segunda-feira, 21 de junho de 2010

CULPA

Enquanto o dolo está ligado à vontade de fazer e produzir o resultado, a culpa está ligada ao agir com imprudência, negligência ou imperícia de tal sorte a redundar em prejuízo a terceiro. No dolo, o agente quer produzir o prejuízo ou a lesão; na culpa não há vontade, mas descaso.
Existem modalidades especiais de culpa, entre elas a chamada “culpa em eligendo” e a “culpa em vigilando”. No primeiro caso, tenho culpa por ter escolhido mal a pessoa para determinada tarefa que resultou em dano; no segundo caso, não fui cuidadoso o suficiente e deixei acontecer determinado fato que resultou em prejuízo a alguém.
Estamos todos os dias à mercê de culpa “em eligendo” e “em vigilando”, pois é muito difícil conhecer totalmente as pessoas. Ninguém está livre de confiar em alguém que lhe frusta a espectativa, ou muda surpreendentemente de conduta no meio da tarefa.
Assim, todos os dias estamos sujeitos à responsabilidade por culpa de outros, mas que não podemos nos esquivar, pois incide sobre nós os ônus da fiscalização.
No meu caso, há um agravante: não sou chegado a ficar imputando culpa às pessoas, não me preocupo muito em saber quem produziu o dado, geralmente me preocupo somente em resolver o problema. Sei que é um defeito, mas acho que saná-lo a esta altura da vida será uma tarefa difícil ou impossível.

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