Lá no Brasil é difícil entender o linguajar aqui do Sul. Tão assim é que os cariocas, paulistas e gente do norte e nordeste tem muita dificuldade em entender o nosso vocabulário provinciano.
Tem gente que diz ser exagero, que tudo é português.
Não deixam de ter alguma razão, vejam, por exemplo, como é fácil entender a língua do Rio Grande na música Canto Alegretense:
“Flor de tuna, camoatim de mel campeiro, pedra moura das quebradas do Inhanduí.”
Viram que barbada?
Qualquer um pode entender: flor de tuna, ora tuna é um tipo de cactus presente na pampa; camoatim é um parente da abelha; campeiro é do campo; pedra moura entendo ser pedra escura com manchas brancas, quebradas as curvas do rio Inhanduí.
Muito fácil, é má vontade dos estrangeiros brasileiros.
Quando queremos dizer com fartura, dissemos a la farta; quando queremos dizer que alguém está na idade de ir para o exército, dissemos que está no ponto de sentar praça; quando alguém está doente dissemos que está pesteado; quando temos um gerente chamamos de capataz; fazenda é estância; excesso é inhapa.
Muito fácil de entender, deve ser má vontade com a gente do sul.
Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
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