A história sempre foi contada pelos vencedores. Não existe derrotado contado suas façanhas. A história nada mais é do que o vencedor contando vantagens de seus feitos vitoriosos. Ele foi o mocinho contra os índios malvados. O perdedor quer mesmo é esquecer o assunto. Vira a página, vamos falar de outro assunto, pois este não me interessa.
Quando a gente lê, vê ou escuta as pessoas se comunicando, sempre as autoras do pronunciamento são as mais perfeitas, que procedem, agem, falam e se manifestam com correção.
Em face disso, fico pensando: será que só eu que faço bobagem; somente eu que erro; sou solitário nesta ação de errar? Não vejo ninguém reconhecer seus próprios erros. Trata-se de um novo mundo do perfeito. Se todo mundo somente faz coisas certas, por que a terra não volta a ser um paraíso, diante de tanta santidade? Será que somente a minha ação danosa de errar faz com que o mundo não dê certo?
Por certo, a minha atitude desleixada, irresponsável, imperita, imprudente e negligente está fazendo com que este mundo não entre num estágio de verdadeiro Nirvana. Sou o único responsável por esta última barreira a impedir a felicidade geral da humanidade.
Será que tenho realmente esta importância? Acho que sim, pois até hoje não encontrei ninguém que reconhecesse seus próprios defeitos, suas próprias imperfeições. Somos eu e Fidel Castro duas figuras impares. Ele como último guardião do comunismo utópico, verdadeira peça de museu, a ser preservada. Acho até que Cuba deveria juntamente com o seu Comandante (hoje verdadeira “Coma-andante”) ser tombada pela ONU, como última representante do socialismo marxista-leninista do mundo. Nessa linha, eu também sou merecedor de um reconhecimento mundial: o único e último sujeito errado do mundo.
Qualquer dia ainda encontro, nestes mundões perdidos nesta terra patropi, um outro sujeito “gauche” na vida. Aí então compraremos duas violas de doze cordas (ou dez). E, sairemos a cantar a vantagem de ser uma pessoa anormal, dentro de um mundo perfeito.
Nota: a expressão "gauche na vida " é criação do poeta Drummond de Andrade.
Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
terça-feira, 29 de julho de 2008
domingo, 27 de julho de 2008
TÁ CHEGANDO A HORA DE CANTAR “CIELITO LINDO”
Na Internet, acontecem muitas atribuições de obras, crônicas, poesias e textos em geral a pessoas erradas. Assim, volta-e-meia surgem textos atribuídos a Luis Fernando Veríssimo, e principalmente a Arnaldo Jabour. Nesta linha, tudo que é puxa-saquismo de Lula ou história engraçada é atribuída a LFV, e tudo que é texto sarrafeando o Lula Lá é imputado ao AJ.
Também lendo uma mensagem de Orkut, naquelas frestadas que tudo mundo dá (e jura que não dá), vi um pensamento que normalmente é atribuído ao poeta Vinícius de Moraes, pois ele realmente, em numa de suas poesias faz referência a ela, mas tem origem na poesia de Augusto dos Anjos.
Eu não conheço toda a obra de Charles Baudelaire (poeta francês do século XIX), mas Augusto dos Anjos tem muita coisa que tirou da obra dele. Assim, não seria surpresa que encontrássemos alguma referência a esta citação na poesia francesa.
O plágio pode ser consciente ou inconsciente. É consciente quando tenho a vontade de copiar e copio; já o inconsciente eu vejo ou escuto determinada obra, incorporo ao meu subconsciente, e depois imagino que tenha sido obra de minha imaginação e apresento a página como minha.
Veja bem: as duas formas são puníveis pois constituem ilícitos autorais. É claro que a segunda – onde a prova é bastante difícil – poderá ser amenizada.
Conta o anedotário da imprensa que um famoso narrador de televisão vendo a torcida mexicana cantar:
“Ay, ay, ay, ay, canta y no llores,
Porque cantando se alegran,
Cielito Lindo, los corazones.
Ay, ay, ay, ay, canta y no llores,
Porque cantando se alegran,
Cielito Lindo, los corazones.”
(CIELITO LINDO)
-Olha ai, os mexicanos estão cantando a versão deles do TÁ CHEGANDO A HORA.
Maravilha: a ignorância é um bem nacional a ser preservado.
