segunda-feira, 4 de maio de 2009

A VERDADEIRA CARA DE CHE


Cada vez que eu passo por um jovem com a célebre foto de Ernesto Guevara de la Serna, conhecido como Che Chevara, escrevo na testa do neófito: inocente útil. Fico indignado quando as pessoas elegem por ídolo alguém que não merece, e que, pelo contrário, tem tudo para não merecer uma boa página na história da América.
Che Chevara nasceu em Rosário- Argentina, em 14.06.1928. Passou a infância em Córdoba, onde já sofria da asma que carregou a vida inteira.
Em 1952, empreendeu pela América Latina uma longa viagem de motocicleta, que deu motivo ao filme DIÁRIO DE MOTOCICLETA, e lhe teria inspirado para as suas ações futuras.
Andou, ainda, em atividades político-revolucionárias pela Bolívia, Guatemala e finalmente Cuba. Leitor dos comunistas famosos, como Marx e outros, teria sido o responsável pelo envolvimento da revolução cubana, que ajudou, com o comunismo soviético, pois a turma de Fidel nunca tinha sido socialista antes da revolução cubana.
A partir de Cuba tentou incursões comunistas na Argentina, Congo e finalmente Bolívia onde morreu. Por estes fracassos, se comprovam que atribuir algum mérito a Che pela revolução cubana, sem levar em conta o gênio estratégico de Fidel Castro, é um exagero.
Na verdade, Che na administração cubana, em especial no Ministério da Economia foi um fracasso. A ponto do inteligente comandante já estar de saco cheio dele, louco para se livrar do mala.
Inquieto, queria expandir suas idéias comunistas pelo mundo, e se deu mal.
Defensor dos fuzilamentos dos adversários políticos, foi tão radical a ponto de defender os assassinatos na Assembléia Geral da ONU, o que pode ser conferido em vídeo que anda pela Internet, ao alcance de qualquer mortal. Fez algumas execuções pessoalmente.
Não gosto de biografias de fãs, as chamadas laudatórias, nem das escritas por inimigos, onde se gizam somente o que o historiado tem de ruim.
Assim, gosto das neutras, onde se lê o que o sujeito fez de bom e o que fez de ruim.
Nestes termos, não hesito em indicar a biografia de Che Chevara, subtítulo: A Vida em Vermelho, escrita por Jorge G. Castañeda, edição da Companhia das Letras. Castañeda é jornalista mexicano do jornal O “proceso” e também do “Los Angeles Times”, bem como do periódico ‘Newsweek”, uma das principais revistas semanais do mundo. Realmente uma pessoa com credibilidade.
O livro é muito bem escrito. Por se tratar de um jornalista, a linguagem é jornalística, semelhante ao talhe de Rui Castro.
Os fãs de Che repetem uma frase que demonstraria toda “delicadeza” do distinto, é mais ou menos assim: “endurecer, sem perder a ternura jamais.” Compare com a frase dita em 11 de dezembro de 1964, sabe aonde, na Assembléia Geral da ONU: "Fuzilamos e seguiremos fuzilando enquanto for necessário. Nossa luta é uma luta até a morte". E, mais em maio de 1967, na revista cubana Tricontinental, Che escrevia: "O ódio intransigente ao inimigo converte o combatente em uma efetiva, seletiva e fria máquina de matar. Nossos soldados têm de ser assim". Veja a frase de Castañeda para entender um pouco do mito Che Chevara: “ Com o tempo, o próprio ano de 68 ( ele morreu em 1967) se converteria em marco e mito, eleito como último instante em que tudo pareceu possível. À luz da nostalgia desses dias, o rosto que os simbolizou foi reproduzido à exaustão em camisetas e pôsteres, ao lado dos de Marilyn Monroe, Janis Joplin e Jimi Hendrix. Aos poucos, o ícone foi encobrindo o homem, relegando sua vida a um segundo plano nebuloso.”A verdade é que Che era um revolucionário que não via medidas, fechava os olhos e não via consequência de nada, diferente de Fidel Castro, por exemplo, o qual não lhe deu apoio nas empreitadas bestas que empreendeu, e que evidentemente não deram certo, acabando por lhe tirar a vida. Lembrei-me dos conselhos do meu avô: - Guri, entrar numa briga, que sabe já perdida, não é coragem é burrice.

Um comentário:

Anônimo disse...

hoje não vou comentar o teu texto, instigante (e de direita) como sempre. quero comentar o teu esporte favorito: praia, uma cadeira e um livro. trocando a cadeira pela rede, concordo inteiramente. nada me deixa mais satisfeita do que estar na minha hiper maravilhosa praia, com um belo livro e preguiçosamente deitada na minha rede. será que felicidade se mede pelo tamanho da rede? pelo prazer da leitura? ou pela maravilhosa alegria de se sentir totalmente parte de um lugar que te apaixona? respondo afirmativamente a tudo. conto os dias para me libertar das amarras do trabalho e me sentir inteiramente parte da natureza que me fascina e me faz sentir ainda viva. praia, uma rede e um livro... quem pode querer mais? bj, virginia

Arquivo do blog

QUEM É ESTE ESCORPIÃO?

Minha foto
PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL, Brazil
EU E MINHAS CIRCUNSTÂNCIAS