domingo, 27 de dezembro de 2009

INCIDENTES NO SURINAME

Perguntaram se não falarei sobre os incidentes no Suriname. Respondo que não, pois se trata de assuntos que envolvem diplomacia. E, este assunto, não falo mais, me considero sob censura nesta matéria. Bravateiro e imaturo não pode opinar sobre assuntos diplomáticos.
A Chancelaria brasileira saberá agir corretamente, aliás, como sói acontecer.

O VERDADEIRO OBAMA

Para a imprensa mundial o grande acontecimento do ano de 2009 foi a posse de Barack Obama como Presidente dos EUA. Trata-se do primeiro presidente negro a tomar posse na Casa Branca. Diziam todos que seria um marco na história mundial e que ele tinha tudo para revolucionar aquele país.
Eu torci contra. Não por qualquer atitude racista, pois, não o sou, o que pode ser atestado por todas as pessoas que me conhecem, em especial por meus amigos negros. Entendia, e entendo ainda que o motivo racial é uma péssima motivação para a eleição de um mandatário de uma nação tão importante quanto os EUA, e entendia que McCain seria melhor para o Brasil, pois os Democratas tendem a ser protecionistas.
Grande parte da imprensa americana, e quase toda a nossa, entende que os Democratas representam a esquerda americana, e que os Republicanos representam a direita, reputando a esta última todos os adjetivos depreciativos que alguém possa imaginar. Os Republicanos são uma turma de malvados, e os Democratas a fina flor da democracia.
A verdade é que os Democratas não são esta esquerda que eles imaginam, e os Republicanos não são os malvados que eles apregoam.
Eu achava, e ainda acho, que a eleição de Barack não representaria nem de perto qualquer revolução no sistema americano, e que ele seria somente mais um presidente como tantos outros.
No entanto, Obama tem surpreendido a mim e a eles, só que em situação inversa. O governo Obama tem me agradado e desagradado a eles.
As comparações de Obama com Lula para mim sempre foram absurdas, pois enquanto o primeiro é um professor com Phd, com cinco livros publicados com grande sucesso, a tal ponto de conseguir se manter somente com as seguidas edições destas suas obras; o segundo se mantém somente à custa de um inegável carisma pessoal, com domínio das massas, à base de grandes investimentos em propaganda e adesão da mídia amiga.
A indignação de Chávez com o Obama é indicativo que a política de Barack está correta, os demais seguidores, como Evo também estão nervosos, o que é muito bom.
Lembrei que um amigo dizia: as instituições americanas são tão fortes, que não interessa quem seja o presidente.

sábado, 26 de dezembro de 2009

UMA LUZ NO FIM DO TUNEL URUGUAIO

Eu posso estar enganado, mas pela entrevista que vi na televisão do Presidente eleito do uruguai o senhor José Alberto Mujica Cordano – o Pepe - é um sujeito muito do esclarecido, não tem nenhuma semelhança com os outros broncos da América Latina, e muito menos com o Lula Lá.
O discurso dele é muito coerente, parecido com o Presidente anterior, o médico, que era do mesmo partido.
Acho que o Uruguai, assim como o Chile, continuará tendo uma linha independente, mesmo sendo também de esquerda. A presidente do Chile também tem esta linha sem engajamento.
Entre as coisas que eu achei muito inteligente, foi que não tem intenção de competir com o Brasil, pois o Uruguai é muito pequeno, os orientais deve agir em complementação, exatamente onde o nosso pais não atua. Nessa linha, o Uruguai só tem a ganhar, não entrando em choque exatamente onde o Brasil é mais forte.
Disse que o Uruguai não fará indústria automobilistica, por exemplo, pois o consumo é pequeno e não se justifica.
Em resumo, fiquei encantado com o pensamento de Mujica, e estou apostando no sucesso de seu governo, inobstante a eleição ter dividido o Uruguai exatamente ao meio.
Trata-se de mais um esquerda esclarecido, o que é muito bom. Esta nova onda de esquerda com os olhos no futuro, e não com lanterna na popa é muito boa.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

AQUECIMENTO GLOBAL? É MUITO AZAR.