Também lendo uma mensagem de Orkut, naquelas frestadas que tudo mundo dá (e jura que não dá), vi um pensamento que normalmente é atribuído ao poeta Vinícius de Moraes, pois ele realmente, em numa de suas poesias faz referência a ela, mas tem origem na poesia de Augusto dos Anjos.
Eu não conheço toda a obra de Charles Baudelaire (poeta francês do século XIX), mas Augusto dos Anjos tem muita coisa que tirou da obra dele. Assim, não seria surpresa que encontrássemos alguma referência a esta citação na poesia francesa.
O plágio pode ser consciente ou inconsciente. É consciente quando tenho a vontade de copiar e copio; já o inconsciente eu vejo ou escuto determinada obra, incorporo ao meu subconsciente, e depois imagino que tenha sido obra de minha imaginação e apresento a página como minha.
Veja bem: as duas formas são puníveis pois constituem ilícitos autorais. É claro que a segunda – onde a prova é bastante difícil – poderá ser amenizada.
Conta o anedotário da imprensa que um famoso narrador de televisão vendo a torcida mexicana cantar:
“Ay, ay, ay, ay, canta y no llores,
Porque cantando se alegran,
Cielito Lindo, los corazones.
Ay, ay, ay, ay, canta y no llores,
Porque cantando se alegran,
Cielito Lindo, los corazones.”
(CIELITO LINDO)
-Olha ai, os mexicanos estão cantando a versão deles do TÁ CHEGANDO A HORA.
Maravilha: a ignorância é um bem nacional a ser preservado.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
NÃO CONFUNDA
Mandado = Ordem judicial.
Mandato = Contrato estabelecido através de uma procuração.
Handicap - Não é vantagem e sim desvantagem.
Ir ao encontro = concordar
Ir de encontro = chocar-se
Para mim, ler é uma diversão.
É um problema para eu resolver.
Ruço é cor.
Russo é nacionalidade.
Taxar é estipular
Tachar é qualificar negativamente.
Tampouco é o mesmo que também não.
Tão pouco é o mesmo que muito pouco.
Viagem é a jornada
Viajem é o verbo flexionado
Retificar – consertar ou arrumar
Ratificar – concordar
Representar – estar no lugar de alguém
Presentar - se apresentar pessoalmente
Registro = registo
Fórum - é o prédio
Foro é a jurisdição
Mandato = Contrato estabelecido através de uma procuração.
Handicap - Não é vantagem e sim desvantagem.
Ir ao encontro = concordar
Ir de encontro = chocar-se
Para mim, ler é uma diversão.
É um problema para eu resolver.
Ruço é cor.
Russo é nacionalidade.
Taxar é estipular
Tachar é qualificar negativamente.
Tampouco é o mesmo que também não.
Tão pouco é o mesmo que muito pouco.
Viagem é a jornada
Viajem é o verbo flexionado
Retificar – consertar ou arrumar
Ratificar – concordar
Representar – estar no lugar de alguém
Presentar - se apresentar pessoalmente
Registro = registo
Fórum - é o prédio
Foro é a jurisdição
quarta-feira, 23 de julho de 2008
TEMPO DE FORMATURA
Hoje recebi o convite de formatura de minha irmã Ivanir na PUC/RS, que será realizada no próximo dia 02.07, fato que muito me orgulha, pois se trata de uma vitória pessoal, individual e, sobretudo, determinada. A par de todas as adversidades, ela está conseguindo se graduar numa das maiores e melhores universidades do Estado, o que lhe garantirá certamente grande proveito.
O fato me fez lembrar a minha formatura em 1979, na centenária Faculdade de Direito da Universidade Federal do Estado do Rio Grande do Sul. A cerimônia, tal como eram todas as da época, se revestiu de grande solenidade.
A UFRGS tinha um departamento denominado de Cerimonial, o qual mantinha as formaturas dentro de um padrão de comportamento, onde não se via qualquer quebra de protocolo.
Nós mesmos, os formandos, não queríamos qualquer tipo de atitude pouco ortodoxa, haja vista que levávamos muito a sério a cerimônia de colação de grau.
Nos últimos tempos, tenho assistido de tudo nas formaturas, incluindo fundo musical, discurso individual, charanga, bandinha, corneta, apupos, faixas, gritos de ordem (ou de desordem).
Alguns comportamentos até extrapolam da sanidade mental. Já vi aluno ao ser chamado, se dirigir ao centro do palco, e começar a dançar um pagode ou samba, sei lá o que era aquilo. Já vi centenas de formandos chegarem ao microfone e largarem ganidos, gritos ou verdadeiros uivos.
