Uma deputada federal apresentou um projeto objetivando a tributação de grandes fortunas. Desta forma, alguém que tem um patrimônio de cinco milhões de reais pagaria anualmente cinco por cento deste valor, ou seja, a quantia de duzentos e cinquenta mil reais. Não interessa se fortuna é líquida ou não, ou se o afortunado tem dinheiro em caixa suficiente para enfrentar o problema.
A primeira vista, trata-se de simples atitude correta de distribuição de renda. Uma forma de tirar de quem tem, jogando-se no bolo fiscal, que, em tese, voltaria sob a forma de serviços a população em geral, com ênfase nos mais pobres.
Não se pode falar em ilegalidade já que há previsão constitucional, vinda na Constituição cidadã do senhor Ulysses Guimarães.
A verdade é que o projeto é simpático às grandes massas, principalmente nas mais ignorantes, as quais não conseguem enxergar além das vitrinas.
Infelizmente, o rico nunca paga imposto, mesmo que as guias de recolhimento venham no seu nome, eles continuarão a não pagar mesmo com o tal tributo sobre as grandes fortunas. Repassarão os seus novos custos; embutirão nos preços das mercadorias; incluirão nos preços de suas prestações de serviços; colocarão dentro de seus honorários. Mas então quem pagará? Adivinhem? Acertaram: nós mesmos o povo consumidor.
Só para ilustrar determinado industrial que tem um patrimônio acima de cinco milhões, fabrica telhas. Cobra ele em cada telha 20 reais, passará a cobrar 21 pilas para enfrentar o tal imposto. Resultado final terá mais lucro, por conta do tal tributo, pois arrecadará com o plus mais do que necessitaria para compensar o imposto.
Quem ganhará no procedimento: em primeiro lugar, a deputada, pois terá o seu nome ligado à distribuição de renda; o governo, pois aumentará a arrecadação; o empresário, pois o plus tende a ser exagerado.
O que o povo vai ganhar? Nada, pois o governo colocará a arrecadação no bolo geral da Receita Pública, onde desaparecerá, como num ralo.
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POST SCRIPTUM - Não tenho interesse direto na matéria, pois estou somente agora partindo para o meu segundo milhão de reais. Não tire conclusões apressadas, é que o primeiro não deu certo.
Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
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