AQUECIMENTO GLOBAL
Bastou esquentar um pouco, o que normal para o verão, para os ecochatos começarem a falar em aquecimento global.
Estamos nos dias vinte do mês de dezembro e, só agora, aparece o primeiro calor de verdade.
O inverno gaúcho foi frio como sempre e choveu adoidadamente. Que diferença dos invernos antigos? Nenhuma, aliás, uma a gente era mais moço e passava menos frio.
Na verdade, os ciclos de calor e frio sempre se sucederam na terra, ou seja, nada de novo sob as estrelas...
Galileu teria sido um dos primeiro a construir um termômetro. Estamos falando do século dezessete, ou seja, há pouco mais de 400 anos. Mesmo assim as medidas eram totalmente imprecisas.
Somente muito mais tarde se adotou a prática de fazer estatísticas sobre a temperatura dos ambientes da terra, e assim mesmo somente em lugares mais nobres.
Saber as temperaturas com alguma precisão durante longos períodos e em diversos lugares somente no último século.
A terra tem bilhões de anos. Como os ecochatos podem se arvorar em definir a existência de grandes modificações no planeta?
É claro que não sou a favor de imundiciar o planeta como está acontecendo, mas dizer que existe uma grande modificação climática em andamento é muita pretensão.
As grandes geleiras, especialmente as do hemisfério norte estariam se derretendo, o que faz os ecochatos babarem de prazer, pensando que são uma prova de suas teorias, quando na verdade elas derretem e tornam a se recompor em ciclos.
Não é por qualquer motivo que o nome Groenlândia significa terra verde, quando atualmente tem aproximadamente 70 de seu território ocupado pelo gelo. Ninguém chama um verdeiro picolé gigante de terra verde.
Para encerrar uma brincadeira: que azar o meu! A terra tem bilhões de anos, e resolve acabar exatamente durante no meu pequeno período por aqui? Vai ser azarado lá em Marte!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O QUE VALE A PENA

O QUE VALE A PENA
Nestes tempos de Natal, em que todos falam de felicidade, queremos fugir um pouco desta euforia das festas, e tentar entrar neste mundo totalmente indefinido. Dizem todos de estar ou não feliz. Alguns com muita, outros com pouca sinceridade, tanto para um lado como para o outro. Fui encontrar num livro quase novo da Companhia das Letras chamado a FELICIDADE do bom Eduardo Giannetti. Nele, ele conta que um estudo clássico realizado com ganhadores de prêmios vultosos em loterias (média em torno de 500 mil dólares) constatou-se que, passado o “pico” da euforia momentânea, os ganhadores não apresentavam níveis de bem-estar subjetivo distintos dos verificados entre os não-ganhadores e relatavam menor grau de prazer do que antes do prêmio ao realizar seus afazeres comuns do dia-a-dia; efeito simétrico foi observado em prisioneiros condenados a confinamento solitário: após um período inicial de “inferno mental” de cerca de 72 horas, eles passaram a considerar a experiência bastante tolerável.
Onde está o segredo? A felicidade não está no bem estar material, daí a frustração do sujeito da loteria. O cidadão da cadeia simplesmente entrou numa linha de conformismo, ao qual todos quase sempre estamos submetidos. A felicidade está nas pequenas coisas.
Violeta Parra dava “Gracias a la vida que me ha dado tanto/Me ha dado el oído que en todo su ancho/Graba noche y día grillos y canarios/artirios, turbinas, ladridos, chubascos/Y la voz tan tierna de mi bien amado”. Todo o canto de Parra é um hino à vida, fundada nas coisas simples.
Temos tornado nossas vidas muito complexas. Não carecemos deste envolvimento que ocupa todo o nosso tempo. O segredo está nas simples coisas já dizia Tejada Gómez: Ao fín la tristeza es la muerte lenta de las simples cosas, esas cosas simples que quedan doliendo en el corazón.
Para buscar bens materiais deixamos as nossas coisas queridas, e simples: troca ruim. É o sujeito da loteria. As coisas materiais se gastam, se perdem no tempo. Os afetos não, se partem para outros lugares deixam um rastro de saudade, o que é como se estivessem presentes. Isso realmente vale à pena.
Gastemos o tempo fazendo o bem. Essa ação está ao nosso alcance em todo o momento e lugar. Ajudar, alcançar, apoiar, confortar, ombrear, incentivar, aplaudir e torcer são verbos de ação simples e de grande alcance. Eles valem mais que mil presentes caros. Lembre-se disso neste Natal.
Um grande abraço
FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO.
DOS AMIGOS OSNIR E LOURDES

