despesas (exceto as da Copa do Mundo). Os petistas, no entanto, acham que são eles os autores dos anos da prosperidade mundial, onde nossa caravela aproveitou os ventos favoráveis em nível internacional para navergar nas águas tranquilas. Delfim Neto definiu bem o que os petês pensam, com a seguinte frase, bem própria de sua genialidade: “O nível do mar subiu e o navio subiu junto. De vez em quando, o governo pensa que foi ele quem elevou o nível do mar…”

NATAL

O Natal é a comemoração de um aniversário. É certo que a festa se dá num dia errado, pois as passagens dos calendários romano até o gregoriano que se usa nos dias de hoje fez com que se perdesse a verdadeira data. Nem todos comungam da mesma crença, mas acho que isso é o que menos interessa. Importa sim é este espírito de confraternização. O nome já diz con = junto - fraternidade = conjunto de irmãos, daí que realmente interessa é a união. Se a ela se agregar alguns atos de caridade, melhor ainda. Digam às pessoas quanto às amam. Mas não o façam somente nesta data, mas sim todos os dias do ano. Neste sentido, mando um grande abraço, e um beijão para todos os meus amigos aqui do facebook. Todos vocês fizeram casinha no meu coração, e na qualidade de locatários têm obrigações para com este eterno menino: ajude a ele a se manter assim.

domingo, 18 de dezembro de 2011

SANTOS VERSUS BARCELONA




Hoje, jogaram Santos e Barcelona. A imprensa brasileira anunciava aos quatro cantos uma grande embate entre a equipe catalã e a santista. 
Assisti. Sai decepcionado: tinha previsto 6x0 pro Barcelona, e só foi 4x0.
 Pensei que o Messi jogasse mais, pois só fez dois golos.
 Gosteio muito do Nei Mar (sic) me deu enjoos, e faz muito tempo que não ando de navio. Mas gostei muito da cor do cabelo dele, embora o penteado não tenha ficado muito bom.

sábado, 17 de dezembro de 2011

JOÃOSINHO TRINTA

O carnaval do Rio antes do Joaosinho Trinta era o carnaval de Porto Alegre hoje. O carnaval do carioca hoje é uma grande ópera a céu aberto, sendo o maior e melhor desfile do mundo. O único problema são as transmissões de tevê, onde a pessoa que acompanha pela tela não entende patavina do enredo que não é explicado, e nem mostrado pelos narradores. Em 1978 e 1979 foram os únicos anos em que a Rede Globo fez a transmissão correta, contando a história do enredo desde o Abre Alas até a Ala das Baianas. Ficamos sabendo de cada detalhe e do enredo e entendendo a “ópera” que falei acima. Hoje, eles largam as imagens na tevê e fazem comentários inúteis

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

PRIVATIZAÇÕES? SÓ AS NOSSAS.

Nos governos anteriores aos do petê, o Partido dos Trabalhadores fazia um barulho danado contra as privatizações. Agora, no governo vão privatizar os aeroportos do país. Isto que eu chamo de coerência.  Muitos militantes e até dirigentes do PT invadiram a assembléia gaúcha para protestar contra a privatização das companhias telefônicas, especialmente a gaúcho CRT. Teve gente que subiu nas mesas dos deputados. A covardia geral impediu que fossem punidos. Hoje acham privatizar aeroportos ótimo.

CASTELO BRANCO E DESTERRO

Os vereadores de Porto Alegre tem muito trabalho. Mesmo assim, se dedicam muito a nomear e trocar nomes de ruas, sob os mais diversos motivos.
Nesta semana, foi discutido na Câmara a alteração do nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Legalidade. O motivo seria que o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco foi o primeiro presidente militar, após o chamado golpe.

Não vou discutir ideologia, pois seria perda de tempo, pois existem radicais do lado de lá e também do lado de cá, logo não há ponto de convergência possível. O que realmente me posta contra é o fato de o nome da avenida ser histórico, e em sendo assim, é bobagem alterá-lo.

Vou usar apenas um argumento: a capital dos catarinenses, Florianópolis, tem o seu nome formado por Floriano e pólis, o primeiro o nome do segundo presidente da república brasileira, o chamado Marechal de Ferro, que na verdade foi o segundo ditador por estas plagas tupiniquins, e segundo nada mais do que cidade. Ora, o nome então é cidade do Floriano.

Será que face a ter o nome de um ditador na sua capital, os catarinenses vão mudar o nome da cidade? O nome antigo era Desterro.

