segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

SELF - SERVICE

Quando em Londres tivemos a oportunidade de usar um sistema em supermercados muito legal.
As pessoas com pequenas compras, algo como 10 itens, podem utilizar uma caixa que não tem atendente. A gente põe as mercadorias numa primeira balança, e vai passando as mesmas pelo leitor ótico e as transferindo para a segunda balança. No final, a máquina dá o total, que você insere na mesma, e esta lhe dá o troco. Acho que o sistema vai demorar muito a chegar por aqui, face à nossa indisciplina,ou safadeza, seja lá como queira denominar.
Pensando nisso lembrei de uma antiga piada portuguesa.
SELF-SERVICE
- Como é restaurante por quilo de português?
- O cliente é pesado, na entrada e na saída.
Pensando bem, a hipótese não é tão absurda. O problema é quando o cliente vai ao banheiro antes de pagar a conta...

DE BAUDELAIRE A DIEGO MAINARDI

Existe um tipo de jornalista ou escritor que contesta tudo. O engraçado é que muitas vezes a gente não concorda nada com o que eles dizem, mas gosta de lê-los.
Nesta linha, existe uma tradição nobre, que abrange o francês Baudelaire, Augusto dos Anjos, Paulo Francis, Diego Mainardi e por aqui Juremir Machado da Silva.
É verdade que a qualidade do que escreveram ou escrevem atraí por si só, mas o conteúdo de enfrentamento também é um componente importante.
Sou fã de carteirinha de todos , embora os meus escritos não tenham este dom, restrito a esta nata de maravilhosos escribas. São poucos os que admiro que estão fora do estilo. Entre os que aprecio e não fazem parte desta turma estão Érico, Dostoievski, Graciliano Ramos e Garcia Marques.
O que gosto na primeira turma, é a surpresa, o inusitado, a tirada genial, o deboche, o esculacho, a coragem e sobretudo o POLITICAMENTE INCORRETO.
O mundo evolui a partir das pessoas inquietas, das que não se conformam com o atual estágio das coisas, e buscam novos inventos, novas posições, novas formas de dizer. Este tipo de escritor ou jornalista é que faz evoluir a imprensa e as letras em geral.
O jornalista puxa-saco, chapa branca e concordino não contribui com nada na evolução do jornalismo.
Em verdade, temos sobrevivido, depois da era dos ótimos Sérgio Jockmann e Janer Cristaldo, por conta das tiradas de David Coimbra.
O colunista de jornal é interessante quando a gente fica esperando o jornal para ver o que ele vai dizer naquela dia. Nesta linha, só aguardo o Jurandir e David Coimbra, e os importados Ancelmo Gois e Claúdio Humberto, e é claro na Veja Diogo Mainardi. Este último ainda temos a chance de nos divertir com ele num dos raros bons programas da tevê o MANHATTAN CONECTION, agora na Globo News, aos domingos a noite, com repeteco na segunda feira.

A FAVOR DO PONTO MÉDICO

Que me perdoem meus amigos médicos, mas a guerra que a associação e sindicatos médicos estão fazendo com a Prefeitura Municipal contra a criação de um fundação para cuidar da saúde em Porto Alegre cheira a mero corporativismo.
Na verdade, eles não querem se submeter ao ponto, como a maioria dos mortais.Firmam contratos de seis horas, e não acham direito que o seu empregador possa controlar o cumprimento da jornada de trabalho.
Quem assina um contrato de seis horas deve cumprí-las.  Estabelecer que somente atenderá  um número xís de pessoas, e depois ir embora não me parece correto, e certamente não é. Em primeiro lugar, se sobra tempo, é por que está atendendo um número menor de pessoas que tem capacidade de fazer.  Depois a tendência é atender o número de pessoas que lhe cabem na forma mais rápida possível.
Contrato no serviço público sem controle de horário é um privilégio, sem qualquer amparo, pelo menos moral. Se o atendimento fosse farto e sobrassem profissionais no atendimento a emergências não estariam lotadas.
Acho que desta feita a razão está com a Prefeitura Municipal. Nem ser  o ranço ideológico pode ser usado como desculpa, haja vista que até prefeituras petistas já adotaram, com acerto,  o sistema que se quer implantar na cidade.