CUIDADO: ÁREA CONTAMINADA

- Eisenhower (Dwight D.) disse, com muita propriedade, que intelectual é um homem que se utiliza mais palavras do que seria necessário para dizer além do que verdadeiramente sabe.
- Lacerda (Carlos) dizia, dentro de sua mordacidade, há pessoas inteligentes que, à força de se deixarem adular, acabam estúpidas.
- Villamarin(David): jamais devemos permitir que alguém, por mais sábio que seja, dê a última palavra sobre o nosso valor de nossa inteligência, pois até os grandes gênios erram.
- Morales (Baltasar Gracian), para finalizar, algumas pessoas seriam sábias se não pensassem que o são.
Tomo a palavra para dizer que atualmente o mundo é dividido entre os intelectuais, os donos da verdade, os sábios, detentores de todo o saber do mundo, e nós os ignorantes, simples mortais.
Não adianta termos opinião, pois não interessa, tem defeito de origem: não sai da cabeça privilegiada de um intelectual, logo, desprovida de qualquer valor.
Trata-se de um verdadeiro “apartheid”: de um lado a intelectualidade de outro nós. Um novo mundo dividido em castas, como na Índia.
Se você está lendo, e é intelectual, delete imediatamente que você pode ser contaminado com a minha ignorância. Imagina se alguém vê você lendo esta página? Que vergonha!
Na hipótese remota de ser pego lendo este blog, disfarce: diga que alguém deixou a página aberta e você somente está ali fechando. Não corra risco, pois pode passar vergonha.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

DORAVANTE: AMÉM.

Sempre gostamos de uma polêmica. Não raro, somos acusados de defender uma idéia que era oposta a nossa somente para discutir com um conhecido ou amigo. Uma forma de aguçar o convencimento e argumentação. Nos últimos tempos, porém, estamos perdendo a vontade de discutir, e até de defender idéias próprias.
As pessoas não ficam mais no campo das idéias para defender as suas. Quase sempre descambam para nos atacar, até moralmente. Se não gostam do que se escrevemos ou falamos, não utilizam argumentos contrários, já nos chamam de ignorantes, de despreparados ou de imaturos.
Assim não vale a pena discutir: preferimos concordar com o interlocutor zangado, e nos retirarmos à francesa. Será covardia? Até certo ponto, sim. Para que sejamos valentes, precisamos, sobretudo, de motivação, e esta está ausente nos últimos tempos.
Entrar numa polêmica somente por discutir, sem qualquer possibilidade de alterar o pensamento do nosso interlocutor ou o nosso é pura perda de tempo.
Por que a gente costuma dizer que não vale a pena discutir futebol, religião ou ideologia política? É fácil: nestes três assuntos não há qualquer possibilidade de mudar a posição de nosso adversário na discussão. Se for certo que terminaremos a discussão exatamente como começamos, então estamos participando da dita conversa fora. E, se existe uma coisa que não gostamos e de jogar conversa fora.
Ainda ontem assistimos a um programa de debate na tevê estatal, onde um jornalista e escritor discutia com um secretário de estado, e, ainda, com um velho professor de jornalismo. Este último falava da soberba dos chamados intelectuais sobre o pensamento dos comuns mortais. O professor foi valente, pois, o mediador do debate é exatamente este tipo de intelectual, onde somente ele está certo, por mais estranha que seja sua posição em qualquer assunto. Ficou ali patente mais uma vez a arrogância a esmagar as pessoas que não fazem parte deste verdadeiro grupo fechado.
Vimos também, no citado programa, uma coisa que nos irrita profundamente, e , até, algumas vezes nos faz sair do sério, o deboche. Não gostamos de gente debochada, mesmo que o deboche seja um tipo artificial, formado exatamente para se fazer notar.
O espaço entre a irreverência e a grossura é muito estreito. É muito difícil achar hoje uma pessoa que se acha irreverente e não caia na armadilha da grossura. Tipos irreverentes puros como Nelson Rodrigues, Moreira da Silva, Chacrinha e até Alceu Collares são cada vez mais raros.
Assim, não nos desafiem mais para qualquer polêmica que não estamos interessados.
É claro que não chegaremos ao ponto do famoso personagem do Jô Soares, o Múcio, o qual usava um jargão “tirou daqui” indicando a boca. Concordava sempre com a pessoa que estava falando, se esta mudasse de idéia ele imediatamente aderia, de tal sorte que sempre ficava de bem com a pessoa que estava falando, mas estamos saindo da raia. Doravante: amém.

