terça-feira, 9 de novembro de 2010

SONHOS: AMAR É...

Gosto muito da música Sonhos de Peninha, especialmente na voz de Paula Toller, numa gravação feita no Morro da Urca, dentro do projeto Um Banquinho Um Violão. Daí que resolvi escutar mais uma vez, via You Tube.
A letra é de uma poesia maravilhosa, contendo uma grande lição sobre o amor verdadeiro.
Na primeira estrofe, contendo oito versos, ele fala do nascimento do amor dentro dele, como uma coisa grandiosa, que nem ele esperava um dia ter.
“Tudo era apenas uma brincadeira
E foi crescendo, crescendo, me absorvendo.
E, de repente, eu me vi assim:
Completamente seu.
Vi a minha força amarrada no seu passo,
Vi que sem você não há caminho, eu não me acho,
Vi um grande amor gritar dentro de mim
Como eu sonhei um dia”
Na segunda estrofe, ele revela que o seu amor extravasou, de tal sorte que as pessoas já se davam conta da grande modificação em seu ser.
Na terceira estrofe, o trágico, o inesperado: sua amada arranjou um outro amor.
“Quando a canção se fez mais forte e mais sentida
Quando a poesia fez folia em minha vida
Você veio me contar dessa paixão inesperada
Por outra pessoa”
Na quarta estrofe, porém, ele ressurge com uma idéia que sempre tive do verdadeiro amor.
Diz que, nessas ocasiões não há de se ter revolta, pois você deve querer bem de sua amada.
Conforma-se na saudade – que pode ser uma coisa boa.
Atinge o auge, ao dizer que ter saudade é uma bagagem boa, bem melhor que alforjes vazios, revelando ter ainda muita esperança.
“Mas não tem revolta não
Eu só quero
Que você se encontre
Ter saudade até que é bom
É melhor que caminhar vazio
A esperança é um Dom
Que eu tenho em mim
Eu tenho sim
Encerra em última estrofe, elogiando seu amor que lhe ensinou a sonhar, afirmando que ainda será feliz num outro dia.
“Não tem desespero, não
Você me ensinou milhões de coisas
Tenho um sonho em minhas mãos
Amanhã será um outro dia
Certamente, eu vou ser mais feliz.”
Esta maneira de ver o amor de Peninha, revelada aqui em Sonhos, é exatamente como eu vejo. Quem realmente ama não transforma o seu amor em ódio. Você sempre quer o bem da pessoa amada, mesmo que não seja ao seu lado, independentemente da forma da saída.

Um comentário:

Lalaith place disse...

Concordo, o amor tem que ser livre e leve. Acima de tudo leve, não podemos forçar ninguém a sentirmos o que sentimos, nem que permaneçam sentindo a mesma coisa para sempre. Mas que seja eterno enquanto dure....

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