sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

GUANTÂNAMO

A base americana, antes famosa por ser um enclave americano na ilha de Fidel, nos últimos anos se tornou mais famosa por encarceirar prisioneiros suspeitos de terrorismo de todo o mundo.
O governo americano tinha duas alternativas para Guantânamo: a primeira, julgar os terroristas em território americano, cujo resultado do que se conhece da justiça americana e da opinião pública dirigida pela mídia, seriam todos absolvidos e soltos; a segunda, deportá-los aos seus países de origem, os quais são em quase totalidade ditaduras pouco afeitas à democracia, onde seriam todos mortos.
B.Obama optou pela solução mista: disse que vai fechar com o prazo de um ano, ou seja ele terá um ano para se livrar do abacaxi. Para ele não tem problema, pois hoje a imprensa mundial já publicou em letras garrafais nas primeiras páginas: OBAMA fecha prisão de Bush. Pronto o assunto está resolvido em termos em opinião pública mundial, pois o queridinho da esquerdalha já disse que vai fechar. Em ele dizendo, o assunto chegou ao fim.

VINTE E CINCO ANOS

Imaginem um movimento de direita com o objetivo de angariar terras sem qualquer registro oficial em Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas, sem inscrição no CNPJ, sem direção oficializada ou conhecida. Imaginem mais que este movimento pede favores para ONGs para que esta recebam verbais oficiais do governo federal. O governo federal, por exemplo, chefiado por exemplo Ronaldo Caiado ( que me perdoe o deputado de utilizar o seu nome como exemplo) concede dinheiro para estas ENGs, e estas repassam ao movimento de direita que utiliza ou não em suas finalidades.
O que diria ao PT sobre estas manobras? Certamente iria aos Tribunais de Contas e Judiciais, pediria para o Ministério Público promover ações para investigar a manobra. Condenaria o movimento de direita de saída sem qualquer maior investigação. Pois bem, é exatamente o que acontece com o MST há já 25 anos, o que resulta? Nada, absolutamente nada. Na verdade, todo mundo se pela de medo do MST, em qualquer poder da República, todos temem a boca do movimento. Eles podem fazer o que bem entendem desobedecer a lei, praticar qualquer ato insano que não correm o menor risco de sofrer qualquer sanção. São exatamente iguais aos índios: totalmente irresponsáveis por suas ações. Ninguém vê nada, ninguém faz nada.
Isso só pode resultar em coisa ruim, esperem e verão.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

PERDI O INVESTIMENTO - QUE TOLO FUI!

Nasci em 1952, logo em 1964 eu tinha 12 anos. Entretanto, no auge dos governos militares eu era ou adolescente ou um jovem, entre 16 e 25 anos. Pois o referido período coincidiu exatamente com o meu tempo de vida de estudante, do colégio primário até a metade da Faculdade de Direito. Pois enquanto eu estudava e trabalhava, seguindo preceitos ditados por meu pai e minha mãe que me diziam estar no caminho correto quem estudava, e, portanto, teria um futuro brilhante pela frente, com sucesso profissional e tudo, alguns seguiam o caminho da revolta política, numa tentativa de derrubar o governo militar e a implantação em nosso meio de um regime comunista, que eles entendiam ideal para o Brasil, tal como o exemplo cubano, russo ou chinês.
Pois não é que os meus pais (Cá entre nós, eu também) estavam errados. Eu continuei meus estudos, tive um razoável sucesso profissional, que me proporcionou uma vida um pouco confortável, com um e outro aperto, mas decente. Outros, que enveredaram pelo caminho da contestação, e até da luta armada, após o encerramento da coisa toda, voltaram às suas respectivas atividades, uns até com grande sucesso, o que não lhes impediu de, aproveitando-se que alguns de seus companheiros hoje mandam na república, conseguiram gordas indenizações, e, não raro, pensões bem interessantes.
Eles, na verdade, fizeram um investimento, e tiveram grande lucro. Existem casos de indenizações de um milhão de reais. Teve gente que passou uma semana no DOPS e tem pensão vitalícia de mais de dois mil reais.
Tem coisas que beiram o ridículo. Vejam o caso do pessoal que foi exilado em Paris ou Londres. Que sacrifício! Realmente, deve ser uma coisa horrível. Morar compulsoriamente em Paris, por exemplo, deve ser uma tortura diária. O sujeito deve passar o dia pensando: o que posso fazer para não ter de voltar? Ainda mais aqueles que não são chegados ao trabalho. Para homens sérios como Rui Barbosa, que por lá também esteve exilado, realmente é um sacrifício, mas para o que sempre foram próximos de uma badalação estavam no seu elemento.
Puxa vida, que azar esta graninha até que vinha bem para mim. Por que fui fazer esta burrada. Era só ter saído numa daquelas passeatas. Ter jogado uma meia dúzia de pedras na polícia, e pronto, hoje estaria numa boa. Perdi tempo lendo Machado de Assis, Érico, Jorge Amado e Augusto dos Anjos. Tinha que ler era o Manifesto Comunista, o Livro Vermelho dos Pensamentos de Mao, e fingido ter lido O CAPITAL do Marx, como todo bom vermelho faz.
Se pudesse entrar numa máquina do tempo...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