Fico me perguntando, quem usaria o serviço de um médico que na sua formatura saiu dançando um samba, chegou ao microfone e deu dois latidos, e gritou: - valeu coroa?
A formatura virou um show, não é feita mais para o formando e seus convidados e sim para as câmeras de televisão. Não raro, a platéia de convidados e familiares não assistem o discurso inicial do reitor e sim enxergam tão-somente as bundas dos cinegrafistas e fotógrafos, os quais se acotovelam na frente da mesa diretora dos trabalhos.
Tem telão, onde passa a vida do formando, fotografia do pai e da mãe, do tio e da avó. A gente assiste filmes das festas preparatórias das formaturas, ensaios e cenas do cotidiano da faculdade.
Outro tipo de problema, o qual - graças a Deus – está sumindo onde o orador desancava em cima da faculdade que acabava de concluir. Dizia que a Universidade era uma porcaria, que a faculdade era fraca, que os professores eram incompetentes, e por aí a fora. Eu até já tinha ensaiado: na próxima vez que acontecesse isso em formatura, na qual eu estivesse presente, eu me levantaria e diria: - Muito obrigado, senhor formando, estou prevenido e de forma alguma irei usar os seus serviços profissionais, já que o senhor foi preparado de forma tão incompetente.
Por outro lado, outro dia na UFRGS, um dos alunos em seu discurso, disse que estava ali para agradecer o contribuinte brasileiro que tinha possibilitado o seu estudo numa universidade pública gratuita e de qualidade. Confesso que me escapou uma lágrima. Ali estava exatamente a figura do formando consciente de seu papel na sociedade. Aquela pessoa, com a sua pequena observação, demonstrou um enorme conhecimento da realidade do país, e certamente levará por toda a vida este tipo de comportamento, de que tanto o Brasil necessita. Pessoas que, como preconizava JFK - o Presidente Americano morto em 1963- têm que perguntar não o que o pais pode fazer por elas, mas o que elas pode fazer pelo país. Este formando reconheceu o que o seu país fizera por ele, e certamente durante a sua vida profissional retribuirá o que recebeu do contribuinte brasileiro. Este exemplo se repetiu algumas vezes, mas é uma honrosa exceção, ainda, infelizmente.
Já conversei com alguns dos festeiros sobre o assunto. Afinal queria saber a opinião deles sobre o assunto. Eles alegam, resumindo, que se trata de uma ocasião festiva, e que não existe motivo algum para frear toda a energia resultante do estado de euforia a que estão submetidos.
Tudo bem, só que se estão com o intuito de anarquizar a sua própria formatura, devem escolher um tipo de solenidade menos formal. Por que a toga e barrete? Querem-se na informalidade, nada mais estranho do que este tipo de veste talar. Quer uma coisa mais ridícula que um sujeito de toga pulando feito um macaco no meio do palco em direção à mesa do cerimonial, e a platéia batendo palma e gritando?
Desculpem-me os moderninos, mas eu sou um ser conservador, gosto de ir a uma formatura, onde todos estão com suas togas e barretes, recebem os seus canudos. Onde cada orador faz o seu discurso bem elaborado, com introdução, desenvolvimento e conclusão, tal como uma bela redação. Não fui orador de minha turma, mas já escrevi discursos de formatura a pedido de outros, onde fiz exatamente um histórico da vida acadêmica, elogiando a universidade, alguma coisa de política nacional, agradecimentos de praxe aos afetos, amigos e sociedade.
Quando penso em minha formatura, penso com orgulho, a imagem que me vem na lembrança é a de nós lá sentados, uniformizados, sendo chamados um-a-um, recebendo os diplomas; a platéia batendo palma para cada formando de forma civilizada. Será que é feio fazer assim? Será que a formatura fica deslustrada. Será que diminui o grau de felicidade do formando?
Lá na sua festa particular, se o formando entender de fazer um strip-tease, que o faça junto aos seus, os quais já lhe conhecem, e saberão entender o seu comportamento, sem surpresas. Não carece eu tenha que aturar um maluquete somente por que ele está ser formando junto com o meu amigo ou afeto.
A formatura é um dos acontecimentos mais importantes e bonitas da vida da pessoa, qual o motivo de torná-lo uma verdadeira algaraviada?
