quinta-feira, 8 de maio de 2008

GABI, PARABÉNS A VOCÊ!




No dia 08 de maio de 1981, nasceu no Hospital da Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre, minha filha Gabriela.
A mãe Lúcia, escolheu o nome, e depois me comunicou, o que me deixou muito aborrecido, como tinha escolhido o nome sem que eu participasse da escolha?
Existiam para mim três referências ao nome: a primeira, o anjo Gabriel que teria anunciado à Maria que dela nasceria o filho de Deus, Jesus; a segunda, minha cidade natal, que leva o nome São Gabriel, em homenagem ao Arcanjo Gabriel; e a terceira à novela Gabriela, extraída do livro de Jorge Amado, Gabriela Cravo e Canela, a qual na televisão e no cinema foi vivida por Sônia Braga, fazendo o papel da própria, Armando Bogus fazendo o turco Nacib na telinha e Marcelo Mastroiani na telona.
No dia do nascimento, na primeira hora da tarde, estávamos somente eu e minha sogra já falecida, dona Almira, de pé no corredor do Hospital São Lucas (PUC-RS), esperando o nascimento da Gabriela. Era o segundo dia de apreensão, pois no dia anterior tinha nascido o primo Felipe, filho do Nelson e da Magda, só que no Hospital Ernesto Dornelles, ou seja, somente algumas horas de diferença.
Abrindo-se a porta do Centro Obstétrico, o anestesista veio comunicar que tudo tinha ocorrido bem, e que a mãe e filha estavam bem, para nossa total alegria. Em seguido, pude falar um pouco com Lúcia que seguia para recuperação, e fomos direto para o berçário ver a Gabriela.
Não careceu dizer quem era minha filha no meio dos outros nenês que lá estavam. Não é que ela tinha a carinha de Gabriela, mesma!
A ligação entre o nome e a pessoa era evidente.
Como todo o pai, eu não gostava de chamar a Gabriela por apelidos. Na verdade, não gosto até hoje. Mas ela foi chamada por todos de G(á)bi e pela mãe de G(á)bri, com erre mesmo.
Gabriela foi uma menina muito divertida, e que nos trouxe muitas alegrias.
Em algumas coisas puxou a mãe, na inteligência, por exemplo, se identificou com a mãe, para a sorte dela, em outros aspectos, o pai, entre eles a generosidade, e principalmente o trato com as pessoas.
Quando menina, Gabriela dizia que seria veterinária, certamente influenciada pelo tratamento dado ao nosso saudoso cão poodle chamado Totó, que acompanhou toda a infância e adolescência de minha filha.
Chegando próximo do vestibular Gabriela nos disse que tinha pensado muito e tinha resolvido cursar direito, tal como o tinham feito o pai e a mãe. O pai entre 75 e 79 na UFRGS e a mãe entre 89 e 93 na UNISINOS.
Lúcia não viu a filha se formar, pois faleceu em 2000.
A formatura da Gabriela me trouxe uma imensa alegria, e uma sensação inigualável do dever cumprido.
Nos últimos anos do curso, Gabriela conseguiu um estágio na defensoria pública, via concurso, onde se classificou bem, tendo trabalhado no auxílio dos defensores públicos no Fórum do Partenon, no Alto Petrópolis e no Foro Central da cidade, junto ao Juizado da Infância e Adolescência.
Logo que se formou Gabriela foi trabalhar no escritório junto com Lourdes, e após tendo sido aprovada em Concurso Público de provas e títulos foi nomeada Defensora Pública do Estado do Rio Grande do Sul, inicialmente na comarca de Uruguaiana, e atualmente em Santa Vitória do Palmar. Na comarca de Uruguaiana, fazia o trabalho junto à Segunda Vara Criminal, Infância e Adolescência e Júri. Agora, em SVP faz atuação geral, pois a única defensoria pública da cidade.
Não raro, fico triste de a Gabriela estar longe, mas ao mesmo tempo me dou conta que esta distância a faz crescer, como o fez até agora, cria independência, forma a pessoa.
Entendo que Gabriela tem grandes atributos para fazer uma brilhante carreira na Defensoria Pública, assim como também acredito que poderia tentar outras carreiras de maior prestígio como a magistratura e o Ministério Público, mas na verdade ela é vocacionada para o seu atual trabalho, que é o de atender as populações mais carentes, com o seu trabalho dedicado e principalmente competente.
Quero aqui também agradecer, de público, todo o carinho que a minha filha tem me dedicado, dizendo-lhe que Deus saberá, por certo, retribuir-lhe através de seus próprios filhos, que venham a lhe dar tantas alegrias quanto as que têm me dado.
Em meu nome e de MARIA DE LOURDES desejo à Gabriela toda a felicidade. Parabéns por mais este aniversário. O primeiro longe, mas perto do nosso coração. Um grande beijo. JOSÉ OSNIR

Um comentário:

Gabi disse...

Só para avisar que o texto rendeu no mínimo 20 minutos de lágrimas... Obrigada por ser o pai maravilhoso que és. Quero estar sempre ao teu lado, mesmo que as vezes seja apenas no pensamento! grande beijo, Gabri.

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