QUEM PARIU MATEUS QUE EMBALE

Para a felicidade do PT o governo Lula Lá coincidiu com o maior tempo de prosperidade econômica mundial, com sobra de dinheiro. Em suma uma conjuntura internacional favorável. Apesar disso, o crescimento do país, em comparação com os outros países emergentes foi ridículo.
Seria covardia comparar com a China,mas podemos fazer o cotejo com Índia, México e Rússia. Todos cresceram o dobro do Brasil.
Lula Lá sempre atribuiu ao seu governo e política monetária a linha de higidez de nossa economia.
Bastou, no entanto, que esta fase chegasse ao fim, iniciando-se uma era de queda generalizada na atividade econômica para que o governo Lula Lá, na maior cara de pau, atribuísse ao governo que lhe antecedeu, mesmo que já passados mais de seis anos, a culpa pelos problemas que doravante enfrentaremos.
Acorda Lula, quem esta governando é você!

ANTENA VINTE E UM

1.O Aparício Torelly, o famoso Barão de Itararé, é autor da famosa frase: haja o que houver, custe o que custar estaremos sempre ao lado dos vencedores.
2. Já notaram que existe um órgão de nossa imprensa nacional que está sempre a favor do governo atual?
3.Já observaram que existe um Senado de República que é governo desde Castelo Branco?
4. Você sabia que este senador representa um Estado onde nunca morou ou teve domicílio?
5. Raul Pont é mais um felizardo a ganhar indenização. Quem será o advogado dele?
6. No tempo dos governos militares eles não fizeram guerrilha, fizeram investimento.

domingo, 18 de janeiro de 2009

POR CINCO DINHEIROS

Obama assume o governo dos USA embalado com aprovação da maioria dos americanos, e com grande aprovação dos brasileiros, principalmente da esquerdalha.
Estou dizendo que é um novo Lincoln, um novo Roosevelt ou ainda um novo Kennedy.
Pode ser, tomara até que o seja.
Prefiro os pés no chão.
Falando em chão, a manchete é interessante: OBAMA vende por cinco milhões de dólares a exclusividade de transmissão de sua posse.
Se a moda pega por aqui?
Bom, aí LULA lá não escapará de se candidatar de novo.

RONIQUITO E O HAMAS

Ele foi uma personagem muito conhecida em Ipanema. Seu nome verdadeiro era Ronald Chevalier. Chegava num bar sóbrio, e ia dizendo: chegou Ronald Chevalier, logo a seguir com vocês Roniquito. Pois bem, o dito cujo enchia a cara e se transformava no sujeito mais chato e irritante.
Se Monteiro Lobato estivesse, por exemplo, em outra mesa ele começaria a chamar insistentemente o escritor. Até que o ML ia na sua mesa, para em seguida Roniquito desancar desaforos em cima dele: - O que você escreve é uma merda, escritor mesmo é Jorge Amado. A esta altura o injuriado já ficava em cima das tamancas, louco para sacudir as roupas do Roniquito, o que não acontecia devido à presença providencial dos deixa disso.
Num livro de Ruy Castro, muito bom, chamado ELA É CARIOCA, ele fala bastante do Roniquito. Conta uma história em que o dito cujo de tanto chatear um banhista em Ipanema, este lhe encheu de socos até que o Roniquito ficou caído no chão. Aí, é claro, o sujeito parou de socá-lo. Ele entreabriu o olho que não estava inchado ainda e disse para o grandão: - cansou, filha da puta. Ou seja, nem matando...
Outra incrível dele: tinha a mania de visitar velórios, mesmo quando não conhecia o autor. Um dia ele estava num velório duma figura da sociedade, e resolveu visitar as outras capelas. Entrou numa, onde todo mundo chorava copiosamente. Chegou junto ao caixão com ar de tristeza, e ficou longo tempo ali examinando o defunto, para ao final lascar: Vocês vão me desculpar mais este defunto de vocês é uma merda. Podemos imaginar como ele saiu dali.
Pois contei do Roniquito , inspirado que fui numa leitura que fiz a pouco do Jornal O SUL. Nela fiquei sabendo que Israel resolveu fazer uma trégua unilateral, ou seja, de moto próprio, sem esperar reciprocidade dos palestinos.
Relembrando, de tanto o grupo Hamas jogar a partir de Gaza foguetes contra Israel, os Judeus perderam as estribeiras e resolveram dar um laço nos palestinos fazendo uma grande ofensiva. Morreram mais de 1000 palestinos, contra meia dúzia de israelenses, sendo a metade sob fogo amigo.
Pois agora os judeus resolveram dar uma trégua. O que disse o Hamas: não temos nada com isso, exigimos a retirada de Israel da faixa de Gaza. Mas vejam se não é o próprio Roniquito caído no chão chamando o grandalhão de filha-da-puta?

