Quem escreve sempre tenta, as vezes com consciência, outras não, imitar algum bom escritor. Inicialmente, comecei a escrever tal como o fazia Érico, certo que não com a sua qualidade, mas a verdade é que eu não me dava conta disso.
Tenho a sua obra completa, e alguns livros até em duplicata. Li a maioria, e em especial, suas melhores obras que são o TEMPO E O VENTO, ou seja, a trilogia: O Continente, o Arquipélago e o Retrato, O Incidente em Antares, Senhor Embaixador e Olhai os Lìrios do Campo.
Ele tem outras obras que eu chamo de memórias de viagem, entre elas Israel em Abril, Gato Preto em Campo de Neve e a Volta do Gato Preto.
Estes dois últimos na verdade, não são de viagem, mas narram a estadia de Érico e sua família nos Estados Unidos. Ele conta que deu o nome ao primeiro livro, pois viu da janela do trem um gato preto correndo num campo de neve. Se infere que via assim ele como fato preto naquela terra de brancos que era os EUA.
Acho muito engraçado as pessoas criticarem um país sem ter estado nele. Acho que o principal problema que os detratores veem no Estados Unidos é o fato de ter dado certo. É uma sociedade perfeita? Claro que não, mas é principalmente o exemplo de um mecanismo que funciona.
Por que funciona? Pelo simples de que aqueles que não querem que funcione são multados ou presos, ou seja, sofrem uma sanção.
Por que nos EUA os carros não fecham cruzamento? Eles são educados; são bonzinhos? Nem uma coisa nem outra, a resposta está nas placas de qualquer cruzamento: não feche o cruzamento, multa de QUINHENTOS DÓLARES e 12 pontos na carteira de distinto infrator. E ele é punido mesmo, não tem a mínima chance de recorrer, não há o amigo no DETRAN para tirar a multa.
Aqui como funciona? Não funciona. O sujeito não é multado, quando é a multa é ridícula.
No Brasil o sujeito mata outro, exatamente como tipificado no Código Penal, onde deveria receber uma pena de mais ou menos 12 anos. Se o inquérito chegar ao fim, se o sujeito for denunciado, se for pronunciado, se for condenado, se não prescrever, ele cumprirá um sexto da pena em regime fechado, depois vai para a rua, para matar outro.
A origem da diferença está na íntegra do livro de Vianna Moog chamado Bandeirantes e Pioneiros. O livro obviamente está esgotado. Quem tiver interesse posso emprestar o meu exemplo, desde que devidamente protocolizado, é claro.
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