quinta-feira, 1 de maio de 2008

O MELHOR AMIGO DO HOMEM

Lourdes mais eu saímos do centro de carro, quando na altura da Rua Demétrio Ribeiro, olhamos para a direita, e vimos dentro de um bar, junto ao balcão, aquele tipo em que o cliente senta num banco alto e redondo, um senhor de aproximadamente 50 anos, com um pequeno cão no colo. NO pescoço, o cachorrinho trazia uma coleira e uma guia.
Logo, a minha imaginação se moveu: o sujeito disse para a mulher que ia passear o cão, e se foi para o bar com o cãozinho e tudo. Lourdes indagou: quem disse que ele não avisou ter ido ao bar?
A verdade é que chamou a atenção o ar descontraído e calmo do animalzinho. Cão e colo são duas realidades que não são muito apaixonadas. Quem gosta de colo é gato, exceto os daqui de casa. Assim, concluí, em seguida, que o cachorrinho estava acostumado, em ter que acompanhar o dono no trago da esquina.
Continuei minha imaginação: será que ele não dá um golinho para o cão, por isto ele fica tão calminho, só esperando o chorinho.
Será que antes de sair de casa o cachorrinho não fica aporrinhando o dono: - cumé é quié não tá na hora do traguinho?
Será que o cão tem alguma preferência de bar?
- Não neste aí não entra, não, eu não posso enxergar as cachorras que passam na calçada, tenha dó seu moço!
- Entra neste, entra neste, aí o dono me dá sempre uma casquinha de salame.
No dia em que o homem não vai ao bar, será que o cãozinho fica uivando para a lua de tão triste?
Ou será que é o homem quem fica numa tristeza de cão?
Doravante, todos os dias temos um encontro marcado na Demétrio Ribeiro, para ver se o homem e seu cãozinho lá estão bebendo o seu trago do dia, e comendo os tira-gosto.

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