domingo, 20 de dezembro de 2009

NATAL

(Texto que enviei aos meus amigos no final do ano passado - Acho que não publiquei por aqui.)
Nestes tempos de Natal as reminiscências são
obrigatórias. E, com elas vêm um pouco de tristeza, um
pouco de alegria; um pouco de saudade, um pouco de
esquecimento. Elas passam em nossos pensamentos como um
filme, uma vez colorido, outra hora preto e branco. Nestas
películas, são protagonistas, coadjuvantes e figurantes
muitas pessoas. Muitos amigos, muitos de nossos afetos.
Muitos saíram antecipadamente, para nossa surpresa e
choque, outros já lhes era hora, se resumindo à tristeza
da perda deste nosso velho e querido afeto. Na verdade,
jamais se foram estão ali, naquele cantinho do nosso
coração, onde fizeram casinha. Vez-em-quando, vamos lá
visitá-los. Não nos atendem na sala, sempre passamos
para a cozinha, tal a intimidade. Falamos dos nossos
problemas, das nossas angústias. Contamos nossas alegrias
e nossos encantos. Relatamos nossos planos, e contamos
nossos feitos e não feitos.
É Natal, tempo do nascer. Nascem nossos sonhos, que são
eternos. Aquilo que embala e ampara nossa razão de viver.
Sonhos alcançados constituem inspiração a novos
sonhos. Sempre lembrando que se deve sonhar com aquilo que
depende de nosso trabalho de nosso esforço e
dedicação. Estes estarão sempre ao nosso alcance.
Jamais nos frustrarão.
Por último quero lembrar que todo o Evangelho pode ser
resumido a uma sentença: AME AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO.
Amando-se ao próximo, não há crime, não há
injustiça. Temos o império do direito, e a
consagração da justiça, que nada mais é do que a
aplicação do bom e do justo.
Que este Natal, além de lembrarmos os ensinamentos do
Homem de Nazaré, razão primeira do “festerê”,
possamos brincar, brindar e nos divertir, dividindo então
com nossos pais, nossos filhos, irmão, parentes e demais
afetos todo um carinho que armazenamos durante toda a vida.
Finalmente, que ao findar de mais um ano do Calendário
Gregoriano, este marco possa significar a renovação de
forças para enfrentar novos desafios. Feliz Natal! Feliz
Ano Novo!

sábado, 19 de dezembro de 2009

PARABÉNS, JOÃO.

Ainda falando da turma de 1979, deixou a Presidência do Tribunal Regional do Trabalho da 4a. Região o Des. JOÃO GHISLENI FILHO, que além de colega é um dileto amigo, assim como também o é sua esposa Dra. VIRGINIA, defensora pública em Porto Alegre.
Prever que a administração de Ghisleni seria um sucesso no Tribunal era tão óbvia quanto prever chuva para São Paulo.
Além do aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, conseguiu ainda implementar uma política de aproximação do Tribunal com a população. É o Tribunal indo ao povo e não só o povo ao Tribunal.
Através de audiências públicas por todo o interior do Estado do Rio Grande, das quais assisti algumas pelo canal 20 da Net, conseguiu um canal direto entre as comunidades e o Tribunal.
Pessoa de fino trato - sem ser arrogante - conseguiu com o seu carisma pessoal despertar mais a simpatia da população com a Justiça do Trabalho. Proporcionar que a população olhasse diretamente os olhos do Presidente da Corte do Trabalho foi uma grande e feliz idéia, espero que seja seguida.
Parabéns, João.

