domingo, 7 de dezembro de 2008

UMA VISITA À ETERNA MAJESTADE DAS LINHAS COMBATENTES


Estive na quarta feira passada (dia 04.12.08), em Sapucaia do Sul, acompanhada pelo Cel da Reserva do Exército Brasileiro Cláudio Di Primio. O Cel. Di Primio um querido amigo foi comandante do 18° Batalhão de Infantaria Motorizada, onde servi em 1971, e sobre o qual já contei algumas histórias de caserna.
Pois o Cel. Di Primio leu e gostou de minhas crônicas, obviamente mais das que falo das coisas do quartel. Daí que resolveu levar meus escritos ao atual Comandante do 18ºBIM, o Coronel Fernando Dias Herzer, lá em Sapucaia do Sul. E, este nos convidou para as festividades de 100 anos do Batalhão.
Assim, que aí fomos nós. Lá chegando fomos muito bem recebidos pelo Cel. Comandante, um tipo germânico, atlético, com jeito de operacional, muito simpático, o qual nos colocou imediatamente à vontade nos franqueando as instalações para uma visita, especialmente uma sala que inaugurou aonde vimos antigas fotos do batalhão, incluindo o meu ano de 1971, onde pude rever alguns companheiros da época.
As cerimônias começaram, é claro, por uma formatura do batalhão. Formatura no meio militar é a reunião de toda a unidade ou parte dela, enfileirados e acompanhada de seus comandantes e demais graduados.
Inicialmente, o comandante fez um discurso falando da história e importância do batalhão, o qual teve passagens históricas nas guerras aqui do sul, e em alguns movimentos no nordeste do país, além de participações em missões da ONU, tais como Suez, e nos últimos anos no Haiti.
Fui apresentado ao General comandante da Divisão de Exército a 6a. DE, a outros coronéis que também comandaram o Batalhão, antigos oficiais e praças da unidade. Também encontrei conhecidos meus que também tinham passagem pelo Dezoito.
Na seqüência, o Cel. Comandante sugeriu que todos nós da reserva formássemos um pelotão para desfilar sob o toque da banda do batalhão, o que efetivamente fizemos, para grande emoção minha e de meus parceiros.
Naqueles minutos, em que desfilamos alinhados, como se tivéssemos novamente 18 anos, vi passar um filme de uma das passagens mais bonitas de minha vida.
Em seguida, desfilou a tropa atual, formada por cinco companhias, tais como no meio tempo, é verdade que com outros nomes a de serviço e a de apoio, mantendo os nomes as de fuzileiros. Encerrou o desfile o contingente motorizado.
Encerrada a solenidade, fomos conduzidos a um campo de instrução onde assistimos uma apresentação de um pelotão operacional.
Finalmente, nos conduziram a um salão para um belo coquetel com canapés, prato quente e bebidas. A qualidade da comida e o serviço nada ficaram devendo a qualquer serviço fino civil.
Pontos positivos ainda a salientar: a presença feminina no corpo de militares do batalhão, as instalações de boa qualidade, incluindo o espaço físico e construções, a disciplina da tropa, e, uma das coisas que me chamou muito a atenção, o biótipo dos soldados que melhorou muito se comparado com o meu tempo.
Saímos dali por volta de 13h30min muito alegres com tudo o que vimos, presenciamos e usufruímos.
Parabéns ao Cel. Herzer, aos demais membros do Batalhão Passo da Pátria pelos 100 anos. Meus agradecimentos ao Cel. Di Primio por mais esta gentileza que brindou este velho amigo.

Nota de rodapé: “Eterna majestade” é parte do hino da infantaria:
És a eterna majestade,Nas linhas combatentes,És a entidade,Dos mais valentes.

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