sexta-feira, 13 de junho de 2008

QUATRO ROMANOS E UM INGLÊS, UMA FÓRMULA QUE DEU CERTO!*


Estou comemorando aqui no blog a minha crônica de numero 100. Agradecendo a todas aquelas pessoas que têm me prestigiado.
Fico feliz também em saber que nesta data de comemoração da centésima crônica farei uma homenagem à minha querida irmã Ivone, a qual amanhã festeja os seus cinqüenta anos de idade.

QUADRO ROMANOS E UM INGLÊS

Eu tinha apenas seis anos de idade. Morávamos no Bairro da Azenha, numa travessa paralela à própria Rua da Azenha. Perto o suficiente para ouvir o barulhos dos bondes, que se dirigiam aos bairros Teresópolis, Medianeira e Glória.
O ano era de 1958, o mesmo ano em que a Seleção Brasileira de Futebol, formada pela antiga CBD (Confederação Brasileira de Desportos), ganhou a primeira copa do mundo.
As coisas estavam agitadas aquele dia pela casa, minha mãe estava grávida esperando mais um filho. Naquele tempo, a gente não sabia se era homem ou mulher, pois não existiam os ultra-sons, então o que sai da barriga das mulheres era tão surpresa quanto o que saia da cabeça de juízes ou das urnas como se dizia.
O fato é que chegou um determinado momento em que eu fui expulso da casa, e me refugiei na casa da frente, esperando os acontecimentos.
Não demorou muito para saber: tinha nascido minha segunda irmã, a Ivone. Ao contrário, dos dois irmãos mais velhos eu – Osnir – e Maria Ivanir – a Polaca – que éramos loiros a Ivone nasceu bem morena, a ponto de tentarem o apelido de “Negrinha” que não pegou, face ao esforço de minha mãe, que aquela altura já estava cheia de apelidos. O primeiro filho de José virou Zé e em alguns lugares o horrível Zezinho. A segunda filha de Maria Ivanir tinha virado Polaca, face aos seus cabelos da cor do trigo. Os cabelos de Ivanir e Osnir com o passar dos anos perderam a cor amarela e ficaram castanhos claros tão-somente. Eu consegui me livrar do tal Zé, salvo para os de casa, pois sou Osnir para os demais. O meu irmão, que veio mais tarde, não se salvou de Alfredo virou Alfredinho, daí para o Dinho foi um tapa.
A nova chegada teve problemas sérios de saúde, daí ter atraído toda a atenção dos pais, e, por via de conseqüência toda a ira dos irmãos mais velhos.
Ivone hoje é uma pessoa muito interessante, muito decidida, de personalidade forte, segura e sobretudo muito sincera, o que tem lhe valido alguns problemas de incompreensão. Estes desentendidos têm lhe causado muitos dissabores. Costumo dizer que prefiro os amigos que chegam para apartar minhas brigas dando voadora dos que chegam para conciliar, pois com aqueles eu sei que posso contar sempre. A Ivone é assim. Jamais chega colocando panos quentes, quer a solução dos problemas.
Nesta parte difere de mim, que sou um conciliador, às vezes até demais, não raro exagero na tentativa de remediar acontecimentos e atitudes, e acabo deixando escapar alguns desaforos. Com a Ivone jamais acontece isto, o agressor é rechaçado na hora.
Ivone constituiu uma linda família, toda formada de pessoas honestas, amigas, carinhosas, trabalhadoras que me causam um grande orgulho de serem meus afetos.
Neste dia 14 de junho de 2008, quando a Ivone comemora os seus cinqüenta anos, quero desejar a ela, juntamente com a sua família muitas felicidades, que convivamos muitos anos ainda, ao lado de nossos pais e de nossos irmãos, com a Graça de Deus. Um grande beijo para a Ivone.

PS: Numa homenagem ao esforço da Ivone estou publicando uma foto antes da cirurgia de estômago a que foi submetida com êxito.
* Quatro Romanos = IV
Um Inglês = ONE
QUATRO ROMANOS E UM INGLÊS RESULTADO= IV ONE
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