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

EXTRA MINGE, PUER



Infelizmente não sei quem foi o autor da ilustração, e me penitencio por isso. A verdade é que ela fala por si só. Não é a toa que morrem muito mais crianças palestinas em qualquer refrega. Eles usam como propaganda, sem qualquer remorso. Aí fica difícil.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

VERBO AD VERBUM

Nestes tempos de nova ortografia, eu me lembrei de uma pergunta boba que fazem nos questionários particulares, mas principalmente nas entrevistas em jornais e revistas: qual a mais bonita palavra da língua portuguesa? Na verdade, o perqueridor quer ouvir o chavão: SAUDADE, e quase sempre é a resposta que recebe.
Saudade é uma palavra comum, sem qualquer efeito sonoro a nos impressionar os tímpanos. As pessoas confundem o conteúdo, ou seja, o significado do vocábulo com a qualidade da palavra enquanto forma escrita.
Outra bobagem é dizer que saudade somente existe na língua portuguesa. Isso não é verdade. Inexiste em algumas línguas. O francês para explicar saudade diria: Désir ardent d’um bien dont est prive. Ou seja, puta vontade de estar com o seu bem querer, quando ele não está (Que maravilha de tradução: superei-me nesta). O inglês usaria longing ou homesickness. Os espanhóis e italianos usariam nostalgia. Os alemães usariam sehnsucht, mas na verdade não precisam da palavra, pois nunca sentem saudade de nada.
Voltando à palavra mais bonita, eu elegi uma que infelizmente mudou um pouco a cara, trata-se de qüiproquó. Não é que ela perdeu o maravilhoso trema, e agora está menos elegante em seu quiproquó. Se bem que a pronuncia não mudou. Saiu o sinal trema, dedo-duro, para dizer que ali o “u” era pronunciado, mas a forma de falar continua a mesma. Comparar a beleza de qüiproquó com saudade é covardia da primeira.
Em matéria de excentricidade, no sentido de fora do comum, tem gente que apela para a grande inconstitucionalissimamente. Já li que a palavra não existe, pois nem no dicionário está. Em primeiro lugar, nem todas as palavras estão no dicionário, nem por isso deixam de fazer parte da língua. Em segundo lugar, basta que a gente faça uma divisão da palavra para verificar que é viável sob o ponto de vista da língua portuguesa.
Veja bem: prefixo in significa não; constitucional significa obviamente aquilo que atende a constituição; lissima é um superlativo, ou seja, o exagero, o levar ao extremo; e mente é o modo. Traduzindo a palavra para linguagem comum do povo trata-se de agir no extremo da insconstitucionalidade, ou seja, muito fora da Carta Magna.
Se a palavra enorme existe, nem por isso é bonita, pelo contrário é um estorvo ao bom falar.
Para dar um exemplo que nem sempre o lindo da palavra combina com o seu significado: Ébola é uma linda palavra, mas se trata de um terrível e mortal vírus, enquanto a palavra feia preguiça pode representar também um lindo e simpático animal.
Palavras por seus respectivos conteúdos prefiro companheiro(a),pai, mãe, filho, neto, saudade e sonho.

