quinta-feira, 28 de abril de 2011

NÃO QUERO CASA NO CAMPO

Zé Rodrix e Tavito são autores de uma das mais belas canções do cancioneiro brasileiro que é Casa no Campo, consagrada na imortal voz de Elis Regina Carvalho Costa.
Lembrando a letra, eu não quero casa no campo, pois embora eu tenha nascido nele, ou seja, num rancho do campo, não de pau a pique, mas com algum sapê, na minha São Gabriel, no interior do Estado do Rio Grande do Sul, sou um homem da cidade.
Gosto de alguns roques, mas não rurais, e a paz do campo não é exatamente o meu elemento, pois sou chegado num movimento, gente, povo e agitação.
Gosto de carneiros e cabras, assim como gosto de todos os animais, até dos escorpiões.
Prefiro a esperança de binóculo, e não de simples óculos, e minha filha tem cuca muito legal.
Pouca coisa plantei no aspecto biológico, mas acho que no espiritual tenho plantado muita coisa.
Passei a vida toda tentando plantar amigos, mas a tarefa foi muito difícil e a colheita geralmente fui frustrante. Graças a Deus são poucos mas sinceros.
Tenho orgulho de meus livros e discos, como diz a canção. São tantos que certamente não terei tempo de lê-los todos, ou mesmo escutá-los. No entanto, gosta de saber que estão ali à disposição. Volta e meia escuto um bom disco que me apraz, aos ouvidos e a mente, o que é fundamental. Os livros estou sempre lendo.
Outro dia, relendo Paulo Francis, ele dizia que dificilmente lia um livro na íntegra, pulava passagens, ou seja, consumia o essencial, pois é exatamente o que faço. Chama-se racionalizar a leitura.
Também faço isso com discos, pois vou pulando as faixas que aprecio pouco ou nada.

Nenhum comentário:

Arquivo do blog

QUEM É ESTE ESCORPIÃO?

Minha foto
PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL, Brazil
EU E MINHAS CIRCUNSTÂNCIAS