quarta-feira, 17 de setembro de 2008

FAÇA O QUE EU DIGO, MAS NÃO O QUE EU FAÇO.

(Odiei este título, mas foi o único adequado ao que infra vou escrever)
Não leio livros de auto-ajuda, acho todos bobos, os quais, na verdade, só ajudam os seus escritores e suas editoras.
Eu posso escrever aqui neste meu espaço do blog, ou por e-mail aos meus amigos, colegas e correspondentes que tenho aqui e no exterior, o que bem entender e não fazer nada do que estou dizendo.
Posso vender idéias lindas, filosóficas, pois entendo que tenho capacidade para escrever sobre o assunto, e, se não sei, tenho as fontes e os meios para achar, mas prefiro não fazê-lo, pois não sei se posso assumir o compromisso de cumprir todas as minhas idéias. Se não posso fazê-lo como posso querer distribuir, repartir e espalhar bem-aventuranças, quando não tenho capacidade para controlar meus instintos?
Lembrei outro dia de uma pequena história sobre alguém perguntando:
- Se você tivesse dois carros você daria um?
- Claro que sim!
- Se você tivesse duas casas você daria uma?
-Claro que sim!
- Se você tivesse duas tevês você daria uma?
-Evidente que sim!
- Se você tivesse duas bicicletas você daria uma?
- Não!
- Ué, por que a mudança?
- É duas bicicletas eu tenho.
O sujeito era socialista enquanto o patrimônio era alheio, quando o comunismo chegou nas suas coisas, ele desistiu, imediatamente da ideologia, e foi direto defender sua propriedade.
Pensando, e pensando também cheguei a conclusão de que é fácil ser honesto de barriga cheia, assim como também é fácil ser fiel quando não se tem oportunidade.
O sujeito se gabava de nunca ter traído a mulher, mas ninguém dava bola para ele mesmo, logo ele não tinha a menor chance de dar uma puladinha na cerca.
Queria ver o mesmo sujeito levar uma cantada de uma dona, e resistir heroicamente. Somente no teste ao vivo, é que pode avaliar a fidelidade.
Este texto, evidentemente, não tem direção, mas não custa lembrar a historinha de uma repórter que entrevistava nada mais, nada menos, do que Sigmund Freud, que como vocês sabem tinha câncer na boca, mas nunca largou o seu charuto.
Não precisa lembrar, mas o meu extinto de professor fala mais alto, não posso deixar de registrar que Freud desenvolveu a maioria de sua teses utilizando a sexualidade. Fecha o parênteses.
A repórter - cara dura- perguntou ao Freud:
- Dr. Freud este enorme charuto na sua boca não pode ser considerado um símbolo fálico?
Resposta bate-pronto do Pai da Psicanálise:
- Minha filha, às vezes um charuto é só um charuto.

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