INTERINOS

A ZERO HORA de hoje, na folha 2, publica na sessão denominada Sobre ZH uma nota minha. Texto: Eu ( como muitos outros leitores), ao ler colunas escritas por interinos, somente me dou conta de que não se trata do titular lé pelo meio da leitura. Assim, já que não é possível desaparecer o nome do titular da coluna, que se dê no cabeçalho um maior destaque ao nome do interino.
O leitor, na verdade, é induzido a pensar que está lendo a coluna do titular, um David Coimbra, por exemplo, quando na verdade está lendo um interino Kenny Braga.
Entendo que se dando um destaque também ao interino o problema estará resolvido, sem demérito do nome do titular do espaço.

É BRASIL, IL, IL, IL...

O chanceler brasileiro Amorim foi ao oriente médio tentar patrocinar a paz pelas aquelas bandas. Para quem não sabe o que é chanceler é cacique dos Embaixadores, ou o chefe Ministro das Relações Exteriores, ou ainda o Chefe do Itamaraty. Pois o distinto se acha em condições de mediar o conflito.
Examinando nossas credenciais para tal mediação verifico algumas coisas interessantes: a primeira é que o assessor de Lula Lá para assuntos internacionais o famoso Ministro Top Top, M.A. Garcia deu um pau em Israel; a segunda é que o partido do presidente o PT lançou nota violenta contra o Estado Judeu; a terceira é que o nosso Chefe censurou Israel sobre os episódios na faixa de Gaza. Em resumo, diante destas posições de neutralidade explícita estamos em condições de tentar uma negociação entre palestinos e israelenses fazendo cessar o milenar conflito.
Ouvi falar que o Primeiro Ministro de Israel nem dormiu direito no dia anterior a visita de Amorim, tal era a sua ansiedade em conversar com o nosso Chanceler. O líder máximo do Hamas, depois de perguntar onde ficava o Brasil, declarou que não esperava a hora de se encontrar com o nosso Ministro das Relações Exteriores.
Amorim visita todos os países em volta da área conflagrada, ou seja, Israel, Jordânia e Egito. Só não foi a Gaza porque não é besta.
New York Times perdeu a oportunidade de estampar grande manchete: Finalmente a paz chegou com Amorim ao Oriente Médio. Newsweek poderia colocar na capa, um brasileiro consegue a paz depois de milênios.
Depois do sucesso da missão a candidatura de Amorim a Secretário Geral da ONU é uma barbada. É pule de devolução.
Orgulhosos veremos ao lado de Trygye Lie, Dag Hammarskjold, U Yhant, Kurt Waldheim, Javier de Cuellar, Boutros Ghali, Kofi Annan e Bank Ki-moon, a foto de nada menos do Celso Amorim. Que orgulho! Também depois desta façanha sem par o que mais se poderia esperar? Nunca antes nesta país tivemos um Ministério das Relações Exteriores tão perfeito.
Cedemos em todos os confrontos da “América Latrina”, incluindo divergências com Chavez, Evo e Equador, mas agora viramos valentes e fomos para o front, e estamos conseguindo uma paz que os países mais importantes do mundo, nem a ONU jamais conseguiram.
Nunca antes neste mundo se viu nada igual...

PS: Na verdade, os países que fazem fronteira com Israel são o Líbano, Síria, Jordânia e Egito, além dos territórios ocupados pelos Palestinos Cisjordânia e Gaza.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

MILLOR DOIS

Ainda de Millor esta tirada maravilhosa: "Vendo o gigantesco número de invenções, descobertas, pesquisas e criações do mundo moderno fico espantado com a vastidão da inteligência humana. Algumas vezes chego mesmo a admitir que a inteligência humana é quase tão vasta quanto a tolice."(MILLOR in A Biblia do Caos - L&PM)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O PAJÉ LULA

