O tempo não existe.
Se você formos aos dicionários como o famoso Aurelião, Houaiss e outros menos votados, vamos ser enrolados pois não vamos ganhar uma definição de tempo.
Se formos para a física, podemos comparar a idéia de tempo com a idéia de distância percorrida, ou seja a medida entre dois pontos.
Assim o tempo seria uma medida entre dois momentos; entre dois instantes. O antes comparado com o agora; o agora comparado com o depois; ou ainda o antes com o depois.
Podemos dividir então o tempo em passado, presente e futuro. Passado é o que foi, presente o que é, e futuro o que será.
Primeiro, examinamos o presente o que é? Bom, presente é o momento de agora, ou seja o que não foi e o que ainda não é.
Quando enxergo o que é, ele já não é, logo já é passado. Se me adianto, tenho só futuro que ainda não é. Logo, o presente é mero cálculo matemático o resultado da subtração do futuro pelo passado.
O futuro, tal como é definido, ou seja aquilo que não é, mas poderá ser, não existe por definição, ou seja, ainda não existe, e talvez, nem venha a existir.
Resta o passado, o qual já foi, logo, não existe mais.
Quando olhamos para as estrelas, em verdade, o que vemos é o passado, elas podem até não estar mais lá. Assim, ao reduzirmos as distância para o alcance da mão, estes mesmos princípios podem ser aplicados em menor escala, quando eu olho os meus dedos, eu vejo é o passado deles, e não o presente.
Diante desta inexistência do tempo, posso declarar de viva voz que não posso ser considerado velho, pois inexistindo o tempo esta referência é completamente desprovida de qualquer sentido.
É verdade que o meu velho e bondoso pai – no alto de seus 76 anos bem vividos – já decretou que velho é todo aquele que tem mais idade do que a gente. Assim, nunca seremos velhos.
Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
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Um comentário:
Eu optei por não envelhecer nunca, pois com o passar dos anos só fico mais... Experiente.
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