Todas as pessoas são a favor de uma reforma política. Mas o que os políticos entendem por reforma política não tenho a mínima ideia. O que sai da boca dos distintos é que se torna extremamente necessária que haja financiamento público das campanhas.
Traduzindo o desejo da classe política: que o custo das campanhas eleitorais seja custeado exclusivamente com dinheiro dos cofres públicos.
Vocês sabem a tradução de cofres públicos: mais imposto. Ora, governos não fabricam dinheiro, ou pelo menos não deviam emitir sem lastro. No entanto, hoje eles simplesmente distribuem papel pintado, atribuindo um valor liberatório a seu bel prazer, ou sob um regime que só o Banco Central entende.
Por outro lado, duvido que os políticos cessem a arrecadação de fontes privadas. Eles continuarão a prática da formação de fundos com recolhimento em caixa dois, o que já foi confessado à exaustão no julgamento do mensalão. A confissão foi tão explícita que pretendia com ela excluir os indiciados de crimes maiores.
Em suma, terão uma fonte oficial e gratuita, e outra privada, sujeita, portanto, a contrapartida, haja vista que ninguém é tolo de acreditar em almoço grátis.
Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
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