Ganhei de presente do meu irmão Alfredo o livro de Nelson Motta A Primavera do Dragão - A juventude de Glabuer Rocha. O livro é muito bom, pois Nelson escreve a história inicial de Glauber numa linguagem jornalística, muito gostosa de ler, tanto o é que li em dois dias, praticamente num fôlego só.
O primeiro filme sério que vi na vida foi DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL, cuja criação Nelson conta do livro. Realmente inesquecível.
Num tempo em que o cinema nacional era praticamente uma brincadeira, pois se dedicava simplesmente a fazer comédias, Glauber abriu seu espaço a fórceps, num processo revolucionário que se chamou Cinema Novo.
Costumo dizer que o cinema nacional não existia antes de Glauber e nem depois dele. São raros os filmes brasileiros de qualidade, infelizmente. Hoje, os nossos cineastas tem condições técnicas, mas acho que lhes falta talento. Nem roteiros adaptados salvam o cinema nacional. Algumas raras exceções, entre as quais DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS e O QUATRILHO.
Assim como nascemos para o futebol, acho que não viemos ao mundo para fazer cinema.
Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
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