O RIO É MAIS PERIGOSO PARA BATTISTI

Um dos juristas que mais admiro - e sou econômico para chamar alguém de jurista - Paulo Brossard de Souza Pinto, falando em Zero Hora sobre o assunto Battisti, disse com todas as letras que a decisão do Supremo Tribunal Federal, pretório o qual ele honrou durante um bom tempo, não pode deixar de ser respeitada.
Disse, em outras ponderações técnicas, que o Supremo julga o caso por competência originária,ou seja, somente ele pode processar e julgar. Não cabe ao executivo o papel de revisão da decisão da mais alta corte.
É evidente que o governo sabe disto, e o soube desde o começo, quer , isto sim, tirar da história uma decisão política, mesmo que seja por conta da desmoralização do Supremo como órgão de decisão irrecorrível. O governo não se conforma que um dos seus, ou seja, alguém de esquerda que tenha participado de grupos radicais, tal como a nossa atual presidente, possa a vir ser condenado por seus atos, mesmo que já julgados em definitivo no país de origem.
Brossard, no alto de sua sabedoria, esmiuça o caso em ZH, pondo por terra as teses tolas que levaram Lula a manter o Battisti no país.
O que mais me espantou neste caso não foi a decisão de Lula, Genro e Dilma, pois estes a gente já conhece, e não esperava outra iniciativa que não fosse a de proteção ao italiano, pois a ideologia é comum, mas o que me causou espécie foram os votos que foram favoráveis a manutenção no Brasil. Sob o ponto de vista estritamente técnico teria que ter dado unanimidade, e não deu.
O tratado, que no Brasil, por aprovação do Senado é lei, não abre brecha à tese vencedora. A idéia de que correria perigo na Itália chega a ser infantil, pois é óbvio que ele corre mais perigo morando no Rio de Janeiro do que numa cadeia de Roma. Para conferir é só olhar as estatísticas.

sábado, 29 de janeiro de 2011

O TEFLON CONTINUA O MESMO

O dinheiro de partido politico em princípio não é dinheiro público.
No entanto, entidade manipula verbas públicas que lhe são repassadas, via  Fundo Partidário.
Neste sentido, eleveriam receber auditagem dos Tribunais de Contas.
Pagar verba para Presidente de Honra não me parece que é boa prática, sob o ponto de vista administrativo.
Este tipo de atribuição a uma determinada pessoa pode ser legal, mas não é moral.
São verbas coletivas de uma comunidade postas à disposição de uma pessoa só, cuja sem qualquer contraprestação, somente com o intuito de lhe conceder meios de subsistência, embora o beneficiado tenha outras rendas notórias, e não desprezíveis.
Fica a imaginar o PSDB pagando verbas a FHC, a corneta seria enorme, mas pelo que parece,mais uma vez, não vai colar nada no Teflon.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

ALGUMAS LINHAS SOBRE O AQUECIMENTO GLOBAL

Nos últimos anos,  somos massacrados por avalanches de opiniões científicas e pseudocientíficas que acusam estarmos dentro de um aquecimento global. O enorme calor nos últimos dias em Porto Alegre tem dado alimentos à esta tese. Os que comungam desta idéia não ligam se paralelamente ao calor de Poa a Europa enfrente frios de -17 graus Celsius.
Faço parte dos que entendem que o aquecimento das águas dos oceanos se dá em função de ciclos que a Terra enfrenta e não por ação do homem. Não acredito que todas as bobagens feitas pelo bicho homem contra a natureza tenham  esta força para agir no clima com tal intensidade.
Isso não exclui os prejuízos aos rios e mares resultantes da poluição, esta sim evidentemente existente e que poderá nos dar dor de cabeça, mas de outra ordem, tais como escassez da água potável, por exemplo.
Também as manchetes dos últimos dias acusam que a população mundial romperá a barreira dos 7 bilhões de criaturas. A verdade é que este contingente está acumulado nas grandes metrópoles mundiais, estando ainda o planeta vazio. Basta uma viagem de avião para ver que a parte habitada pelo homem é muito pequena.  Mesmo em continentes de população mais antiga,  como a Europa e Ásia, as largas extensões de terra sem qualquer ser vivo homem são a grande maioria.
De outra banda, não acho de todo mau este tipo de alarde, pois ele previne muita coisa, e deixa as pessoas, no mínimo constrangidas de atacar a natureza. Esta lição aprendi com o saudoso José Lutzberger, que não poupava porrada nos porcalhões. O trabalho do Alemão resultou numa consciência ecológica razoável que temos por estas paragens.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

