No domingo último, foi apitada pelo juiz uma falta nas imediações da área do Grêmio, os jogadores do Internacional optaram por cobrar a falta imediatamente e fizeram o gol. Os jogadores do Grêmio reclamaram que estavam se preparando para formar a barreira.
A tal de barreira não existe nas 17 regras do futebol. Existem dois tipos de falta: a primeira, o tiro indireto, onde o gol somente pode ser feito se houver um segundo toque de qualquer jogador antes de entrar no arco; a segunda, o tiro direto, aqui os jogadores do time beneficiado com a falta podem optar por cobrar imediatamente, ou exigir que os jogadores adversários se posicionem a 9,15m da bola. Neste posicionamento, tradicionalmente os jogadores defensores se posicionam em linha perpendicular a linha de chute, no que se convencionou chamar de barreira. Resumindo: quem exige a distância, e por via de conseqüência cria-se a barreira é o time que está atacando, ou seja o beneficiado com a falta. O goleiro pede a barreira sim, porém o pedido é dirigido aos seus companheiros de equipe que se posicionem no limite dos 9,15m formando uma cortina a dificultar o cobrador adversário, e não ao juiz.
Por outro lado, se o time atacante não fizer imediatamente a cobrança, estará optando por exigir a distância. Assim, se o juiz imediatamente começar a contar os tradicionais passos, o jogo está parado, somente podendo ser reiniciado depois de que os jogadores se posicionem na distância de 9,15m, independentemente de terem o não formado a tradicional barreira.
Assim sendo, é aconselhável que ao ser apitada a falta, um jogador do time punido com a penalidade fique obstruindo a cobrança até que o juiz conte os passos para que o jogadores fiquem afastados da bola, e formando, neste caso, a barreira a dificultar a cobrança.
Isto é treinamento. O jogador mais próximo tem este encargo em times bem treinados. Se tal não acontecer teremos a cobrança imediata, pegando o time de surpresa tal como aconteceu no último Grenal.
Fico pasmo que os jogadores de futebol, alguns dirigentes e até jornalistas desconheçam as regras mais elementares do futebol. Que os torcedores desconheçam é normal. Agora, quem vive do esporte não pode desconhecer. O número de regras é pequeno, e as decisões da International Board não chegam a uma centena, não há razão para o desconhecimento.
Existem duas pessoas inviáveis dentro de mim: a primeira, a que os meus inimigos imaginam; a segunda, a que os meus amigos propagandeiam.
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3 comentários:
Olá Sr. Osnir
Comecei a jogar futebol há pouco mais de 2 anos, mas minha paixão pelo esporte é de longa data.
Digo isso porque meus companheiros de time (que praticam há muito, muito tempo) não concordam com "nossa" opinião sobre as barreiras. Inclusive o juizão (ruim demais) que apita nossas "peladas" acha que quem exige a barreira é o goleiro do time adversário.
Vou imprimir sua página para tentar convencê-los, mas de antemão acho que não vou conseguir convencê-los. Provavelmente vão alegar que é simplesmente a opinião de outro amador que "começou a jogar ontem" (é o que falam sobre mim).
Abraços
A minha opinião não é de leigo: é de quem leu, lê e conhece as regras do futebol.
As regras são 17. Em nenhuma delas existe a tal barreira, que como já expliquei nada mais é do que os adversários colocados à distância regulamentar da bola.
A mesma opinião têm todos os árbitros de futebol, inclusive o Simon já declarou várias vezes aos jornais e rádios locais, mas tem gente que insiste.
O Pelé declarou em entrevista que está pleiteando o fim da barreira.
Ora, é uma demonstração de ignorância da lei do jogo, logo ele...
Infelizmente é assim que acontece. Imagina só, o Atleta do Século, o maior de todos, o Rei do Futebol faz uma declaração sobre o "fim das barreiras" e eu, que comecei jogar futebol há dois anos, querendo convencer meus colegas "boleiros" que eles, juntamente com Pelé, estão equivocados.
Indubidavelmente será uma missão difícil!
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