COLEGAS NA ADMINISTRAÇÃO DO TJRS




















Ainda falando da turma de DIREITO-UFRGS- 79, ela tem o que comemorar também, pois assumirão a administração do TRIBUNAL E JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL dos eminentes desembargadores que fazem parte do nosso grupo.
São eles o Des. JOSÉ AQUINO FLORES CAMARGO, que assume a primeira vice-presidente do tribunal, e o Des. RICARDO RUSCHEL, que assume a Corregedoria Geral de Justiça.
O ilustre Des. LÉO LIMA, também UFRGS, só que bem mais antigo (1971), assume a presidência do tribunal, e o também ilustre Des. Voltaire Lima Moraes, que foi contemporâneo nosso na faculdade (1977) assume a segunda vice-presidência.
A única que não cursou a UFRGS foi ilustre Desembargadora Liselena Ribeiro que é da PUCRS 1981, que também é faculdade de qualidade, assume a 3a. Vice-Presidência.
O TJRS não poderia estar mais bem servido.


( Na foto: da esquerda para a direita os desembargadores RICARDO, VOLTAIRE, LEO, LISELENA e AQUINO)

TERCEIRA PERDA

Há poucos dias, noticiei aqui, orgulhoso, o sucesso de nossa festa comemorativa dos 30anos de formatura na Faculdade de Direito da UFRGS, alegre encontro que ocorreu no Restaurante Copacabana, no dia 20.11.2009.
Acontece que, para nossa grande tristeza faleceu o nosso colega GUILHERME FONTOURA CRUZ que esteve na festa. Guilherme era advogado em Encruzilhada do Sul, sendo o presidente local da sub-sessão da OAB/RS.
Mais uma perda irreparável do nosso seleto grupo de colegas amigos. É o terceiro desfalque em nossa turma nos últimos meses. Num grupo de 124 colegas, nestes trinta anos havíamos perdido oito. Além da morte que é ruim sempre, o problema se agrava, nestes últimos casos, pois os três tinham menos de 60 anos.
Consta que Guilherme presidia o Clube do Comércio de Encruzilhada do Sul, ou seja, era um homem de mil tarefas.
Uma grande perda para todos nós, para seus familiares e também para todo o povo de Encruzilhada do Sul, onde era muito querido.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

MARCANDO TERRITÓRIO

O tempo em que eu tinha cachorro em casa, me divertia vendo a preocupação do cão em demarcar o seu território a base do xixi. O danado sai pelos quatro cantos do pátio urinando em tudo o que era parede, muro, palanque ou lata de lixo. Pretendia ele demarcar que ali era zona de sua propriedade exclusiva.
Pois o Brasil atualmente - através do magnifico governo Lula Lá - estava fazendo exatamente a mesma coisa. Na busca de marcar uma posição internacional, saímos a fazer xixi nos outros.
A nossa diplomacia entregue aos geniais Garcia e Amorim tem constituído uma política de confronto, que nem de perto condiz com nossa tradição paciência e pragmatismo.
Acho que o Brasil perde.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

NENHUM DE NÓS E THE BEATLES: BIS!

Neste domingo (13.12.09), Lourdes mais eu fomos ao Teatro São Pedro para assistir ao Show do “Nenhum de Nós” cantando BEATLES. Foram duas horas de pura atenção e grandes lembranças. O maravilhoso conjunto de Liverpool foi muito bem representado por Thedy na voz, Sady na bateria, Veco e Carlão nas guitarras, João Vicenti nos teclados, e um convidado – que infelizmente não peguei o nome – no baixo.
O Show começou com Something a inesquecível música que é a marca de GEORGE HARISSON, seguindo-se TICKET TO RIDE, REVOLUTION, HELP e outras, passando por YESTERDAY com Thedy em solo ao violão acústico, algo para emocionar, até encerrar numa apoteose merecida em HEY JUDE.
Eu não conhecia o trabalho do Nenhum de Nós, e fiquei muito impressionado. As grandes bandas de rock do meu gosto passam todas por excelentes músicos, tais como QUEEN, THE BEATLES, EAGLES, YES e PINK FLOYD. Não é possível fazer boas bandas sem bons músicos. Este requisito não falta ao NENHUM DE NÓS. Sady me pareceu o melhor baterista que eu já vi, os guitarristas Carlão e Veco são irrepreensíveis, e João Vicenti é muito bom.
Reservei Thedy para o final. Não tem uma voz maravilhosa. Acho até que ficou devendo em algumas passagens mais exigentes, o que foi compensado com folga pela interpretação e pelo inegável carisma de palco, fazendo um conjunto muito interessante.
Assistimos em sessão extra e última, com o Teatro São Pedro totalmente lotado. A vantagem de assistir este tipo de show em Teatro tradicional é que a gente assiste sentado, podendo ficar admirando o trabalho do conjunto, sem a gritaria normal em espetáculos mais populares, que impedem a gente de saborear a apresentação.
Tenho um método infalível de saber se gostei ou não de um espetáculo: voltaria a vê-lo se tivesse oportunidade? Quando? A resposta no caso do NENHUM DE NÓS: sim, hoje...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

DIREITO E MORAL: UMA SOCIEDADE DOENTE OU SOMENTE INJUSTA?

