Fiquei alguns dias sem escrever no blog. Não deu outra, recebi de minha irmã Ivone – que perde o amigo, mas não perde a piada - o seguinte e-mail: UM NOVO TEMA PARA ESCREVER NO BLOG......"SEM INSPIRAÇÃO PARA ESCREVER"!
Ora, o drama de quem escreve diariamente é o mesmo do viajante profissional: viajar é maravilhoso, é a profissão que a maioria sonha, mas, e o dia que você não está com vontade de viajar?
Pois, quem escreve passa pelo mesmo drama: existem dias em que a gente não sente qualquer vontade de escrever.
Eu sou o tipo de pessoa que escreve como fala, daí minha facilidade na escrita. O problema é o assunto.
O cronista escreve os fatos do dia, certamente aqueles que chamam definições ou reflexões do autor. O que escreve é subjetivo, pois externa uma visão pessoal e, quase sempre crítica acerca dos fatos.
A linguagem é a diária, reunindo sentimentos, emoções, alguma ironia e crítica.
As crônicas podem conter comentários, narrativas, um pouco de lirismo e até humor.
Gosto de escrever sobre o que estou lendo.
Certa feita um ex-amigo olhou para os meus livros, que eram um por cento do que são hoje em número, e me disse: já leste todos estes livros. A perquirição era evidentemente maldosa. Não titubeei, respondi de pronto: - Se os tivesse lido todos, já os teria posto fora... Ele mereceu e assimilou a resposta, encerrando o assunto.
Na verdade, não me desfaço dos livros após os ler, mas ele mereceu a resposta.
O sujeito que diz ler todos os clássicos da literatura mundial ou é um tolo ou mentiroso. A maioria das obras são insuportáveis para um leitor atual.
Assim, em muitas dessas obras históricas eu símplesmente passo os olhos, e vou pinçando uma idéia boa daqui, uma outra idéia acolá. E, em cima destes fragmentos de textos brilhantes, pois os autores são ou foram mestres, escrevo, incluindo meus modestos pensamentos. Os clássicos servem mais como pontos de referências, verdadeiras obras de consulta.
Também utilizo a menção às obras clássicas para informar os leitores sobre a existência das mesmas, o assunto de que trata, e quem é o seu autor. Não raro, apresento uma pequena biografia. Uma forma de distribuir conhecimento; uma verdadeira democratização da cultura.
O sujeito que se acultura e não distribuí o que apreendeu é um inútil.
A maioria das pessoas desconhecem as obras tradicionais da literatura mundial, e grande parte não sabe nem como e onde procurá-las. Assim, presto um serviço, fazendo uma espécie de propaganda das obras clássicas ( podemos dizer assim, com algum exagero).
O maior medo de quem escreve é estar na frente da folha vazia, e não conseguir escrever nada. Acho que hoje superei este problema.
Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Arquivo do blog
-
▼
2008
(212)
-
▼
maio
(20)
- CIRQUE DU SOLEIL - MAGNIFIQUE
- ANTENA NOVE
- BAR DO MANOLO: LÁ ESTAVA MÁRIO, E EU...
- ANTENA NOVE
- EPITÁFIOS
- NÃO MOER LIVROS: UMA LIÇÃO DE NIETZSCHE
- OS NOMES
- ANTENA OITO
- ENTREGA A DOMICÍLIO
- MEU IRMÃO ALFREDO E LINDOS RECUERDOS
- BREGA - CAFONA - DÉMODÉ
- SEM INSPIRAÇÃO PARA ESCREVER?
- CONDENADO NA MIDIA, ABSOLVIDO NO JURI
- ANTONIO CHIMANGO
- GABI, PARABÉNS A VOCÊ!
- A GUILHOTINA
- AS TECLAS DO PIANO
- BUENOS AIRES
- GONZAGUINHA
- O MELHOR AMIGO DO HOMEM
-
▼
maio
(20)
Um comentário:
Imagina se estivesse inspirado, he he he . . .
Postar um comentário