Vamos às formaturas com este espírito de solenidade, lugar onde a formalidade é chave de todo o processo, onde cada vestimenta, cada gesto, cada pessoa têm o seu significado próprio.
Lembrem do tema positivista de nossa bandeira, a ordem como princípio o progresso como fim.
O fato me fez lembrar a minha formatura em 1979, na centenária Faculdade de Direito da Universidade Federal do Estado do Rio Grande do Sul. A cerimônia, tal como eram todas as da época, se revestiu de grande solenidade.
A UFRGS tinha um departamento denominado de Cerimonial, o qual mantinha as formaturas dentro de um padrão de comportamento, onde não se via qualquer quebra de protocolo.
Nós mesmos, os formandos, não queríamos qualquer tipo de atitude pouco ortodoxa, haja vista que levávamos muito a sério a cerimônia de colação de grau.
Nos últimos tempos, tenho assistido de tudo nas formaturas, incluindo fundo musical, discurso individual, charanga, bandinha, corneta, apupos, faixas, gritos de ordem (ou de desordem).
Alguns comportamentos até extrapolam da sanidade mental. Já vi aluno ao ser chamado, se dirigir ao centro do palco, e começar a dançar um pagode ou samba, sei lá o que era aquilo. Já vi centenas de formandos chegarem ao microfone e largarem ganidos, gritos ou verdadeiros uivos.
Fico me perguntando, quem usaria o serviço de um médico que na sua formatura saiu dançando um samba, chegou ao microfone e deu dois latidos, e gritou: - valeu coroa?
A formatura virou um show, não é feita mais para o formando e seus convidados e sim para as câmeras de televisão. Não raro, a platéia de convidados e familiares não assistem o discurso inicial do reitor e sim enxergam tão-somente as bundas dos cinegrafistas e fotógrafos, os quais se acotovelam na frente da mesa diretora dos trabalhos.
Tem telão, onde passa a vida do formando, fotografia do pai e da mãe, do tio e da avó. A gente assiste filmes das festas preparatórias das formaturas, ensaios e cenas do cotidiano da faculdade.
Outro tipo de problema, o qual - graças a Deus – está sumindo onde o orador desancava em cima da faculdade que acabava de concluir. Dizia que a Universidade era uma porcaria, que a faculdade era fraca, que os professores eram incompetentes, e por aí a fora. Eu até já tinha ensaiado: na próxima vez que acontecesse isso em formatura, na qual eu estivesse presente, eu me levantaria e diria: - Muito obrigado, senhor formando, estou prevenido e de forma alguma irei usar os seus serviços profissionais, já que o senhor foi preparado de forma tão incompetente.
Por outro lado, outro dia na UFRGS, um dos alunos em seu discurso, disse que estava ali para agradecer o contribuinte brasileiro que tinha possibilitado o seu estudo numa universidade pública gratuita e de qualidade. Confesso que me escapou uma lágrima. Ali estava exatamente a figura do formando consciente de seu papel na sociedade. Aquela pessoa, com a sua pequena observação, demonstrou um enorme conhecimento da realidade do país, e certamente levará por toda a vida este tipo de comportamento, de que tanto o Brasil necessita. Pessoas que, como preconizava JFK - o Presidente Americano morto em 1963- têm que perguntar não o que o pais pode fazer por elas, mas o que elas pode fazer pelo país. Este formando reconheceu o que o seu país fizera por ele, e certamente durante a sua vida profissional retribuirá o que recebeu do contribuinte brasileiro. Este exemplo se repetiu algumas vezes, mas é uma honrosa exceção, ainda, infelizmente.
Já conversei com alguns dos festeiros sobre o assunto. Afinal queria saber a opinião deles sobre o assunto. Eles alegam, resumindo, que se trata de uma ocasião festiva, e que não existe motivo algum para frear toda a energia resultante do estado de euforia a que estão submetidos.
Tudo bem, só que se estão com o intuito de anarquizar a sua própria formatura, devem escolher um tipo de solenidade menos formal. Por que a toga e barrete? Querem-se na informalidade, nada mais estranho do que este tipo de veste talar. Quer uma coisa mais ridícula que um sujeito de toga pulando feito um macaco no meio do palco em direção à mesa do cerimonial, e a platéia batendo palma e gritando?