Outro dia, eu exagerava e dizia que iria por fora todos os meus livros de direito diante de uma decisão pouco ortodoxa do Supremo Tribunal Federal.
Existem obras, no entanto, que não podem jamais ir para o lixo, pois contém lições perenes, insubstituíveis e tão necessárias em nossos dias não de chumbo, mas de lama.
Entre estas obras imortais, sem dúvida, está a Teoria Pura do Direito de Hans Kelsen.
Veja: “...se uma ordem social prescreve uma conduta que a Moral proíbe, ou proíbe uma conduta que a Moral prescreve, essa ordem não é Direito porque não é justa. A questão, porém, é também respondida no sentido de que o Direito pode ser moral – no sentido acabado de referir, isto é, justo -, mas não tem necessariamente de o ser; que uma ordem social que não é moral, ou seja, justa, pode, no entanto, ser Direito, se bem que se admita a exigência de que o Direito deve ser moral, isto é, deve ser justo.”
Todas as roubalheiras dos políticos nacionais são absolvidas pela nossa lei fraca, onde sempre se encontra uma fórmula legal para eximir o infrator da tipificação penal. Todas estas atitudes são reprováveis sob o ponto de vista moral, mas mesmo assim não têm o poder de julgar e punir os infratores. Há sim, uma separação entre o que é legal e o que é moral. Esta distância cria a injustiça, pois a Justiça nada mais é do que aplicar corretamente a lei, simplesmente dando a cada um o que é seu, e por via de consequência tirando o que não lhe pertence. Estamos cada dia mais distante deste ideal.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

TORAZO EM RODEO AJENO

A gente mede a coragem do cidadão não por suas ações em sua casa, mas quando ele sai de seus redutos.
O time de futebol do Grêmio passou o campeonato todo ganhando fácil em casa e perdendo sempre fora.
Teve o melhor ataque do campeonato por golear todo o mundo em casa, e perder por pouco fora.
Não podemos culpar um ataque que faz tanto gol, assim como não podemos culpar uma defesa que é a terceira do campeonato.
O que faltou então: coragem para a turma do meio de campo.
Lembre-se de maravilhoso MARTIM FIERRO de J. Hernandez:
“Yo soy toro en mi rodeo. Y torazo en rodeo ajeno”.
Faltou exatamente isso para o Grêmio: ser “torazo em rodeo ajeno”. Não passou de vaca nos campos alheios. Aí não tinha chance mesmo.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Frustrações

