quinta-feira, 14 de maio de 2009

NEM REFUNDANDO

“Os problemas sociais são tão grandes, e decorrem de situações as mais diversas, o que torna cada vez mais complexa a salvação das criaturas.
Cinco deles, porém, constituem sinal de alarme para aqueles que ainda têm esperanças de viver num mundo melhor. São cinco raízes profundas, cuja veia venenosa se alastra com rapidez ceifando vidas, roubando a paz, destruindo e devassando. São eles: desarticulação da família; o baixo nível de cultura do povo; o baixo nível de saúde das populações, inflação e ignorância política e religiosa do homem comum.
Deles decorrem o elevado índice de criminalidade, o individualismo, a prática do adultério, as vítimas dos tóxicos e da maconha, o menor abandonado e delinqüente, os doentes mentais, os neuróticos e, principalmente, a juventude ociosa, turbulenta e angustiada dos nossos dias.”
O texto acima, parece, que foi escrito hoje. Engano, pois foi escrito pela Professora Geraldina da Silva, num pequeno livro chamado O PRIMEIRO PASSO, que recebi autografado pela autora no Natal de 1989, onde dedicou a minha estas palavras: “José Osnir – Obrigado pelo carinho dispensado à velha mestra. Deus abençoe tua família. Natal de 1989. Geraldina.” O livro provavelmente foi escrito entre na década de 70, o que mudou de lá para cá? Nada, ou melhor, piorou, pois às cinco raízes profundas citadas pela Professora Geraldina somou-se a CORRUPÇÃO POLÍTICA desenfreada.
Até é bom que pessoas como a Professora Geraldina não tenham o dissabor de presenciar o que está acontecendo em nossa política, pois certamente sofreriam muito. Não passa um dia que eu não sofra uma crise de indignação diante do que esta gente está fazendo contra o povo brasileiro.
Falando que os tempos não mudam (O tempora!O mores!) Já dizia Cícero no Senado Romano: Até quando, enfim, ó Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda esse rancor nos enganará? Até que ponto a (tua) audácia desenfreada se gabará?
Vivemos tempos de horrores. Uma tragédia grega ininterrupta, numa alternância de artistas, sem que mude o texto, constitui a nova sina do povo brasileiro, condenado à escravatura moral que lhe é imposta por gente sem o menor escrúpulo. Chegam a ponto de achar natural se apropriar do dinheiro público para financiar viagens para conhecidos.
E, o que é pior, conseguem aliados a defender este tipo de atitudes, com argumentos que variam entre achar ser coisa natural, entender que sempre foi assim, tachar de assunto requentado.
Lamento caros amigos, mas acho que não tem solução, não há mais vergonha na cara . E, quando isso acontece, nem refundando o país.

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