Millor Fernandes o meu “filósofo” preferido conta a seguinte história:
“ O avião bateu feio no chão, um senhor impacto: chegou a quicar no ar, inclinou-se perigosamente pra direita durante certo tempo. Uma manobra desesperada deu-lhe uma volta de quase 180 graus e, já com a amurada do cais à vista, freou súbita e violentamente: trem de aterrissagem partiu-se no choque, o motor da esquerda pegou fogo, a asa do outro lado pendeu quebrada ao meio, começando também a pegar fogo. O Pajé, voando pela primeira vez na vida, achou tudo normal e divertido, não compreendendo a reação dos outros passageiros. Só muito tempo depois, quando lhe explicaram que normalmente o avião não pousava assim, foi que começou a tremer. ( In Millôr Definitivo – A Bíblia do Caos – Ed. L&PM).
Pois o presidente Lula confessou que não lê jornais, não lê revistas, ou seja, se mantém ignorante com o que acontece pelo mundo e pelo Brasil, se contentando com as notícias que lhe são passadas através do crivo de seus acreditados assessores. Ou seja, é o índio de Millor em novel versão.
Assim, está explicado por que ele desdenhou a crise que se aproximava, e demorou tanto tempo a admiti-la. Ainda hoje revelou que sonha com um crescimento de quatro por cento do PIB, algo tão certo como dois e dois são cinco.
Este país tem mais sorte que juízo, por isso ainda acredito que ele (o país) não irá se quebrar todo na aterrissagem como o avião do Pajé.

sábado, 10 de janeiro de 2009

CAMELÓDROMO-SOMENTE MAIS UM LUGAR PARA CAMELÔS

A promessa seria que os camelôs sairiam das ruas de Porto Alegre, sendo todos acomodados num moderno camelódromo. Pois o prédio está praticamente pronto, devendo ser inaugurado nos próximos dias.
Somente quem não conhece o Brasil, e mais especificamente Porto Alegre, para imaginar que os camelôs sairão das ruas.
Estou aceitando apostas: até o final do ano, mais precisamente perto do Natal, nós teremos o camelódromo lotado, as ruas tradicionais de ambulantes lotadas de novo, incluindo a Rua da Praia. Teremos os camelôs oficiais no camelódromo e os clandestinos no restante da cidade.
Pelo menos uma exceção já está assegurada a dos índios. Não sei por que cargas d´água alguém determinou que índios pudessem ser camelôs e se instalarem onde bem o quiserem, principalmente no chamado Largos dos Medeiros. O mais engraçado é que em cada banca tem um homem ou uma mulher com cara de índio, e outras pessoas brancas normais, acho que deve haver uma investigação se os índios não estão locando estes seus espaços privilegiados.
Neste fim de ano, foi uma vergonha os camelôs montaram verdadeiras lojas na Rua da Praia, vendendo todo o tipo de roupas, a grande maioria falsificações grosseiras de marcas famosas.
Acho que os comerciantes legais da Rua da Praia que pagam imposto deveriam devolver para a Prefeitura seus carnês de IPTU para descontar a co-participação dos camelôs no seu espaço.
O comércio ambulante pode existir, mas com regras claras, sob tempo determinado, assim como os são as feiras livres. Todo mundo sabe que em tal dia da semana a feira será montada as 8h00m de manhã, e liberará o espaço à população as 13h00min do mesmo dia.
Estive no ano passado em Nova Iorque e fui numa das grandes avenidas de Manhattan numa feira somente de comidas de todos os lugares do mundo. A feira abrangia alguns quilômetros. Toda cercada por cercas desmontáveis instaladas pela Polícia. Quando bateu 5h00min, todas as bancas fecharam, e passaram imediatamente a desmanchar suas barracas e sair com seus petrechos. Na seqüência, grandes caminhões da Prefeitura e NY vinham num grupo de três lavando e varrendo toda a avenida. Ato simultâneo a polícia recolhia todos os cavaletes. Em suma, contei no relógio em 20minutos ( não estou brincando) a avenida estava totalmente liberada ao trânsito, e mais toda limpa e lavada. Deve ser horrível morar numa cidade assim...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