Acho melhor os edis porto-alegrenses darem umas voltas na cidade e arrumar o que fazer.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

MAIS ANDRÉ DE CASTRO

Para a apreciação dos amigos, mais versos de André de Castro:


Sem milonga para o guaxo

Sem saber o que eu quero e o que eu acho,
Sem gaita de oito baixos que me acompanhe,
Bate-me, à porta do pensamento, a palavra “guaxo”.

Estou agora no ônibus,
Em cima da memória de Bento Gonçalves ou o que restou de sua avenida-destino
E essa palavra interrompe o galope do sonho
Feito um caraguatá real que irrompe do solo por nada. Por nada.

Guaxo!

Que raios sei eu de guaxo senão o que me crava na carne
E o que dela advém desde o tempo da partida?

Guaxo é palavra de quem se criou no campo
Ou celulose cerebral de quem veste a saudade com bombacha e lenço,
Num corpo urbano antes de humano, na cidade.

De nenhum destes campos provenho.

E embora isso, eis que, sorrateira, ela bate-me à porta e dá coices
E me esborracho chão a baixo
Enquanto o que resta de mim resta sentado, no ônibus...

Dos campos de asfalto onde nada brota senão a indignação
De quem fica a ver os carros que passam,
Brota um desafio e um desabafo em forma de flor,
Uma flor simples, manacá que poucos conhecem,
Flor verdadeiramente do meu pago para todos os sentidos ao mesmo tempo e misturados,
Uma carícia com perfume de mãe,
As pétalas da cor de uma milonga,
Da cor de um pai e seu abraço,
Suaves como cordas de aço.

Tudo isso misturado como um entrevero insuportavelmente delicioso
No amargo doce da lembrança,
Deixando sua marca terrível no peito como ferro em brasa.

Ah, na milonga, o violão é sempre recordação de algo que nunca fizemos...

Resignação?

Resignação não tenho, que não se amansa nunca um coração de guaxo.
Mas meu peito inspira e expira um suspiro profundo
E a gaita de oito baixos, que descubro, enfim, em meu peito,
Toca qualquer milonga de adeus e me acompanha.

Eu, que sou guaxo agora
E entendo que tudo é deserto, que tudo é imenso,
Que tudo é vasto e que tudo é Pampa
Quando partem os pais.

Deixem a milonga tocar, por favor,
Que eu quero chorar sem lágrimas.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

POR QUE AS COISAS RUINS ACONTECEM ÀS PESSOAS BOAS

Há alguns anos, quando algumas coisas ruins andaram acontecendo com os meus afetos, li um livro de nome POR QUE AS COISAS RUINS ACONTECEM ÀS PESSOAS BOAS ( Harold Kushner- Círculo do Livro). Ele buscava explicar este fato de pessoas justas serem atingidas por doenças graves.
O fato é que a gente vai vivendo e vão passando casos que não se explicam sob o ponto de vista de justiça. É claro que a natureza não liga muito para estes nossos conceitos do justo e do injusto, pois se tal não fosse por que uma criança com pouco tempo de vida teria um câncer, por exemplo?
Mas o que me deixa muito triste - e por que não dizer intrigado - é com o fato de as doenças mais cruéis não atacarem políticos safados. Pelo contrário,  eles tendem a ter uma vida longa e tranquila. Ao contrário, gente boa como José de Alencar amarga um câncer que o maltrata durante anos; Tancredo Neves é acometido de uma doença nos intestinos que o mata às vésperas de assumir a presidência da república nos atirando nos braços de Sarney.
Será que a solução é ser um malvado para ter longa vida, e escapar de doenças como o câncer?
Talvez a explicação seja que toda a doença tem como origem alguma coisa psiquica, ou seja, a pessoa vai formando em sua mete e depois a passa para o somático. Já o sem-vergonha não forma culpa, mata a mãe e vai ao cinema, logo temores não lhe assaltam; logo não somatiza coisa alguma.
Os espíritas justificam com vidas passadas; os religiosos em geral com a vida após a morte; já os ateus não se preocupam com isso acham a coisa mais natural.
Temo pensar a vida como uma grande bola de loteria, a pescar os escolhidos pela má sorte.

domingo, 4 de dezembro de 2011

FUTEBOL UMA VÁLVULA DE ESCAPE À AGRESSIVIDADE: UMA PENA.

