Em Portugal, se diz heterónimos; no Brasil heterônimo. A verdade é que , ao contrário dos pseudônimos que são os nomes outros que uma própria pessoa lhe atribui, os heterônimos são várias pessoas que habitam um só poeta.
Foram heterônimos de Fernando Pessoa - o maior poeta da língua portuguesa – Caiero, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
São de Ricardo Reis os versos:
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
(Poesias)
Somente eles seriam suficientes para demonstrar o gênio de Fernando Pessoa.
O mundo está cheio de pessoas fingidas. Daí que resolvi estudar o fingimento e me deparei com estes versos.
Ora, o fingidor tanto finge que acabe se convencendo que aquilo que está fingindo é verdade.
Contrário senso – aí o paradoxo – quando realmente está sentindo alguma coisa finge que não é verdade...
O que lhe apraz é fingir.
O mundo dos sonhos lhe basta.
Por que teríamos o direito de lhe invadir ou lhes tolher as quimeras?
Ele é feliz assim.
Finja você que acredita nos sonhos dele, e ele continuará feliz, ou pelo menos fingindo que é...
Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
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