Desculpem-me os moderninos, mas eu sou um ser conservador, gosto de ir a uma formatura, onde todos estão com suas togas e barretes, recebem os seus canudos. Onde cada orador faz o seu discurso bem elaborado, com introdução, desenvolvimento e conclusão, tal como uma bela redação. Não fui orador de minha turma, mas já escrevi discursos de formatura a pedido de outros, onde fiz exatamente um histórico da vida acadêmica, elogiando a universidade, alguma coisa de política nacional, agradecimentos de praxe aos afetos, amigos e sociedade.
Quando penso em minha formatura, penso com orgulho, a imagem que me vem na lembrança é a de nós lá sentados, uniformizados, sendo chamados um-a-um, recebendo os diplomas; a platéia batendo palma para cada formando de forma civilizada. Será que é feio fazer assim? Será que a formatura fica deslustrada. Será que diminui o grau de felicidade do formando?
Lá na sua festa particular, se o formando entender de fazer um strip-tease, que o faça junto aos seus, os quais já lhe conhecem, e saberão entender o seu comportamento, sem surpresas. Não carece eu tenha que aturar um maluquete somente por que ele está ser formando junto com o meu amigo ou afeto.
A formatura é um dos acontecimentos mais importantes e bonitas da vida da pessoa, qual o motivo de torná-lo uma verdadeira algaraviada?
Vamos às formaturas com este espírito de solenidade, lugar onde a formalidade é chave de todo o processo, onde cada vestimenta, cada gesto, cada pessoa têm o seu significado próprio.
Lembrem do tema positivista de nossa bandeira, a ordem como princípio o progresso como fim.
terça-feira, 22 de julho de 2008
FUTEBOL SOLITÁRIO
No sábado, fui ao futebol sozinho, o que não fazia há muito tempo. Nos últimos anos, tenho as sempre agradáveis companhias de Vitório, seu filho Guilherme e seu irmão Márcio, todos gremistões da gema e com pedigree de imortal tricolor.
Nâo lembrava mais quão chato é ir ao futebol sozinho. Existem muitas coisas na vida que não dá para fazer sozinho, e uma delas certamente é ir ao futebol.
Se você for ao cinema e ficar comentando com o vizinho de cadeira sobre o filme vai atrapalhar os demais expectadores, os quais provavelmente lhe dirigirão psius.
Se você for a um teatro, o mesmo ocorrerá.
Idem no circo.
No futebol, é o contrário, pois você poderá falar, resmungar, xingar, gesticular com o seu vizinho de cadeira que ninguém vai ligar a mínima.
Como não comentar a ruindade do seu centro-avante, falar mal da mãe do juiz ladrão, botar a boca no gandula (antigo marrecão) que fica atrasando a bola?
Como não se virar para o companheiro e comparar o atual ala do seu time com o do tempo do Ortunho e Everaldo?
O que me salvou foi um aparelho celular, destes que vêm com estação de rádio efeême, pois agora elas estão transmitindo os jogos de futebol. Pude então acompanhar pelo receptor portátil embutido no telefone, podendo saber os nomes dos nossos jogadores e dos adversários.
O mais chato é na hora do gol, pois se o gol for de seu time você fará comentários alegres, elogiará o artilheiro, o convocará para a próxima seleção nacional. Se o gol for contra, você vai se virar para o seu acompanhante e despejar as baterias contra o seu zagueiro boca-aberta que deixou o avante adversário invadir a área sem dar-lhe uma botinada, ou caluniar o goleiro com adjetivos tais como frangueiro, venal, moscão ou ceguinho. Sem ninguém ao lado para comentar, você vai engolir em seco os seus comentários.
Na hora de ir embora, com quem você fará a resenha do jogo; com quem comentará os lances mais importantes do match.
Realmente não dá: prefero ficar em casa a ir ao jogo sozinho.
Nâo lembrava mais quão chato é ir ao futebol sozinho. Existem muitas coisas na vida que não dá para fazer sozinho, e uma delas certamente é ir ao futebol.
Se você for ao cinema e ficar comentando com o vizinho de cadeira sobre o filme vai atrapalhar os demais expectadores, os quais provavelmente lhe dirigirão psius.
Se você for a um teatro, o mesmo ocorrerá.
Idem no circo.
No futebol, é o contrário, pois você poderá falar, resmungar, xingar, gesticular com o seu vizinho de cadeira que ninguém vai ligar a mínima.
Como não comentar a ruindade do seu centro-avante, falar mal da mãe do juiz ladrão, botar a boca no gandula (antigo marrecão) que fica atrasando a bola?