JONAS E OS CORNEITEIROS II - A REVANCHE

Outro dia escrevi um texto sobre os corneteiros. Não retiro nada que escrevi sobre eles.
Quanto ao jogador Jonas, repetiu o episódio Ronaldinho.
Nada de novo.
Há muito tempo, lealdade, honestidade e sinceridade já sairam do futebol.
Não ouviremos mais falar em Jonas, escrevam aí.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O SUSTO DO URUBU

Hoje, a tarde, eu estava no escritório de advocacia da Lourdes, ali na Rua da Praia. Estava lendo a Veja na sala de reuniões quando olhei para a janela. Pasmem, um grande urubu - preto como sempre- e seu indefectível bico curvo e pescoço pelado. Era um lindo animal.
O que tal bicho  estaria fazendo no centro da cidade, e ainda mais aboletado na janela de um escritório?
Discretamente, chamei a Lourdes para buscar a máquina fotográfica para guardar a inusitada cena.
Fernanda, sobrinha da Lourdes, vendo a movimentação, entrou de inopino na sala e acabou por espantar a ave.
Foi o que bastou para eu pegar o pé da Fernanda. Já inventei que ela tinha assustado o urubu.
Acabamos por ficar sem a foto.

domingo, 23 de janeiro de 2011

JONAS E OS CORNETEIROS

Sou sócio há mais de trinta anos do Grêmio Foot-ball Porto-alegrense. Tenho lá além de Título Patrimonial, um cadeira locada. Pago e não vou. Estou usufruindo do chamado peiperviu, daí que fico no meu cantinho assistindo o jogo em alto definição, distante não mais do que cinco metros da geladeira, e um pouco mais do banheiro de casa, o que cá entre nós é muito bom.
Mas um dos principais motivos que me levou a não ir mais ao estádio, são os corneteiros. Para quem não é chegada no linguajar futebolês, posso dizer que corneteiro é o sujeito que não entende nada de futebol, e fica falando mal do seu próprio clube. Se o clube vai mal mesmo ele fala que advertiu antecipadamente, se vai bem ele usufruiu, pois, afinal de contas, ele é gremista. Este tipo de sujeito chato fica transmitindo o jogo nas cadeiras, como se fosse um radialista. Quer a retirada de jogadores que entende estar jogando mal, quer mandar para a Coréia um jogador que não lhe agrada.
Os corneteiros não respeitam nem jogador bom, que é indiscutível por suas qualidades óbvias e consagradas, não só pelos experts, mas também, e, principalmente pelas estatísticas.
Neste fim de semana, um avante do Grêmio de nome Jonas, que foi o goleador do campeonato nacional, mas não por detalhe mas seis golos na frente do segundo colocado na artilharia, foi vaiado pelos corneteiros.  O jogador é muito bom, e se estivesse no Inter, a crônica gaúcha ia berrar até ele ser convocado para a seleção, mas como é do imortal, ninguém clama pela sua convocação, com o que eu já estou acostumado.
Alegam os corneteiros que ele perde muito gol. O que é verdadeiro. Esquecem que ele assim como perde gols, também os faz,  e muito acima dos outros jogadores, a ponto de ser o goleador do último nacional, disparado. Se fizesse todos os gols que perde seria um novo Pelé.  Mas ele não é Pelé, daí que perde mesmo alguns golos, mas faz outros, suficiente para, não raro, salvar a pele do seu time.
Pois nesse tal jogo ele perdeu a paciência, pois o jogo estava negativo para o Grêmio que perdia, e ele foi lá e empatou num bonito golo. Como não tem sangue de barata, se manifestou cobrando da torcida das sociais, especialmente, é claro dos corneteiros.  Pois as figuras, vingativas, continuaram vaiando, não é que  ele meteu o segundo golo numa cobrança de falta maravilhosa, esta sim digna do Edson Arantes. Ele reconhecendo que tinha exagerado na cobrança da torcida, não comemorou, num protesto silencioso.
Neste momento, só restava aos corneteiros uma atitude digna, ir embora, e de preferência não voltar mais.
Lembrei agora que eu tive também o meu momento corneteiro. Era a  primeira Libertadores que o Grêmio ganhou no Olímpico, eu  e Abelardo- um velho e querido amigo  que trabalha ainda no jurídico do Trensurb - estavamos no último degrau das sociais.
O Grêmio ganhava de um a zero e o jogo encaminhava para o final, quando o Penharol fez um golo. Pensei vamos ir para a prorrogação. O jogo já estava quase terminando quando o Renato Portaluppi, o atual treinador levou uma bola na linha de fundo, e fez um balãozinho, e tocou para a área. Eu no meu espírito de corneteiro, fiquei puto da cara, pois como ele iria desperdiçar uma chance desta dando um balão. Neste momento, Cesar entra como um bólido e cabeceia para as redes uruguaias. Eu não sabia se festejava ou botava a minha cabeça num buraco de vergonha. Ali terminava minha carreira de corneteiro, mas deixei, pelo visto, muitos adeptos. Infelizmente.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

