Mais um soneto de André Castro para os amigos curtirem:
Talvez...
Amigos... Já escrevi tantos sonetos...
Perguntam-me por quê? Não sei por quê...
Talvez eu veja o que ninguém mais vê...
Talvez porque meus gritos sejam quietos...
Talvez porque a confiança nos quartetos
E tercetos, no fim, talvez, me dê
A chave desse mundo em que se crê
Que sempre há vida em todos os objetos...
Que são pra sempre as coisas que fazemos...
Que elas nos deixam, sempre, num presente,
Vivendo uma ilusão... Eternamente...
Como um louco que, inutilmente, insiste
Em jamais admitir a humana e triste
Verdade de que, um dia... morreremos.
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