NIEMAYER TENTA RESGATAR STÁLIN


Existem fascínoras mundiais conhecidos, sob qualquer plano ideológico que se possa imaginar. São pessoas que ambos os lados reconhecem como bandidos, ou seja, são pessoas incontroversamente criminosas.
Nessa linha estão Hitler, Mussolini, Franco e Stálin. Pois foi entre espantado e perplexo que lendo a Folha de São Paulo de hoje li uma coluna assinada por Oscar Niemayer fazendo a propaganda de um livro, onde o autor simplesmente tenta resgatar a figura de ninguém menos do que Joseph Stalin.
Na verdade, não fiquei pasmo pelos pensamentos de Niemayer, pessoa reconhecidamente comunista, mesmo pós muro, mas com o fato de a Folha ter publicado a matéria. Nela, conta Oscar que o autor relata a vida de menino de Stalin, dizendo que ele foi muito bonzinho. Ora, também provavelmente o foram Hitler, Mussolini e Franco. O mundo não os condenou pelo que fizeram ou deixaram de fazer na infância, e sim pelo que fizeram enquanto estiveram no poder.
Trata-se de verdadeiro deboche histórico. É como negar o holocausto. Desconhecer as bombas sobre Hiroshima e Nagasaki. Vou fazer as palavras do sábio Romário como minhas, quando ele falando sobre Pelé disse: Pelé calado é um poeta. Pois eu digo Niemayer calado é um sábio.
O importante é que não se trata de entrevista, pois aí poderia o entrevistado dizer que distorceram suas palavras. Trata-se de coluna assinada pelo próprio, ou seja sem qualquer intervenção.
Lembrei do poeta Mário Quintana, o qual disse certa feita: - A grande vantagem de ter mais de 80 anos ( Niemayer tem mais de 100) é que a gente pode dizer as maiores asneiras que todo mundo acha engraçado.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O REI ESTÁ NU

As notícias de hoje trazem que o Presidente Lula declarou não ler jornais, revistas, sites ou blogs, pois conversa sempre com dezenas e centenas de pessoas se mantendo por esta razão informado.
Não sabe ele estar aí localizado o grande problema do governante. Ele é cercado por puxa-sacos, os quais somente lhe trazem notícias de coisas boa, em versões que agradem ao rei ( vide O Principe de Maquiavel).
Chegou a dizer que as noticias lhe fazem mal ao fígado(sic). Ora, somente lhe podem causar mal-estar as notícias que lhe desagradam. Sem dúvida uma fórmula simplista: se me desagrada não leio. Pronto está formada a Ilha de Fantasia. Se não leio, as notícias más não existem.
Este posicionsamento é típico das esquerdas. Esquerda só lê esquerda.
Sempre fui contra as chamadas resenhas feitas por jornalistas governamentais, os quais recortam e fazer resumos das notícias do dia ao governante, a fim de evitar que ele tenha que ler e perder tempo com as centenas de jornais nacionais. Entendo que ele deveria eleger os três jornais mais representativos do pais e fazer uma leitura, como por exemplo ESTADO DE SÃO PAULO, FOLHA DE SÃO PAULO e O GLOBO. Também ler as revistas semanais como VEJA, ISTO É e ÉPOCA constitui obrigação do bom governante.
Este verdadeiro desprezo de LULA LÁ à leitura é assustador. Quem não busca informações nas fontes que quer, recebe informações glosadas por outros, e portanto sujeitas a uma censura, sobre a qual ele não tem qualquer tipo de controle.
Talvez venha daí o exagerado otimismo do Presidente brasileiro, sempre achando que tudo está ótimo, e que o povo está sempre feliz.

O PESSIMISTA

A figura é muito conhecida. Luis Fernando Veríssimo criou uma personagem a quem chamou de Sinistro. O Sinistro de LFV é uma ave, não sei por quê. É claro que é preta para a ira dos politicamente correto. O Sinistro é pessimista, pois acha que tudo dará errado. O problema é que quase sempre acontece a tragédia prevista por ele.
Há mais de quarenta anos Juca Chaves num disco de humor descrevia a figura do pessimista. Dizia ele que um pessimista ganha uma bicicleta novinha de presente e lasca: - Que azar, vou andar na bicicleta, vou cair um tombo e me quebrar todo, a turma da zona norte vai me ver e bater em mim. O otimista recebe um monte de merda e sai dizendo: cadê o cavalo que ganhei de presente.
O pessimista pode receber a melhor notícia e logo vai estragando prevendo que a partir dela acontecerão outras coisas paralelas e ruins . Ele ganha uma impressora novinha de presente e fica reclamando que, em contrapartida, terá de pagar o toner ou o cartucho. Recebe um carro de presente do pai, e reclama que este não lhe dará a gasolina.
Você vai contando a boa novidade para o pessimista, e ele ali atendo a sua fala, nada diz, só vai revirando os olhos. Quando você termina de falar, ele saca uma mensagem de mau agouro e acaba com a sua alegria.
Não tente ser mais pessimista que o pessimista, ele lhe superará. Você diz ao pessimista: - Sua mãe vai morrer amanhã. Diz o pessimista: - Logo agora que o agente funerário tá sem caixão!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