Terminou o campeonato nacional, neste dia 04.12.2011. O campeonato foi ganho pelo Corinthians. O Internacional se classificou para a Taça Libertadores da América e o Grêmio ficou com uma das vagas da Sul Americana. Acho que ficou bem, pois o Grêmio não soube montar um time à altura de buscar coisa melhor.
Como não sou comentarista esportivo, pelo contrário sou um crítico deles, na verdade, quero é fazer alguns comentários sobre a forma que as pessoas tem de comentar futebol em sites sociais, como os são Facebook, Orkut e outros. Neles as postagens são muitos agressivas. As pessoas não querem simplesmente louvar os feitos de seu time, mas desprestigiar os adversários, não raro, magoam as pessoas que leem, e as fazem repensar o modelo que tem daquela pessoa em seu banco de memória.
Pessoas dóceis no seu viver diário, com boa convivência se postam agressivas, debochadas, fugindo da irreverência e entrando no mundo da mera grossura.
Procuro não replicar pois estaria aumentando o atrito, preferido simplesmente desconhecer, mas a verdade é que fico chateado, haja vista que penso ser o campo esportivo uma coisa tão bonita que deveria servir para aproximar as pessoas e não para apartá-las. lLembrei da primeira vez que fomos a um jogo no Maracana, creio que em 1979, ou proximidades. Era um jogo entre o Flamengo e o Vasco da Gama. O jogo terminou de noite. Saímos já de noite do estádio. Entramos num ônibus lotado de torcedores de ambas as torcidas. Todos falavam do jogo animadamente incluindo os flamenguistas que tinham perdido de 4x2. Não vimos qualquer agressão mas simples bate-papo sobre o jogo. Os flamenguistas eram mais gargantas,mesmo com a derrota. Nunca me esqueci daquela viagem e daquele bom exemplo.
Não sei se no Rio de Janeiro ainda é assim, mas sei que por aqui se algo impossível.
Meu pai conta que nos anos 50 e início dos anos 60 quando ele ia aos grenais, as torcidas sentavam juntas, misturadas, cada um, obviamente, torcendo para as suas cores, mas não havia qualquer agressão.
É uma pena, pois tudo isso afasta as pessoas do futebol.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

PORTO ALEGRE OU PORTO TRISTE

O que temos feito de importante nesta cidade de Porto Alegre nos últimos cinquenta anos? Vou citar algumas coisas - raras - que efetivamente mudaram a forma da cidade. A implantação efetiva do Parque Marinha do Brasil e seus anexos foi importante. O Túnel da Conceição foi uma obra de porte. O alargamento de algumas avenidas contribuiu com alguma coisa.
Por outro lado,  temos grandes fiascos, tais como a 3a. Perimetral. Foi vendida a ideia de uma grande via, cortando a cidade de norte a sul. O que foi feito. Um alargamento da avenida, e só. Deixaram um corredor de ônibus, onde passa um coletivo a cada quinze minutos, utilizando duas pistas, que ficam ociosas a maior parte do tempo, enquanto os engarrafamentos nas outras remanescentes são cada vez mais permanentes. Os túneis ou passagens de níveis em avenidas importantes como a Bento Gonçalves não foram feitos.
A prefeitura deixou fios de alta tensão pendurados em postes, o que não se vê em países civilizados.
A grande maioria das cidades brasileiras que contêm litoral ou margens de rios, construíram nelas grandes avenidas que embelezaram a área urbana e facilitaram sobremodo a circulação de veículos e pessoas.
Pois em Porto Alegre tal não acontece, e pelo andar das coisas nunca acontecerá. Grande parte da beira rio é ocupada por casas particulares, o que torna impossível a abertura de tais vias.
Áreas nobres da cidade - que são as resultantes de aterros sobre o rio  - foram doadas a clubes, os quais bem que poderiam ter recebido áreas em locais menos centrais. Que nada receberam de graça.
Escolas de Samba construíram prédios horrorosos nos aterros da beira rio, não se sabe por qualquer motivo, exceto a demagogia.
Enquanto isso projetos importantes como utilização racional dos antigos armazéns do cais não conseguem sair do papel. O gaúcho não suporta alguém ganhando dinheiro, então tem a preocupação que particulares ocupem a área portuária, e com isto ganhem algum dinheiro. Os sábios não sabem os particulares evidentemente devem ganhar alguma coisa para investir.
O resultado é que entre as três capitais do sul,  quatro das capitais que conheço da região sudeste, e as cinco que conheço do nordeste,  Porto Alegre é em pior estado.
É o Rio Grande que está mal? Não, pois as cidades da Serra estão cada vez melhores.
Estou pessimista: acho que a tendência é piorar.
Sejamos claros: não podia dar certo mesmo, pois nos últimos sessenta anos Porto Alegre somente teve três bons prefeitos: Loureiro da Silva, Guilherme Socias Vilela e João Dib. Os demais somente ficaram como síndicos. Não de condomínio, mas sim de massa falida. Não podia dar certo.

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