Noutra estação de tevê, nesta mesma tarde, assisti uma entrevista com Luis Fernando Veríssimo. Ele estava ineditamente à vontade, pois é um tímido juramentado. Ao final, confessou que nunca tinha falado tanto.
Acompanho a carreira de LFV. Gosto muito de suas crônicas, e algumas vezes tento até imitar o seu estilo. Li quase toda a sua obra literária que começou lá com um livro de crônicas que tomou o nome de uma delas O POPULAR, passando pela espetacular série COMÉDIAS DA VIDA PRIVADA.
Só não gosto de Luis Fernando quando ele se diz petista. Costumo dizer que ele é a Velhinha de Taubaté do Lula Lá. Acho, entretanto, que ele não tem culpa, pois faz parte dos 84%, enquanto eu estou aqui isolado do lado dos malvados 16% por cento.
Ele comentou de suas tirinhas em jornais, especialmente as cobras. Falou do rinoceronte que representava o regime militar e vivia pisoteando as cobras. Eu gostava do Sinistro, que era um azarão, onde ele andava vinha uma nuvem negra jogando raios sobre ele. Disse ainda que mantém somente em charges a chamada Família Brasil que publica em ZH e na Folha de S. Paulo.
Falou de sua vida nos USA, onde morou em duas oportunidades quando menino e jovem acompanhando o pai Érico. Sobre esta época Érico Veríssimo escreveu Gato Preto em Campo de Neve para contar a primeira estada e A Volta do Gato Preto para contar a segunda temporada.
EV conta no primeiro livro que se inspirou para dar o título numa viagem que fez de trem, onde viu correndo pela neve um gato preto. Representa que se sentia assim nos USA: um gato preto num mundão branco. Eram tempos de racismo grande em terras ianques.
Encerrando com os Veríssimo me lembrei que eu tinha dois exemplares da trilogia o TEMPO E O VENTO de Érico, mas fiz a suprema burrada de emprestar os dois exemplares, cada um em dois volumes de O CONTINENTE a primeira parte, que por sinal é considerada a obra-prima dele. O pior é que um dos exemplares faz parte de uma coleção com as obras completas dele, que me foi presenteada pelo meu saudoso amigo Dr. Sérgio Ferreira, pai dos meus amigos Vitório e Márcio. O outro exemplar eu comprei como participante do Círculo do Livro, que também ficará desfalcado, pois fiquei somente com O ARQUIPÉLAGO e o RETRATO que completam a trilogia.
Quando emprestar um livro faça uma ficha ou protocolo para depois cobrar. Eu costumo guardar livro alheio em lugar separado na biblioteca aqui de casa.
Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
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