BRIGA DE PRIMOS

Israel tem uma área territorial de mais ou menos 20.700m2, pouco que o nosso pequeno Estado de Sergipe. Se fosse quadrada, teria mais ou menos 143km de cada lado, para se tem uma noção de quão pequeno é Estado judeu.
Vivem ali mais ou menos sete milhões de habitantes, sendo mais de 80% de judeus, e a segunda população formada por árabes.
Tem uma renda per capita elevada, algo em torno de 33,000 dólares anuais. Analfabetismo quase zero, índice de mortalidade infantil muito baixo.
Tem um dos melhores, senão o melhor, exército do mundo, muito bem equipado, com armas de primeira linha.
Sempre atento, é intransigente quando a questão é segurança, pois sabe que nunca terá a segunda chance se perder uma só guerra.
É constantemente agredido pelos vizinhos palestinos notadamente os grupos radicais, entre eles o HAMAS radicado na faixa de GAZA e o Hesbolah no Líbano.
Nos últimos tempos, após um acordo de curta duração de cessar fogo, foi atingido diariamente por foguetes lançados pelo Hamas contra suas cidades na fronteira com Gaza.
Diante desta pressão constante, resolveu reagir, e como o sempre o fez de forma firme, agressiva mesmo, o que imediatamente despertou uma indignação mundial principalmente da esquerda que costuma relacionar Palestina com progressista e Israel com reacionário. A mídia mundial lotada pela canhota fica em silêncio diante dos foguetes palestinos contra Israel, certamente acreditando que os judeus devem receber foguetes diário sobre suas cabeças e aceitar tudo numa boa. Ao primeiro movimento de reação de Israel, cai o mundo.
Nunca vi em qualquer jornal mundial uma foto de vítimas de Israel após bombas palestinas. Mas, ao primeiro ataque de Israel, imediatamente enchem os jornais de fotos de crianças palestinas feridas.
É uma luta sem fim. Se de um lado temos soldados israelenses bem instruídos, com a noção exata de seus limites, e com a amor à vida, de outro lado temos os combatentes palestinos que não tem a mínima noção das coisas, não dão o menor valor para as suas próprias vidas, as quais entregam mediante a singela promessa de um paraíso onde conviveram com dois dezenas de virgens a lhes servir os intintos.
Não há qualquer chance para a paz. Óleo e água juntos numa pequena e frágil garrafa, esperando somente para cair no chão e quebrar tudo, derramando o seu sagrado conteúdo, que ainda podem respingar em nós. Deus ( ou Alá) nos livre.

domingo, 4 de janeiro de 2009

POUCO A DIZER

Se por um lado o evento Natal me toca muito de perto. Inspira a escrever tal como o fiz falando do Menino que habita em mim. A grande maioria adorou a crônica e a elogiou. É claro que não foi unanimidade, e nem a quero, até porque toda unanimidade é burra, como já dizia Nelson Rodrigues. Se todo o mundo concordar comigo mudo de opinião na hora, pois existe alguma coisa errada.
O que dizer do ANO NOVO?
O que eu poderia falar já falei no Natal, pois é a data que realmente mexe comigo. Nela quero estar perto de meus afetos, quero lhes dizer quanto gosto deles. No ANO NOVO, vou lhes dizer que as coisas mudarão? Quererão eles mudar?
Volto ao passado. Quantas passagens de ano já vivi. Quantas delas tiveram qualquer influência na vida durante o ano. Quase nenhuma. As festividades de final de ano tem se resumido ao quê? Em primeiro fogos, odeio fogos. Confesso que gosto de ver os grandes foguetes decorativos, mas não gosto da barulheira que provocam; E, segundo, grandes bebedeiras, me resumo a tomar uns champanhas poucas e de boa qualidade para degustar junto com Lourdes e demais familiares.
Comparem com o Natal. A expectativa do dia. O fundo religioso. Os presentes a serem dados e os a receber. As comidas feitas com esmero. Existe a emoção.
Só uma coisa salvo o ANO NOVO: a esperança. Mas, eu não preciso de ANO NOVO para ter esperança, eu tenho sempre. Ela está embutida em tudo que é sonho meu. Acho que sonhar é o grande motor que move nossa vida. Se um dia não os tivermos mais, será o fim de nossa existência, com ou sem calendário novo.

Arquivo do blog

QUEM É ESTE ESCORPIÃO?

Minha foto
PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL, Brazil
EU E MINHAS CIRCUNSTÂNCIAS