TEMOS DOIS E UMA SÓ BOCA, LOGO VAMOS FALAR MENOS E OUVIR MAIS

Costumo frequentar sites dos principais jornais brasileiros e do mundo. Também, não raro, dou palpites na sessão cartas ou comentários. Uma coisa, porém, tem me irritado muito.As pessoas começam suas cartas dizendo que não entendem nada do assunto, mas... Não passo a minha leitura daqui, pois se o sujeito não entende nada do assunto que está falando só pode sair besteira. Se quando a gente entende, as vezes, diz algumas asneiras, por que o sujeito que fala de uma assunto  - que confessadamente - não entende lhufas.
Se eu já corro um risco enorme de errar em assuntos que domino, certamente vou correr maiores riscos em entrar em assunto alheio ao meu conhecimento.
Não posso entrar num sitio de medicina e dar palpites sobre doenças e terapias, pelo simples fato que não entendo nada destes dois ramos da ciência. De outra banda, se o assunto for direito, principalmente notarial, registral e civil, posso dar palpites a vontade pois sou estudioso dos assuntos. Posso até estar errado em alguma tese, mas certamente não errarei na forma ou nos conteúdos básicos que envolverão o tema.
Quem não sabe escuta, quem sabe pouco mais, escuta do que fala, e quem sabe tudo escreve pois o seu conhecimento não pode ficar perdido pela sua morte, deixe o seu legado em conhecimento, pois as novas gerações agradecerão.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

TUNISIA

No ano passado, estivemos na Tunísia. Agora, ela enfrenta uma grave crise, com a derrubada do ditador que a governava com mão de ferro.
Para quem não sabe,  a Tunísia fica no norte da África. Faz parte da África branca, que o ocupa o norte, enquanto a África negra ocupa o sul do continente.
Apesar da ditadura que já durava décadas, trata-se de um país diferenciado no continente africano.
Torço que ela tome os rumos da democracia, pois aquele povo muito hospitaleiro merece.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

PADRE...

Não sei por que mas costumo recorrer aos poetas quando estou triste.
É de Pablo Neruda:
"Padre, tus ojos dulces nada pueden,
como nada pudieron las estrellas
que abrasan los ojos y las sienes.

El mal de amor me encegueció la vista
y en la fontana dulce de mi sueño
se reflejó otra fuente estremecida."

( Pai, os teus olhos doces nada podem, como nada puderam as estrelas que me abrasam os olhos e as fontes. O mal do amor cegou a minha vista e nesta fonte doce do meu sonho refletiu-se outra água estremecida.)
São lições do poeta, que teimamos em não ouvir, para o nosso azar.

MUNDO CÃO?

