domingo, 16 de março de 2008

A FORÇA DAS PALAVRAS

Plutarco foi um filósofo e prosador grego, o qual teria vivido entre 45 e 125 d.C.
Conta-se que teria escrito mais de 200 livros.
É dele a frase: “Para saber falar é preciso saber escutar.”
Jesus na Parábola do Semeador acrescentava que é necessário não somente ouvir, mas entender o que foi dito.
A natureza é sábia deu a homem dois ouvidos e somente uma boca.
Se Deus quisesse que mais falássemos do que ouvíssemos teria, ao contrário, nos dado duas bocas e somente um ouvido.
Costumo fazer uma brincadeira com isso, dizendo que falamos em MONO, pois, o som sai de uma única fonte, e escutamos em ESTÉREO, pois são dois os ouvidos a captar os sons.
“In principio erat verbum et verbum erat apud Deum et verbum erat Deus.”
Tudo começa com a palavra.
Dizia Miguel de Cervantes (1547-1616), in Dom Quijote de La Mancha, que “ Ao bom entendedor meia palavra basta.” Ou seja não são necessárias longas explanações e sim palavras de qualidade dentro das frases.
Também nesta linha encontramos Paul Valéry, ensaísta e poeta francês, para quem “ entre duas palavras escolha sempre a mais simples. Entre duas palavras simples, escolha sempre a mais curta.
É por aí que me situo: procuro sempre escutar o máximo possível para aprender, e somente quando vejo que acumulei algum conhecimento busco transmitir a outros as minhas descobertas e meus acréscimos pessoais. Na minha escrita, procuro sempre escrever de forma clara e objetiva, sem mais delongas ou rodeios.
Tal como Millor Fernandes ( sem qualquer tipo de comparação pois se trata de um gênio) sou um escritor ( ou escrevinhador) sem estilo.
Érico Veríssimo de quem sou fã, tendo todos os seus livros, e alguns em duplicata, costumava dizer que não era um escritor e sim um contador de histórias. É claro que ele não tinha razão, pois além de ser um grande contador de história, também tinha estilo e bom conhecimento da arte de escrever. Eu sim sou somente um contador de histórias, através de minhas crônicas, sobre as quais tenho recebido alguns elogios aqui e ali. É verdade que a maioria dos leitores está em silêncio obsequioso, o que me poupa, mas as vezes me deixa angustiado, pois preferia até ouvir e ler algumas críticas.
Talvez alguns que pudessem fazer o papel de críticos não sejam filiados a Charles Maurice de Talleyrand, para quem “A palavra foi dada ao ser humano a fim de que ele pudesse, com ela, encobrir, seus pensamentos.” Quem sabe alguém ou alguns não estão pensando que ao escrever eu estou escondendo, camuflando, sonegando ou ocultando os meus verdadeiros sentimentos?
Por derradeiro, fecho com um pensamento do belga Maurice Maeterlinck: A palavra é do tempo; o silêncio da eternidade.” Ou, como diria o pensamento popular: em boca fechada não entra mosca!

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