Como não se virar para o companheiro e comparar o atual ala do seu time com o do tempo do Ortunho e Everaldo?
O que me salvou foi um aparelho celular, destes que vêm com estação de rádio efeême, pois agora elas estão transmitindo os jogos de futebol. Pude então acompanhar pelo receptor portátil embutido no telefone, podendo saber os nomes dos nossos jogadores e dos adversários.
O mais chato é na hora do gol, pois se o gol for de seu time você fará comentários alegres, elogiará o artilheiro, o convocará para a próxima seleção nacional. Se o gol for contra, você vai se virar para o seu acompanhante e despejar as baterias contra o seu zagueiro boca-aberta que deixou o avante adversário invadir a área sem dar-lhe uma botinada, ou caluniar o goleiro com adjetivos tais como frangueiro, venal, moscão ou ceguinho. Sem ninguém ao lado para comentar, você vai engolir em seco os seus comentários.
Na hora de ir embora, com quem você fará a resenha do jogo; com quem comentará os lances mais importantes do match.
Realmente não dá: prefero ficar em casa a ir ao jogo sozinho.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
NOVAS DICAS DE PORTUGUÊS
1)Não use crase antes de palavra masculina.
2)Não use crase antes de verbo.
3)Vendem-se casas.
4)Alugam-se apartamentos.
5)Evite os cacófatos: eu vi a marca dela.
6)Não repita a mesma palavra na frase, utilize sinônimos.
7)Não abuse do uso do “que”.
8)Use onamatopéias somente em casos extremos: tique-taque, zum-zum...
9)Procure escrever sempre na primeira pessoa, salvo em correspondência comercial ou jurídica.
10)A palavra correta é usucapião e não usocapião ou usu-capião.
11)Lembre-se não existe um mil, e sim mil, utilize um mil ( ou os detestáveis hum mil) em cheques somente por questão de segurança, em outros documentos use mil.
12)Em nomes próprios não misture as línguas: use New York ou Nova Iorque, jamais New Iorque ou Nova York.
13)Seja coerente: Londres no lugar de London, Munique no lugar de München, Nova Iorque no lugar de New York, e Pequim no lugar de Beijin. Se você chama Geneve de Genebra, Veneze de Veneza, Moscovo de Moscou, por que chamar Beijin de Beijin, se há trocentos anos a gente chama de Pequim?
14)Se alguém lhe falar que mora em casa “germinada” recomende os serviços da Jimo cupim ou do engenheiro agrônomo, pois na verdade ele se refere as casas geminadas.
15)Abreviaturas corretas de horário: 1h30min34s; 2h30min; 5h.
16)Evite palavras fora de moda, tais como: adentrar, aduzir, afazeres, alavancar, avacalhar, bólide, causídico, contrafluxo, edil, ente querido, entrementes, erário, jaez, leque de alternativas, morfético, necrópole, meliante, sodalício tríduo de Momo, soldado do fogo e praça de guerra.
17)Só quem pode usar “menas” é político apedeuta.
2)Não use crase antes de verbo.
3)Vendem-se casas.
4)Alugam-se apartamentos.
5)Evite os cacófatos: eu vi a marca dela.
6)Não repita a mesma palavra na frase, utilize sinônimos.
7)Não abuse do uso do “que”.
8)Use onamatopéias somente em casos extremos: tique-taque, zum-zum...
9)Procure escrever sempre na primeira pessoa, salvo em correspondência comercial ou jurídica.
10)A palavra correta é usucapião e não usocapião ou usu-capião.
11)Lembre-se não existe um mil, e sim mil, utilize um mil ( ou os detestáveis hum mil) em cheques somente por questão de segurança, em outros documentos use mil.
12)Em nomes próprios não misture as línguas: use New York ou Nova Iorque, jamais New Iorque ou Nova York.
13)Seja coerente: Londres no lugar de London, Munique no lugar de München, Nova Iorque no lugar de New York, e Pequim no lugar de Beijin. Se você chama Geneve de Genebra, Veneze de Veneza, Moscovo de Moscou, por que chamar Beijin de Beijin, se há trocentos anos a gente chama de Pequim?
14)Se alguém lhe falar que mora em casa “germinada” recomende os serviços da Jimo cupim ou do engenheiro agrônomo, pois na verdade ele se refere as casas geminadas.
15)Abreviaturas corretas de horário: 1h30min34s; 2h30min; 5h.