Cena um: uma mulher morre na catástrofe do Rio, e o seu cão não quer se afastar da cova de sua dona. Ele não sai nem para comer. As pessoas levam comida até ele, senão ele não come, pois se nega a se afastar. Chamo a isto FIDELIDADE.
Cena dois: diante da catástrofe os bens de consumo dos quais a população mais necessita ficam raros, daí comerciante se aproveitam da situação e elevam violentamente os preços.
Não sei por que na lingua portuguesa a expressão MUNDO CÃO é pejorativa, deveria ser pejorativa MUNDO HOMEM.

domingo, 16 de janeiro de 2011

PENA DE MORTE

Tenho todos os motivos para ser a favor da pena de morte, menos um. Um sujeito condenado por pena superior a 200 anos que volta a matar alguém, que pena pode ser aplicada a ele? O sujeito - como no filme - que mata a mãe e vai ao cinema, devemos aplicar a ele uma pena, que depois será reduzida para um sexto?
Existe somente um motivo para que eu deixa de ser a favor da pena de morte: jamais aplicaria a pena pessoalmente. E, se não o faria, por que deveria exigir que um funcionário do Estado o fizesse? É o único motivo.
Gente, que pena merecem os sujeitos que se aproveitando da desgraça que se abateu sobre o Rio, vão, se aproveitando da catástrofe saquear as casas das vítimas? Não é por outro motivo que países mais sérios, diante de uma desgraça destas decretam regime marcial, que implica pena marcial, ou seja, penas severas, incluindo a pena de morte. É situação extrema. Estou até tentado a pensar que pena de morte é pouca para estes crápulas.

sábado, 15 de janeiro de 2011

BOLSA FAMÍLIA

Leio na imprensa nacional que os usufrutuários do Bolsa Família, quando voltam a trabalhar, não ficam no emprego por mais de um ano. Não sei  por que o assunto foi manchete, pois  é uma obviedade.  O contrário é que me causaria espanto. Alguém que se acostuma a receber sem trabalhar não tem qualquer vontade de voltar à labuta. Até o seguro desemprego é causa de vagabundagem.  Este programa, que eu considero correto, também está sujeito à sacanagem.
O tal bolsa família é um equívoco histórico, pois as pessoas tem é que ser incentivadas a ter o seu trabalho, e com isto ganhar o seu próprio dinheiro. O bolsa família as escraviza  no ócio. O programa não tem como parar de sustentar o individuo, ou seja, não dá futuro, só presente. É programa paternalista, que vincula a pessoa, um verdadeiro cabresto eleitoreiro.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

RISOS

Assisti emocionado no Jornal Nacional de hoje a catástrofe que se abateu em grande parte do país. As cenas são chocantes e assustadoras.
A emissora fez reportagens em Brasília no governo federal, em reunião do alto escalão de Dilma. Fiquei intrigado pois toma o mundo no maior dos risos.
Pensei que fosse o único a notar, mas vi comentários no site do Estadão de hoje.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

CCs

Imaginem a dona Yeda, quando governadora, mandando um projeto para a Assembléia Legislativa aumentando em mais de 100% a remuneração de CCs (ocupantes de cargo em comissão, ou seja, convidados de políticos a participar do governo).  A gritaria do petê seria enorme. A petesada iria votar contra, e alguns aliados da governadora, com medo, também. A chance deste projeto passar no governo anterior era igual a zero. O CEPERGS, imediatamente, iria para a frente do Palácio do Governo com sinetas em punho, reclamando a falta de isonomia.
Pois,  Tarso mandou o projeto, não houve reclamação, e foi tudo aprovado. Nenhum órgão de classe do serviço público estadual, que eu tenha visto, reclamou.
É justo que alguém ganhe em cargo de responsabilidade no  governo 1600 pilas? É claro que não. Quem assume um cargo destes, largando seus afazeres particulares, sem qualquer outra contrapartida está fora da casinha. O problema não é este; o problema é que os políticos e parte da opinião pública (leia-se jornalistas em especial) tratam o mesmo assunto de forma diferente quando o autor é diverso. Se o autor é da minha turma:tudo bem; se é da turma adversária, sou contra.

