sábado, 25 de julho de 2009

O PAI PRÓDIGO


O Paraguai não tinha dinheiro nem para comprar um catavento. Os militares brasileiros viam a necessidade de energia elétrica para tocar os empreendimentos em nosso território. Fizeram estudos e descobriram que poderiam fazer de Itaipu a maior usina de energia mundo. Fizeram então uma proposta para o país vizinho o Brasil construiria a Usina sozinho, e o paraguaio teria direito a metade da energia criada. Como o Paraguai não tinha onde botar tal quantidade de energia, o Brasil se propôs a adquirir todo o excedente paraguaio, a preço de custo, e com este dinheiro ir amortizando a dívida paraguaia para conosco, ou seja, a sua parte nas obras da usina.
O governo paraguaio concordou e foi assinado o acordo. Foi criada uma empresa binacional, administrada por ambos os países objetivando a direção da usina.
Durante estes mais de 25 anos, o Paraguai usufruiu a usina de Itaipu em mais ou menos 5%, vendendo o restante para o Brasil. Tudo ia normal, sendo o termo final do contrato em 2023 quando o Paraguai terá quitado toda a dívida com o Brasil, e poderia,então, fazer com a sua energia o que bem entendesse.
Um belo contrato, então, qual o problema? O problema é que no Paraguai assumiu tal de Lugo, ex-bispo católico e teólogo que promete realizar uma reforma agrária dentro dos marcos constitucionais, ampliar o sistema de seguridade social do Paraguai e lutar pela soberania energética do país. Ou seja, o padrão atual de dirigente latrino americano, iniciado por Lula, seguido por Chavez e Evo. Como o Lula se acha o bom samaritano da turma toda, resolveu como tem feito em todo o seu governo abrir as pernas e fazer o que quer o vizinho.
É evidente que vamos pagar o pato. A jogada da diplomacia brasileira, a mando do Lula Lá, vai dar um bruto prejuízo energético ao pais, pois vai encarecer barbaramente a energia consumida no Brasil, vinda em mais de 20% da Usina de Itaipu. Sob o ponto de vista do cumprimento dos contratos é um absurdo. Sem falar, num princípio fundamental na boa diplomacia, quando se faz um acordo, temos que abrir a mão um pouco de cada lado. Quando somente uma parte abre a mão podemos dizer que se trata de mera rendição.
Existe um instituto em direito chamado “atos do pródigo”. Antes tenho que dar uma rápida explicaçao do que venha a ser pródigo: pois significa aquele que delapida ou seu patrimônio. Que esbaja o seu dinheiro. Para simplificar usarei uma expressão bem popular: bota dinheiro pela janela.
Pois, o senhor Lula Lá está sendo pródigo, mas com os recursos da nação, pois, concordando em pagar mais por uma energia que contratualmente poderia pagar menos está, sem dúvida, sendo pródigo com o dinheiro público.
Na verdade, se trata de uma campanha pessoal, objetivando uma penetração internacional, em nível de América Latrina, numa concorrência com o Chavez.

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