sábado, 2 de maio de 2009

NADA A VÊ (sic)

O menino nasceu na favela. Desde os seis anos se acostumou a viver no meio da delinqüência, achando aquilo tudo muito natural. Não conhecia o mundo, ali era o seu pedaço de chão. A moral que conhecia vinha dali. Roubar, furtar, enfim, subtrair bens alheios fazia parte de seu cotidiano. Ninguém dizia para ele que este tipo de atitude não era correto; que constitui crime, ou que, no mínimo não era uma coisa boa não só para os terceiros, para a sociedade, mas também para ele próprio.
Ele cresceu, e de alguma forma se tornou um líder na sua comunidade. Com esta alavanca, conseguiu se eleger vereador, depois deputado e finalmente chegou ao parlamento federal. Lá chegando, achou a coisa mais normal do mundo utilizar o dinheiro público para o seu proveito pessoal e dos seus amigos, pois até hoje ninguém lhe dissera que seria errado. Os seus pares faziam o mesmo, por que haveria de achar que não poderia fazê-lo. Até o Presidente da República disse que levar a mulher à Brasília e colegas de sindicato, por conta do erário, é uma coisa natural.
O nosso deputado é formador de opinião. Com ele, leva todo uma legião de eleitores, de correligionários, familiares, amigos a pensar exatamente como ele. Com este tipo de pensamento, e o que é pior, com este tipo de ação, estamos mudando a sociedade, e não é para melhor.

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