segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

DE BAUDELAIRE A DIEGO MAINARDI

Existe um tipo de jornalista ou escritor que contesta tudo. O engraçado é que muitas vezes a gente não concorda nada com o que eles dizem, mas gosta de lê-los.
Nesta linha, existe uma tradição nobre, que abrange o francês Baudelaire, Augusto dos Anjos, Paulo Francis, Diego Mainardi e por aqui Juremir Machado da Silva.
É verdade que a qualidade do que escreveram ou escrevem atraí por si só, mas o conteúdo de enfrentamento também é um componente importante.
Sou fã de carteirinha de todos , embora os meus escritos não tenham este dom, restrito a esta nata de maravilhosos escribas. São poucos os que admiro que estão fora do estilo. Entre os que aprecio e não fazem parte desta turma estão Érico, Dostoievski, Graciliano Ramos e Garcia Marques.
O que gosto na primeira turma, é a surpresa, o inusitado, a tirada genial, o deboche, o esculacho, a coragem e sobretudo o POLITICAMENTE INCORRETO.
O mundo evolui a partir das pessoas inquietas, das que não se conformam com o atual estágio das coisas, e buscam novos inventos, novas posições, novas formas de dizer. Este tipo de escritor ou jornalista é que faz evoluir a imprensa e as letras em geral.
O jornalista puxa-saco, chapa branca e concordino não contribui com nada na evolução do jornalismo.
Em verdade, temos sobrevivido, depois da era dos ótimos Sérgio Jockmann e Janer Cristaldo, por conta das tiradas de David Coimbra.
O colunista de jornal é interessante quando a gente fica esperando o jornal para ver o que ele vai dizer naquela dia. Nesta linha, só aguardo o Jurandir e David Coimbra, e os importados Ancelmo Gois e Claúdio Humberto, e é claro na Veja Diogo Mainardi. Este último ainda temos a chance de nos divertir com ele num dos raros bons programas da tevê o MANHATTAN CONECTION, agora na Globo News, aos domingos a noite, com repeteco na segunda feira.

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