sábado, 2 de julho de 2011

REPÚBLICA SINDICALISTA: NÃO HÁ VOLTA.

A partir dos movimentos comunistas do começo do século XX, era natural que estas novas idéias nascidas lá com Marx, Hegel, Lênin, Trotsky e outros aparecessem por estas plagas,  inobstante os maus exemplos de Mao, Stalin e Fidel.  Na verdade, o partido comunista nunca foi forte por aqui. Embora, por um bom tempo, tenha contado com verbas do comunismo internacional, tais como as alcançadas, por exemplo, pela "komintern" alemã. 
A intentona comunista foi deflagrada a partir de notícias erradas passadas ao comunismo internacional, que bastaria um pequeno rastilho para aflorar por aqui uma revolução comunista. Foi fiasco total, o que desacreditou os caciques comunistas locais por muito tempo. 
Brizola e Jango não eram comunistas, mas defendiam o que chamavam de trabalhismo. O trabalhismo nada tinha, ou tem, de comunismo. No entanto, existe, e talvez ainda exista, uma idéia dentro dele, que seus seguidores negam de pé junto, que a chamada instalação de uma república sindicalista.
Este o verdadeiro temor dos militares que promoveram a resistência ao Jango, que deflagrou a chamada legalidade, e ao golpe (ou revolução) de 1964. Os governos militares se sucederam, e este tipo de pensamento, aparentemente foi esquecido. O comunismo morreu no mundo, restando tão somente um arremedo dele, camuflado de neo-capitalismo na China, onde a economia é capitalista e o tratamento aos operários é comunista; e em Cuba para mostrar quanto pode dar errada uma experiência imbecil. Creio que Cuba deveria ser conservada exatamente como está para servir de exemplo negativo.
No entanto, surgiu um partido no Brasil, que se denominou dos trabalhadores, e que ganhou a simpatia dos brasileiros, via carisma de um sindicalista de rápida passagem como operário, mas que ficou marcado, como tal, afinal foram somente oito anos de batente, que foi Luis Inácio, que até conseguiu colocar o seu codinome em seu nome de batismo: Lula.
Pois ele conseguiu via eleições o que o partido trabalhista tentou e não conseguiu. A verdade é que temos hoje implantado no Brasil uma república sindicalista. Todos os órgãos públicos federais, administração direta, indireta, paraestatais e empresas públicas estão lotados de sindicalistas, os quais tomaram conta de altos cargos, que já existiam, ou que foram criados. Eles promovem uma grande transformação, pois estão fazendo sair de tais repartições os antigos servidores, e criando toda uma casta dirigente exclusiva do movimento sindicalista. 
A ação deles não tem sido boa, pois a maioria não tem qualquer cacoete com relação às atividades que têm de exercer. Ser amigo do rei não dá qualificação para ninguém. Os problemas vão de empresas de trens a hospitais. 
Acontece que tomou um rumo que não tem mais volta. Imaginem a oposição elegendo o presidente e toda esta verdadeira companheirada ter que voltar às suas atividades normais. Tenho notícias que são mais de 40.000 - segundo a imprensa. Alguns amigos que trabalham no meio deles dizem que são mais de 100.000.
Embora os gestores declarem em alto e bom som que buscam economizar para os cofres públicos, a verdade é que nesta busca desenfreada para colocar toda a turma, têm sido criados muitos cargos de confiança, todos com salários elevados, como foi feito há pouco tempo em nosso estado.
É como se fosse uma bicicleta, onde é necessário que se esteja sempre pedalando, sob pena de parar ou cair.
Boa coisa não virá daí. Quem viver verá. 

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