Este fim de semana folhando a Bíblia, o que faço vez em quando, alternadamente entre crente e curioso, fui ao Livro do Apocalipse. Segundo se diz por aí, tudo terminaria numa grande batalha chamada Armagedon. Na verdade, não passa de má interpretação, pois Apocalipse significa Revelação, com origem no grego, daí o texto de João ser tido como o relato do fim dos tempos é uma falácia. Trata-se de verdadeira deturpação da história, coisa comum na tradição oral.
A maçonaria tem lidado há séculos com as linguagens simbólicas constantes do Apocalipse. Se fundam principalmente na interpretação das linguagens simbólicas que apontariam caminhos para uma harmonia plena entre o criador e as criaturas.
Alguém já me disse, acho que foi o meu bisavô Olíbio, que o fim do mundo acontece somente para nós, e quando morremos. Diante dos sábios (incluindo alguns que lêem os meus escritos) pode ser infantil, mas tem certa profundidade. É muita pretensão nossa entender que o fim de nossa existência deva coincidir com o fim dos tempos. A vida na terra tem bilhões de anos. A vida do homo-sapiens deve ter alguns milhares ou milhões. Por que exatamente agora em nossa pequena existência é que o mundo resolveu acabar?
Outro dia, eu falava das Leis de Murphy – as quais não passam de brincadeiras, mas tem um fundo de verdade- sendo uma das principais é aquele que diz: se alguma coisa tem alguma possibilidade de dar errado, dará errado.
Não querendo se comparar a João e suas premonições, não raro, também tenho visões. As minhas visões, entretanto, nada têm de divino, ou seja, são terrenas mesmo. Nascem de análises de situações, as quais sob o meu exame determinada episódio terá um desfecho breve, que tanto pode ser bom, como pode ser mau. Se alguém colocar uma raposa dentro de um galinheiro, todo mundo já sabe qual será o desfecho. Se, contrário senso, colocamos dentro de uma gaiola cheia de raposas tão-somente uma galinha, o desfecho é o mesmo, somente a velocidade do final é que será abreviada. Neste caso, o apocalipse já é previsto, não carecendo o acompanhamento, nem a previsão de eventual profeta de plantão.
Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
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