quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

JOVENS & ALCOOL

Lembrei hoje de um episódio bem engraçado. O meu amigo Ângelo Alves de Mattos é um médico gastroentorologista , além de hepatologista, uma das maiores autoridades na América do Sul, estando atualmente presidindo a associação para a AL desta última especialidade, tendo encerrado no final do ano passado a sua gestão à frente da Associação Brasileira de Hepatologia. É um dos poucos amigos que tenho, pessoa muita querida, além de parente de minha filha Gabriela por parte de mãe, ou seja da linha dos polacos Przybysz.
Pois, o Ângelo um certo dia estava no programa Câmera 2 do bom Clóvis Duarte, quando iniciou um quadro onde Corte Real falava sobre vinhos. O Corte Real, como só acontecer no programa, começou a distribuir taças de vinhos para servir aquele que era objeto da sua fala. Chegou a vez do Ângelo ele negou receber a taça. – O senhor não vai beber ? - Não. – Mas, como vinho não é bom para a saúde? Não, faz mal para o estômago, para o fígado... Foi um constrangimento barbaro.
Por que estou falando no assunto? Ando preocupado com o que está bebendo a juventude.
Eles bebem cerveja como se estivessem bebendo suco de laranja. Ora, a cerveja tem uma dosagem importante de álcool. Pode e leva ao alcoolismo, que é uma doença grave, com reflexos somáticos e psíquicos, com destruição do fígado, resultando em cirrose e até câncer. Pode comprometer o pâncreas e rins.
- Mas, Osnir, eu já vi você bebendo.
É verdade, mas não faço disso um hábito. Bebo somente quando bem entendo. Nunca bebo diariamente. Raramente o faço em dias de semana. Bissextamente, bebo dois dias seguidos. Sou exigente na qualidade. Sigo o conselho do meu cunhado Luciano: beber pouco com qualidade.
Só bebo bons vinhos, e em pouca quantidade e muita qualidade. Cerveja só bebo de primeira linha, incluindo as Uruguaias, Brahma Extra e similares.
Muito raramente bebo destilados, pois têm altos índices de álcool.
Fico de cabelo em pé quando vejo no Orkut fotografias de jovens orgulhosos com copos ou garrafas de cerveja na mão. Pessoal , isto não deve dar orgulho para ninguém. É como tirar fotografia fumando. Além do mau gosto é mau exemplo.
Ninguém mais se reúne para trocar idéias. Tudo é desculpa somente para encher a cara.
Temos que fazer da bebida algo de bom, de prazer, não fórmula de morte.
Todo mundo debocha da obrigação de colocar depois das propagandas de bebida o famoso: use ou utilize com moderação. A determinação está correta. A palavra é moderação.
É claro que sou contra as drogas, mas também acho que as autoridades se omitem quando o vício é do álcool, o qual pode, e atinge toda a agressividade daquelas.
Finalmente, existem pessoas que têm antecedentes familiares, ou mesmo históricos de doenças ligadas ao problema. Estas pessoas deveriam se abster completamente do álcool. Ou, radicalmente, ficar longe dos copos.

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