sábado, 14 de fevereiro de 2009

LFV

Noutra estação de tevê, nesta mesma tarde, assisti uma entrevista com Luis Fernando Veríssimo. Ele estava ineditamente à vontade, pois é um tímido juramentado. Ao final, confessou que nunca tinha falado tanto.
Acompanho a carreira de LFV. Gosto muito de suas crônicas, e algumas vezes tento até imitar o seu estilo. Li quase toda a sua obra literária que começou lá com um livro de crônicas que tomou o nome de uma delas O POPULAR, passando pela espetacular série COMÉDIAS DA VIDA PRIVADA.
Só não gosto de Luis Fernando quando ele se diz petista. Costumo dizer que ele é a Velhinha de Taubaté do Lula Lá. Acho, entretanto, que ele não tem culpa, pois faz parte dos 84%, enquanto eu estou aqui isolado do lado dos malvados 16% por cento.
Ele comentou de suas tirinhas em jornais, especialmente as cobras. Falou do rinoceronte que representava o regime militar e vivia pisoteando as cobras. Eu gostava do Sinistro, que era um azarão, onde ele andava vinha uma nuvem negra jogando raios sobre ele. Disse ainda que mantém somente em charges a chamada Família Brasil que publica em ZH e na Folha de S. Paulo.
Falou de sua vida nos USA, onde morou em duas oportunidades quando menino e jovem acompanhando o pai Érico. Sobre esta época Érico Veríssimo escreveu Gato Preto em Campo de Neve para contar a primeira estada e A Volta do Gato Preto para contar a segunda temporada.
EV conta no primeiro livro que se inspirou para dar o título numa viagem que fez de trem, onde viu correndo pela neve um gato preto. Representa que se sentia assim nos USA: um gato preto num mundão branco. Eram tempos de racismo grande em terras ianques.
Encerrando com os Veríssimo me lembrei que eu tinha dois exemplares da trilogia o TEMPO E O VENTO de Érico, mas fiz a suprema burrada de emprestar os dois exemplares, cada um em dois volumes de O CONTINENTE a primeira parte, que por sinal é considerada a obra-prima dele. O pior é que um dos exemplares faz parte de uma coleção com as obras completas dele, que me foi presenteada pelo meu saudoso amigo Dr. Sérgio Ferreira, pai dos meus amigos Vitório e Márcio. O outro exemplar eu comprei como participante do Círculo do Livro, que também ficará desfalcado, pois fiquei somente com O ARQUIPÉLAGO e o RETRATO que completam a trilogia.
Quando emprestar um livro faça uma ficha ou protocolo para depois cobrar. Eu costumo guardar livro alheio em lugar separado na biblioteca aqui de casa.

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