TRANSPORTES AÉREOS PORTUGUESES

No ano passado, estivemos em Portugal. Tivemos o privilégio, sem nenhum favor, de viajar pela TAP- TRANSPORTES AÉREOS PORTUGUESES,  quando fomos muito bem tratados pelos tripulantes. O avião era de primeira linha, o espaço estre as poltronas civilizado, e a comida muito boa, que aliado ao melhor preço do mercado, constitui um conjunto muito bom.
É claro que já ouvi e li muitas piadas de portugueses, especialmente quanto a viagens em seus aviões.
Aconteceu um destes momentos muito engraçados no voo. Logo na saída, uma das comissárias anunciou que iriam desinfetar a aeronave. Por alguns segundos,  tentei imaginar como. Nesse momento, duas aeromoças, desfilaram ao longo dos dois corredores do gigantesco avião  - da frente para aos fundos da aeronave - empunhando um aerossol em cada mão e borrifando acima das cabeças dos passageiros. Não contive o riso: foi muito hilário.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

DILMA TEM CONDIÇÕES DE MUDAR O QUADRO

O governo anterior andava flertando com os governantes do Irã, o que causava indignação em todo o mundo. Aparentemente,  Dilma não comunga totalmente, haja vista que já demonstrou que não manterá a mesma política. Algumas declarações dela teriam causado alguma indignação no governo persa. Isso é muito bom, pois significa uma nova visão geopolítica, fugindo da  anterior, onde os fins justificavam os meios.
Fui contra a eleição de Dilma pelos seguintes motívos: representava um continuísmo, o que sempre é ruim; pertence ao PT, mesmo que há pouco tempo, pois teve origem no PDT, o que significa uma ideologia atrasada,  especialmente saudosista dos regimes comunista; não tinha experiência política, não tendo sido eleita a qualquer cargo público; foi escolha pessoal do presidente anterior; tem passado de lutas que a história demonstrou representarem um tremendo equívoco. Por outro lado, em termos de capacidade administrativa ela leva enorme vantagem sobre o anterior.
Na verdade, ela perde para ele somente em relação ao carisma e ao marketing político, no mais ela é só vantagem. Assim,  já que não dá para mudar, é torcer para que dê certo.  Não podemos torcer contra o Brasil. Se ela não der certo, o que é uma hipótese muito provável, perderemos todos.
Voltando à política externa, espero que os primeiros passos se transformem em política definitiva, principalmente na área dos direitos humanos. No governo anterior, eles dependiam do tipo de governo. Se Cuba maltratava seus cidadãos, a gente não se metia por que eram assuntos internos; se um país que não fosse de esquerda tomasse alguma atitude no mesmo sentido: pau nele. No episódio Battisti, abrigo para o criminoso condenado em país democrático; no episódio dos atletas deportação sem processo para Cuba.
Acho que dona Dilma tem condições de mudar o quadro.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

MATOU A MÃE E FOI AO CINEMA

Se fosse dado o dom de escolher um time para o Ronaldinho jogar, eu teria escolhido o Flamengo.
Em primeiro lugar, no Flamengo não interessa se o sujeito joga ou não joga, interessa que ele é do Rubro-Negro.
Em segundo lugar, se o sujeito vai para a balada invés de treinar, ninguém achará estranho no Rio de Janeiro, pois todo o mundo faz isso.
Em terceiro lugar, grande parte da imprensa brasileira é torcedora do Flamengo, e olharão sempre com olhos bondosos a atuação do atleta.
Em quarto lugar, até o governo federal olha com bons olhos o Flamengo, tanto o é que durante anos a fio a Petrobrás manteve patrocínio exclusivo nas camisas do clube carioca (Lembram? LUBRAX).
Em quarto lugar, se o Flamengo ficar devendo para o jogador ninguém vai estranhar, pois a dívida do clube, segundo consta, já está em mais de 400 milhões, o que são mais 50 milhões ? Merreca.
Em quinto lugar, um filme bem ilustrativo fez sucesso no Rio de Janeiro: MATOU A MÃE E FOI AO CINEMA.

