domingo, 7 de novembro de 2010

PAUL: QUEM SABE FOI PREGUIÇA MESMO?

Estava na Europa quando soube da vinda de Paul McCartney à Porto Alegre. Meu primeiro movimento foi no sentido de ver como poderia comprar ingressos para mim e Lourdes. A vontade, no entanto, foi esmorecendo até ser zerada. Não sei responder ao certo o motivo que me levou a desistir.
Certamente não foi o preço, pois tenho condições de pagá-lo, felizmente. Até o preço dos cambistas poderia enfrentar, se realmente tivesse vontade.
Busco outra desculpa: quem sabe as longas horas para esperar entrar no show? No Vaticano, me neguei a ficar quatro ou cinco horas na fila para ver a Capela Sistina, e sua cúpula pintada por Michelângelo. O agravante no Vaticano é que estava chovendo.
Como posso explicar que não fui ao show se tenho todos os discos dos Beatles há muitos anos? São de minha propriedade alguns discos comemorativos, tais como a famosa Antologia e as gravações da BBS, Hits e outros. Tenho discos solo de John, Paul e George. Alguns DVD de Paul McCartney e de George.
Confesso que sou um fã tardio, pois na época não ligava muito para eles. Via o trabalho deles distantemente, tal como o faço até hoje com o trabalho dos Rolling Stones. Passei a conhecer melhor e admirar o trabalho maravilhoso deles já adulto, podendo comprar meus próprios discos. Na época dos Beatles eu não tinha nem eletrola.
Não afasto a possibilidade de assistir ao Paul em outro lugar, quem sabe? Numa de nossas viagens podemos dar de cara com um Show dele.
Talvez a desculpa maior seja o fato de que jamais fui a um Show deste tipo, com grande multidões. Sou avesso a ficar horas e horas no mesmo lugar a espera de alguém, mesmo que seja um Beatles.
Somente uma vez fiquei cinco horas a esperada de uma pessoa. No mês passado, comovido visitei seu túmulo: João Paulo II. Naquele ano de 1980, ficamos debaixo de uma pequena árvore junto à Rótula perto do Olímpico, para assistir a missa do Papa polonês. Se não foi uma graça alcançada, foi muita coincidência pois alguns meses depois nascia minha única filha Gabriela, com ascendência polaca (Przybysz). Acho que foi uma graça (e que Graça) alcançada. Daí minha emoção ao ver o túmulo em Roma.
Gostaria de ter ido? Acho que sim. Vou me arrepender de não ter ido? Acho que sim.
Tal como todos os meus escritos ( por isso - não raro - imperfeitos) são elaborados de improviso, sem qualquer ensaio, este também saiu na hora, pelo que estou pensando e escrevendo. Quem sabe foi preguiça mesmo? Esta hipótese é a mais provável. Que pena!

Um comentário:

Nelson Rosa disse...

Não é preguiça não.
Alguns dos discos dos beatles eu ouvia meses antes de aparecerem no Brasil, assobiava e cantava e ninguém sabia o que era. Eu também não fui, e nem é pelo fato de ser na casa "deles", acho que é para não perder o encanto daquela época. É para não ficar procurando os "outros" nos recantos do palco, e só achá-los nos cantos da minha memória.
Abraços,
Nelson

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