Frustração pela definição simplória de dicionário, tipo Aurelião, significa ser privado de uma satisfação, de um desejo, de uma necessidade. Na verdade, frustração é muito mais do que este conteúdo vazio do dicionarista, ancorado nos limites de um verbete perdido dentro do livrão.
A frustração é muito mais violenta. Ela dilacera, diminui, achata, desmerece, desmoraliza, e, por que não dizer, torna o individuo infeliz.
Já tive centenas de frustrações na vida, algumas leves; outras mais pesadas.
Entre as leves o brinquedo sonhado que não veio.
Entre as pesadas o afeto que se foi para nunca mais, o amigo que partiu sem chances de retorno...
Falarei aqui de frustrações bobas. Quando eu prestava serviço militar, o osso pelotão (30 homens mais ou menos, sob o comando de um oficial tenente) se preparou durante trinta dias para o desfile de 7 de setembro, incluindo por no capricho alguns jipes (Jeep), sem capota que chamávamos de “pererecas”, onde desfilaríamos orgulhosos nossos uniformes camuflados, o que não existia por aqui, pois éramos a exceção dentro exército. Era um pelotão de reconhecimento. O único pelotão de briga de nossa companhia (mais ou menos seis pelotões).
Na véspera do desfile, soubemos que não haveria desfile de carros pela infantaria, e o pior que o nosso pelotão no dia do desfile ficaria de prontidão no quarteirão, como um pelotão de choque, ou seja, um agrupamento armado até os dentes para atender qualquer problema que acontecesse no desfile. Lembrem-se estávamos em 1971.
Outra frustração foi a confusão em que se meteu Collor de Melo e seu “impeachment”. Tinha muita esperança nele. Não me conformo como ele conseguiu botar o governo fora, quando tinha tudo para dar certo.
Uma das minhas frustrações é conhecer tantas pessoas e ter tão poucos amigos. Eu sei que sou exigente nesta matéria, mas mesmo assim o elenco é muito reduzido, e pouco atuante. A comunicação com meus poucos amigos é muito pequena, quase nenhuma. Até na internet, recebo muitos poucos e-mails.
A última é em relação ao blog. Muita gente comenta que lê, mas ninguém se manifesta, quando o fazem são sempre os mesmos. Claro que são bem-vindos, mas gostaria de um leque maior, nem que fosse para baixa a ripa em mim.
De qualquer sorte, as frustrações não são muitas, e sempre as tento minimizar às respectivas importâncias, o que sempre é salutar.

sábado, 5 de dezembro de 2009

“ATRASA EM LA PARICIÓN” OU FICA NA SAUDADE

Quando penso nesta gente que fica mudando de ninho, recordo os sábios versos de José Hernández no inesquecível Martin Ferro:
(761) “No andes cambiando de cueva.
Hacé lãs que hace el ratón:
Conserváte en el rincón
Em que empesó tu esistencia:
vaca que cambia querência
se atrasa en la parición.”
Quem muito pula, acaba caindo ou afundando.
Ou, pior, acaba sozinho, lembrem de José de Alencar ao findar Iracema, a virgem dos lábios de mel:
“Muitas vezes ia sentar-se naquelas doces areias, para cismar e acalentar no peito a agra saudade. A jandala cantava ainda no olho do coqueiro; mas não repetia já o mavioso nome de Iracema. Tudo passa sobre a terra.”

(Matéria de ficção: qualquer semelhança com casos ou pessoas reais terá sido mera coincidência)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

POLÍTICA DE AFAGAR O DRAGÃO

A política externa do governo Lula Lá está colocando o Brasil em risco, principalmente nos episódios de aproximação com o Irã. Ele se assemelha a quem nos anos 40 se aproximasse da Alemanha de Hitler ou a Itália de Mussolini.
A irresponsabilidade neste tipo de política, totalmente desnecessária, pode levar a um confronto direto com antigos aliados nossos.
É evidente que o Irã tem tendências a buscar o desenvolvimento não de energia atômica para fins pacíficos, e sim buscar armas nucleares. Esse tipo de armas estratégicas colocadas em mãos de malucos como o do Irã e da Coréia do Norte é um passaporte ao caos mundial, ou mesmo ao extermínio total do planeta.
O desejo de Lula Lá de se projetar internacionalmente, mesmo que seja a conta de grande risco, está pondo em perigo nossa pobre nação.
O governo lulista está sozinho nesta louca empreitada, mas não liga para as críticas.
Espero que a gente sobreviva até o dito cujo deixar o poder.

NOSSO FUTURO É NEGRO COMO A ASA DA GRAÚNA

A grande vantagem dos poetas sobre as demais pessoas é que eles sempre falam por figuras de linguagem. Ele nunca diz diretamente as coisas. Alguns escritores também assim procedem. Para José de Alencar o cabelo de Iracema não é só preto: é negro como as asas da graúna.
Examinando os últimos fatos como dinheiro na meia; dinheiro na cueca; dinheiro para Panetone e outras safadezas desses nossos políticos, lembrei também de fazer um jogo de palavras para ilustrar o que está acontecendo com esta nossa pátria mãe gentil.
Nós não nos contentamos em chegar ao fundo do poço da canalhice: descemos até lá e nos pusemos a escavar o chão podre e úmido.
Sonho o dia em que nestas escavações ao fundo do descaramento cheguemos a uma rocha que estanque esta nossa infeliz saga.

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QUEM É ESTE ESCORPIÃO?

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