POR QUE NÃO POSSO SÓ CÁ ESTAR?

"Todos me preguntaban cuándo parto,
cuándo me voy. Así parece
que uno hubiera sellado en silencio
um contrato terrible:
irse de cualquier modo a alguna parte
aunque no quiera irme a ningún lado."
...
(poesia de Pablo Neruda Todos me preguntaban)

Não é só ao poeta que se perguntam quando vamos e para onde vamos?
Será que precisamos ir a algum lugar?
Sempre temos que estar chegando de algum lugar ou partindo para além?
Por que não podemos somente cá estar?
Deixa eu estar aqui em meu cantinho, tal qual fazem nossos gatitos.

domingo, 9 de janeiro de 2011

GANDAIA GERAL

Fiquei sabendo que a gandaia dos passaportes diplomáticos não é só no executivo lulístico, mas também no parlamento. Segundo a Folha e o Estadão ( por aqui os nossos "chapas-brancas" não publicariam tal coisa) os parlamentares oficiam o Itamaraty para conseguir a benesse. Com os tais passaportes privilegiados eles saem a viajar pelo mundo, juntamente com os familiares que recebem também passaportes diplomáticos, certamente por efeito de osmose.
Publiquei um comentário no Estadão dizendo que depois de ler a matéria somente restava uma solução: encerrar a nossa civilização, importar 100 casais de japoneses, e começar tudo de novo.
A culpa é do eleitor, ou seja, nossa. Eles se elegem com os nossos votos.

sábado, 8 de janeiro de 2011

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

FÉRIAS NO EXÉRCITO

Lula - fora de lá - resolveu tirar férias em próprio do Exército nacional. A imprensa descobriu e revelou que seria lícito se o fizesse a convite. O Ministro da Defesa formalizou o convite. Tudo legal.
Seria moral, usar uma propriedade pública para uso e gozo de um ex-presidente?
Será que franquearia a FHC, Itamar ou Collor? Penso que não.
O Ministro da Defesa, conforme folha de S.Paulo disse que são ridículas as críticas.
Ele tem toda a razão são ridículas mesmo, pois inúteis: em Nosso Líder na pega, afinal conta com 87% de aprovação, e a tentativa de fazer barulho é de autoria de parte da minoria ignorante dos 13%, como eu, cujos protestos devem ser desconsiderados.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

PASSAPORTE DIPLOMÁTICO

Hoje, li no Estadão e em Globo que o Itamaraty teria dado passaportes diplomáticos para dois filhos de Lula dois dias antes do fim do mandato dele.
Não vou discutir aqui o velho ranço da diferença entre legal e moral.
O problema é que quando fazem as leis já deixam um rabinho para abrigar a turma.
A lei determina que também poderão receber o benefício, mediante autorização do Ministro de Estado das Relações Exteriores, as pessoas que, embora não relacionadas nos incisos do decreto, "devam portá-lo em função do interesse do País". Em suma: quem bem entender o governante de plantão.
Os governantes que sairam entenderam que dar passaportes diplomáticos aos filhos de Lula é de interesse do País. Assunto resolvido.
Quem não gostar que reclame ao bispo, pois em juízo perderão a ação, pois está dentro da lei.
Os 87% que apoiam Lula certamente encontrarão outras desculpas. Como faço parte dos "ignorantes" 13% que não apoiam,  vou ficar aqui reclamando para as paredes.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

MARCELA 60%!

Tal como previu no ano passado, o profeta Yossef Osnyres este ano será muito divertido.
A Folha de São Paulo está fazendo uma enquete para saber quem se destacou na posse de Dilma.

Michel Temer recebeu 1%; Marisa Letícia recebeu 2%; Zé Sarney recebeu 3%; Lula recebeu 13%; Dilma recebeu 21% e Marcela Temer 60%.
É o retrato da seriedade nacional: a presidente e seu antecessor receberam somados 33% ou seja 1/3 dos votos; Michel Temer não se sabe por que ainda recebeu 1%; Zé Sarney recebeu incrivelmente 3% (quem seriam eles?): dona Marisa Letícia recebeu 2%(sem comentários); e a mulher do vice-presidente eleito recebeu mais da metade dos votos, exatos 60%.
Brasileiro debocha até de velório e enterro, por que não faria zombaria de posse de presidente?
Segundo os brasileiros, e note-se que é gente instruída com acesso a internet em assuntos políticos, ou seja, elite cultural (pelo menos em tese), na troca do poder o que se destacou foi a mulher do vice-presidente eleito. Como diria o personagem do Jô Soares: me tira o tubo!