16)Evite palavras fora de moda, tais como: adentrar, aduzir, afazeres, alavancar, avacalhar, bólide, causídico, contrafluxo, edil, ente querido, entrementes, erário, jaez, leque de alternativas, morfético, necrópole, meliante, sodalício tríduo de Momo, soldado do fogo e praça de guerra.
17)Só quem pode usar “menas” é político apedeuta.
domingo, 20 de julho de 2008
ENFIM: A SOLUÇÃO, ALELUIA!
Cachorro comedor de ovelha só matando.
Quem não pode com o pote nem pega na rodilha.
São sábios e antigos ditados, sendo o primeiro aqui do sul, e o segundo do norte.
No primeiro, dá a entender que o cachorro que resolve matar uma ovelha para comer jamais perde o hábito, ou seja não tem solução pois continuará a prática, mesmo que advertido ou castigado. Assim sendo, ou você mata o cusco, ou quem sabe manda ele embora. Bem aí ele provavelmente vai matar as ovelhas dos outros.
No segundo, cabe explicar, adrede, o que é rodilha, pois penso que pote todo mundo sabe de que se trata. Pois, rodilha é um trapo enrolado na cabeça, onde se assenta o pote para carregá-lo em longas distâncias. Na verdade, quer dizer que se você não pode carregar o pote para que pegar rodilha? Em suma, não perde o teu tempo.
O que eles têm em comum É fácil: não se desperdiça tempo com o que não tem solução.
Outro ditado muito usado, também com o mesmo sentido é não gastar pólvora em ximango. (Também se pode escrever chimango, pois com esta grafia se usava por aqui para identificar uma linha ideológica). Ximango é uma ave de rapina, muito comum na Argentina, cuja caça é totalmente inútil, pois a carne não serve para nada. Daí gastar pólvora em Ximango significa dar tiro em animal, cuja caça você não terá proveito algum.
Meu colega Dal Mollin costuma dizer um outro ditado que é muito sábio também: o que não tem solução, solucionado está. Ora, você está diante de um problema que não tem solução, está solucionado: não faça nada.
Por que eu lembrei disso agora? Lembrei porque tenho alguns impasses me incomodando há algum tempo, e que cheguei à conclusão que não tem solução. O que faço então?
Ora, se cachorro comedor de ovelha só matando; se não estou a fim de carregar o pote, e não tenho pólvora para jogar fora em ximango, não vou fazer rigorosamente nada, pois solucionado está.
Quem não pode com o pote nem pega na rodilha.
São sábios e antigos ditados, sendo o primeiro aqui do sul, e o segundo do norte.
No primeiro, dá a entender que o cachorro que resolve matar uma ovelha para comer jamais perde o hábito, ou seja não tem solução pois continuará a prática, mesmo que advertido ou castigado. Assim sendo, ou você mata o cusco, ou quem sabe manda ele embora. Bem aí ele provavelmente vai matar as ovelhas dos outros.
No segundo, cabe explicar, adrede, o que é rodilha, pois penso que pote todo mundo sabe de que se trata. Pois, rodilha é um trapo enrolado na cabeça, onde se assenta o pote para carregá-lo em longas distâncias. Na verdade, quer dizer que se você não pode carregar o pote para que pegar rodilha? Em suma, não perde o teu tempo.
O que eles têm em comum É fácil: não se desperdiça tempo com o que não tem solução.
Outro ditado muito usado, também com o mesmo sentido é não gastar pólvora em ximango. (Também se pode escrever chimango, pois com esta grafia se usava por aqui para identificar uma linha ideológica). Ximango é uma ave de rapina, muito comum na Argentina, cuja caça é totalmente inútil, pois a carne não serve para nada. Daí gastar pólvora em Ximango significa dar tiro em animal, cuja caça você não terá proveito algum.
Meu colega Dal Mollin costuma dizer um outro ditado que é muito sábio também: o que não tem solução, solucionado está. Ora, você está diante de um problema que não tem solução, está solucionado: não faça nada.
Por que eu lembrei disso agora? Lembrei porque tenho alguns impasses me incomodando há algum tempo, e que cheguei à conclusão que não tem solução. O que faço então?
Ora, se cachorro comedor de ovelha só matando; se não estou a fim de carregar o pote, e não tenho pólvora para jogar fora em ximango, não vou fazer rigorosamente nada, pois solucionado está.
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