Se por um lado o evento Natal me toca muito de perto. Inspira a escrever tal como o fiz falando do Menino que habita em mim. A grande maioria adorou a crônica e a elogiou. É claro que não foi unanimidade, e nem a quero, até porque toda unanimidade é burra, como já dizia Nelson Rodrigues. Se todo o mundo concordar comigo mudo de opinião na hora, pois existe alguma coisa errada.
O que dizer do ANO NOVO?
O que eu poderia falar já falei no Natal, pois é a data que realmente mexe comigo. Nela quero estar perto de meus afetos, quero lhes dizer quanto gosto deles. No ANO NOVO, vou lhes dizer que as coisas mudarão? Quererão eles mudar?
Volto ao passado. Quantas passagens de ano já vivi. Quantas delas tiveram qualquer influência na vida durante o ano. Quase nenhuma. As festividades de final de ano tem se resumido ao quê? Em primeiro fogos, odeio fogos. Confesso que gosto de ver os grandes foguetes decorativos, mas não gosto da barulheira que provocam; E, segundo, grandes bebedeiras, me resumo a tomar uns champanhas poucas e de boa qualidade para degustar junto com Lourdes e demais familiares.
Comparem com o Natal. A expectativa do dia. O fundo religioso. Os presentes a serem dados e os a receber. As comidas feitas com esmero. Existe a emoção.
Só uma coisa salvo o ANO NOVO: a esperança. Mas, eu não preciso de ANO NOVO para ter esperança, eu tenho sempre. Ela está embutida em tudo que é sonho meu. Acho que sonhar é o grande motor que move nossa vida. Se um dia não os tivermos mais, será o fim de nossa existência, com ou sem calendário novo.
Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
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