PERDA IRREPARÁVEL E PRECOCE

Sempre fui fã de Ivan Lins. Pois, certa feita soube que iria se apresentar no Teatro São Pedro - o meu favorito- e logo me apressei em conseguir ingressos.
No palco, dois grandes pianos de cauda e um teclado.
Ivans Lins entra no palco em companhia de um cidadão gordo, com um rabinho de cavalo. Apresenta dizendo que fazia questão de, em todas as vezes, que aqui se apresentava a ser acompanhado por aquele músico.
Cá entre nós, GF roubou a cena em apresentação irretocável, que somado ao trabalho sempre bom de Ivan Lins tornou o espetáculo inesquecível.
O músico era Geraldo Flach que morreu neste fim de semana.
Costumo dizer que estamos perdendo nossos melhores artistas, e infelizmente não temos reposição.
Não vejo qualquer substituto à altura de Flach.
Uma perda irreparável, e o que pior muito cedo: tinha muito ainda para mostrar de sua arte.

domingo, 2 de janeiro de 2011

PRESIDENTA, SÓ ME FALTAVA ESTA.

A arrogância dos petês é tão grande que eles querem mudar até a forma de escrever os substantivos. Presidente é substantivo comum de dois gêneros, ou seja, escreve-se o presidente e a presidente. Assim também em  gerente, motorista, colega, estudante, jurista, dentista e artista.
Como querem ressaltar o fato de terem conseguido eleger uma presidente, insistem em  dar a ela até uma palavra nova.  O mais incrível é que existem alguns entendidos que defendem o uso de presidenta, num servilismo a qualquer preço.
Somente para dar um ar debochado ao debate, imaginem que o médico anuncie para a sua secretária mandar entrar a próxima CLIENTA. A secretária vai pensar que o profissional está fora casinha.
Não se trata de machismo, haja vista que existem palavras que são femininas aparentemente mas são comum de dois, tais como motorista, colega e jurista.
A besteira já é  oficial, pois se apressaram em escrever até no carro oficial da presidência, a palavra presidenta.
Acho que nas escolas as professorinhas poderiam ensinar que existem substantivos comuns de dois gêneros, mas que só valem para quem não é do petê.

sábado, 1 de janeiro de 2011

O CLUBE

Sou sócio de um clube desde que nasci em 1952. A associação é obrigatória, algo impensável para a atual constituição brasileiras, mas neste meu clube não há como pedir demissão. Durante muitos anos o clube foi governado por advogados, médicos, jornalistas e professores. Nos últimos anos, porém, assumiu a direção do meu clube uma sujeito que não tinha as mínimas condições para sequer presidir um grêmio estudantil. Acontece que ele é um tipo carismático, e , principalmente um grande artífice da propaganda. Pois ele conquistou a maioria dos sócios do nosso clube, tendo alcançado mais de 84% de aprovação.
O nosso clube permite a reeleição somente uma vez, daí que após o segundo mandato o sujeito teve que cair fora. Mas como as cobras morrem e deixam as cobrinhas, ele conseguiu eleger o seu sucessor. Acho que para a sorte nossa o sucessor é mais letrado, e menos folclórico. O único risco é o presidente eleito se tornar mero laranja do antigo. Não creio, acho que o antigo presidente, para tal mister, escolheu a pessoa errada. O presidente atual não tem o perfil manobrável. Esta a minha esperança. Pelo menos deixaremos de passar vergonha nas relações com os outros clubes.
Posso não gostar do antigo presidente  e também do novo, mas não posso torcer contra o meu clube. Que o novel presidente consiga nos tirar do fiasco e nos colocar de novo no campo da dignidade.

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QUEM É ESTE ESCORPIÃO?

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